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TRANSIÇÃO DA FILOSOFIA MORAL POPULAR PARA A METAFÍSICA DOS COSTUMES

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TRANSIÇÃO DA FILOSOFIA MORAL POPULAR PARA A METAFÍSICA DOS COSTUMES
Com a eficiência da divisão do trabalho na indústria, através de uma analogia, Kant explica a sua separação da Metafisica dos costumes como um objeto particular que é justificado pela melhor abordagem a ser dada dessa forma, neste caso, partindo então para justificar o projeto como um todo. Kant identifica seu projeto como uma Filosofia pura moral, que se desvincula da Antropologia, isto é, ele abstraia o caráter particular e contingente da ação moral adotada a partir do homem em sua relação com o mundo e consegue apurar ao ponto de estabelecer princípios lógicos; exprimindo uma necessidade coerente absoluta, cuja validade seja universal.
Para Kant é incrível uma lei moral que tenha qualquer um de seus fundamentos apoiados em bases empíricas. Toda filosofia moral deve se apoiar somente em sua parte pura, ou seja, somente em sua parte formal e metafísica, extraída de si mesma, de forma lógica e racional. 
Kant faz uma pequena nota entre a filosofia dos costumes que se funda na meta física e a moral aplicada aproximando a que se relaciona com os imperativos hipotéticos, como os códigos de conduta, com uma técnica e uma pragmática. Kant a presenta os imperativos hipotéticos que são contingentes, condicionados, analíticos e os imperativos categóricos que esses são necessários, incondicionados e sintéticos.
 Kant ressalta que os imperativos hipotéticos falam respeito a uma ação para alcançar determinado fim como por exemplo, os imperativos de habilidade ou os imperativos de prudência. Destes imperativos hipotéticos não haveria uma grande dificuldade de entendimento, sendo que eles não repousariam num princípio analítico, de quem quer determinado fim, também, deve escolher os meios.
O imperativo categórico, por sua vez, não se relaciona com a matéria da ação e com o que dela possa resultar, Kant explica que: (p. 50) “ o imperativo categórico seria aquele que nos representasse uma ação como objetivamente necessária por si mesma, sem relação com qualquer outra finalidade”. O imperativo categórico não se limita a nenhuma condição por ser chamado, também de mandamento absoluto, ou ainda, de imperativo da moral. Kant se coloca em uma questão a respeito da própria possibilidade dos imperativos categóricos, que se trata de compreender se este imperativo categórico seria tão-somente um “conceito vazio” ou se o mesmo poderia ser sustentado. O mesmo afirma que irá responder na seção III.
Kant compreende o imperativo como uma máxima que se conforma com a lei que poderia ser descrito da seguinte forma: “age só segundo máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal” (p. 59).
Kant tem uma argumentação que uma pessoa chega a determinado momento em que não suporta a própria vida, porém, Kant pergunta se a ação da não conservação da vida poderia ser uma lei universal da natureza. Sua resposta é que “ logo se vê que uma natureza cuja a lei fosse destruir a vida em virtude do mesmo sentimento cuja determinação é suscitar a sua conservação contraria a si mesma e, portanto, não existiria como natureza. 
Para Kant a vontade a faculdade de determinar a si mesmo e agir em conformidade com a representação de certas leis é a particularidade do humano, isto é, o distingue do não humano. Assim, apenas a natureza racional pode determinar a si mesmo.

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