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A história vista de baixo

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A história vista de baixo
Jim Sharpe
A História antes contada apenas a partir da visão das elites, agora passa a voltar sua atenção para as pessoas “comuns”.
Surge aí a chamada história vista de baixo, onde homens e mulheres que tinham suas histórias ignoradas e eram silenciados, começam a ser ouvidos. A massa passa agora a ter suas experiências consideradas importantes pela historiografia.
Jim Sharpe, por exemplo, estimulado pela história das massas estuda a Revolução Francesa, em especial a Batalha de Waterloo que veio a derrotar o exército comandado por Napoleão Bonaparte, levando em consideração não o Duque de Wellington (que comandou a batalha), mas sim as cartas de um soldado raso (William Wheeler) à sua esposa. Ou seja, Sharpe realizou uma história numa perspectiva oposta aquela que até então era feita, a das elites.
O autor Eduard Thompson é um defensor do ponto de vista da história vista de baixo. Na sua concepção a história deve ser contada, não somente levando em consideração os “grandes fatos” da história oficial e seus heróis, mas, sobretudo pela observação dos fatos ocorridos com pessoas que fazem parte da massa esquecida, entre eles: os operários, os camponeses, os artesãos, etc.
Em 1966 esta nova abordagem da história começou a vir à tona com mais fervor em decorrência de um artigo publicado por Edward Thompson sobre “The History from Below”em The Times Literary Supplement. Este artigo veio a expandir os estudos da história para aqueles cuja suas experiências haviam sido até então negligenciadas pela historiografia tradicional.
Em decorrência da escassez de fontes documentais, historiadores que tentam estudar as experiências das pessoas ditas “de baixo”, tem constantemente recorrido ao uso da história oral que embora, muitas vezes, as fontes orais não sejam consideradas objetivas, não as torna inútil, muito pelo contrário. Pois ela permite aos historiadores chegarem muito perto das experiências das pessoas pertencentes às classes ditas inferiores. Como foi o caso de Carlo Ginzburg na sua obra “O queijo e os vermes”.
Outro campo de estudo que estes historiadores utilizam é o da antropologia cultural, que tem por objetivo estudar o homem e as sociedades humanas na sua vertente cultural. Uma das suas questões centrais é a representação, pela palavra ou pela imagem, assim, o estudo da espécie do signo na comunicação humana, tornou-se uma preocupação maior. 
O signo na linguagem humana e, na representação iconográfica são pontos de partida para o desenvolvimento dessa ciência. Ela propõe conhecer o homem enquanto elemento integrante de grupos organizados. Além disso, volta-se especificamente para o homem como um todo: sua história, suas crenças, usos e costumes, filosofia, linguagem, características psicológicas, valores éticos etc.
Serviu como fonte de inspiração para historiadores preocupados em fazer a história das massas, pois, alguns de seus métodos enfatizam elementos culturais sobre os de natureza socioeconômica além de maneiras para se refletir e examinar as “interações informais”.

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