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Procedimento de sindicância na Polícia Militar da Bahia

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Sindicância na Polícia Militar da Bahia.
Lei 7990 de 27 de dezembro de 2001.
A luz do quanto preconiza o artigo 58 do Estatuto dos Militares Estaduais, todas as vezes que tivermos conhecimento de um fato que envolva a administração pública ou um de seus agentes, apontando situação de irregularidade, deve ser de pronto investigada, senão vejamos:
Art. 58 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço é obrigada a promover a sua imediata apuração mediante sindicância ou processo disciplinar.
Parágrafo único - Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada por falta de objeto.
Deste modo, resta claro a necessidade de investigação dos fatos conhecidos, a fim de averiguar se existe veracidade ou não. Não existindo fundamento, de acordo com o revelado no parágrafo único dos artigo 58, o fato deverá ser arquivado. Mas se houver indícios ou prova do cometimento de infração disciplinar ou ilícito penal comum ou militar, a situação desdobrará para um dos incisos de II a V do artigo 60 da lei 7.990 de 27 de dezembro de 2001, conforme podemos ver a seguir:
SEÇÃO I
DA SINDICÂNCIA
O qué é sindicância?
Nos termos dos artigos 204 a 207 da Lei n° 6.677/94, é um procedimento administrativo sumário de natureza inquisitorial (não possui contraditório) que tem como objetivo apurar a existência de fatos irregulares na Administração e determinar os responsáveis, em prazo não superior a 30 dias, podendo ser prorrogado por mais a sua metade, a critério da autoridade delegante.
Neste verberamento, fica evidenciado o caráter investigativo da sindicância, que nos remonta a ideia da falta de formalidade processual, haja vista que nesse momento da inquisição dos fatos ocorridos, do início até sua elucidação, não há em se falar de cumprimento de regras estabelecidas em princípios constitucionais no que se refere a ampla defesa e contraditório.
No procedimento, em sua modalidade sindicância ou qualquer outro, pode-se negar ao investigado que possa ser assistido por seu defensor? 
Não, nada impede que o investigado possa ser assistido por seu advogado no desenrolar do procedimento. Há de se analisar de forma profissional qualquer interferência do defensor no sentido de peticionar solicitando realização de diligência no sentido de produção de provas importantes ao desenrolar da investigação, principalmente se a diligência servir para comprovação de inocentação do investigado.O encarregado precisa agir com muito bem senso.
Mas para que serve a sindicância no âmbito da Polícia Militar da Bahia ?
Vamos responder, a luz da legislação Castrense, quer seja: Lei Estadual, 7.990 de 27 de dezembro de 2001.
Art. 60 - A sindicância será instaurada para apurar irregularidades ocorridas no serviço público, identificando a autoria e materialidade da transgressão, dela podendo resultar:
Nesse aspecto podemos introduzir em nosso estudos que a sindicância possui uma natureza inquisitorial, ou seja, investigativa. Trocando em miúdo, muito embora nesse procedimento busquemos pela autoria e materialidade dos fatos, por sua natureza inquisitorial, a sindicância não pune o servidor. A sindicância figurará como peça informativa do processo administrativo.
I - arquivamento do procedimento;
ocorrerá todas as vezes que clareia o parágrafo único do artigo 58 do Estatuto dos Militares Estaduais. Assim sendo, após investigação, resta claro que não houve qualquer ato que pudesse ser imputado a administração pública ou a qualquer de seus agentes.
 II - instauração de processo disciplinar sumario;
Recairá nessa situação, todas as vezes em que após a adoção dos passos inquisitoriais restar claro o envolvimento do policial militar, entretanto na esfera de transgressão de normas administrativas devidamente apontadas através do artigo 51, em qualquer de seus incisos, podendo a penalidade ser aplicada de acordo com o artigo 52 do mesmo diploma legal anteriormente citado, podendo o agente público ser alcançado em até 30 dias de detenção. Devendo tal castigo disciplinar ser cumprindo em área livre do quartel.
III - instauração de processo administrativo disciplinar;
'''Vejamos, todas as vezes que o procedimento de sindicância achar em seu desfecho final, violação de qualquer dos preceitos do artigo 57 do Estatuto dos Militares Estaduais, ensejará na instauração do PAD, vejamos quem são eles:
Art. 57 - A pena de demissão, observada as disposições do art. 53 desta Lei, será aplicada nos seguintes casos:
 I - a prática de violência física ou moral, tortura ou coação contra os cidadãos, pelos policiais militares, ainda que cometida fora do serviço;
 II - a consumação ou tentativa como autor, co-autor ou partícipe em crimes que o incompatibilizem com o serviço policial militar, especialmente os tipificados como:
 a) de homicídio (art. 121 do Código Penal Brasileiro);
 1.quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente;
 2.qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV e V do Código Penal Brasileiro).
 b) de latrocínio (art. 157, § 3º do Código Penal Brasileiro, in fine);
 c) de extorsão:
 1.qualificado pela morte (art. 158, § 2º do Código Penal Brasileiro);
 2.mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput e §§ 1º, 2º e 3º do Código Penal Brasileiro).
 d) de estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, ambos do Código Penal Brasileiro);
 e) de atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com art. 223, caput e parágrafo único do Código Penal Brasileiro);
 f) de epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º do Código Penal Brasileiro);
 g) contra a fé pública, puníveis com pena de reclusão;
 h) contra a administração pública;
 i) de deserção.
 III - tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins;
 IV - prática de terrorismo;
 V - integração ou formação de quadrilha;
 VI - revelação de segredo apropriado em razão do cargo ou função;
 VII - a insubordinação ou desrespeito grave contra superior hierárquico (art. 163 a 166 do CPM);
 VIII - improbidade administrativa;
 IX - deixar de punir o transgressor da disciplina nos casos previstos neste artigo;
 X - utilizar pessoal ou recurso material da repartição ou sob a guarda desta em serviço ou em atividades particulares;
 XI - fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
 XII - participar o policial militar da ativa de firma comercial, de emprego industrial de qualquer natureza, ou nelas exercer função ou emprego remunerado, exceto como acionista ou quotista em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada;
 XIII - dar, por escrito ou verbalmente, ordem ilegal ou claramente inexequível, que possa acarretar ao subordinado responsabilidade, ainda que não chegue a ser cumprida;
 XIV - permanecer no mau comportamento por período superior a dezoito meses, caracterizado este pela reincidência de atitudes que importem nas transgressões previstas nos incisos I a XX, do art. 51, desta Lei.
Parágrafo único - Aos policiais militares da reserva remunerada e reformados incursos em infrações disciplinares para qual esteja prevista a pena de demissão nos termos deste artigo e do artigo 53 será aplicada a penalidade de cassação de proventos de inatividade, respeitado, no caso dos Oficiais, o disposto no art. 189 deste Estatuto.
Parágrafo único acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356, de janeiro de 2009.
IV - instauração de inquérito policial militar;
Temos aqui, uma situação inequívoca de que após a apuração investigativa, ao seu final restou claro, indício ou cometimento de '''crime militar''' próprio ou impróprio, devidamente tipificado em lei própria, '''CÓDIGO PENAL MILITAR''', no que concerne a parte das tipificações, bem como o alinhamento do tipo penal com uma das situações previstas no artigo 9º, do mesmo arcabouço jurídico, conforme podemos ver a seguir:
Art. 9º Consideram-se crimes militares,em tempo de paz: 
I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; (números)
II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum, quando praticados: 
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado; 
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; 
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; 
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar;
f) revogada. (Vide Lei nº 9.299, de 8.8.1996) 
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: 
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar; 
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; 
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; 
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior. 
V - encaminhamento ao Ministério Público, quando resultar provado o cometimento de ilícito penal de competência da Justiça Comum.
Por fim, quando houver violação da lei penal comum, digo, O CÓDIGO PENAL, haja vista a condição do policial,por exemplo, cometer crime durante seu horário de folga sem nenhuma circunstância que possa ser aduzida ao crime militar.
É importante notificar que tanto nos casos de indicação de IPM, quanto no caso de encaminhamento ao MP, pode-se concomitantemente, instaurar um processo administrativo disciplinar.
§ 1º - A sindicância poderá ser conduzida por um ou mais policiais militares, que poderão ser dispensados de suas atribuições normais, até a apresentação do relatório final.
§ 2º - O prazo para conclusão da sindicância não excederá trinta dias, podendo ser prorrogado por metade deste período, a critério da autoridade competente.
§ 3º - O processo disciplinar sumario destina-se a apuração de falta que, em tese, seja aplicada a pena de advertência e detenção.
§ 4º - O processo administrativo disciplinar será instaurado quando, em tese, sobre a falta se aplique a pena de demissão, mediante a nomeação pela autoridade competente da Comissão do Processo Administrativo Disciplinar.
BIBLIOGRAFIA
O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, LEI Nº 7.990 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2001
DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969. Código Penal Militar.

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