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CASO CONCRETO 1-6

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AULA 1
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
No dia 15 de março de 2017, por volta das 23h30min, em um hospital integrante do Sistema Único de Saúde (SUS), na cidade de Eugenópolis, PAULO ALBERTO, médico do referido hospital, solicitou, para si, diretamente, o valor de R$3.000,00 (três mil reais) referente ao pagamento de uma cirurgia de urgência, à paciente ELEONORA, que se encontrava internada no hospital sob seus cuidados com hemorragia interna. A vítima alegou não ter condições de pagar o procedimento. Diante da negativa do médico na realização da cirurgia sem o pagamento solicitado, este solicitou a transferência de ELEONORA para o hospital integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) de Itamuri, aonde o procedimento cirúrgico foi realizado por outro médico, sem qualquer ônus a ELEONORA. Dos fatos, PAULO ALBERTO restou denunciado pela prática de crime contra a Administração Pública. Em defesa afirmou não ter solicitado valores para realização cirurgia, mas que apenas referiu que se fosse fazer a cirurgia seria de forma particular e custaria R$3.000,00 (três mil reais). Disse, ainda, que era médico contratado pelo hospital e, portanto, não poderia ser considerado funcionário público, conforme relatado na denúncia. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada:
1. A alegação de PAULO ALBERTO de que não pode ser caracterizado funcionário público deve prosperar?
RESPOSTA: Não poderia ser sustenta a defesa de Paulo Alberto, alegando não ser funcionário público, visto que no Art 327, § 1º do CP que estabelece que corresponde ao servidor público todo aquele que exerce emprego ou função em instituição paraestatal, prestadora de serviços contratada ou conveniada a fim de realizar funções típicas da Administração pública, portanto estando ele executando tais funções enquadra-se como funcionário público. Deste modo também foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal que firmou entendimento no sentido de que também se equipara a funcionário público o médico que trabalha num hospital prestador de serviços ao SUS, ainda que seu contrato de trabalho seja celetista. Neste sentido, HC 97710 ED / SC, Relator Ministro ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 01/10/2013.
b) Qual a correta tipificação da conduta de PAULO ALBERTO? Ainda, o fato de ELEONORA não ter feito o pagamento solicitado possui alguma relevância?
RESPOSTA: Conforme previsto no art. 317, do Código Penal, seria tipificado em corrupção passiva, crime formal, de acordo com a consumação, o fato dela não ter pago não tem relevância, visto que se concretizou no lapso temporal que Paulo Alberto exigiu o pagamento. 
Questão objetiva.
Em relação aos crimes contra a Administração Pública, é correto afirmar que: (CONCURSOS MODIFICADA)
a) não se equipara a funcionário público, para os efeitos penais, quem exerce emprego em entidade paraestatal.
b) servidor público estadual que se apropria de um notebook do qual tinha a posse em razão de seu cargo, a fim de entregá-lo como presente para sua filha pratica o delito de apropriação indébita.
c) pratica o delito de prevaricação o funcionário público que deixar, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.
d) aquele que solicita vantagem, para si ou para outrem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função, pratica crime de corrupção passiva.
e) Médico de hospital credenciado pelo SUS que presta atendimento a segurado, por ser considerado funcionário público para efeitos penais, pode ser sujeito ativo do delito de concussão.
LETRA: E
AULA 2
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva fundamentada, às questões formuladas:
LAURA, Delegada de Polícia, negou-se a registrar ocorrência de estupro de vulnerável contra o filho de sua empregada doméstica, CARLA, sob o argumento de que conhecia o jovem e que a suposta vítima, de 13 anos, à época dos fatos, era, como afirmado pela mãe do suposto autor dos fatos, namorada deste. Independentemente da discussão acerca da configuração do delito de estupro de vulnerável, quando a menor já possui experiência sexual e consente com a relação sexual, análise sob o aspecto jurídico penal a conduta de LAURA. Responda, de forma objetiva e fundamentada, consoante os estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública.
Ainda, caso a Delegada de Polícia deixasse de registrar ocorrência de estupro de vulnerável a pedido de CARLA, a resposta permaneceria a mesma?
Responda de forma objetiva e fundamentada.
RESPOSTA: Considerando a diversidade dos delitos de prevaricação e corrupção passiva privilegiada, conforme artigo 319 do CP, a delegada responderá ao crime de prevaricação, já que a agente pratica a conduta comissiva ou omissiva visando à satisfação de interesse próprio, sem que haja qualquer pedido por parte de terceiro, agindo exclusivamente por influência de sentimento próprio, no entanto, caso deixasse de agir atendendo o pedido de sua empregada , sem receber qualquer tipo de vantagem indevida, responderia por corrupção passiva privilegiada, segundo art.317§2º, CP.
Questão objetiva. Mário foi denunciado pela prática de crime contra a Administração Pública, sendo imputada a ele a responsabilidade pelo desvio de R$ 500.000,00 dos cofres públicos. Após a instrução e confirmação dos fatos, foi proferida sentença condenatória aplicando a pena privativa de liberdade de 3 anos de reclusão, que transitou em julgado. Na decisão, nada consta sobre a perda do cargo público por Mário. Diante disso, ele procura um advogado para esclarecimento sem relação aos efeitos de sua condenação. Considerando as informações narradas, o advogado de Mário deverá esclarecer que: (XXVI Exame Unificado OAB):
a) a perda do cargo, nos crimes praticados por funcionário público contra a Administração, é efeito automático da condenação, sendo irrelevante sua não previsão em sentença, desde que a pena aplicada seja superior a 04 anos.
b) a perda do cargo, nos crimes praticados por funcionário público contra a Administração, é efeito automático da condenação, desde que a pena aplicada seja superior a 01 ano.
c) a perda do cargo não é efeito automático da condenação, devendo ser declarada em sentença, mas não poderia ser aplicada a Mário diante da pena aplicada ser inferior a 04 anos.
d) a perda do cargo não é efeito automático da condenação, devendo ser declarada em sentença, mas poderia ter sido aplicada, no caso de Mário, mesmo sendo a pena inferior a 04 anos.
Letra: D
AULA 3
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
No dia 10 de fevereiro de 2017, por volta das 02h45min, ALEX SANDRO foi abordado por Policiais Militares em local conhecido como ponto de venda de drogas, tendo localizado em revista pessoal, na cueca do acusado 15 pedras de crack, droga que o ALEX SANDRO trazia consigo, para fins de distribuição e comércio, com peso aproximado de 2,56 gramas (auto de apreensão da fl. W/IP). Além da droga, apreendeu-se em poder de ALEX SANDRO um aparelho celular, marca LG, dual sim, sem cartão e sem chip, bem como R$ 325,00 (trezentos e vinte e cinco reais), divididos em cédulas de diversos valores (uma de R$ 50,00; duas de R$ 20,00; 18 de R$ 10,00 e 11 de R$ 5,00). Submetida a exame, constatou-se a natureza entorpecente da substância apreendida (laudo preliminar de constatação das fls. X-Y/IP). Na ocasião, durante a abordagem acima referida, ALEX SANDRO tentou resistir à revista, inclusive ameaçando o Policial Militar ANTÔNIO, dizendo-lhe que com uma ligação para o “Nando do Posto de Gasolina” o policial tomaria um “tiro na cara”. Dos fatos, ALEX SANDRO restou denunciado como incurso nas sanções do artigo 33, caput, da Lei n. 11.343/2006, combinado com o artigo 2° da Lei n 8.072/90.
Ante o exposto, responda, deforma objetiva e fundamentação às questões abaixo:
1. A conduta de ALEX SANDRO ao ameaçar os policiais durante a revista, configura figura típica?
RESPOSTA: Conforme disposto no art. 329 do Código Penal, se caracteriza como resistência ativa pelo fato de ALEX SANDRO dificultar o cumprimento de ato legal utilizando de violência e ameaça. Tendo em vista ser um delito formal, se consuma no lapso temporal em que é utilizada a violência e grave ameaça, independentemente do impedimento da prática do ato funcional.
 
1. Diferencie as condutas de resistência e desobediência.
RESPOSTA: No que tange a desobediência, previsto no art.330, do Código Penal, será praticada a denominada resistência passiva, sem a utilização de violência ou ameaça. Já na resistência ativa, disposto no art. 329 do Código Penal, a ação será enquadrada como incursa na ação da resistência sendo, desta forma, o delito de desobediência absorvido.
Lecionava o Ministro Nelson Hungria que “esta será lícita, por exemplo, quando dirigida contra a execução de um mandado de prisão preventiva(embora revestido das formalidades legais) e expedido contra autor de crime afiançável fora dos casos dos incisos I  a III do  artigo 313 do Código de Processo Penal; mas já não o será quando praticada a pretexto de evitar uma prisão decorrente de sentença condenatória supostamente contrária à prova dos autos.” COMENTÁRIOS AO CÓDIGO PENAL, VOLUME IX, PÁG. 415
Questão objetiva. Relativamente aos crimes praticados por particular contra a administração pública, assinale a alternativa correta: (Concursos Públicos – Modificadas)
a) A configuração do crime de corrupção ativa pressupõe, necessariamente, a coexistência do delito de corrupção passiva.
b) O crime de usurpação de função pública somente se caracteriza se o agente usurpador obtém vantagem enquanto na função.
c) O crime de resistência caracteriza-se pela oposição à execução de ato, ainda que ilegal, mediante violência ou grave ameaça, a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.
d) As ofensas proferidas, ou a negativa em acompanhar o policial, ou em abrir a porta, não são suficientes para a tipificação do delito de resistência.
e) O delito de desacato (art. 331, CP), dado o objeto material (o funcionário público e sua honra), tem como sujeito passivo apenas o funcionário público humilhado
LETRA:D
AULA 4
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
No dia 20 de dezembro de 2010, por volta das 21h05min, no cruzamento entre as Ruas Whashington Luís e General Portinho, em Porto Alegre, Adalto, atuando de forma negligente na direção de veículo automotor, praticou lesões corporais culposas na vítima Roger. Na ocasião, Adalto, no supracitado cruzamento, sem acautelar-se em relação ao trânsito existente no local, colheu a motocicleta conduzida por Roger, que trafegava pela Rua General Portinho.
Segundo o apurado, o carro de Adalto passou por cima da motocicleta da vítima, arrastando-a por considerável distância, produzindo na vítima lesões nos braços, punhos, mãos e quadril esquerdo. A vítima gritou por socorro, ocasião em que foi socorrida por populares e policiais militares, uma vez que
Adalto afastou-se do local, deixando de prestar socorro à vítima, embora lhe fosse possível fazê-lo. Na ocasião, policiais militares foram informados pela vítima e por populares que o motorista causador do acidente estava dirigindo o veículo Fiat/Uno, placa XXX000, bem como havia empreendido fuga do local.
Com as informações do veículo, os policiais empreenderam diligências na direção apontada pelos populares e pela vítima, ocasião em que avistaram Adalto, em seu veículo, na praça supracitada, razão pela qual foi procedida abordagem. Quando da abordagem, Adalto ofereceu vantagem indevida a funcionários públicos para que omitissem ato de ofício. Após ser identificado, Adalto foi preso e colocado dentro da viatura policial, ocasião em que se dirigiu aos policiais dizendo que, para acabar com tudo aquilo (retirar as algemas e deixar que fosse embora), daria aos policiais a quantia que quisessem em dinheiro. Dos fatos narrados, indaga-se: com relação à conduta de Adaltoo oferecer vantagem indevida a funcionários públicos para que omitissem ato de ofício, qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, caso os policiais tivessem aceito e recebido a referida vantagem e ainda assim o prendessem, a resposta se alteraria? Responda de forma objetiva e fundamentada.
	RESPOSTA: Independente da aceitação deles, no instante que Adalto ofereceu vantagem indevida ao funcionário publico foi consumado o delito formal, tipificado como delito de corrupção ativa, conforme o art.333, do Código Penal. No que tange a aceitação e recebimento indevido dos policiais, esta privilegio seria tipificado com a conduta de corrupção passiva, prevista no art.317, CP, restaria consumada, mesmo que eles fizessem o ato de ofício inerente às suas funções. Cabe frisar, poderia incidiria sobre suas condutas a majorante prevista no §1º, do art.317, CP, se os policiais deixassem de praticar o ato de ofício.
Questão objetiva. Sobre os crimes de contrabando e descaminho, assinale a alternativa correta: (Concursos Públicos. Modificadas)
a) Contrabando e descaminho se referem a um mesmo delito, sendo tratados como sinônimos pela legislação
b) Comete o crime de contrabando quem, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial realizada em residência, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no Brasil.
c) É inadmissível a aplicação do princípio da insignificância para o crime de contrabando, uma vez que o bem jurídico tutelado não possui caráter exclusivamente patrimonial, mas envolve a vontade estatal de controlar a entrada de determinado produto em prol da segurança e da saúde públicas.
d) O comércio irregular exercido em residências não pode ser considerado contrabando ou descaminho, porque está ausente a atividade de exportação ou importação.
e) Segundo o entendimento doutrinário majoritário, num enfoque moderno, o crime de descaminho consiste na importação ou exportação de mercadoria proibida. Enquanto o crime de contrabando significa fraude no pagamento de tributos.
LETRA: C
AULA 5
Leia o caso concreto apresentado e responda às questões formuladas.
No dia 10 de abril de 2017, por volta das 9h40min, no interior da residência situada na QNO WW, conjunto X, casa Y, Ceilândia/DF, Bruno agindo de forma livre e consciente e com ânimo de assenhoramento, mediante grave ameaça exercida com o emprego de uma arma de fogo e violência física, subtraiu, em proveito próprio, um veículo Ford/KA, placa XXX000/DF, um notebook, marca SAMSUNG e R$ 500,00 (quinhentos reais) em espécie, todos pertencentes às vítimas Amanda e Carlos Gustavo. Da residência de Amanda e Carlos Gustavo, Bruno se dirigiu à casa de Paulo Victor, seu irmão e que, até o momento, nada sabia sobre a empreitada criminosa. Lá chegando muito nervoso, Bruno pediu auxílio ao irmão e pediu que ele escondesse o notebook, pois estava com medo de o encontrarem na posse do computador, todavia, meia hora após ter saído da casa de seu irmão, Bruno teve o carro identificado pela polícia e foi preso. Ante o exposto, com base nos estudos sobre crimes contra a Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada: qual a correta tipificação da conduta de Paulo Victor? Ainda, o fato de ser irmão de Bruno pode ser utilizada como tese defensiva para fins de isenção de pena?
RESPOSTA: A tipificação da ação de Paulo Victor, está prevista no art.349, do Código Penal, como incursa no delito de favorecimento real, tendo em vista a colaboração ao irmão ao proteger o fruto do crime de roubo anteriormente praticado, não podendo ser incluído como participe no crime de roubo, por só ter ciente após o ocorrido. Não podendo ser aplicado argumentos de isenção de pena, pelo o fator de parentesco com o autor do delito, por disposição em §2º, do art.348, do CódigoPenal.
Questão objetiva. A respeito dos crimes contra a Administração da Justiça, assinale a alternativa correta: (Concursos Públicos -Modificadas)
a) O crime de favorecimento pessoal (art. 348, do CP) não se caracteriza se o auxílio é prestado a autor de crime apenado com detenção.
b) No crime de denunciação caluniosa (art. 339, do CP), a conduta do agente que se utiliza de anonimato não possui relevância jurídica.
c) Policial Militar que forja situação de flagrância, a fim de increpar indivíduo que sabe inocente e, com isso, dá causa à instauração de inquérito policial, comete crime de comunicação falsa de crime.
d) No delito de favorecimento pessoal o auxílio é prestado a agente que se encontre solto; já no delito de facilitação de fuga de pessoa presa., a conduta configura-se como auxílio prestado a alguém preso para que este logre êxito na fuga.
e) A condição negativa de punibilidade decorrente da aplicação da escusa absolutória se aplica aos crimes favorecimento pessoal e real
LETRA: D
AULA 6
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
No dia 05 de maio de 2017, por volta das 20h15min, uma viatura da Polícia Militar durante a patrulha notou que um veículo que vinha em sentido contrário invadiu a pista com o intuito de colidir. A viatura desviou do carro e percebeu que ele adentrou em um matagal próximo ao local. Ato contínuo foi ao encontro do carro e ao efetuar a abordagem, os policiais militares perceberam que se tratava de um roubo, visto que a vítima, que estava no banco do carona, gritava por socorro. No local, a vítima, baleada na coxa, teve uma parada cardíaca, sendo ali reanimada, e levada ao hospital mais próximo pelos policiais. O projétil foi retirado e confirmada a materialidade em relação à arma encontrada com GENÉSIO, autor dos fatos e que foi preso em flagrante delito.
Dos fatos narrados, indaga-se:
1. Qual a correta tipificação da conduta de GENÉSIO?
RESPOSTA: Será caracterizado como tentativa de latrocínio, visto que foi um delito complexo plurissubsistente, que não sucedeu em morte, independente da consumação da subtração, sendo também classificado como crime hediondo, onde será realizado o aumento previstas nos parágrafos 2º, V, 2ª-A, I, bem como da qualificadora prevista no §3º, II, todos do art.157, do Código Penal.
Desse modo, já se pronunciou o Superior Tribunal de Justiça, merecendo, pois, ser transcrito, in verbis:
 “[...]embora haja discussão doutrinária e jurisprudencial acerca de qual delito é praticado quando o agente logra subtrair o bem da vítima, mas não consegue matá-la, prevalece o entendimento de que há tentativa de latrocínio quando há dolo de subtrair e dolo de matar, sendo que o resultado morte somente não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente (RHC 98017 / PI, disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/)” 
1. Qual a competência para processo e julgamento da infração penal?
RESPOSTA: Com base na interpretação sistemática do crime de latrocínio, a competência para processo e julgamento é do juiz singular, de acordo com enunciado de súmula n.603, do Supremo Tribunal Federal
1. Qual o prazo para fins de progressão de regimes?
RESPOSTA: No que tange ao prazo para a progressão de regimes, de acordo com o art.2º, §2º, da lei n.8072/1990, esta dar-se-á após o cumprimento de 3/5 (três quintos), de modo que a reincidência considerada para a progressão de regimes não necessita ser específica em crime hediondo ou equiparado. (Neste sentido, REsp n. 1491421, disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/). Gabarito atualizado com o Pacote Anticrime – lei 13.964/2019
Questão objetiva. Em relação aos crimes hediondos e equiparados, é correto afirmar que:
(Concursos Públicos – Modificadas)
a) Consoante a Lei n. 8.072/1990, os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça, indulto, fiança e liberdade provisória.
b) O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, tentado ou consumado, também é considerado crime hediondo, contudo o de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, não.
c) É considerado crime hediondo o homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, exceto se cometido por um só agente.
d) No caso de condenação a crime hediondo ou equiparado, é obrigatória a fixação de regime inicial fechado para o cumprimento da pena.
e) Suponha que determinado agente, proprietário de uma casa de prostituição, induza e passe a explorar sexualmente duas garotas de quinze e dezesseis anos de idade. Nessa situação, o crime praticado pelo agente é hediondo e, portanto, insuscetível de fiança.
LETRA: D
AULA 1
 
 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, 
às questões formuladas:
 
No dia 15 de março de 2017, 
por volta das 23h30min, em um hospital integrante 
do Sistema Único de Saúde (SUS), na cidade de Eugenópolis, PAULO 
ALBERTO, médico do referido hospital, solicitou, para si, diretamente, o valor de 
R$3.000,00 (três mil reais) referente ao pagamento de uma c
irurgia de urgência, 
à paciente ELEONORA, que se encontrava internada no hospital sob seus 
cuidados com hemorragia interna. A vítima alegou não ter condições de pagar o 
procedimento. Diante da negativa do médico na realização da cirurgia sem o 
pagamento so
licitado, este solicitou a transferência de ELEONORA para o 
hospital integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) de Itamuri, aonde o 
procedimento cirúrgico foi realizado por outro médico, sem qualquer ônus a 
ELEONORA. Dos fatos, PAULO ALBERTO restou denunci
ado pela prática de 
crime contra a Administração Pública. Em defesa afirmou não ter solicitado 
valores para realização cirurgia, mas que apenas referiu que se fosse fazer a 
cirurgia seria de forma particular e custaria R$3.000,00 (três mil reais). Disse, 
a
inda, que era médico contratado pelo hospital e, portanto, não poderia ser 
considerado funcionário público, conforme relatado na denúncia. Ante o exposto, 
com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e 
fundamentada:
 
 
a)
 
A alegação de PAULO ALBERTO de que não pode ser caracterizado 
funcionário público deve prosperar?
 
 
RESPOSTA:
 
Não poderia ser sustenta a defesa de Paulo Alberto, alegando 
não ser funcionário público, visto que no Art 327, 
§ 1º do CP
 
que estabelece que 
corresponde ao servidor público todo aquele que exerce emprego ou função em 
instituição paraestatal, prestadora de serviços contratada ou conveniada a fim 
de realizar funções típicas da Administração pública, portanto estando ele 
execut
ando tais funções enquadra
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se como funcionário público. Deste modo 
também foi o entendimento
 
do Supremo Tribunal Federal que firmou 
entendimento no sentido de que também se equipara a funcionário público o 
médico que trabalha num hospital prestador de serv
iços ao SUS, ainda que seu 
contrato de trabalho seja celetista. Neste sentido, HC 97710 ED / SC, Relator 
Ministro ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 01/10/2013.
 
 
b) Qual a correta tipificação da conduta de PAULO ALBERTO? Ainda, o 
fato de ELEONORA 
não ter feito o pagamento solicitado possui alguma 
relevância?
 
AULA 1 
 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, 
às questões formuladas: 
No dia 15 de março de 2017, por volta das 23h30min, em um hospital integrante 
do Sistema Único de Saúde (SUS), na cidade de Eugenópolis, PAULO 
ALBERTO, médico do referido hospital, solicitou, para si, diretamente, o valor de 
R$3.000,00 (três mil reais) referente ao pagamento de uma cirurgia de urgência, 
à paciente ELEONORA, que se encontrava internada no hospital sob seus 
cuidados com hemorragia interna. A vítima alegou não ter condições de pagar o 
procedimento. Diante da negativa do médico na realização da cirurgia sem o 
pagamento solicitado, este solicitou a transferência de ELEONORA para ohospital integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) de Itamuri, aonde o 
procedimento cirúrgico foi realizado por outro médico, sem qualquer ônus a 
ELEONORA. Dos fatos, PAULO ALBERTO restou denunciado pela prática de 
crime contra a Administração Pública. Em defesa afirmou não ter solicitado 
valores para realização cirurgia, mas que apenas referiu que se fosse fazer a 
cirurgia seria de forma particular e custaria R$3.000,00 (três mil reais). Disse, 
ainda, que era médico contratado pelo hospital e, portanto, não poderia ser 
considerado funcionário público, conforme relatado na denúncia. Ante o exposto, 
com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e 
fundamentada: 
 
a) A alegação de PAULO ALBERTO de que não pode ser caracterizado 
funcionário público deve prosperar? 
 
RESPOSTA: Não poderia ser sustenta a defesa de Paulo Alberto, alegando 
não ser funcionário público, visto que no Art 327, § 1º do CP que estabelece que 
corresponde ao servidor público todo aquele que exerce emprego ou função em 
instituição paraestatal, prestadora de serviços contratada ou conveniada a fim 
de realizar funções típicas da Administração pública, portanto estando ele 
executando tais funções enquadra-se como funcionário público. Deste modo 
também foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal que firmou 
entendimento no sentido de que também se equipara a funcionário público o 
médico que trabalha num hospital prestador de serviços ao SUS, ainda que seu 
contrato de trabalho seja celetista. Neste sentido, HC 97710 ED / SC, Relator 
Ministro ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 01/10/2013. 
 
b) Qual a correta tipificação da conduta de PAULO ALBERTO? Ainda, o 
fato de ELEONORA não ter feito o pagamento solicitado possui alguma 
relevância?

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