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AULA 1 – INTRODUÇÃO A OBRAS HIDRÁULICAS Professor – Erick Santana Amâncio Disciplina: Obras Hidráulicas Canal do Mangue – Rio de Janeiro (1860) Que maravilha! Voltamos, bem vindos!! Vamos iniciar nossos semestre! METAS DE HOJE Introdução à disciplina; Introdução a Obras Hidráulicas; Usos da água; Introdução a canais. O QUE VOCÊS ESPERAM DA MATÉRIA? QUAIS SÃO NOSSOS OBJETIVOS? O objetivo desta disciplina é descrever e discutir o funcionamento e aspectos ligados aos projeto de canais, sistemas de drenagem, de portos e barragens. Ao término da disciplina o aluno deve absorver os requisitos básicos para o dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e deve discutir os aspectos fundamentais de barragem e portos. EMENTA Introdução à disciplina; Canais abertos e fechados; Escoamento e drenagem; Portos; Barragens. Por onde estudar? COMO VOCÊS SERÃO AVALIADOS? Teremos no máximo três avaliações – AV1, AV2 e AV3. A nota mínima para aprovação da instituição é 6,0. Quem obtiver média abaixo de 4,0 na AV1 e AV2 terá que fazer AV3. Quem tiver uma das notas AV1 ou AV2 menor que 4,0 também que terá que fazer AV3. Qualquer um pode fazer a AV3 para aumentar a nota. Teremos trabalhos de classe que irão compor a nota da AV1 e AV2. COMO VOCÊS SERÃO AVALIADOS? A média de notas do trabalho serão equivalentes a 20% da nota e 80% será composta pela nota da prova. A nota da AV3 será composta apenas pela nota da prova, ou seja, ela valerá 100%. Olho vivo nestas datas AV1 – 08 de outubro de 2020; AV2 – 26 de novembro de 2020; AV3 – 11 de dezembro de 2020. Como iremos nos comunicar Podemos nos falar quando for necessário passar arquivos e trabalhos por e-mail: ericksantanaamancio@gmail.com. Podemos nos falar via WhatsApp também (21) 98966-6656. Caso tenham um grupo da turma podem me adicionar, se assim vocês quiserem. Nossa comunicação pode ser pelo Microsoft Teams, temos um grupo que pode ser usado para postar qualquer informação que vocês julgarem importante. Caso precisem ligar, podemos marcar uma videoconferência ou marcar um horário pelo telefone. INTRODUÇÃO A OBRAS HIDRÁULICAS INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS HIDRÁULICOS Os sistemas hidráulicos são projetados para transportar, armazenar e regular (controlar a vazão de jusante) a água. Todos eles requerem aplicação dos Princípios Fundamentais da Mecânica dos Fluidos. Sendo necessário então lembrar dos princípios da disciplina de Hidráulica, principalmente da Equação de Bernoulli. Canal do Sertão INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS HIDRÁULICOS Para absorver os conteúdos desta matéria é necessária a compreensão sobre: Hidráulica; Noções de Mecânica dos Solos; Noções de sistemas de informação geográfica; Noções de Engenharia Ambiental. CADA PROJETO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA É ÚNICO Ao contrário de outras áreas de engenharia, cada projeto hidráulico se depara com um conjunto singular de condições físicas com as quais deve estar em conformidade. Não existem soluções padronizadas ou respostas simples ou decisões tomadas por um único profissional. Quantos tipos de profissionais vocês acham que são necessários para elaboração de um projeto completo de uma barragem como esta de Sobradinho? Barragem de Sobradinho – Rio São Francisco - Bahia CADA PROJETO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA É ÚNICO As dimensões dos projetos de engenharia hidráulica também são bastante variáveis indo desde uma válvula redutora de pressão a uma barragem que pode conter milhões de metros cúbicos de água. Válvula redutora de pressão de entrada ½” saída 3/8”. Barragem de Jaguari/SP – Coroamento 623m CADA PROJETO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA É ÚNICO Devido à dimensão de algumas estruturas é necessário que se pense na logística dos materiais, transporte, local do barramento, material do sistema. Isto inclui áreas como topografia, geologia, ecologia, questões sociais e disponibilidade de insumos próximos de onde será executada a obra. USOS DA ÁGUA O barramento do rio Guapiaçu, localizado no município Cachoeiras de Macacu, serviria para suprir o déficit de 5.000 litros/s de água na região. Para isso, temos que deslocar aproximadamente 300 família que vivem de agricultura familiar e sustentam o mercado próximo com seus alimentos. CONFLITOS PELA FORMA DE USO DA ÁGUA As ações para uso consuntivo (quando o ser humano retira água do corpo hídrico para consumir de alguma forma) muitas vezes têm que ser bem pensadas. Dependendo da função do elemento hidráulico, ele afetar positivamente e/ou negativamente muitas pessoas, em intensidades diferentes. Por isso, as decisões devem ser cautelosas e nunca serem tomadas sob um único ponto de vista. HÁ QUANTO TEMPO EXISTE A ENGENHARIA HIDRÁULICA? A engenharia hidráulica é tão antiga quanto a civilização. Possuir este conhecimento foi decisivo para construção de uma sociedade. Um sistema de drenagem e irrigação em larga escala construído no Egito data de 3.200 a.C HÁ QUANTO TEMPO EXISTE A ENGENHARIA HIDRÁULICA? Na Roma antiga foram construídos sistemas de abastecimento de águas complexos, incluindo diversas centenas de quilômetros de metros de aquedutos. HÁ QUANTO TEMPO EXISTE A ENGENHARIA HIDRÁULICA? Dujiangyan é um enorme sistema de irrigação construído em Siechuan, China, há aproximadamente 2.500 anos, continua em funcionamento efetivo atualmente. USOS DA ÁGUA CICLO DA ÁGUA O ciclo da água, de forma “lúdica” reserva-se ao movimento da água a partir dos seguintes fenômenos: precipitação, escoamento superficial, infiltração e evapotranspiração. Os usos da água são esses: • abastecimento doméstico; • abastecimento industrial; • irrigação; • dessedentação animal; • preservação da flora e fauna; • Recreação e lazer; • criação de espécies; • geração de energia; • navegação; • harmonia paisagística • diluição e transportes de dejetos. USOS DA ÁGUA Este tipo de uso Podemos chamar de consuntivo, pois implica na retirada da água das coleções hídricas onde se encontram. Os usos da água são esses: • abastecimento doméstico; • abastecimento industrial; • irrigação; • dessedentação animal; • preservação da flora e fauna; • Recreação e lazer; • criação de espécies; • geração de energia; • navegação; • harmonia paisagística • diluição e transportes de dejetos. USOS DA ÁGUA Apenas o abastecimento doméstico e industrial precisam de um tratamento prévio antes da utilização da água. Os usos da água são esses: • abastecimento doméstico; • abastecimento industrial; • irrigação; • dessedentação animal; • preservação da flora e fauna; • Recreação e lazer; • criação de espécies; • geração de energia; • navegação; • harmonia paisagística • diluição e transportes de dejetos. USOS DA ÁGUA Estes tipos de uso são caracterizados como não consuntivos, pois implicam em manter a água das coleções índicas onde essas se encontram. CANAIS, GALERIAS E TRAVERSSIAS Canal do rio Senna - Paris DEFINIÇÃO DE CONDUTOS LIVRES Um conduto livre é uma seção de escoamento que está sujeita a pressão atmosférica, em pelo menos um ponto da seção de escoamento. Além de rios e canais, funcionam também como condutos livres coletores de esgoto, galerias de águas pluviais, calhas, canaletas, bueiros, entre outros. O QUE É UM CANAL? Um canal é uma vala artificial, que pode ou não está revestida de um material que lhe dê sustentação, tendo a função de conduzir água com uma superfície livre, podendo possuir seção aberta ou fechada. O canal pode ser definido como um dispositivo de macrodrenagem. Canal no Rio Joana Nascente – Morro do Elefante (Grajaú/Alto da Boa vista) Foz – Rio Maracanã TIPOS DE CANAIS – CANAL A CÉU ABERTO Rio Maracanã Nascente - Maciço da Tijuca/Morro Sumaré. Foz - Canal do Mangue/Cidade Nova TIPOS DE CANAIS – CANAIS DE CONTORNO FECHADO (GALERIAS) Piscinão Localizadona Praça Niterói (Maracanã) Galerias Pluviais conduzem água para o piscinão para amortecer a onda de cheia. ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DO CANAIS Existem diversos tipos de seção para se canalizar um curso d’água. A escolha da forma mais apropriada dependerá dos métodos de construção disponíveis, da geologia e topografia do terreno e das variáveis de custos. SEÇÃO RETANGULAR Muito usadas em galerias de águas pluviais e em canais industriais. B Y SEÇÃO TRAPEZOIDAL Uma das seções mais usadas, principalmente em canais de irrigação e de abastecimento de cidades. SEÇÃO TRIANGULAR A capacidade de vazão é pequena, devido a sua geometria, porém seu uso é pratico quanto utilizada em meio-fio de sarjetas. B m 1Y α B α Y m 1 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DO CANAIS SEÇÃO CIRCULAR É a seção de maior eficiência hidráulica; usada nas canalizações de esgotos sanitários e industriais. Não é usada em grandes canais devido a dificuldade de construção de grande diâmetros. SEÇÃO PARABÓLICA É uma seção pouco usada no Brasil (Av. Maracanã, no Rio de Janeiro), em função da dificuldade de construção por envolver formas curvas. Esta seção é no entanto, eficiente na condução de grandes descargas. Y D α B Y ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DO CANAIS REVESTIMENTO PARA CANAIS ABERTOS Fonte:DAEE,2006 http://www.daee.sp.gov.br/outorgaefiscalizacao/guia/capitulo02.pdf REVESTIMENTO PARA CANAIS TRAPEZOIDAIS Fonte:DAEE,2006 http://www.daee.sp.gov.br/outorgaefiscalizacao/guia/capitulo02.pdf REVESTIMENTO PARA CANAIS RETANGULARES Fonte:DAEE,2006 http://www.daee.sp.gov.br/outorgaefiscalizacao/guia/capitulo02.pdf REVESTIMENTO PARA CANAIS FECHADOS Fonte:DAEE,2006 http://www.daee.sp.gov.br/outorgaefiscalizacao/guia/capitulo02.pdf REVESTIMENTO PARA CANAIS FECHADOS Fonte:DAEE,2006 http://www.daee.sp.gov.br/outorgaefiscalizacao/guia/capitulo02.pdf TRAVESSIA Travessias são estruturas que permitem a passagem de uma margem à outra de um curso d’água (ou lago) de pessoas, animais, veículos, água, gás, combustíveis, energia elétrica, entre outros. Essa travessia se faz por meio de pontes, cabos, condutos, tuneis, etc. Ponte Rio-Niterói PRINCIPAIS TIPOS DE TRAVESSIA As travessias podem ser aéreas, intermediárias e subterrâneas. Travessia Aérea – é aquela estrutura cuja passagem é sobre o canal, acima do nível d’água de um projeto. Travessia Subterrânea – se faz abaixo do leito d’água. Travessia Intermediária – quando a passagem através do corpo d’água, entre o nível d’água máximo de projeto e o leito. Ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros (Aracaju/SE) Fonte:DAEE,2006 TRAVESSIA AÉREA - PONTES, GALERIAS E BUEIROS Fonte:DAEE,2006 http://www.daee.sp.gov.br/outorgaefiscalizacao/guia/capitulo02.pdf http://www.daee.sp.gov.br/outorgaefiscalizacao/guia/capitulo02.pdf Fonte:DAEE,2006 TRAVESSIA SUBTERRÂNEA http://www.daee.sp.gov.br/outorgaefiscalizacao/guia/capitulo02.pdf Fonte:DAEE,2006 TRAVESSIA INTERMEDIÁRIA http://www.daee.sp.gov.br/outorgaefiscalizacao/guia/capitulo02.pdf TIPOS DE ESCOAMENTO EM CONDUTOS LIVRES ESCOAMENTO Permanente Uniforme Não uniforme Acelerado Não Acelerado Não Permanente TIPOS DE ESCOAMENTO EM CONDUTOS LIVRES Escoamento permanente – numa determinada seção transversal a vazão e a velocidade permanecem constantes ao longo do tempo. Escoamento não permanente – em determinada seção a velocidade e a vazão variam ao longo do tempo. Escoamento permanente uniforme – existe um trecho uniforme onde a profundidade e velocidade também são uniformes. Escoamento permanentemente variado – a velocidade altera trecho a trecho podendo ser acelerado ou retardado, porém a vazão é constante. ESCOAMENTO PERMANENTE E VARIADO Canais uniformes e escoamentos uniformes não existem na natureza. Até mesmo condutos prismáticos, longos e de pequena declividade, as condições apenas se aproximam do escoamento uniforme. Em coletores de esgoto, concebidos como canais de escoamento uniforme, ocorrem condições de remanso e ressaltos de água onde o escoamento se afasta da uniformidade, tratando-se portanto, de simplificação para facilitar o cálculo. ESCOAMENTO PERMANENTE E VARIADO FINAL DA AULA O que falaremos aula que vem? • Dimensionamento de canais abertos e galerias; • Discutir eficiência das seções hidráulicas; • Exercícios. Dicas da Semana • Ciclo Hidrológico - http://youtu.be/vW5-xrV3Bq4 • Canal do Panamá - https://youtu.be/rZkotTa9- Uo http://youtu.be/vW5-xrV3Bq4 https://youtu.be/rZkotTa9-Uo