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Farmacologia dos hormônios sexuais Os hormônios sexuais são hormônios esteroides derivados do colesterol. Biossíntese: Enzima do citocromo p 450 (CYP17) 17alfa- hidroxilase e 17,20-desmolase. A hidroxilase age na pregnenolona transformando em 17-hidroxipregnenolona. E a desmolase atua sobre a 17-hidroxipregnenolona, transformando-a em DHEA (desidroepiandrosterona) precursor da testosterona. Andrógenos: DHEA, androstenediona, testosterona e DHT. Estrógenos: 17beta-estradiol, estrona e estriol. Progestágenos: progesterona e derivados. GnRH (hormonio liberador de gonadotrofinas), liberado pelo hipotalamo, atua na adeno-hipofise, promovendo produção/liberação de LH e FSH (gonadotrofinas), que no sexo masculino promoverá a produção de testosterona. O GnRH é liberado de forma pulsátil; se ele for liberado de forma continua causa uma inibição e não estimulação da adeno-hipófise, leva a uma supressão da liberação de gonadotrofinas. A testosterona por ser lipofílica anda pelo sangue ligada a uma proteina ligadora de hormônios sexuais no plamas – globulina. Sua forma livre atravessa a membrana da célula, podendo ser transformada em DHT (di-hidrotestosteorna) pela ação da 5alfa-redutase; a DHT se liga a receptores de andrógenos dentro da célula, esse complexo então vai até o núcleo, faz uma dimerização, se liga a regiões do DNA que são elementos de resposta hormonal afeta a transcrição gênica. **a testosterona é um pró-hormônio. Alvos farmacológicos: receptor do GnRH (antagonistas); 5alfa-redutase (inibidores); refceptores de andrógenos dentro das células (antagonistas). *a própria testosterona pode ser usada farmacologicamente. Inibidores dos receptores de GnRH Podem ser agonistas ou antagonistas de GnRH. A administração continua de GnRH pode levar a uma dessensibilização dos recepetores de GnRH, dessa forma, causa uma inibição da liberação de gonadotrofinas supressão do eixo. Agonistas = análogos de GnRH; ex: leuprolida, gosserrelina e nafarrelina indicados para o tratamento de tumores dependentes de hormônio, como o câncer de prostata e leiomioma (tumor uterino benigno) e na endometriose. Antagonistas de GnRH se ligam aos receptores de GnRH bloqueando-os; também causa supressão do eixo, reduzindo a sintese de testosterona. Ex.: cetrorrelix e ganirrelix indicados na prevenção de ovulação prematura nas mulheres que se submeteram a uma estimumlação ovariana (retardam a elevação do LH). Inibidores da sintese hormonal Cetoconazol e abiraterona atuam inibindo a CYP17, que possui papel importante na síntese dos androgenos. Logo, o uso desses fármacos altera a síntese de androgenos, reduzindo suas concentrações. O cetoconazol também causa um deslocamento de estradiol, aumentando a razão estradiol/testosterona. A abiraterona, por reduzir também a sintesede cortisol, acarreta auemnto da produção de mineralocorticoides, que causam retenção hidríca, elevando a pressão arterial. *ambos podem ser usados no câncer de prostata, mas não é comum. Inibidores da 5alfa-redutase É a enzima que faz conversão de testosterona em di-hidrotestosterona. Ex.: finasterida – ação seletiva para redutase do tipo II, presente na prostata; dutasterida – não é seletiva, atua no tipo I e II. Esses fármacos impedem a ação dessa enzima, impedindo/reduzindo a ação local da testosterona. Usados no tratamento da hiperplasia prostática benigna. A dutasterida possui inicio de ação mais lento e meia-vida mais longa do que a finasterida. Eles causam redução da libído e disfunção erétil Inibidores dos receptores de andrógenos São antagonistas desses receptores/bloqueia-os. Eles podem aumentar a sintese de testosterona, pois retiram/inibem a retroalimentação negativa. Podem ser usados no câncer de próstata metastático juntamente com os análogos do GnRH. Ex.: ciproterona, flutamida e espironolactona. São inibidores competitivos. A ciproterona pode ser usada em condições clinicas que acontecem em virtude de elevadas concentrações de androgenios, como: acne, hirsutismo, alopecia androgênica e seborreia. Também pode ser usada no câncer de prostata. Ela também tem como efeitos colaterais possíveis eventos tromboembólicos, e seu uso prolongado pode acarretar em tumores benignos cerebrais. 1. Ciproterona é um antiandrogênico que promove inibição competitiva dos efeitos androgênicos. Ela também é uma progestina. Possui efeito inibitório central. Este efeito antigonadotrópico reduz a secreção e concentrações séricas de testosterona. Este efeito antigonadotrópico também é observado quando ela é administrada com um agonista de GnRH (que pode causar aumento inicial de testosterona, sendo que este aumento inicial pode ser reduzido pela ciproterona). 2. Flutamida é um antiandrogênico não-esteróide. Alguns fármacos desta classe podem causar uma elevação da testosterona sérica, por aumento da secreção de LH. Por isso, algumas vezes são utilizados juntamente com análogos de GnRH. Este aumento de testosterona pode ocorrer pela ação da flutamida sobre o feedback negativo do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas (como explicado na aula). Alguns outros fármacos da classe, como a Bicalutamida, apresentam este efeito menos pronunciado. Testosterona Não é utilizada via oral, pois tem um metabolismo hepático e é rapidamente degradada. Ela deve ser administrada em preparações, na terapia de reposição de testosterona, como no caso de hipogonadismo em homens. É administrada na forma de ésteres (são mais lipofílicos) via intramuscular; liberação mais lenta, pois necessita de clivagem. A administração da própria testosterona via transdérmica, foge do metabolismo hepático de 1° passagem. Undecanoato de testosterona forma de éster bastante lipofílico, uso oral que é absorvido pela circulação linfática, também fugindo do metabolismo de 1° passagem. Androgênios alquilados testosterona + grupo alquila. Essa alquilação retarda o catabolismo hepático; logo, essas substâncias podem ser administradas via oral. **risco aumentado de hepatotoxicidade. Alguns desses fármacos possuem efeito anabólico maior que o androgênico, por isso são chamados de esteroides anabolicos. *indissociação da atividade androgênica/anabólica. O uso terapêutico de testosterona é para sua reposição em casos de hipogonadismo, onde há deficiência desse hormônio. A eficácia deve ser monitorada, pela concentração sérica da testosterona; os efeitos adversos também devem ser monitorados. Uma dose elevada de testosterona pode causar eritrocitose (aumento da produção de glóbulos vermelhos), retenção de sal e água, edema periferico, risco de hiperplasia prostática e câncer de próstata. **possível uso na senescência masculina – ainda muito discutido. Efeitos adversos: supressão da função testicular endógena, redução da fertilidade, ginecomastia (pois os estrogenios são originados da aromatização dos androgenios – aumentadno um aumenta o outro), hepatotoxicidade, virilização em mulheres, supressão do cresciemnto linear em crianças (fecha as epífises).
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