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EXERCÍCIOS TERAPIA FAMILIAR E DE CASAL

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EXERCÍCIOS SOBRE OS CONTEÚDOS ESTUDADOS EM TERAPIA FAMILIAR E DE CASAL EM 2020.2 (peso 5,5) – 02.12.2020 
Tarciano Ortolan de Barcelos
 
1) Considerando as técnicas terapêuticas utilizadas pela terapia familiar estrutural, comente o desequilíbrio e a criação de fronteiras.
Ao criar desequilíbrio ou instabilidade na terapia o terapeuta quer mudar o relacionamento que foi instaurado pela família nas suas relações. Ele se reúne a um indivíduo ou ideia e o apoia mesmo sabendo que isso irá custar algo na terapia, pois, ele rompe o decreto terapêutico de neutralidade. O terapeuta toma partido para desequilibrar e realinhar o sistema, não porque é juiz de quem está certo ou errado, mas porque quer criar um desconforto para que as pessoas se movam dos lugares psíquicos que ocupam e encontrem uma solução.
A criação de fronteiras acontece devido a dinâmica familiar disfuncional demasiadamente rígidas ou difusas. Os problemas, via de regra, são vistos como o resultado do que outra pessoa está fazendo, e as soluções requerem que os outros mudem sem que a própria pessoa que reclama faça algo. A função do terapeuta estrutural é orientar os indivíduos a ter uma visão circular daquela problemática, orientando a ajudar uns aos outros a mudar e a ter coragem e honestidade para enfrentar os problemas.
2) Que importante movimento desafiou suposições sobre gênero que haviam sido consideradas leis da natureza? Discorra sobre isso em se tratando da forma como as famílias funcionavam, ou seja, da dinâmica familiar.
A crítica feminista provocou o mais inesperado despertar da terapia familiar. A dinâmica familiar consistia em um sistema patriarcal onde o homem trabalhava fora de casa e trazia o sustento, a mulher fazia os serviços domésticos e os filhos apenas estudam. Durante anos, os psicanalistas culparam as mães pelos sintomas dos filhos, justamente por um envolvimento maior com eles. A revolução feminista veio para trazer dizer direitos iguais para ambos e tirar a mulher desse lugar de agradar o marido e os filhos a todo custo. O que as feministas afirmavam que os terapeutas não percebiam era que o ‘caso familiar’ arquetípico da mãe super envolvida e do pai periférico deve ser compreendido não como um problema clínico, e sim como o produto de um processo histórico que levou duzentos anos se desenvolvendo. A contribuição da terapia familiar foi expor falta de envolvimento do pai e o grande envolvimento da mãe, o pai como ausente tinha como resultado uma mãe muito presente, dessa forma a terapia familiar destinava o lugar propriamente dito do pai dentro do contexto familiar repartindo as responsabilidades de ambos. Somente quando nos tornarmos mais sensíveis ao gênero é que pararemos de culpar as mães e esperar que elas façam todas as mudanças. 
3) “Os momentos em que o problema está ausente são descartados pelo paciente como sem importância ou inclusive não são percebidos, permanecem escondidos da vista do paciente”. Comente essa afirmativa considerada pela terapia focada na solução.
Na verdade, nada pode ser escondido, ele apenas não é visto, o que é totalmente diferente. Para o indivíduo o problema é visto como primário e as exceções são vistas como secundárias. A intervenção ajuda o indivíduo a fazer uma inversão desses sentidos, o que levará ao desenvolvimento de uma solução, não só a ver que seus problemas têm exceções, mas também a perceber que essas exceções são soluções que ele ainda tem em seu repertório. Uma das características da terapia familiar é olhar o presente, no qual os problemas são mantidos, em vez de olhar o passado para descobrir o que os originou. Como no modelo do MRI, os terapeutas focados na solução acreditam que as pessoas são levadas por uma visão limitada de seus problemas permanecendo com padrões rígidos de soluções falsas. O significado que as pessoas atribuem ao comportamento limita o leque de alternativas que usarão para lidar com uma situação.
4) Qual a relação da terapia focada na solução com a nossa linguagem?
A tarefa da terapia focada na solução é ajudar os clientes a expandir as exceções aos seus problemas. Se a experiência de sofrimento das pessoas está ligada à sua maneira de pensar ou falar sobre esse sofrimento é melhor utilizar uma linguagem que as conduza para fora da dor. A linguagem é tudo o que temos para promover mudanças, é necessário que o terapeuta e o cliente se empenhem em uma discussão que mude a linguagem pela qual o problema é descrito. O objetivo é ajudar os indivíduos a começarem a mudar sua linguagem e encarar os problemas para encontrarem uma solução, e isso é trabalhado através do que é manifestado.
5) Os terapeutas narrativos ajudam seus pacientes a externalizarem seus problemas. O que você sabe sobre isso? 
Externalizar problemas diminui a culpa e a acusação. A terapia narrativa funciona ao ajudar os indivíduos a desconstruírem histórias improdutivas a fim de poderem reconstruir histórias novas e mais produtivas. A desconstrução na visão da terapia narrativa significa questionar pressupostos, o terapeuta externaliza os problemas das pessoas como uma maneira de desconstruir os pressupostos incapacitantes que em geral cercam os problemas, quando o problema é externalizado e redefinido em termos mais próximos da experiência a pessoa pode começar a resistir a ele. Ao ver o problema como uma entidade externa os indivíduos começam a questionar essas influencia em suas vidas.

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