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Exame do abdome

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Os principais sintomas das doenças do 
estômago são: dor, dispepsia (indigestão), 
náuseas, vômitos e pirose (azia, queimação). 
Geralmente, o paciente fica em decúbito 
dorsal e o examinador de pé, à direita do 
paciente. 
Atentar para: 
Inspeção: contorno, simetria, pele, pulsação ou 
movimento; 
Ausculta: ruídos hidroaéreos e vasculares; 
Percussão: percutir todos os quadrantes, margem do 
fígado e do baço; 
Palpação: atentar para as massas, regiões 
dolorosas, deformidades; 
Herniações: descrever presença de dispositivos. 
Aspectos anatômicos 
 
Em cada região está localizado: 
1. Lobo hepático direito e vesícula biliar; 
2. Extremidade pilórica do estômago, 
duodeno, pâncreas e porção do fígado; 
3. Estômago, cauda do pâncreas e 
4. flexura esplênica do cólon; 
5. Cólon ascendente e porções do duodeno e 
jejuno; 
6. Omento, mesentérico, parte inferior do 
duodeno, jejuno e íleo; 
7. Cólon ascendente e porções do jejuno e 
íleo; 
8. Ceco, apêndice e extremidade inferior do 
íleo; 
9. Íleo, 
10. Cólon sigmóide 
 
Técnica 
O exame semiológico do abdome é dividido em 5 
etapas: 
1. Inspeção estática e dinâmica 
2. Ausculta 
3. Percussão 
4. Palpação (superficial e profunda) 
5. Exames do fígado e do baço 
 
Inspeção estática 
 
Observar: 
- forma (normal, globoso, escavado); 
- abaulamentos e retrações; 
- simetria em relação à cicatriz umbilical; 
- distribuição de pelos; 
- lesões de pele; 
- cicatrizes cirúrgicas; 
- circulação colateral; 
- movimentos e pulsações; 
- movimentação da parede abdominal ao 
respirar. 
 
A localização, extensão e forma de uma cicatriz 
na parede abdominal podem fornecer 
informações úteis sobre cirurgias anteriores: 
 
- Flanco direito: colecistectomia 
- Flanco esquerdo: colectomia 
- Fossa ilíaca direita: apendicectomia e 
herniorrafia 
- Hipogástrico: histerectomia 
- Linha média: laparotomia 
- Região lombar: nefrectomia 
- Linha vertebral: laminectomia 
 
exame do abdome 
@enfemania 
 
Inspeção dinâmica 
 
Avaliar abaulamentos e retrações aos esforços. 
 
Manobra de valsalva 
Solicite que o paciente force a saída de ar contra a 
boca e o nariz, que devem estar tampados. Caso 
ocorra a insinuação herniária, sinal de valsalva 
positivo, indicando hérnia. 
 
Manobra de Smith y Bates 
Solicite que o paciente realize uma contratura 
abdominal, através de uma flexão abdominal. Se o 
sinal for positivo, pode indicar diástase, lipoma, 
hérnias ou tumorações na parede abdominal. 
 
Ausculta 
 
Auscultar os quadro quadrantes durante um minuto 
e verificar: 
- Normal: 5 a 34 ruídos por minuto; 
- Hiperperistalse: > 34 ruídos por minuto, indica 
diarreia; 
- Aperistalse/ Hipoperistalse: < 5 ruídos por minuto , 
indica obstrução intestinal, íleo paralítico 
 
Para confirmar ausência de ruídos, ausculte por 
mais 5 minutos cada quadrante. 
 
- Pesquisa de sopros abdominais: 
o Aorta abdominal: dois dedos acima da 
cicatriz umbilical 
o Artérias renais: dois dedos acima e dois dedos 
para os lados da cicatriz umbilical; 
o Artérias ilíacas: dois dedos abaixo e dois 
dedos para os lados da cicatriz umbilical 
 
 
 
Percussão 
 
- Apoiar apenas o dedo médio da mão 
não dominante no local a ser 
percutido; 
- Com o dedo médio da mão 
dominante, percutir a falange média 
da mão apoiada; 
- Percutir as 9 regiões do abdome. 
 
Tipos de sons: 
Timpanismo: indica presença de ar dentro das 
vísceras ocas; 
 
Hipertimpanismo: indica aumento de ar; 
 
Macicez: indica ausência de ar nas vísceras como 
fígado, baço e útero gravídico; 
 
Submacicez: indica diminuição do ar ou superposição 
de uma víscera maciça sobre uma alça intestinal 
 
 
 
Palpação 
 
- antes de iniciar o exame, é necessário perguntar ao 
paciente se ele está sentido dor em alguma região 
do abdome. Caso ele esteja, deixe a palpação desta 
área por ultimo; 
 
- palpe as nove regiões do abdome em uma divisão 
de superficial e profunda 
o Superficial: avalia a parede abdominal com 
a mão dominante espalmada em 
movimentos circulares 
o Profunda: avalia os planos profundos com a 
mão não dominantes sobreposta a mão 
dominantes, fazendo uma pressão maior que 
a palpação superficial 
 
Sinais importantes 
 
Sinal de Cullen: 
Equimose periumbilical, resultante de hemorragia 
retroperitoneal. Pode surgir na pancreatite aguda e 
na ruptura de gravidez ectópica 
 
Sinal de Gray-Turner: 
Equimose dos flancos que pode ocorrer na 
pancreatite necro-hemorrágica e indica grave 
comprometimento da víscera. 
 
Sinal de Murphy: 
 
Parada da inspiração ao comprimir o ponto cístico. 
Pede-se ao paciente que faça uma inspiração 
profunda comprimindo-se o ponto, na qual a vesícula 
descerá impelida pelo diafragma. Se estiver 
inflamada, a pressão exercida provocará dor aguda, 
levando o paciente a interromper a inspiração ou 
relatar dor intensa, sendo indicativo de colecistite 
aguda. 
 
Sinal de Blumberg: 
Dor que ocorre à descompressão brusca do ponto de 
McBurney. Ao descomprimir, o apêndice é projetado 
bruscamente de encontro à parede. Caso o apêndice 
esteja inflamado, provoca dor intensa e indica 
apendicite aguda 
 
Observação: Para verificar peritonite em todo 
abdome a manobra é chamada de Manobra de 
Descompressão Brusca. Quando aplicada 
especificamente no ponto de McBurney é utilizada 
para verificar apendicite aguda e é chamada de 
Manobra de Blumberg. 
 
 
Sinal de Rovsing 
 
Consiste em forçar movimento antiperistáltico de 
camada gasosa dos cólons, desde o sigmóide até a 
região ileocecal, com a finalidade do ar, sob pressão, 
distender o ceco, acarretando a dor no apêndice 
inflamado e sugerindo apendicite aguda. 
 
Sinal de psoas 
 
Posiciona-se o paciente em decúbito lateral esquerdo, 
e o examinador deve realizar a hiperextensão 
passiva de membro inferior direito (ou flexão ativa 
contra resistência). Em caso de dor a hiperextensão 
passiva ou a flexão ativa, o sinal é positivo e indica 
apendicite aguda. 
 
Sinal de Giordano 
 
Com o paciente sentado e inclinado para frente, o 
examinador realiza uma súbita punho-percussão, com 
a borda ulnar da mão, na região da fossa lombar 
do paciente, na altura da loja renal (flancos). 
Em caso de dor aguda em pontada, o sinal é positivo 
e indica pielonefrite. 
 
Pesquisa de ascite 
 
- Posicione o paciente em decúbito dorsal; 
 
- Percuta o abdome a partir da linha média 
(mesogástrio) em direção aos flancos (direito ou 
esquerdo); 
 
- Marque com o dedo o ponto de transição do som 
(de timpânico para maciço); 
 
- Peça para o paciente posicionar-se em decúbito 
contra lateral à direção da percussão, sem retirar 
o dedo do local de transição; 
 
- Percuta novamente o local marcado; - Se houver 
líquido na cavidade, ele escoará por ação da 
gravidade e será possível observar a mudança do 
som de maciço para timpânico na mesma topografia. 
 
 
Sinal de piparote 
 
- Posicione o paciente em decúbito dorsal; 
 
- Peça para o paciente posicionar a mão na linha 
xifopubiana, isto dificulta a transmissão das ondas 
pelo adiposo/subcutâneo tornando a percepção das 
ondas produzidas pelo líquido mais fácil para o 
examinador; 
 
- Posicione a mão esquerda no flanco direito do 
paciente e percuta o flanco esquerdo com a mão 
direita; 
 
- Na presença de ascite haverá a propagação das 
ondas do movimento do líquido na mão esquerda. O 
movimento pode ser realizado no sentido contrário.

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