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Estrutura dos Fungos - leveduras, morfologia, reprodução, crescimento, micotoxicose, alergias, resposta imunológica

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Gabriela Lopes - TXXX 
Fungos 
 
FUNGOS 
 Reino fungi 
 Eucariotos 
 50 espécies causam mais de 90% das infecções 
 Maioria é benéfica – degradam e reciclam matéria 
orgânica; são comestíveis; usados na fabricação de 
alimentos e bebidas alcoólicas; na produção de 
medicamentos (penicilinas, cefalosporina e ciclosporina) 
 Fitopatógenos – doenças em grãos e outras plantas 
ESTRUTURA 
 Parede celular; membrana citoplasmática; núcleo; 
membrana nuclear; DNA dupla fita; ribossomos; 
mitocôndrias; complexo golgi; retículo endoplasmático 
MORFOLOGIA 
 Manoproteínas mananas  PAMP adesina 
o Trabalham no processo de adesão 
 Ergosterol  Polienos: Anfotericina B (se liga ao 
ergosterol e cria poros na membrana)  Azóis: flucanazol 
( agem no ergosterol e interrompem sua síntese) 
 Beta glucano  Equinocandinas caspofungina 
 Quitina (Chitin)  forma a parede dos fungos 
 Em resumo: parede dos fungos = glucanas + mananas + 
quitina + proteínas + lipídios 
 
 
LEVEDURA 
 1 Núcleo 
 Filamentosos – multinucleados, chamados de hifas, que 
podem ser septadas ou cenocíticas 
 Dimorfos – leveduras a 36° e filamentosos/hifas a 
temperatura ambiente. Um exemplo desse tipo de fungo 
é a Candida albicans 
 Só as leveduras fazem capsula 
REPRODUÇÃO DE LEVEDURAS 
 Unicelulares, esferoidais ou ovais 
 Colônias pastosas ou cremosas de cor branca, creme, 
rosa, laranja ou preta 
 Reprodução assexuada por brotamento – o broto se 
chama blastoconídeos 
 Pode formar pseu-hifa (brotamentos unidos formam um 
filamento) 
 Algumas leveduras podem ter cápsula 
REPRODUÇÃO DE FILAMENTOSOS 
 Colônias filamentosas multicelulares que consistem em 
túbulos cilíndricos ramificados – hifas (septadas ou 
cenocítica) 
 Micélio - massa de hifas emaranhadas 
 Colônias algodonosas, aveludadas ou pulverulentas com 
diferentes pigmentações 
 Reprodução assexuada ou sexuada pela formação de 
esporos 
 Esporos assexuados – Formados pelas hifas (anamorfos) 
o Conídios – produzidos em cadeia na extremidade de 
conidióforos (Penicillium e Aspergillus) 
o Artroconídios – fragmentação de hifa septada em 
células únicas (Coccidioides immitis) 
o Clamidoconídios – formado pelo arredondamento e 
alargamento no interior de um segmento de hifa 
(Candida albicans) 
o Esporangiósporo – formado no interior de um 
esporângio na extremidade de uma hifa aérea 
(Rhizopus) 
 Esporos sexuados – fusão de núcleos (teleomorfos) 
o Zigósporos – esporos simples e extensos de parede 
espessa 
o Ascósporos – formados no interior de ascos 
o Basidiósporos – formados externamente na 
extremidade do basídio 
 Ascomycota 
o Abrange 60% dos fungos conhecidos e 85% dos 
patogênicos 
o Bolores (Coccidioides, Blastomyces, Tricophyton) 
CRESCIMENTO 
Gabriela Lopes - TXXX 
 Adaptados a ambientes mais hostis que as bactérias 
 Quimio-heterotróficos – absorvem nutrientes e não os 
digerem 
 Crescem na presença de nitrogênio e carboidratos e 
ampla faixa de pH 
 Maioria é aeróbio, mas algumas leveduras podem ser 
anaeróbias facultativos 
 Usado ágar de Sabouraud para crescimento em 
laboratório 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
1. Exame microscópico direto – Escarro, biópsia, 
raspagem de pele, sangue, LCR, LBA = identificação de 
esporos, hifas ou leveduras com KOH (10%), 
calcoflúor branco e metenamina de prata 
2. Cultivo do organismo – ágar Sabouraud (baixo pH) e 
identificação dos esporos, hifas e leveduras 
3. Teste de DNA – Identificação em estagio inicial de 
crescimento. Disponível paraCoccidioides, 
Histoplasma, Paracoccidioides e Cryptococcus. 
4. Testes sorológicos – Presença de anticorpos no soro e 
LCR para micoses sistêmicas 
FUNGOS DE IMPORTÂNICA MÉDICA 
 Infecções fúngicas = MICOSES 
 São classificadas como superficiais, cutâneas, 
subcutâneas, sistêmicas e oportunistas 
 • Candidíase e dermatofitoses são de maior incidência 
 Acometem principalmente hospedeiros com 
comprometimento da resposta imune 
 Compartilham genes homólogos, produtos gênicos e vias 
metabólicas com humanos dificultando alvos específicos 
para terapia medicamentosa. 
RESPOSTA IMUNOLÓGICA CONTRA FUNGOS 
 Barreiras naturais são efetivas 
 Mananas, glucanas e polissacarídeos atuam como PAMPs 
e ativam resposta celular (TLR2 e 6, receptor de lectina), 
sistema complemento e a resposta inflamatória 
 Atuação de Linfócitos Th17 e neutrófilos; linfócitos Th1 e 
macrófagos = resposta celular 
 IFN-g estimula a migração, aderência, fagocitose e lise 
oxidativa de neutrófilos e macrófagos, sustenta a 
resposta inflamatória e potencializa os efeitos de terapias 
com drogas antifúngicas. 
 O processo: 
1. Entrada das leveduras ou dos esporos 
2. Fagócitos (PRR - receptor de manose ou TLR) + 
PAMPs = fagocitose e secreção de citocinas: 
3. IL-23 e IL-1 estimulam células linfoides inatas (ILC3) 
nas mucosas e LTh17 a produzirem IL-17 e IL-22 
4. IL-22 estimula o epitélio a produzir peptídeos 
microbianos 
5. IL-17 estimula neutrófilos, que aumentam a 
capacidade fagocítica e microbicida 
6. A produção de GM-CSF estimula a medula óssea a 
produzir e maturar mais neutrófilos 
7. Respostas de LTh1 são importantes em infecções 
fúngicas intracelulares. 
8. Anticorpos e SC ajudam a opsonizar o fungo 
aumentando a fagocitose 
FATORES DE VIRULÊNCIA DOS FUNGOS 
 Dimorfismo térmico 
 Cápsula – adesão e evasão do sistema imune 
 Mananas - adesão 
 Resistência a fagocitose ou a destruição enzimática 
 Melanina – componente da parede celular que cria carga 
negativa e reduz resposta imunológica 
 Enzimas – urease, elastase, colagenase, fosfolipases, 
catalase 
 Modificação do beta-glucana para alfa-glucana 
 Mimetismo molecular – moléculas similares às integrinas 
e receptores do sistema complemento 
 Desvio da resposta para perfil Th2 
MICOTOXICOSE 
 Ingestão de toxinas 
o Cogumelos Amanitta sp – produzem 5 toxinas. 
Amanitina e faloidina: hepatotoxinas potentes (Inibem 
a síntese de mRNA); muscarina e muscinol: 
propriedades neurológicas e alucinógenas (agonista de 
ACh e GABA) 
o Síndrome do micetismo – hiperestimulação 
colinérgica: salivação, sudorese, miose, bradicardia, 
aumento do peristaltismo. Inocybe sp e Clitocybe sp 
 Psicodélicos 
o Cogumelos Psilocybe sp – Psilocibina efeitos 
alucinógenos do tipo triptamina, ativa receptores de 
serotonina, no córtex pré-frontal do cérebro – uma 
área envolvida no humor, cognição e percepção. 
 Ergotismo 
o Claviceps purpurea (esporão do centeio) - infecta 
grãos e produz alcaloides (ergotamina e dietilamida do 
ácido lisérgico *LSD+) fortesefeitos vasculares 
(vasoconstrição/necrose) e neurológicos (delírios, 
convulsões, alucinações). Usados para tratar 
enxaqueca (ergotamina). Fogo de Santo Antônio 
 Aflatoxinas 
o Aspergillus flavus - danos ao fígado e carcinoma. 
Presentes em grão industrializados, milho, amendoim, 
nozes. 
ALERGIAS 
 Inalação de esporos 
o Aspergillus fumigatus - aspergilose alérgica 
 broncopulmonar. 
o Rinite, asma brônquica, alveolite e 
 pneumonite

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