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@valentim_mv MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO CLÍNICA “Os estudantes de Medicina Veterinária precisam estar bem familiarizados com a arte do exame físico completo e da observação, tanto de animais sadios como doentes” Eric I. Williams 1. INSPEÇÃO 2. PALPAÇÃO 3. PERCURSÃO 4. AUSCUTAÇÃO 5. OLFAÇÃO 1- INSPEÇÃO: é o exame geral que se faz no paciente. 1.1- Direta ou imediata: é feita sem auxilio de aparelhos. Utiliza-se a visão 1.2- Indireta ou mediata: é feita com a utilização de instrumentos. 1.3 – Objetivo: A – Deslocamento; B - Posição ou postura patológica; C – Aumento de volumes; D – Diminuição ou lesão de partes do corpo ou órgãos; E - Rubor em pele ou membranas mucosas, contusões, tumores, edemas. Secreção: A – Volume: Gotas, xícara, litro, balde... B – Coloração: clara, escura, avermelhada... C – Aspecto, quanto a Transparência: transparente e brilhante, levemente turvo, turvo, muito turvo; turvação: difusa, fina ou grosseira e homogeneidade: mistura homogenia ou não, com sedimento ou não). D – Viscosidade: aquosa, levemente viscosa, bem viscosa, pegajosa. 2. PALPAÇÃO: Utilização do tato. Observa-se a: Superfície, consistência, Sensibilidade, Mobilidade e Temperatura. 2.1 – SUPERFÍCIE: A – Lisa: pele e mucosas sadias. @valentim_mv B – Áspera: pele com sujeira ou exudato ressecado, ou pele com hiperqueratose, serosa com fibrina. C – Rugosa: berne, papilomas. D – Enrugada ou ondulada: pele sobre hematoma reabsorvido e sob feridas em cicatrização. E – Seca: pele depilada normal. G – Pastosa, pegajosa: mucosa oral de bovino com febre alta, superfície cutânea em exudação. H – Molhada/úmida: superfícies coberta por saliva, urina, secreções uterinas. 2.2 - CONSISTÊNCIA A – Macia: Pele normal, com mobilidade. B – Mole: edema de pele e tecido subcutâneo. C – Mole elástica: Músculo relaxado, linfonodo normal. D – Fofa: Semelhante a balão, observada em processos enfisematosos. E – Flutuante: Hematoma antigo preenchido parcialmente com líquido. F - Creptante: efisema sub-cutaneo, fraturas. G –Tenso: parede abdominal em caso de processo doloroso. H – Tenso flutuante: Hematoma recente, abcesso. I - Tenso elástico: Músculo contraído ou linfonodo inflamado. J – Deformável: entre pasta e argamassa: camada média do conteúdo ruminal. K – Dura: tendão, cartilagem, flegmão. L – Sólido: osso, dente. M – Flexível: crescimento ósseo actinomicótico. 2.3 - DELIMITAÇÃO A – Livre: Móvel em relação aos tecidos vizinhos B – Não delimitável: 2.4 - SENSIBILIDADE À PRESSÃO A – Insensível: ausência de reação. B – Normalmente sensível: reação normal do animal. C – Sensível: reação exagerada de defesa. D – Hipersensível: encefalopatias (muito sensíveis ao toque e ao som) 2.5 - TEMPERATURA A – Fria: Orelhas e outras extremidades; áreas de necrose. B – Quente: Temperatura normal. C – Muito quente: Inflamação aguda. 2.6 - MOVIMENTOS INTERNOS A – Movimento Peristáltico: Movimentos ruminais. B – Crepitação: Áreas enfisematosas no tecido subcutâneo, membro fraturado. @valentim_mv C – Palpitação: Movimentos cardíacos. D – Frêmito: Endocardite estenótica grave da válvula da aorta. E – Vibração: Retículo peritonite, retículo pericardite. • PALPAÇÃO INTERNA: (Endopalpação ou exploração): Verificar as dimensões anatômicas e anatomia topográfica. • PALPAÇÃO POR PRESSÃO: Espaço intercostais (parede torácica e área cardíaca) • PALPAÇÃO INDIRETA (SONDAGEM): Se avalia as cavidades naturais ou adquiridas. 3. PERCUSSÃO: Fundamenta-se na análise do ruído produzido ao se golpear, brevemente, uma região do corpo. 3.1- Direta ou Imediata: É feita diretamente na área examinada, com a ponta dos dedos. 3.2- Indireta ou mediata: É feita com o martelo percussor ou com martelo e plexímetro. Acústica e dolorosa. TIPOS DE SOM 1. Som mate, Maciço ou femoral: É o som produzido ao percutir regiões do corpo desprovidas completamente de ar. O som produzido é caracterizado como de pouca ressonância, curta duração e de intensidade fraca. Matidez absoluta. Patologicamente observado em: Pulmão sem ar, edema pulmonar, pulmão hepatizado, ascite... 2. Som claro: É o som produzido ao percutir regiões do corpo ou órgãos que contenham ar que possa vibrar. O som é caracterizado por maior intensidade, duração e ressonância. Fisiologicamente é produzido ao percutir o pulmão sadio. Patologicamente: Alças Intestinais distendidas por gases, enfisema pulmonar. 3. Som timpânico: Produzido ao percutir órgãos ocos com grandes cavidades que contém ar. Patologicamente observado: Rúmen com timpanismo, abomaso e ceco deslocados. 4. Som sub-maciço ou submatico: se localiza entre o som mate do órgão maciço e o som claro do órgão alveolar. Zona oca/sólida. Pode ocorrer em focos broncopneumônicos. 5. Som metálico ou anfórico: é ouvido ao percutir cavidades cheias de gás e com paredes distendidas. 6. Ruído de panela rachada: Ocasionado pela saída de ar contido em cavidades, através de pequenos orifícios. Fisiológico: percussão forte do pulmão- saída de ar pela glote. Patológico: Pneumotórax e enfisema pulmonar. @valentim_mv 4. AUSCULTAÇÃO: Consiste na utilização do sentido da audição. 4.1- Auscultação Imediata ou Direta: sem uso de instrumentos 4.2- Auscultação Mediata ou Indireta: uso de instrumentos @valentim_mv AUSCUTAÇÃO DO RUMEN E DO CORAÇÃO Fenômenos acústicos observados pelo clínico durante a auscultação: A –Ritimo; B – Intensidade; C – Freqüência; 5. OLFAÇÃO: Consiste na utilização do olfato do clínico e é empregada no exame da transpiração cutânea, do ar expirado e das excreções. EXAMES COMPLEMENTARES 1. Punção exploratória; 2. Biópsia; 3. Hemograma completo; 4. Exame histopatólogico; 5. Radiografia e ultrassonografia; 6. Exame sorológico; @valentim_mv COLETA E ENVIO DE MATERIAL PARA LABORATÓRIO 1. MATERIAL PARA EXAME: Saliva, suco ruminal, fezes, sangue, urina, swab nasal, raspado de pele, líquido cefalorraquidiano, secreção prepucial, esperma, amostras de tecidos oriundos de biopsia e necropsia... 2. COMO COLETAR O MATERIAL: devem ser coletadas de acordo com o que se deseja pesquisar. 3. COMO IDENTIFICAR, CONSERVAR, ACONDICIONAR E ENVIAR AS AMOSTRAS: depende do material coletado, fazer sempre uma boa coleta e compatível para o exame solicitado. Ex.: LCR (exame macroscópico – visão: sangue, pus...) e o laboratório irá confirmar a suspeita clínica. HISTOPATOLÓGICO: formol (substancia conservatória), SANGUE: material que permitirá as caraterísticas do material até o processamento no lab. IDENTIFICAÇÃO: Data da coleta; Procedência; Conteúdo. CONSERVAÇÃO: Gelo, formol, meios de cultura apropriado, resfriados... ACONDICIONAMENTO: Tubos, frascos, sacos plásticos, ENVIO: Nome, endereço e telefone do remetente Nome e endereço do laboratório Data da coleta Histórico Suspeita clínica Dados dos exames pedidos
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