Buscar

HABILIDADES SOCIAIS CONJUGAIS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

HABILIDADES SOCIAIS CONJUGAIS
As pessoas desenvolvem as habilidades sociais conjugais na infância, através do ambiente e reforços que lhe são atribuídos, por isso, pais que possuem essa habilidade bem desenvolvida, tem a tendência de criar e ensinar seus filhos com essa habilidade, e também, são identificadas como um conjunto de atitudes intrínsecas próprias da interação social com o parceiro(a) afetivo de modo a agregar o relacionamento conjugal. A comunicação é a principal chave para desenvolver melhor essa habilidade dentro dos relacionamentos, a forma de enfrentamento e comunicação com o outro. Problemas de relacionamento entre casais e de insatisfação no casamento têm sido apontados como um dos maiores estressores da vida como os transtornos psiquiátricos e enfermidades físicas, é muito importante estabelecer uma boa relação com o casal, isso quer dizer muito sobre o bem estar das pessoas envolvidas. Nesse sentido, Gottman e Rushe (1995), analisando os resultados de terapias conjugais bem-sucedidas, identificaram os ingredientes comuns desses processos, propondo o que denominaram de Terapia Conjugal Mínima (TCM), que inclui basicamente um conjunto de cinco habilidades sociais: (1) acalmar-se e identificar alteração dos estados fisiológicos do cônjuge; (2) ouvir o cônjuge de forma não defensiva; (3) validar a fala do cônjuge, referindo-se ao ouvir ativo, um componente da compreensão empática; (4) apresentar comportamentos alternativos para romper o ciclo queixa-crítica, comportamento defensivo-desdém e desprezo-afastamento; (5) demonstrar sensibilidade aos estilos de persuasão do parceiro para, em uma discussão, evitar que ela continue e se agrave(modelo cascata).
	De acordo com a literatura a qualidade da habilidade social acrescenta um olhar mais maduro para a satisfação conjugal. Os estudos da teoria das habilidades sociais conjugais se baseiam em três vertentes: explicação da origem e do desenvolvimento do comportamento social competente; proposição de técnicas para o desenvolvimento de habilidades sociais; e avaliação do repertório de habilidades sociais e da competência social. Os autores Del Prette A. & Del Prette Z.A.P. diferenciam os termos desempenho social, habilidades sociais e competência sociais da seguinte forma: desempenho social como a emissão de comportamentos em uma situação social qualquer do cotidiano; habilidades sociais como existência de varias classes de comportamento social existente no indivíduo e que ele usa conforme a demanda; competência social como a capacidade de gerir pensamentos, sentimentos e ações com a função de alcançar certos objetivos em uma situação social articulando entre valores e objetivos.
	As habilidades sociais são aprendidas e aperfeiçoadas, porém, algumas são inatas (como os comportamentos pró-sociais). As diversas situações sociais requerem uma quantidade de habilidades complexas para cada situação. Os autores Del Prette A. & Del Prette Z.A.P. (2001) em seu plano de treinamento de habilidades sociais organizaram as habilidades sociais em sete classes para identificação em adultos: de automonitoria; de comunicação; de civilidade; de assertividade; direito e cidadania; empáticas; de trabalho; e de expressão de sentimento positivo. A capacidade de utilização dessas habilidades constituirá a qualidade das suas relações interpessoais e do contexto conjugal.
	A assertividade é equivalente a competência social, ou seja, capacidade de conduzir uma situação a um objetivo de forma clara. A definição de assertividade estabelece que ser assertivo é ao contrario de não assertivo e agressivo. Também é caracterizada como honestidade e aumenta a autoapreciação. As habilidades de assertividade envolvem circunstâncias de risco potencial de reação indesejável como também manifestar opinião, discordar, fazer e recusar pedidos, desculpar, admitir falhas, expressar desagrado, pedir mudança de comportamento e lidar com críticas. 
	As habilidades empáticas caracterizada como a capacidade de se colocar no lugar do outro com objetivo de experienciar aquele momento através daquele ponto de vista. A habilidade empática é composta por três componentes: o cognitivo que processa através dos processos mentais o momento vivenciado; o comportamental que caracteriza a forma de expressão demonstrada no momento que decorre a situação; e o afetivo que experiencia o sentimento do outro na situação. Thomas e Fletcher apontam a capacidade empática nas relações intimas como principal fator de estabilidade e satisfação na relação. 
	Automonitoria seria a regulação dos pensamentos, emoções e comportamentos diante de um acontecimento no ambiente social para alcançar um objetivo. Gottman e Rushe (1995) em sua Terapia Conjugal Mínima (TCM) falam sobre a identificação dos estados fisiológicos (da própria pessoa que emite e das pessoas que a rodeiam) como uma habilidade de automonitoria a ser trabalhada no contexto conjugal íntimo. Constituindo assim um dos fatores importantes para a boa estabilidade do relacionamento, pois, a capacidade de mensurar a emissão de certos comportamentos, emoções ou pensamentos acarreta em contextos afetivos mais estáveis. 
	A capacidade de expressão de sentimentos positivos é uma habilidade que requer saúde e equilíbrio emocional nas relações interpessoais e o contentamento de comportamentos expressos por outros. Essa habilidade se distingue pela maior expressão de comportamentos não verbais do que verbais como por exemplo um abraço, um sorriso, um aperto de mão. Ela é caracterizada como habilidade que corporifica a 	condição afetiva emocional do casal.
	Civilidade conhecida no contexto social como boa educação, são formas de expressões manifestadas e padronizadas pelas diversas culturas que geralmente são expressas em momentos de pouca intimidade e pouco envolvimento de emoção como dizer “por favor”, “obrigado”, “com licença”, “bom dia”. 	Essas expressões no contexto social também apresentam demanda no contexto conjugal, atos de gentileza e cordialidade tonificam as expressões emocionais entre casal. 
	E a comunicação como capacidade de expressão daquilo que se sente. Zimerman (2000) fala que um dos pontos principais a ser trabalhado no relacionamento conjugal é a comunicação. Rangé e Dattilio (1995) sugerem que dos três enfoques para o treinamento a serem abordados na terapia de casal dois são de comunicação e o outro é de capacidade de expressão. Del Prette A. & Del Prette Z.A.P. (2001) fala que o conjunto de fatores que envolvem a comunicação são fazer e responder perguntas, elogiar, manter e encerrar conversação, ouvir atentamente e de forma não defensiva.
	A satisfação conjugal está intimamente relacionada com a capacidade de resolução de problemas, pois, fatores internos de ambos podem entrar em confronto e a capacidade de gerir esses confrontos é entendida como um componente de habilidade social. 
REFERÊNCIAS
Del Prette, Z. A. P., Villa, M. B., de Freitas, M. G., & Del Prette, A. (2008). Estabilidade temporal do inventário de habilidades sociais conjugais (IHSC). Avaliação Psicológica, 7(1), 67-74.
Villa, M. B. (2005). Habilidades sociais no casamento: Avaliação e contribuição para a satisfação conjugal (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).

Continue navegando