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Economia Clássica – Parte 3
UFMA – 2016
Profa.Dra.Maria de Fátima Previdelli
Thomas Malthus (1766 - 1834)
• Pastor protestante - educação 
liberal.
• Ordenou-se em 1797, após 
estudar Matemática, Latim e 
Grego no Colégio de Jesus.
• Obras principais: Ensaio sobre a 
População (1798) e Princípios 
de Política Econômica (1820).
Thomas Malthus (1766 - 1834)
- filho de família inglesa rica
- pai Daniel Malthus: cavalheiro do reino, amigo de Hume 
e Rousseau, um otimista do aperfeiçoamento humano
- foi reverendo e primeiro professor de Economia Política 
de Cambridge
- defensor dos ricos, (proprietários de terra)
- amigo pessoal de Ricardo MAS divergiram em relação 
a valor e comércio, lucro e renda, política econômica, e 
lei de Say.
- Concordavam com teoria da renda da terra 
(rendimentos decrescentes) e a teoria malthusiana da 
população
Thomas Malthus (1766 - 1834)
- filho de família inglesa rica
- pai Daniel Malthus: cavalheiro do reino, amigo de Hume 
e Rousseau, um otimista do aperfeiçoamento humano
- foi reverendo e primeiro professor de Economia Política 
de Cambridge
- defensor dos ricos, (proprietários de terra)
- amigo pessoal de Ricardo MAS divergiram em relação 
a valor e comércio, lucro e renda, política econômica, e 
lei de Say.
- Concordavam com teoria da renda da terra 
(rendimentos decrescentes) e a teoria malthusiana da 
população
Thomas Malthus (1766 - 1834)
- teorias econômicas de Malthus são formuladas após
1814, quando a preocupação principal gira em torno
das leis dos cereais
- são reunidas na obra Princípios de Economia Política
considerados com uma visão de suas aplicações
práticas, 1820
Thomas Malthus (1766 - 1834)
- Fez da economia política uma “ciência lúgubre”
Segundo Ricardo: 
“na competente pena de Malthus, a consideração das 
desigualdades sociais na economia capitalista não tem 
um aspecto benevolente (Smith) nem de isenção 
científica (Ricardo); a presença da miséria é explícita e 
racionalmente justificada como necessária, constitutiva 
da ordem econômica e social “harmônica”, baseada na 
propriedade privada e nas relações de mercado”.
 
 
Thomas Malthus (1766 - 1834)
(1798) Um ensaio sobre o princípio da população e 
como ele afeta o progresso futuro da sociedade, 
com observações sobre as especulações do Sr. 
Godwin, M. de Concorcet e outros escritores
(Teoria Malthusiana da População)
- 6 edições em 28 anos
- combate aos intelectuais radicais, teóricos da reforma 
social
- a reforma social somente poderia ocorrer retirando 
renda ou riqueza dos proprietários de terras
- os reformadores eram pessoas bem intencionadas,
mas muito enganadas, suas ideias criariam uma
situação pior
Thomas Malthus (1766 - 1834)
- benevolência X amor-próprio
- reformas não funcionariam: a propriedade privada e as 
classes reapareceriam, por uma lei natural
- os pobres eram pessoas infelizes, que na loteria da vida 
tinham tirado um bilhete em branco; era inevitável seu 
sofrimento e suas necessidades
Teoria Malthusiana da População:
- desejo quase insaciável de prazer sexual conduz à 
reprodução humana incontida, levando ao crescimento 
geométrico da população (dobrando a cada geração),
- aumentos da produção agrícola ocorrem em progressão 
aritmética: a cada geração, menores aumentos ou no 
máximo iguais
Thomas Malthus (1766 - 1834)
“Todas as crianças nascidas além do que seria preciso 
para manter a população nesse nível [de consumo 
mínimo] devem, necessariamente, morrer, a menos que 
seja aberto espaço para elas pelas mortes de adultos. 
[...] Para agir de maneira consistente, portanto, 
deveremos facilitar, em vez de tentar, de maneira tola e 
em vão, impedir as operações da natureza para produzir 
essa mortalidade”
Solução:
Controles da taxa de natalidade e mortalidade:
- medidas preventivas → esterilidade, abstinência, 
controle de nascimentos
- medidas positivas → aumentam mortalidade: guerra, 
pragas, miséria, fome (fenômenos naturais)
Thomas Malthus (1766 - 1834)
Contra a Lei dos Pobres (1795) que garantia renda mínima 
para as famílias.
Argumentos: 
-leis dos pobres pioram condições dos pobres aumentando a 
população sem aumentar a quantidade de alimentos: 
“ a propriedade privada e divisão de classes garantem a 
ordem social, sem isso haveria anarquia, pois as pessoas 
inferiores esbanjam, não haveria acumulação e progresso. 
Os ricos proprietários têm valor econômico e moral, o valor 
moral os diferencia dos pobres. Somente com acumulação 
de propriedades realizada pelas pessoas de alto valor moral 
haveria recursos para sustentar os pobres, porque os ricos 
dividem seus recursos, empregando-os, o sistema da 
propriedade e desigualdade é responsável pelas grandes 
realizações culturais da humanidade.”
Thomas Malthus (1766 - 1834)
Emenda à Lei dos Pobres (1834): 
Aboliu todo auxílio para pessoas fisicamente capazes 
fora de abrigos; para receber auxílio, um homem 
deveria penhorar todos os seus bens e seria separado 
de mulher e filhos.
(*) se as projeções malthusianas se confirmassem, a 
população mundial seria hoje de 256 bilhões de 
pessoas
Thomas Malthus (1766 - 1834)
Princípios de Economia Política (1820)
1- Valor e troca
Economia capitalista = economia de trocas mercantis e 
monetárias, baseadas na propriedade privada 
- valor e excedente se definem no mercado, conforme 
produção (oferta) e demanda (diferente de Smith,Ricardo e 
Marx, onde excedente é criado na produção)
-valor depende dos custos de produção (as três rendas: 
salário, lucro e renda da terra) e da demanda
- a quantidade de trabalho pode ser a medida do valor, mas 
também é preciso considerar a medida em dinheiro
- forças da oferta e demanda de mercado não ajustam 
automaticamente o preço de mercado ao preço natural
- a moeda tem importância máxima → distribuição e valor 
da produção nacional
 
 
Thomas Malthus (1766 - 1834)
Princípios de Economia Política (1820)
Riqueza = objetos materiais necessários, úteis ou 
agradáveis (independente de resultar de trabalho)
- nenhuma riqueza pode existir, a menos que a demanda 
exceda o custo de produção (em trabalho)
- o emprego de trabalho se justifica quando este é produtivo: 
trabalhadores produzem um valor maior do que recebem 
como salário → o empregador tem lucro
- terra e capital aumentam a produtividade do trabalho, 
renda e lucro são partes dos custos = preço natural
- preço de mercado = preço natural <=> demanda efetiva 
iguala o valor da oferta
- renda: resultado natural do dom divino da terra gerar
mais produto que necessário para os que nela trabalham
Thomas Malthus (1766 - 1834)
2- Teoria da superprodução (depressões)
Investigou o processo de circulação da moeda e das 
mercadorias → invalidam a lei de Say
- Padrão de gastos das três classes:
A - trabalhadores gastam toda sua renda com subsistência
B - capitalistas têm paixão em acumular e não tinham tempo 
ou inclinação para gastar seus lucros em consumo ou 
serviços pessoais
C - proprietários de terra, são cavalheiros do ócio, com 
renda garantida, gastam em conforto, criados, promovendo 
a arte, universidades e a cultura; gastam sempre toda a 
renda em consumo ou serviços pessoais
Thomas Malthus (1766 - 1834)
2- Teoria da superprodução (depressões)
Demanda efetiva e as crises:
1- falta de demanda efetiva devido a:
- trabalhadores possuíam baixo poder de consumo e 
salários de subsistência; 
- capitalistas possuíam maior poder de consumo (ânsia de 
acumular mais), → gastavam pouco para poder investir e 
aumentar lucros futuros; 
- nobreza proprietária garantia certo grau de demanda 
(gasto com o consumo).
Crises: 
- elevação da taxa de lucro + demanda efetiva insuficiênte
Thomas Malthus (1766 - 1834)
2- Teoria da superprodução (depressões)
→ capitalistas gastam lucros com compra de novo capital
MAS 
progresso econômico → mais lucros
Lucros passam a ser acumulados
PORQUE
Investimento do lucro → aumento dos salários → aumento 
dos custos → redução dos lucros
PORTANTO
Capitalistas preferem manter em moeda improdutiva
Acumulação com mudançatécnica → menos trabalhadores 
→ mais produção mas menos demanda → crise
Thomas Malthus (1766 - 1834)
- superprodução → lucros excessivos que levam a uma taxa 
insustentável de acumulação
- Solução:
- alterar a distribuição da renda, capitalistas com menos 
lucros e proprietários de terra com mais renda
- a guerra elimina o problema (Ex. Inglaterra e América 
sofreram muito pouco e foram enriquecidas pelas guerras 
napoleônicas e sofrem muito por causa da paz )
- gasto em obras públicas, em épocas de sofrimento 
econômico agudo: rodovias, canais, pontes ...
- impostos necessários para financiar essas obras não 
podem sair da aplicação produtiva mas da acumulação.
Thomas Malthus (1766 - 1834)
- Contra a Lei de Say 
salários < custos totais de produção
PORTANTO: 
- não há como vender a produção total da indústria,
- queda nos preços → queda na taxa de lucro
- insuficiência de demanda → estagnação no mercado 
Outras causa da estagnação: 
- Excesso de acumulação e poupança 
Solução: 
- Controle para evitar poupanças excessivas, 
- Balança comercial favorável, 
- Gastos com obras públicas durante a crise. 
“...o livre mercado não era capaz de criar empregos.”
 
 
Thomas Malthus (1766 - 1834)
Contribuições de Malthus:
- Visão da pobreza como parte necessária do sistema
- Correspondência de seu pensamento com o poder e os 
interesses da aristocracia rural, em declínio mas dominante 
no parlamento inglês; (defesa da Lei dos Cereais)
- Atualidade: ideia da pobreza inevitável
- Aceitação natural da desigualdade social, culpa dos 
pobres, devido a sua fraqueza ou inferioridade moral
- Demanda Agregada, Keynes
- Crise, Marx
Ricardo X Malthus
Pontos em comum:
1- economia política não é neutra em relação aos valores e 
aos interesses das classes sociais.
2- Lei da população e Rendimentos decrescentes da 
agricultura.
3- Lei da população de Malthus → teoria dos salários de 
subsistência de Ricardo. Ambos contra a “leis dos pobres”.
Ricardo X Malthus
Divergências:
1- “lei de Say” X princípio da demanda efetiva → Ricardo 
venceu o debate até Keynes cem anos depois.
2- Ricardo defendia o livre-comércio, e Malthus defendia o 
protecionismo em relação aos produtos agrícolas.
3- Ricardo era mais liberal e acreditava nos mecanismos 
auto-reguladores da economia, 
Malthus apontou grandes problemas, mas não foi muito 
eficiente nas soluções.
4- Ricardo e a queda da taxa de lucro, redução do estímulo 
a novos investimentos. X Malthus e a elevação da taxa de 
lucro, falta de consumo e de demanda efetiva.
John Stuart Mill (1802-1873)
• Educação precoce (13 anos)
• Aluno de Ricardo.
• O último dos grandes 
Economistas Clássicos
John Stuart Mill (1802-1873)
Obras:
- Sistema de Lógica (1843)
- Ensaios sobre algumas questões não resolvidas em 
 Economia Política (1844)
- Princípios de Economia Política (1848)
- Emancipação da Mulher (1851)
- Da Liberdade (1859)
- Pensamentos sobre a Reforma Parlamentar
- Considerações sobre o Governo Representativo (1861)
- Utilitarismo (1863)
- Um exame da Filosofia de Sir William Hamilton (1865)
- Augusto Comte e o Positivismo (1865)
- A sujeição da mulher (1869)
John Stuart Mill (1802-1873)
Princípios de Economia Política, com algumas de suas 
aplicações à Filosofia Social (1848): 
- principal obra de economia
- compilação de ideias anteriores,
- popularizou o pensamento econômico de seus 
predecessores
- combinação da teoria do valor e da produção baseada no 
trabalho com elementos utilitaristas na explicação da 
demanda e do valor de troca
- manual de economia mais importante até a publicação de 
Princípios de Economia (1890), de Marshall
 
 
John Stuart Mill (1802-1873)
Princípios de Economia Política, com algumas de suas 
aplicações à Filosofia Social (1848): 
Estrutura: 
1) A Produção
2) A Distribuição
3) As Trocas
4) Influência do Progresso da Sociedade Sobre a Produção 
e a Distribuição
5) A Influência do Governo
John Stuart Mill (1802-1873)
Princípios de Economia Política, com algumas de suas 
aplicações à Filosofia Social (1848):
 
- leis da produção são gerais, válidas para todas as 
sociedades (leis da matéria e das técnicas físicas de 
produção), 
- leis da distribuição são históricas, decorrem de 
instituições humanas (leis da propriedade)
- troca → subordinada, não é o centro da economia política
- distribuição resulta de convenções humanas e pode ser 
reformada; 
- produção tem leis próprias que não podem ser mudadas 
pelos reformadores sociais
John Stuart Mill (1802-1873)
Princípios de Economia Política, com algumas de suas 
aplicações à Filosofia Social (1848):
 - Leis naturais:
a) lei do interesse pessoal – princípio hedonístico, cada 
homem procura o bem, a riqueza e evita o mal, a miséria, o 
esforço;
b) lei da livre concorrência – se cada indivíduo é o melhor 
juiz dos seus interesses, deve ter a liberdade de escolher o 
caminho para os realizar – laisser faire e livre concorrência;
c) lei da população – teses de Malthus;
d) lei da oferta e da procura – o preço aumenta na razão 
direta da procura e na razão inversa da oferta – esta lei 
determina o valor de todos os produtos, do capital, da terra 
e do trabalho;
John Stuart Mill (1802-1873)
Princípios de Economia Política, com algumas de suas 
aplicações à Filosofia Social (1848):
- Leis naturais:
e) lei do salário – distingue entre salário corrente, 
determinado pela lei da oferta e da procura, e salário 
natural, determinado pelo custo de vida do trabalhador;
f) lei da renda – Stuart Mill amplia a lei de Ricardo para os 
produtos agrícolas a todos os produtos manufacturados;
g) lei da troca internacional – a troca entre países 
proporciona a cada parte uma economia de uma 
quantidade de trabalho, que representa um ganho a
favor do país importador.
John Stuart Mill (1802-1873)
Utilidade → Motivações para os atos individuais além do 
prazer:
- senso de dever, honra, filantropia, sentimentos de grupo 
ou classe, padrões de comportamento herdados, atividades 
tradicionais da comunidade
- o prazer derivado das faculdades superiores é mais 
valioso que qualquer outro, possuiu superioridade 
intrínseca
“É melhor ser um Sócrates insatisfeito do que um tolo
satisfeito”
- considerado fundador da justificativa metodológica do 
racionalismo dedutivo em economia (a partir de leis 
psicológicas)
John Stuart Mill (1802-1873)
Teoria do valor
- soma teoria do valor-trabalho com a perspectiva utilitarista para 
explicar os valores de Troca 
- produção: requisitos = trabalho+objetos naturais apropriados
- custo = trabalho empregado na produção; todos os demais elementos 
da despesa do capitalista podem ser reduzidos a trabalho
- preço natural = salários + lucros (excepcionalmente rendas)
- riqueza = coisas úteis que possuem valor de troca (objetos materiais 
que podem ser acumulados)
- trabalho produtivo produz riquezas materiais direta ou indiretamente 
- capital → origem na poupança = estoque acumulado da produção do 
trabalho
- limite da riqueza não é falta de consumidores → Aumento de salários 
ou lucros levam a demanda crescente de bens necessários ou de luxo 
pelos empregados e bens de luxo pelos empregadores
 
 
John Stuart Mill (1802-1873)
Teoria do valor
- no longo prazo → produção industrial terá custos decrescentes
- no curto prazo → produção agrícola terá custos crescentes (origem 
da renda da terra)
- pode haver aumento geral de preços mas nunca um aumento geral do 
valor 
- demanda depende do valor; representada por uma função, determina, 
junto com a oferta, o preço e a quantidade demandada
- oferta -> estoque dado, produção sem limites e com limites (custos 
constantes ou crescentes) 
- custo de produção = soma dos rendimentos (salário, lucro e 
eventualmente renda) MAS trabalho é principal componente
- Custos podem ser crescentes → mercadorias que dependem da 
produção agrícola (o valor dos produtos agrícolas e minerais depende 
dos custos necessários para produzir e trazer ao mercado)
- os custos também têm componentes não naturais, como as taxas 
(impostos),que afetam os valores 
John Stuart Mill (1802-1873)
Princípios de Economia Política, com algumas de suas 
aplicações à Filosofia Social (1848): 
“O meio mais simples que se pode imaginar para manter os salários do 
trabalho no nível desejado seria fixá-los por lei (...). Provavelmente, 
ninguém jamais sugeriu que os salários devam ser absolutamente fixos, 
já que os interesses de todas as partes envolvidas muitas vezes exigem 
que variem; mas alguns propuseram fixar um salário mínimo, deixando 
que a variação acima desse nível seja ajustada mediante concorrência.” 
(Princípios de Economia Política, vol I, página 413)
John Stuart Mill (1802-1873)
Salários
- em concorrência → salário médio depende do montante de capital 
destinado ao emprego de trabalho e do tamanho da população 
(educação pode reduzir tamanho das famílias)
- não é determinado apenas pelos custos de produção
- Governo → não pode aumentar o total dos pagamentos de salário ao 
fixar um salário mínimo maior que o de equilíbrio entre oferta e 
demanda de trabalho (salários mais altos de alguns implicariam perda 
de emprego e renda salarial de outros)
- MAS pode aumentar a reserva de salários através da taxação, 
usando a tributação dos rendimentos para superar o desemprego 
-Greves ensinam às classes operárias a relação entre salário e oferta 
de trabalho
- Simpatia pelos trabalhadores, melhoria de sua condição “até um limite 
máximo” como o mais desejável para a sociedade
John Stuart Mill (1802-1873)
Lucros e Renda
- Determinantes da taxa de lucros = abstinência+risco+esforço
- lucros = remuneração da abstinência → recompensa por deixar de 
consumir seu capital e por permitir que ele seja consumido por 
trabalhadores produtivos
- Causa do lucro → o trabalho produz mais que o necessário para sua 
manutenção; lucro vem da capacidade de produção do trabalho e não 
da troca 
- Lucro é componente do preço natural da mercadoria
- Lucro reflete um custo de produção (pago na troca, por um serviço 
produtivo do capital ou do capitalista)
- Lucro têm 3 parcelas: juros, garantia e os salários de direção
John Stuart Mill (1802-1873)
Lucros e Renda
- Taxa de lucro tende a nivelar-se entre todos os setores
EXCETO: diferenças no risco, na atração de diferentes empregos e no 
monopólio
- Renda da terra não compõe os custos de produção
- Renda resulta de monopólio quando há escassez de um recurso
- Renda pode entrar nos custos, quando for inevitável
John Stuart Mill (1802-1873)
Tendência decrescente da taxa de lucro e estado 
estacionário
Queda na taxa de lucro → efeito da acumulação com crescimento da 
população → preços dos aumentam → aumentar a renda → reduz o 
lucro
Exceções: exportação de capital e crises comerciais periódicas
- fluxo de capitais para colônias e outros países em busca de lucros 
maiores → desvia parte do aumento de capital que teria dado origem à 
queda dos lucros; 
- capital é aplicado e gera fluxo de produtos agrícolas baratos que 
permitem expandir capital e população internos sem reduzir os lucros
- desperdício de capital nas épocas de expansão dos negócios e de 
exagerada especulação e nas épocas de reviravolta comercial que 
sempre as sucedem;
- excesso de capital leva à acumulação em empreendimentos de lucro 
incerto ou que produzem além das necessidades do mercado
 
 
John Stuart Mill (1802-1873)
Lei de Say
Defendeu a Lei de Say 
- “superprodução de mercadorias” era na verdade uma suboferta 
monetária (demanda por moeda menor que sua oferta)
- No longo prazo o mercado automaticamente sai das depressões e 
alcança pleno emprego
John Stuart Mill (1802-1873)
Lei dos valores internacionais
(lei do equilíbrio da procura internacional)
“os produtos de um país se trocam pelos produtos de outros países, 
àqueles valores que são necessários para que a totalidade de suas 
exportações possa pagar exatamente a totalidade de suas 
importações”
Existe “procura recíproca” (demanda mútua)
Pressuposto: valores exportados são iguais aos importados
- valor relativo das mercadorias depende das condições de demanda 
em cada país, e dos custos de produção
- depende da capacidade produtiva do país que está voltada para 
exportação X capacidade produtiva dos parceiros comerciais voltada 
para os mercados desse país
- quanto menos capacidade produtiva tiver de ser dedicada por um 
país à exportação/importação, mais favoráveis serão as relações de 
troca
John Stuart Mill (1802-1873)
Propriedade Privada: 
- Propriedade privada não é uma realidade imutável, divina ou sagrada
- Leis da propriedade não estão de acordo com os princípios que a 
justificam (divisão justa ou aquisição por iniciativa própria)
- Propriedade privada retém traços de sua origem → os ordenamentos 
sociais da Europa distribuíram a propriedade pela conquista e pela 
violência
Concentração da Propriedade Privada:
- cria uma classe parasita, que vive luxuosamente, com renda e sem 
ligação necessária com a atividade produtiva
- não é justo nem saudável exista uma “classe” que não trabalhe
Estrutura de classes existente não é permanente 
- não é de esperar que a divisão da raça humana em duas “classes 
hereditárias” possa manter-se para sempre
John Stuart Mill (1802-1873)
Sociedade e Governo: 
- sociedade socialista ou comunista moralmente superior ao “estado 
atual da sociedade”, desigual e injusta baseada na propriedade privada 
(com distribuição do produto do trabalho na razão inversa do trabalho)
- repartição de lucros e cooperativas, operando em regime 
concorrencial devem melhorar as condições das classes trabalhadores 
(junto com informação e cultura)
- o socialismo seria possível somente quando o caráter das pessoas 
houvesse melhorado
- chegará o dia em que a luta pelas riquezas poderá acabar, sendo 
posta de lado pelos ricos, que não mais reivindicarão privilégios 
políticos
- cooperativas podem provar que são econômica e socialmente bem 
sucedidas
- relação dos patrões com os trabalhadores será substituída por 
associação de trabalhadores com o capitalista ou por associação 
própria dos trabalhadores
John Stuart Mill (1802-1873)
Intervenção do Governo: 
Objetivo: modificar os efeitos socialmente indesejáveis do livre 
mercado:
1- Erradicar a pobreza; 
- educação nacional eficaz das crianças da classe trabalhadora
- durante uma geração, medidas para acabar com a pobreza extrema 
- uso das terras comuns em benefício dos pobres
- financiamento não seria retirado do capital empregado na 
manutenção do trabalho, mas do excedente que não pudesse ser 
empregado (que iria para o exterior ou seria desperdiçado)
2- Leis que protegem o direito de associação, que impedem abuso ou 
excesso de trabalho de crianças, e limitam a jornada de trabalho
John Stuart Mill (1802-1873)
Intervenção do Governo: 
3- Limites ao direito de herança; 
Via imposto, para restringir a acumulação de grandes fortunas nas 
mãos dos que não a adquiriram por esforço próprio
4- Regulação ou encampação de Monopólios
Empresa deve visar o bem comum para que os lucros do monopólio 
possam ser auferidos pelo povo
Autoridades municipais deveriam operar companhias de gás e água, 
cujos valores devem ser regulados
5 - Governo deve agir também fazendo coisas que servem ao interesse 
geral da sociedade, mas que não são rentáveis (exploração geográfica 
ou científica, estradas, docas, portos, irrigação, hospitais, escolas,
Faculdades)
 
 
John Stuart Mill (1802-1873)
- Ativista das reformas legislativas, dialogo com o 
pensamento socialista, 
- Crítica aos princípios parlamentares e legais vigentes
- Participou de diversas sociedades de debates dedicadas 
aos problemas sociais e intelectuais contemporâneos
- Fundou a Sociedade Pró Voto Feminino (1865),
- Foi membro do parlamento, votando com a ala radical do 
Partido Liberal (defesa dos direitos das mulheres)
- Defesa do livre exercício das profissões sem 
discriminação contra as mulheres
Socialismo Utópico - Principais Expoentes
Robert Owen 
(1771 – 
1858)
 
Charles Fourier
(1772 – 1840)
 
Saint – Simon(1760 – 
1825)
 
Pierre 
Proudhon
(1805 – 
1870)
 
 
Socialismo “Utópico” X Socialismo Científico
• A “Utopia”, de Thomas More (1653) – composição 
da cidade-estado “ideal”.
• O socialismo “utópico” buscava a composição da 
sociedade ideal, sem alterar universalmente as 
relações de produção. Origem no pensamento 
Iluminista do sec. XVII e XVIII.
• O socialismo científico busca a alteração universal 
das relações de produção, pela via revolucionária, 
e tem suas origens na obra de Marx – Engels.
Socialismo Utópico
Bases:
• Reorganização da sociedade – abolição da divisão 
entre trabalhadores e proprietários;
• Distribuição do produto social de maneira igual 
entre os membros da sociedade;
Robert Owen e o Sistema Cooperativo
• Produção industrial voltada para o 
consumo interno – salários e preços 
determinados de acordo com as demandas 
internas;
• Pode um sistema cooperativado competir 
satisfatoriamente com um 
empreendimento puramente capitalista? 
(diferenças de produtividade e custos)
Saint-Simon, Fourier e os Falanstérios
• Teoria social “bonapartista”.
• Organização de toda a vida dos habitantes 
dos “falanstérios”, desde as relações de 
produção, a divisão do trabalho, até a 
vestimenta e os costumes.
• Absurdo? Comunidades dos anos 1960.
 
 
Proudhon e a origem do valor
• Crítica à propriedade Privada
• Defendeu:
– associações dos trabalhadores (cooperativas) 
– propriedade coletiva dos trabalhadores da cidade 
e do campo em relação aos meios de produção, 
– revolução social poderia ser alcançada através 
de formas pacíficas.
• Tentou criar um banco operário (empréstimos sem 
juros)
• Ideia foi apropriada por capitalistas e acionistas 
que exigiriam imposição de juros em seus 
empréstimos.
Proudhon e a origem do valor
• Em Filosofia da Miséria, Proudhon aponta o 
erro existente no pagamento de salários 
pelo trabalho, e a exploração dos 
trabalhadores pelos proprietários;
• Solução: trocar todas as coisas pelos seus 
respectivos “valores reais”
• “A propriedade é um roubo”
• Crítica de Marx: Miséria da Filosofia
Resultados
• Herança: o Sistema Cooperativo, por Owen.
• Principais críticas: Karl Marx, Filosofia da Miséria (1847), e 
Friedrich Engels, Do Socialismo Utópico ao Socialismo 
Científico.
• Experiências de mais de 30 anos no EUA e Sul da AL.

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