Buscar

Aula 4 - Estudos hidrológicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estudos hidrológicos
Tatiana Oliveira
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Ciclo Hidrológico Simplificado
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
1. Hidrologia da bacia hidrográfica
- Alteração da vazão de um curso d’água sofre variações com o tempo: seca nos
períodos de estiagens (riacho intermitente).
- Abastecimento em riacho intermitente: sua descarga anual deve superar com folga
o consumo anual de água - construção de barragem.
- Folga: destina-se a contrabalançar as perdas representadas tanto pelo volume de
água que se evapora e se infiltra na bacia hidráulica, como pelos vazamentos que ocorrem
na barragem.
- Reservatório de acumulação: deve reter nos períodos chuvosos o excesso de
água, para liberá-lo quando a vazão do curso d’água se torna incapaz de atender a
demanda.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
2. Cálculo da Capacidade do Reservatório de acumulação
- Dados referentes a cada mês do ano:
a) Descarga no curso d’ág ua na seção prevista para a barragem;
b) Perdas por evaporação, infiltração e vazamento na área da bacia hidráulica;
c) Consumo de água.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Cada mês do ano de maior estiagem: subtraem-se da vazão do curso d’água as
perdas – obtenção da vazão disponível para aquela seção, que pode ser maior ou menor que
a demanda ou consumo que se pretende obter.
a) Vazão disponível maior que a demanda: não há necessidade de construção do
reservatório – não há necessidade de acumulação.
b) Vazão disponível menor que a demanda: o curso d’água não tem condições de
abastecer o objetivo sem o recurso de construção do reservatório.
- Para o estudo da capacidade do reservatório utiliza-se:
a) Os anos seguidos de maior estiagem na bacia hidrográfica considerada;
b) Os anos seguidos cuja média seja aproximadamente igual à média de todos os
anos com dados de chuva disponível.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
3. Descarga de projeto na seção da barragem
- Hipótese ideal de planejamento em longo prazo: considera-se que os valores da
vazão mensal do curso d’água no local da barragem seriam obtidos através de observações
e medições realizadas na seção em estudo por um período de vinte a trinta anos.
- Objetivos:
a) Determinar o valor médio anual ou deflúvio médio anual, resultado do escoamento das
bacias hidrográficas (diretamente associado a capacidade do reservatório).
b) Determinar as cheias geradas pelo processo de escoamento nas bacias de drenagem
(diretamente associado ao dimensionamento do vertedouro)
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
4. Estudo dos Deflúvios ou Volume Médio Afluente Anual:
- Objetivo: determinar o potencial hidrológico da área de drenagem, expressa em
tempo de deflúvio médio anual, para fins de determinação da cota da soleira do sangradouro
(vertedouro) e, consequentemente, acumulação do reservatório.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
5. Método Empírico do EngenheiroFranciscoAguiar (1937):
- As vazões consideradas para o projeto seriam aquelas que apresentassem
durante um período de estiagem as descargas mensais mais baixas.
- Essa medidas de vazão podem ser determinadas a partir dos valores das alturas
de chuvas observadas na bacia hidrográfica ou em bacias hidrográficas próximas de
características semelhantes.
- Admite-se que os deflúvios mensais sejam proporcionais às precipitações, o que
pressupõe a constância do rendimento da bacia hidrográfica, que seria igual, em qualquer
mês, ao valor médio anual, ou seja:
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
𝑉𝑎𝑓= 𝑅% × H × U × A (m3)
Onde:
Vaf ou Va = Volume médio afluente anual (m3)
R% = Rendimento da bacia hidrográfica
H = média pluviométrica na bacia hidrográfica ou altura anual de chuva (m)
U = coeficiente de escoamento da bacia hidrográfica / coeficiente de correção do tipo de bacia
A = área da bacia hidrográfica (m²)
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Coeficiente de rendimento R:
é o resultado da divisão da
quantidade de chuva que se
escoa numa seção de um curso
d’água pela quantidade da água
de chuva precipitada na
respectiva bacia contribuinte
durante o mesmo período de
tempo, geralmente um mês ou um
ano.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Método do engenheiro Aguiar:
- Aguiar desenvolveu seu método de dimensionamento de capacidades requeridas
por reservatórios superficiais em 1937.
- Tinha convicção de que capacidade a ser atribuída a um reservatório seria
fortemente influenciada pela variabilidade dos deflúvios e argumentou que “no caso de todos
os anos da série escolhida apresentarem a mesma altura de chuva, H, a precipitação média
absoluta seria ainda igual a He, portanto, não haveria necessidade de armazenar água de
um ano para outro”.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Consiste nas seguintes etapas de cálculo:
a) Ordenar as séries de chuvas anuais em forma crescente;
b) Separar a série ordenada em duas partes iguais; as maiores precipitações formam
a série de máximas e as menores formam a série de mínimas.
c) Calcular a média das chuvas da série de máximas (Hmax);
d) Calcular a média das chuvas da série de mínimas (Hmin);
e) Fazer a capacidade do reservatório igual ao volume escoado estimado aplicando-
se a fórmula polinomial de chuva x deflúvio ao valor de Hmax;
f) Calcular o volume regularizado pelo reservatório aplicando-se a fórmula polinomial
a Hmin.
OBS: O método de Aguiar, acima referido, teve pouca aplicação no Nordeste. Os
técnicos do DNOCS optaram por aplicar a fórmula empírica do 2Va.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
A fórmula empírica do 2Va (Usada muito tempo no DNOCS)
- Fórmula simples usada para determinar a capacidade dos reservatórios do
Nordeste.
- Método:
a) Selecionar a precipitação média no local de construção da barragem;
b) Estimar o deflúvio médio anual pela fórmula polinomial de Aguiar.
c) Fazer a capacidade igual a 2Va.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
6. Bacia Hidrográfica:
- Barragem e sangradouro: o dimensionamento deve compatibilizar a capacidade do
reservatório com o volume escoado no rio.
- Subdimensionamento de barragem: não se aproveita toda a água disponível,
perdendo-se parte pela sangria - vazão escoada maior e uma maior largura do sangradouro
→ custo maior de construção.
- Super-dimensionamento da barragem: maior custo de construção e grandes áreas
inundadas desnecessariamente – pode ocorrer a salinização (o reservatório raramente
atingirá a cota de sangria - prejuízos a jusante da bacia).
- MOLLE, F. e CADIER, E. - Manual de Pequenos Açudes(1992): pesquisa com 57
pequenos açudes mostrou que 88% do total tinham seus sangradouros sub-dimensionados
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Bacia hidrográfica de drenagem ou bacia de contribuição: toda a área que contribui
para o escoamento do reservatório.
- Principais características em bacia hidrográfica para avaliação preliminar:
a) Superfície total da bacia; 
b) Relevo e declividade; 
c) Tipo de solo; 
d) Estado de conservação da superfície (ou grau de erosão); 
e) Tipo de vegetação; 
f) Geologia e escoamento subterrâneos; 
g) Comprimento do riacho principal; 
h) Densidade de riachos , expresso em km de riacho por área.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Determinação da superfície da bacia hidrográfica (S):
a) Mapa topográfico na escala de 1:25.000 e 1:100.000;
b) Fotografias aéreas;
c) Imagens de satélite;
d) Qualquer documento, estudo ou mapa que melhore os estudos da bacia de
contribuição;
e) Bacia hidrográfica com superfície inferior a 5 km²: usa-se fotografias aéreas ou
mapas topográficos mais detalhados – Escalas de 1:20.000 ou 1:10.000.
f) Bacia for muito pequena: a delimitação nos mapas e fotos deverá ser confirmada
em campo - redução de riscos de erro na determinação de sua área.
g) Todos os casos: é muito arriscado e ilusório tentar delimitar e avaliar superfície de
bacias que sejam no mapa inferiores a 1cm² - realiza-se levantamentos de campo.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Bacia Hidrográfica Com Rede de 
Drenagem e Seçãodo Barramento
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
6.1. Determinação do Rendimento da Bacia Hidrográfica
- Quando não se dispõe de dados estatísticos do Coeficiente de Rendimento da bacia
(R): estimativas do valor médio anual pode ser estimado com fórmulas empíricas:
Onde:
H – Altura média de chuva compreendida entre 500 e 1000mm;
R – Rendimento da bacia hidrográfica em % .
(Fórmula do Eng. Aguiar)
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Para volumes de chuvas fora do intervalo:
R= 28,53 H -112,95 H² + 301,91 H² – 118,74 H²
Onde:
R – Rendimento anual em mm.; 
H – Altura anual de chuvas em m.
Para aplicação do resultado na fórmula do volume afluente fazer: 
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
O coeficiente d e correlação da bacia (U)
Coeficiente de Uniformidade da Bacia Hidrográfica
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
6.2. Dimensionamento da Capacidade do Reservatório:
- Capacidade do reservatório (Cr): o que a bacia de contribuição pode aludir a partir
do Volume Afluente Anual.
- Para pequenos açudes: considera-se a capacidade Cr como sendo o dobro do
volume afluente anual, ou seja:
Cr = 2Va
Onde: 
Cr – Capacidade disponibilizada pela bacia, em m³; 
Va – Volume afluente anual.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Metodologia: eventualidade do reservatório ser suficiente para suprir um ano de
seca, ou seja, a bacia poderá ficar 12 meses sem realimentação pluviométrica (ano seco).
- Método do balanço hídrico: determinação da capacidade do reservatório pelo
cálculo de volumes afluentes com alturas de chuva de diferentes intensidades – usado para
região do semi-árido em que usa parâmetros de evaporação e do déficit susceptível às
retiradas e de chuvas.
7. Perdas d’água represada
- Mais comuns: evaporação e infiltração na bacia hidráulica e pelos vazamentos ao
longo da bacia e da própria barragem.
- Evaporação mensal: fornecida por dados estatísticos levantados mediante
observações em equipamentos - Tanques Evaporímetros.
- Perda mensal de água por evaporação: multiplica-se o valor da evaporação mensal 
(mm) pela área da bacia hidráulica - adota-se 5% da área da bacia de contribuição (dados 
estatísticos indicam de 3 a 11%). 
Perdas por evaporação = (evaporação mensal, mm) x (área da bacia hidráulica). 
Ou 
Valor aproximado = (evaporação mensal) x (5% da área da bacia hidrográfica) 
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
8. Água necessária para o consumo
- População limite do projeto.
- Pequenas comunidade: considera-se que a população dobre a cada 20 anos.
- Pode-se considerar dados da variação mensal de consumo: caso sejam disponíveis.
- Outros métodos para cálculo da vazão afluente da bacia hidrográfica:
a) Método Gráfico de “Rippl”: utiliza uma série histórica de valores das precipitações e 
avalia com maior rigor as perdas e déficits ocorridos naquele período.
b) Método da SUDENE-ORSTORM: dimensionamento de pequenos açudes;
c) Método “Tank Model”: desenvolvido por professores e pesquisadores da
Universidade Federal de Campina Grande.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
9. Altura da Barragem
- Estudo topográfico: planta da bacia hidráulica com curvas de nível (m/m) e o eixo
da barragem → determina-se as áreas para cada curva de nível até atingir com folga a
possível cota de sangria do vertedouro.
- Áreas das curvas: monta-se uma planilha de cotas e áreas → capacidade total de
acumulação da bacia hidráulica,
a) Ordenadas: as distâncias verticais de cada curva de nível;
b) Abscissas inferior: os volumes do mapa de cubação da bacia hidráulica →
obtenção da curva C1.
c) Abscissas superior: marcados da direita para esquerda, tem-se as áreas da bacia
de acumulação (volumes armazenados na tabela de cubação da bacia).
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Cotas
Volumes
Áreas
C1
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Descobre-se a capacidade “Cr” do reservatório.
- Porão do açude: 20% da capacidade do reservatório - reserva intangível do
reservatório, que não pode ser inferior a uma altura de 3 m da cota de menor profundidade.
* Serve para proteção contra a poluição do açude durante os períodos de
estiagem, considerando as perdas por infiltração e evaporação.
* Evita a criação de agentes epidêmicos, como larvas, mosquitos, etc.
* Possibilita à preservação de peixes.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Passos:
1: Entra-se no eixo das abscissas inferior e determina-se a cota da altura H da
barragem
2: Limitada inferiormente pela curva de nível e superiormente pela cota da soleira do
sangradouro.
3: Desse ponto prolonga-se uma linha paralela ao eixo das abscissas até encontrar a
curva cotas x área inundada da barragem para aquela cota considerada, ou seja, definirá a
área da bacia hidráulica.
- A área abrangida pela curva de nível representa justamente a área da bacia
hidráulica.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Da direita para esquerda
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Se algum trecho do contorno da bacia hidrográfica estiver em cota inferior a
calculada para a soleira do sangradouro, ocorrerá transbordamento da água represada para
uma outra bacia hidrográfica.
- Soluções:
a) construção de barragem auxiliar
b) a transferência do eixo da barragem principal para um local mais a jusante
c) uma nova barragem de regularização complementar
d) um dique no divisor de água
e) mais indicado e tecnicamente correto: implantação do sangradouro nesse ponto
do divisor favorecendo a forma de sangria e minimizando alguns componentes utilizados
nos sangradouros convencionais como perfis vertedouros e muros de proteção.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Modelo de Cubação da Bacia Hidraúlica
- Alguns autores:
a) Potencial Hidrológico: é o produto do deflúvio (𝑉𝑎𝑓) pelo fator de acumulação mais
adequado para a região.
b) Potencial Topográfico: relacionado à topografia da bacia (Curva CotaxVolume);
corresponde ao volume da cota máxima atingida pelo levantamento.
OBS:A capacidade do reservatório deverá ser o menor dos dois potenciais.
- O volume do reservatório (K) ou capacidade é o produto do deflúvio médio anual (𝑉𝑎𝑓) pelo
fator de acumulação (fk) (Campos, 1986).
𝐾 = 𝑉𝑎𝑓× 𝑓𝑘
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Deflúvio: escoamento superficial da água,
cerca de 1/6 da precipitação (chuva).
Exemplo: Calcule𝑉𝑎𝑓 (deflúvio médio anual) e𝑓𝑘 (fator de acumulação) doAçude Cedro (baciapequena,
íngreme erochosa)
K = 125.694.000 m3 (volume do reservatório)
A = 224 Km2 (área do reservatório)
H= 750 mm → 0,75m
U = 1,3 (Tabela)
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
K = 125.694.000 m3 (volume do reservatório)
A = 224 Km2 (área do reservatório)
H = 750 mm → 0,75m
U = 1,3 (Tabela)
55.000 55.000
= 8,955%
− 400750+ 230.000
=
− 400H + 230.000 7502H 2
R =
= 6,45
19,5 x106
fk =
OBS: fk ideal para o semi-árido nordestino deve ser menor do que 3,5.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
𝑉𝑎𝑓= 𝑅% × H × U × A
𝑉𝑎𝑓= 0,08950,751,3 22410
6 =19,5106 m3
Valores em metros
125.694.000
Exemplo: Qual deverá ser a capacidade do reservatório (CS) para o local em estudo (Cota x
Volume) nas seguintes condições:
a)  (valor médio dos deflúvios anuais) = 30 hm3 (Admitir fk = 2,5 para a região)
b)  = 100 hm3
Cota (m) Área(m²) Semi-soma
dasáreas
DN(m) Volume parcial (m³) Volume Acumulado (m³)
12 0 0 0 0 0
15 20.000 10.000 3 30.000 30.000
20 100.000 60.000 5 300.000 330.000
25 600.000 350.000 5 1.750.000 2.080.000
30 1.300.000 950.000 5 4.750.000 6.830.000
35 2.400.000 1.850.000 5 9.250.000 16.080.000
40 4.000.000 3.200.000 5 16.000.000 32.080.000
45 15.000.000 9.500.000 5 47.500.000 79.580.000
50 22.000.000 18.500.000 5 92.500.000 172.080.000
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
DN: diferença de nível
- Potencial Topográfico ≈ 170 hm3 (172.080.000m³) → Cota = 50m
- Potencial Hidrológico:
a)  = 30 hm3 → K= fk x = 2,5 x 30 x 109 → K= 75 hm3 → Cota = 45m
Neste caso prevalece o PotencialHidrológico
b)  = 100 hm3 → K= 2,5 x 100 x 109 → K= 250 hm3 →Cota =55m
Neste caso prevalece o PotencialTopográfico
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
10. Cálculo da Descarga Máxima de Enchente
- Cheias máximas: afeta a segurança das barragens e traz modificações prejudiciais
no regime natural das cheias.
- Objetivo: definir a cheia de projeto para dimensionar o vertedouro, obras de desvio e
cheia crítica para verificação contra galgamento.
- Depende de muitas variáveis que são avaliadas por métodos diferentes: empíricos,
diretos, estatísticos , correlação hidrológica, etc.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
-Conceitos Básicos:
a) Cheia Afluente: é a vazão que chega a barragem devido as chuvas e escoamento
(acumulação).
b) Cheia Efluente: é a vazão que passapelo vertedouro.
c) Amortecimento de cheias: é a capacidade que o reservatório tem de amortecer uma
cheia afluente (∆V). Depende da forma do reservatório.
d) Tempo de Recorrência: intervalo médio de tempo (geralmente em anos) em que pode
ocorrer ou ser superado um dado evento, ou seja, é o inverso da probabilidade de um
evento ser igualado ou ultrapassado: TR = 1/p.
-Obrasde Desvio: 50 anos (CheiaAfluente)
- Vertedouro: 1.000 anos (Cheia Efluente)
- Galgamento : 10.000 (Cheia Efluente)
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
BARRAGEM
QEFLUENTE
QAFLUENTE
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
e) Hidrogramas (afluente e efluente): típicos de uma cheia passando por um reservatório que
permitem a observação do efeito do armazenamento no pico da cheia.
f) Hipótese Admitida: no início da precipitação o N.A. do reservatório coincide com cota da
soleira do sangradouro.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
DIMENSIONAMENTO:
- Bacias hidrográficas entre 1.000 e 5.000 km²: sugere-se a aplicação de várias
metodologias, determinando-se valor intermediário compatível com a realidade da região.
- Bacias hidrográficas de superfície superior a 500 km², usa-se a fórmula de Aguiar
para o cálculo da vazão de cheia:
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Qs = vazão de cheia (m³/s)
S = área da bacia hidrográfica, em Km²; 
L = comprimento do riacho em Km; 
K,C = coeficientes que dependem do tipo de bacia.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Pequenas bacias, principalmente as situadas na região Nordeste, utiliza-se a
fórmula de Ryves para o cálculo da descarga máxima de projeto:
(m³/s) 
C – coeficiente que depende da natureza da bacia hidrográfica; 
A – área de contribuição, em Km²
- Pequenas bacias com até 100 hectares ou 1km², pode usar o Método Racional,
admitindo-se para o cálculo da descarga de projeto que a chuva cai uniformemente
distribuída em toda a bacia. A descarga de pico é dada por:
(m³/s) 
C – Coeficiente de “Runoff” ou de escoamento
I – Intensidade de chuva, em cm/h; 
A – Área de contribuição, em hectares.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Coeficientes Hidrométricos da Bacia
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Intensidade da chuva no tempo de recorrência estabelecido: é necessário conhecer
a duração da chuva, que é considerado igual ao tempo de concentração dado pela fórmula:
C – Coeficiente de “Runoff” 
S – Declividade longitudinal, em %
L – Extensão da linha de fundo, em m
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Coeficientes De “Runoff” para uso no Método Racional
(*) Para taludes suaves ou solo
permeável, usar valores mais baixos.
Para taludes íngremes ou solo
impermeável utilizar os valores mais
altos.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Pequenos açudes e para aplicação no Semi-árido nordestino: Metodologia da
SUDENE/ORSTOM – Manual do pequeno açude, por François Molle e Eric Cadier.
a) Para área da bacia hidrográfica menor que 5 km²
b) Para área da bacia hidrográfica maior que 5 km²
A = área da bacia hidrográfica em km²;
Qx = vazão máxima admissível no sangradouro (vazão de pico do projeto), que corresponde à vazão de pico
excepcional que pode acontecer em média, a cada 100 ou 200 anos;
Fc = fator de correção que considera a forma da bacia, a forma da rede de drenagem, o relevo, nível de
degradação do solo e a região climática da bacia .
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
11. Cálculo da Largura do Sangradouro
- Dimensionamento: define-se sua largura (L), a altura de sua lâmina máxima
admissível (H) e a forma do vertedouro.
- Sangria das maiores cheias: o sangradouro deve apresentar grande comprimento e
grande altura para suportar a vazão. Porém isto acarreta dois inconvenientes:
a) Uma grande altura de lâmina vertida implica numa diferença de nível bem maior
entre a cota de sangria e do coroamento. Deve-se construir uma barragem mais alta e mais
onerosa.
b) Sangradouro muito largo tem limitações pelas condições topográficas das
ombreiras, provocando elevados cortes e muros de proteção de maiores dimensões.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Para os sangradouros de soleira espessa, temos:
L – Largura do vertedouro, em metros;
H – lâmina de sangria, em metros;
Qs – descarga máxima de enchente, em m³/s;
m – coeficiente igual a 0,385;
g – aceleração da gravidade, em m/s²
- Para os sangradouros de soleira delgada, temos:
L – Largura do vertedouro, em metros; 
H – lâmina de sangria, em metros; 
Qs – descarga máxima de enchente, em m³/s
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- O método da SUDENE/ORSTORM para dimensionamento de sangradouros de
seção retangular é dado por:
L – Largura do vertedouro, em metros; 
Qs = descarga máxima de enchente, em m³/s
H – lâmina de sangria, em metros; 
C - coeficiente que depende do perfil longitudinal do sangradouro, variando de 1,4 a 1,95 conforme o tipo de
perfil:
• C = 1,95 para vertedouro de parede alta com perfil arredondado do lado de jusante, tipo perfil CREAGER,
para acompanhar o fl uxo d’água.
• C = 1,5, para vertedouro de soleira com arestas agudas e paredes espessa em relação a sua altura. 
• C = 1,4 para soleira espessa sem vertedouro , caso de sangradouro com canal extravasor.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
Formas Variáveis de Soleiras e Canal Extravasor
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
12. Cálculo da Folga
- Folga (revanche ou “freeboard”): é a distância vertical, entre o topo do aterro e o
nível das águas no reservatório.
- Considera-se 2 tipos de folga: a folga normal e a folga mínima.
a) Folga normal: ao nível de retenção normal das águas no reservatório.
b) Folga mínima: ao nível máximo das águas, correspondente à máxima cheia
prevista para fins de projeto.
- Folga mínima: é a altura que a água alcança no talude de montante da barragem,
pelo efeito das ondas formadas no reservatório, foi obtida com o emprego das fórmulas de
Mallet e Pacquant.
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- Cálculo da folga: formula empírica compilada de expressões de Mallet e Pacquant,
referentes a variáveis como velocidade e altura das ondas e do ‘Fetch’ do espelho d’água.
/
h = altura das ondas, em metros; 
F = " Fetch" da barragem, em Km.
- Velocidade da onda
v = 1,5 + 0,66 h /
v = velocidade da onda, em m/s; 
h = altura das ondas, em m
- Folga mínima
/
BARRAGENS
Estudos hidrológicos
- “Fetch”: é o maior comprimento perpendicular ao talude de montante até atingir a
margem do lado, menor que 18 km:
/
f = Folga mínima, em metros; 
F = “Fetch” da barragem, em km

Continue navegando