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ROUSSEAU E O CONTRATO SOCIAL - Slides

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Prof. Marco Barros
UNIDADE I
Rousseau e o
Contrato Social
Filosofia Política
• Dados biográficos de Jean Jacques Rousseau
• Aspectos históricos: Filosofia da Renascença e 
Nicolau Maquiavel
Teoria do Contrato Social
• Thomas Hobbes
• John Locke
Segundo Discurso de J. J. Rousseau
• Homem no Estado de Natureza (estática)
• Homem após Estado de Natureza (dinâmica)
Programa de aula
Trajetória Pessoal 
 Nasceu em Genebra, Suíça, em 1712;
 Rousseau atuou como músico e professor em Paris;
 Vence o concurso da Academia de Dijon ao responder à questão 
“O restabelecimento das ciências e das artes contribuiu para aperfeiçoar
os costumes?”, em 1750;
 Diante das críticas ao regime absolutista sofreu 
perseguições e refugiou-se na Suíça e Inglaterra;
 Morreu em 2 de julho de 1789, por causas 
não esclarecidas;
 Diante da influência na Revolução Francesa, seus restos 
mortais estão guardados no Panteão de Paris, 
dedicado aos heróis da pátria. 
Dados biográficos de Jean Jacques Rousseau
Principais traços de sua obra:
 Elogio do homem primitivo;
 Crítica da civilização degenerada;
 Aprimoramento da teoria do contrato social;
 Contribuição em temas como: política; direito; artes; educação e moral.
Principais produções:
 Discurso sobre as Artes e Ciências, 1750;
 Discurso sobre a origem e base da desigualdade entre os 
homens, 1754;
 Emílio, ou A educação, 1762;
 Contrato Social, ou Princípios do Direito Político, 1762;
 Confissões de Jean Jacques Rousseau, 1770.
Dados biográficos de Jean Jacques Rousseau
Contexto antes da teoria de Rousseau
 Filosofia da Renascença → 
contribuição para a formação do pensamento político.
 Retomada do valor dos discursos;
 Participação direta na vida pública;
 Humanismo cívico.
Aspectos históricos
Fonte: Rafael, Giuliano de' Medici
(1479–1516). Metropolitan
Museum, Nova Iorque.
Contexto antes da teoria de Rousseau
 Nicolau Maquiavel (1469-1527).
 Tomada e manutenção do poder. 
 Autonomia do sistema político  experiência e história.
Aspectos históricos
Aspectos históricos
Virtù Fortuna
 Conjunto de qualidades pessoais que o 
governante precisa cultivar para a 
manutenção do poder e alcançar 
“grandes feitos”;
 Competência na aplicação do poder político;
 Dependência da fortuna.
 Contingência predominante como uma 
força da natureza e não prevista pela 
razão humana;
 Oportunidade para o exercício das 
qualidades pessoais do governante;
 Dependência da virtù.
Contexto antes da teoria de Rousseau
 As obras de Maquiavel narram as experiências de 
diferentes governos republicanos italianos, sobretudo 
quando foi conselheiro de Florença.
 Tais escritos influenciaram a visão de Rousseau já que 
delimitaram a compreensão da autonomia da política.
Aspectos históricos
República
 Poder institucionalizado;
 Representação político;
 Responsabilidade política;
 Mandatos eletivos e temporários;
 Distinção entre os interesses públicos dos privados.
Em O Príncipe, Maquiavel afirma que:
a) A fortuna governa todas as ações humanas.
b) Deus governa todas as ações humanas.
c) As coisas do mundo são governadas pela natureza ou por Deus.
d) A fortuna governa metade de nossas ações e nos deixa governar a outra metade.
e) A virtù controla por completo todas as ações humanas.
Interatividade
Em O Príncipe, Maquiavel afirma que:
a) A fortuna governa todas as ações humanas.
b) Deus governa todas as ações humanas.
c) As coisas do mundo são governadas pela natureza ou por Deus.
d) A fortuna governa metade de nossas ações e nos deixa governar a outra metade.
e) A virtù controla por completo todas as ações humanas.
Resposta
Propósito da teoria do contrato social
 Apresentar um fundamento racional para a origem e defesa do Estado.
 Cada teórico vai enfatizar aspectos específicos do conceito de Estado 
em sua teoria.
 Estado como a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um 
povo situado em determinado território.
Teoria do Contrato Social
ESTADO
ORDEM JURÍDICA
SOBERANIA
OBJETIVO
POVO
TERRITÓRIO
Propósito da teoria do contrato social
 A teoria do contrato social historicamente crítica as doutrinas teocráticas.
 Natureza divina dos governantes: governantes como deuses vivos.
 Investidura divina: delegados diretos e imediatos dos deuses.
 Investidura providencial: origem divina do poder (e não do mandatário).
 A teoria do contrato social pressupõe uma origem artificial do Estado a partir de um 
contrato elaborado pelo povo e orientado para o povo (soberania popular), 
independente da forma de governo (monarquia ou república)!
Teoria do Contrato Social
Narrativa pressuposta pela teoria do contrato social
 Estado de Natureza é um expediente metodológico capaz 
de descrever a vida humana em uma situação anterior ao 
contrato social.
 Para alguns autores, trata-se do estado primitivo 
da vida humana.
Teoria do Contrato Social
Estado de 
Natureza
Contrato Social Estado Civil
 Racionalista → desenvolvimento de um modelo hipotético.
 Monarquista.
 Condição natural do homem é um estado de guerra de todos contra todos 
(capítulo XLII do Leviatã).
 O que explica a condição perversa? A situação de igualdade entre os homens 
e que produz uma desconfiança a ponto de justificar a guerra. 
“Desta igualdade quanto à capacidade deriva a igualdade 
quanto à esperança de atingirmos nossos fins. Portanto, 
se dois homens desejam a mesma coisa, ao mesmo 
tempo que é impossível ela ser gozada por ambos, 
eles tornam-se inimigos” (HOBBES, Leviatã).
Thomas Hobbes (1588-1679)
 Razão orienta os homens para as condutas de paz, sendo possível alcançarem um 
acordo – o que Hobbes designará como leis da natureza.
 Diante de uma situação de guerra, é razoável supor que os homens não queiram 
ficar nesse estado de permanente disputa. Logo, o desejo de paz justifica a 
reunião dos homens por meio de um contrato social.
 Para Hobbes o contrato social representa uma abdicação 
de direitos dos homens em prol de um bem maior, 
controlado por uma estrutura suprema e diversa dos 
sujeitos: Estado Absolutista/ Monarca/ Leviatã!
Thomas Hobbes (1588-1679)
 Empirista → papel da observação.
 Liberal.
 Estado de Natureza é caracterizado por uma situação de igualdade.
 O desequilíbrio decorre dos riscos ao direito natural de propriedade.
 A propriedade não é uma mera soma dos bens materiais, mas é resultado da 
própria liberdade de escolha que cada indivíduo possui e que, por meio do 
trabalho, pode tomar como seu!
 Trata-se de um direito natural!
John Locke (1632-1704)
Comparação entre Hobbes e Locke
HOBBES LOCKE
Elemento central Soberania Liberdade
Estado de Natureza Estado de guerra
Não é 
necessariamente 
bom ou ruim
Propósito do acordo
Impor a lei e evitar o 
estado de guerra
Garantir os direitos 
individuais naturais, 
em especial o 
direito de 
propriedade
Representação Alienação absoluta
Representação 
indireta (papel do 
parlamento)
A partir do estudo da teoria contratualista, analise as afirmativas.
I. O modelo contratualista apresenta uma contraposição entre um estado de 
natureza (pré-político) e um estado civil (político).
II. O estado de natureza, para Thomas Hobbes, é caracterizado como uma "guerra 
de todos contra todos".
III. Na concepção lockeana do contrato social, a propriedade privada não constitui 
um direito inviolável.
Interatividade
Está correto o que se afirma em:
a) II e III.
b) I e III.
c) III, apenas.
d) I e II.
e) I, apenas.
Interatividade
A partir do estudo da teoria contratualista, analise as afirmativas.
I. O modelo contratualista apresenta uma contraposição entre um estado de 
natureza (pré-político) e um estado civil (político).
II. O estado de natureza, para Thomas Hobbes, é caracterizado como uma "guerra 
de todos contra todos".
Alternativa correta:
d) I e II.
Resposta
Visão Geral
 Passagem do “Rousseau músico” parao “Rousseau filósofo”.
 Descreve a gênese da sociedade: surgimento e consolidação da desigualdade 
social → a formação da sociedade corrompe o homem.
 Qual é a origem da desigualdade entre os homens e será ela permitida pela lei 
natural? (Academia de Dijon)
Dividida em duas partes
 Primeira parte: descrição do estado de natureza.
 Segunda parte: introdução da história.
Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os 
homens (Segundo Discurso)
 Ponto de partida (prefácio): reconhecer a ignorância das ciências e refletir sobre 
o “outro”.
 Sentimento de comiseração ou piedade (pitié): capacidade de desnaturalizar 
os vícios e reaproximar os homens dos seus semelhantes diante das 
necessidades básicas!
 O pensamento de Rousseau brota, portanto, a partir de 
um duplo princípio, o da identificação a outrem e até ao 
mais "outrem" de todos os outrens, até um animal; e o da 
recusa da identificação a si mesmo, ou seja, a recusa de 
tudo o que pode tornar o eu "aceitável". Essas duas 
atitudes se completam, e a segunda inclusive funda 
a primeira: na verdade, eu não sou "eu", 
e sim o mais fraco, o mais humilde, dos "outros" 
(LÉVI-STRAUSS, 2013, p. 51).
Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os 
homens (Segundo Discurso)
 A apresentação do estado de natureza é inédita 
em Rousseau.
 Crítica aos contratualistas anteriores já que atribuíram 
de forma equivocada as características do homem 
civil ao homem no estado de natureza!
 O estado de natureza é uma situação de equilíbrio 
e bonança e o bom selvagem é autossuficiente 
e solitário.
Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os 
homens (Segundo Discurso)
Fonte: ROUSSEAU, Henri. The 
Equatorial Jungle (1909), National
Gallery of Art, Washington, D.C.
Primeira parte do Segundo Discurso
Bom 
selvagem
Físico
MetafíscioMoral
 Atenção! Rousseau defende o comprometimento 
de todos esses planos com a desigualdade, em 
especial uma desigualdade física (ou natural) 
com o comprometimento do corpo 
e outra moral (ou política) vinculada às ações.
Primeira parte do Segundo Discurso
Bom 
selvagem
Físico
MetafíscioMoral
Aspecto Físico
 Homem na condição de pura natureza → situação de equilíbrio.
 Situação de abundância e solidão → temperamento robusto e quase inalterável.
 Vive apenas com a força do seu corpo e não teme os animais selvagens.
 Comparação com o guerreiro espartano “belo e bom”.
 Crítica da domesticação do homem pela civilização (ex.: Surgimento das doenças).
Primeira parte do Segundo Discurso
Aspecto Metafísico
 Homem se delimita como um ser capaz de uma possibilidade quase infinita de 
realização de tudo que o circunda → perfectibilidade.
 Diferença entre o homem e os demais animais → liberdade de escolha e controle 
da natureza (não é a mera racionalidade!).
“Um escolhe ou rejeita por instinto e o outro, por um ato de 
liberdade; é por isso que o animal não pode afastar-se da 
regra que lhe é prescrita” (ROUSSEAU, 1999, p. 172).
Primeira parte do Segundo Discurso
Aspecto Moral
 Motivações das ações práticas do homem na natureza → as paixões primitivas.
Primeira parte do Segundo Discurso
Piedade Natural Amor de si
Natural aos corações Autoconservação
Homens só se reuniram 
em sociedade porque se 
reconheceram como 
semelhantes 
Assegura a sobrevivência 
do homem natural, 
justificando as ações 
Para Rousseau:
a) A causa da desigualdade humana é puramente natural.
b) Há dois tipos de desigualdade, uma natural ou física, e outra moral ou política.
c) A causa da desigualdade humana é puramente histórica.
d) O estado de natureza é desigual.
e) Não existe estado de natureza.
Interatividade
Para Rousseau:
a) A causa da desigualdade humana é puramente natural.
b) Há dois tipos de desigualdade, uma natural ou física, e outra moral ou política.
c) A causa da desigualdade humana é puramente histórica.
d) O estado de natureza é desigual.
e) Não existe estado de natureza.
Resposta
 Narrativa da degeneração do homem em sociedade.
 Introdução da história e da dinâmica → surgimento da propriedade privada.
“O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um 
terreno, lembrou-se de dizer “isto é meu” e encontrou pessoas suficientemente 
simples para acreditá-lo” (ROUSSEAU, Segundo Discurso, p. 203).
Segunda parte do Segundo Discurso
Estado de 
Natureza 
Histórico
Idade de Ouro
Propriedade
• ricos e pobre
• governantes
• despotismo
Estado de 
Guerra
Segunda parte do Segundo Discurso
Estado de Natureza Histórico
 Primeiras comunidades.
 Início de disputas com armas.
 Especialização de tarefas.
 Desenvolvimento das línguas.
 Atenção! O estado de natureza histórico não se confunde 
com o estado da Primeira Parte.
Segunda parte do Segundo Discurso
Idade de Ouro
 Surgimento das primeiras indústrias.
 Excedente de produção.
 Habitações e choupanas.
 “Juventude do mundo”.
Embora os homens houvessem ficados menos tolerantes 
e a piedade natural já houvesse sofrido certa alteração, 
esse período do desenvolvimento das faculdades humanas, 
mantendo-se no exato meio-termo entre a indolência do 
estado primitivo e a petulante atividade de nosso 
amor-próprio, deve ter sido a época mais feliz e duradoura 
(ROUSSEAU, Segundo Discurso, 1999, p. 212).
Segunda parte do Segundo Discurso
Propriedade
Segunda parte do Segundo Discurso
Ferro e trigo 
– civilizaram 
os homens
Mercados
Direito de 
propriedade
Propriedade
 Atenção! Diferente de Locke, Rousseau sustenta que a propriedade não resulta do 
trabalho, mas da acumulação. Daí é possível a usurpação: apropriar-se de coisas 
além do seu trabalho.
 Surgimento da miséria e das disputas de classes → estado de guerra.
 A instituição de um governo legítimo sob a égide de um 
discurso fraudulento cria a possibilidade da constituição 
de uma ordem social!
Segunda parte do Segundo Discurso
Estado de Guerra
 A sociedade vai se desenvolvendo até encontrar a terceira grande forma de 
desigualdade: a desigualdade entre senhor e escravo.
 Após descrever o estado de guerra, Rousseau chega à conclusão: a desigualdade 
não possui base na natureza!
 Rousseau apresenta o paradoxo constitutivo da 
sociedade: progresso social (ex. Técnico e intelectual) 
x aumento da desigualdade (ex. degeneração moral).
Segunda parte do Segundo Discurso
 “Conclui-se desta exposição que a desigualdade, sendo quase nula no estado 
de natureza, extrai sua força e seu crescimento do desenvolvimento de nossas 
faculdades e dos progressos do espírito humano e torna-se enfim estável e 
legítima pelo estabelecimento da propriedade e das leis. Conclui-se ainda que 
a desigualdade moral, autorizada unicamente pelo direito positivo, é contrária ao 
direito natural toradas as vezes em que não coexiste, na mesma proporção, com a 
desigualdade física; distinção que determina suficientemente o que se deve pensar 
a esse respeito da espécie de desigualdade que reina entre todos os povos 
policiados, já que é claramente contra a lei da natureza. 
Seja qual for a maneira por que a definimos, uma criança 
mandar num velho, um imbecil conduzir um homem sábio e 
um punhado de gente regurgitar de superfluidades enquanto 
a multidão esfaimada carece do necessário” (Rousseau, 
Segundo Discurso, p.243).
Segunda parte do Segundo Discurso
Para que o homem viva conforme sua natureza boa, livre e feliz, Rousseau defende:
a) A ruptura radical com os vícios em sociedade e o retorno definitivo à vida 
em contato com a natureza.
b) Uma educação em contato com a natureza para que na infância o homem 
não seja contaminado pelos vícios da sociedade.
c) Uma revolução que ponha fim às instituições criadas pelo homem 
em sociedade e a adoção de um modo de vida anarquista.
d) A adequação aos bons costumes da vida em sociedade.
e) O cultivo das ciências e das artes, sem qualquercuidado.
Interatividade
Para que o homem viva conforme sua natureza boa, livre e feliz, Rousseau defende:
a) A ruptura radical com os vícios em sociedade e o retorno definitivo à vida 
em contato com a natureza.
b) Uma educação em contato com a natureza para que na infância o homem 
não seja contaminado pelos vícios da sociedade.
c) Uma revolução que ponha fim às instituições criadas pelo homem 
em sociedade e a adoção de um modo de vida anarquista.
d) A adequação aos bons costumes da vida em sociedade.
e) O cultivo das ciências e das artes, sem qualquer cuidado.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!
Prof. Marco Barros
UNIDADE II
Rousseau e o
Contrato Social
Programa de Aula
Contrato Social
• Visão Geral
• Livro I do Contrato Social
Conceitos Centrais
• Pacto Social
• Vontade Geral
• Lei
• Estado e Governo
• A morte e manutenção do corpo político
Repercussões do Contrato Social
• Crítica de Gerard Lebrun
• Obra de Luiz Roberto Salinas Fortes
• A questão histórica
• Modernidade 
Visão Geral
 Conclusão do Segundo Discurso: como assegurar a liberdade do homem civil?
 Impossibilidade de retorno ao estado de natureza.
 Ação política e via um contrato social entre os homens  Contrato Social.
 Texto organizado em quatro partes (“livros”), editado 
em 1762.
 Obra inacabada, deveria ser incluída em tratado 
sobre política.
 Na época o livro foi proibido na França!
Contrato Social
Visão Geral
 “Quero indagar se pode existir, na ordem civil, alguma regra de administração 
legítima e segura, considerando os homens tais como são e as leis tais como 
podem ser. Procurarei sempre, nesta investigação, aliar o que o direito permite ao 
que o interesse prescreve, a fim de que a justiça e a utilidade não se encontrem 
divididas” (Rousseau, Contrato Social).
Trata-se de uma ordem civil idealizada?
 Não, trata-se de uma ordem viável e que justificou uma 
série de revoluções em defesa da soberania popular!
 Importância da educação civil!
Contrato Social
 Principal Livro do Contrato Social, apresenta os conceitos base da sociedade civil.
 Organizado em nove capítulos.
 “O homem nasceu livre e por toda 
parte ele está agrilhoado” 
(Rousseau, Contrato Social)
Livro I
Fonte: Eugène Delacroix, La 
Liberté guidant le peuple. 1830. 
Museu Louvre, Paris.
Por qual motivo Rousseau é um contratualista?
 “A ordem social é um direito sagrado,
que serve de base para todos os 
demais. Tal direito, entretanto, não 
advém da natureza; funda-se, pois, 
em convenções. Trata-se de saber 
quais são essas convenções” 
(Rousseau, Contrato Social).
Livro I
Fonte: Eugène Delacroix, La 
Liberté guidant le peuple. 1830. 
Museu Louvre, Paris.
 Convenções Sociais  pressupõe um acordo de vontades (direito)
Livro I
Família Estado
Sociedade 
Civil
Família Estado
Pai Chefe
Filho Povo
Amor do pai pelos filhos Prazer de comandar
 O contrato não se constitui como um direito do mais forte! É um ato de vontade!
“(...) a força não faz o direito, e que só se é obrigado a obedecer aos poderes 
legítimos” (Rousseau, Contrato Social)
Livro I
Força Direito
Ato de necessidade Ato de vontade
Obediência Dever
 Convenções sociais
 Há duas etapas na construção do Estado: primeiro os 
indivíduos se associam em uma sociedade, para só 
depois a sociedade se constituir em um Estado.
Livro I
Primeira
Convenção
(Povo)
Contrato 
Social
(Estado)
Sociedade 
Civil
(Povo se 
submete a um 
governo)
Sobre o conceito de legitimidade em relação ao Estado é correto afirmar:
a) É o que impede a permanência de um grupo político específico na estrutura de 
poder do Estado por um longo período, mesmo que se trate de regimes 
autoritários e totalitários.
b) Trata-se da possibilidade da sociedade civil rejeitar a dominação estatal toda vez 
que os preceitos constitucionais são desobedecidos.
c) Refere-se ao elemento desestabilizador do poder estatal que emerge a cada 
crise econômica e afeta todo o sistema político vigente.
d) É a crença segundo a qual a única fonte de poder do 
Estado encontra-se no uso legal e unilateral da força.
e) Consiste em um certo grau de consenso político que 
assegure a obediência de parte significativa da 
população ao poder legalmente constituído, sem o uso 
necessário da força, exceto em ocasiões eventuais.
Interatividade
Sobre o conceito de legitimidade em relação ao Estado é correto afirmar:
a) É o que impede a permanência de um grupo político específico na estrutura de 
poder do Estado por um longo período, mesmo que se trate de regimes 
autoritários e totalitários.
b) Trata-se da possibilidade da sociedade civil rejeitar a dominação estatal toda vez 
que os preceitos constitucionais são desobedecidos.
c) Refere-se ao elemento desestabilizador do poder estatal que emerge a cada 
crise econômica e afeta todo o sistema político vigente.
d) É a crença segundo a qual a única fonte de poder do 
Estado encontra-se no uso legal e unilateral da força.
e) Consiste em um certo grau de consenso político que 
assegure a obediência de parte significativa da 
população ao poder legalmente constituído, sem o uso 
necessário da força, exceto em ocasiões eventuais.
Resposta
Pacto Social (Capítulo VI do Livro I)
 “Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja com toda a força 
comum a pessoa e os bens de cada associado, e pela qual cada um, unindo-se a 
todos, só obedeça, contudo, a si mesmo e permaneça tão livre quanto antes” 
(Rousseau, Contrato Social).
 Equilibrar a liberdade e a igualdade  Paradoxo.
Conceitos centrais
Pacto Social (Capítulo VI do Livro I)
 Dado que todos alienam todos os seus direitos, não sobra um que tenha mais 
direito que os demais (todos são iguais).
 Assim, não há o que reclamar (todos são livres).
 Contrato é justo para todos (igualdade e liberdade são equivalentes via contrato).
 “cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu 
poder sob a suprema direção da vontade geral; e 
recebemos, coletivamente, cada membro como parte 
indivisível do todo” (Rousseau, Contrato Social).
Conceitos centrais
Pacto Social (Capítulo VI do Livro I)
 Atenção! O contrato é estipulado em favor da vontade geral.
 Vontade geral não é a vontade da maioria, mas o denominador comum de todos 
os contratantes.
 Rousseau se diferencia frontalmente de Hobbes nesse 
ponto! Vontade geral é a base da soberania do Estado 
(soberania popular).
Conceitos centrais
Vontade Geral (Capítulo VI do Livro I)
 EX.: Art. 1º, Parágrafo único, CF/88: Todo o poder emana do povo, que o exerce 
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
 Rousseau justificará o movimento do 
constitucionalismo  império da lei 
(rule of law).
Conceitos centrais
Fonte: 
https://ufmg.br/comunicacao
/noticias/constituicao-
brasileira-completa-30-anos
Vontade Geral (Capítulo VI do Livro I)
 Povo controla e limita a atuação da autoridade.
 Autoridade passa a ser compreendida como um meio de realização 
do interesse público.
 Interesse da autoridade deve sempre coincidir com a vontade geral.
Conceitos centrais
Vontade Geral (Capítulo VI do Livro I)
Características da vontade geral:
 É suprema, pois é uma regra que deve prevalecer em quaisquer circunstâncias. 
 É una e indivisível, não delegável (função não se confunde com poder);
 É irrevogável e perpétua historicamente, já que vigora em um certo território e em 
uma determinada população sobre as demais ordens sociais ao longo do tempo.
Conceitos centrais
Comparação entre Estado de Natureza e Estado Civil
Natureza Artifício
Apetite Moral
Necessidade/ Liberdade natural Igualdade/ Liberdade civil
Vontade particular/ Indivíduo Vontade geral/ Soberano
Força Direito
Posse Propriedade
Estado de Natureza Estado Civil
Rousseau define o contrato social como:
a) O pacto corresponde às vontades individuais do corpo coletivo, sem obedecer a 
nenhuma lei.
b) O contrato correspondeao modo de associação, onde, com base na união, todos 
obedecem a todos.
c) Uma livre associação do gênero humano, que decide compor uma determinada 
forma de sociedade política, com base na vontade geral, com vistas 
ao pacto social.
d) A expressão da permanência da desigualdade formal e 
da injustiça entre os homens, resolvidas sem que haja 
necessidade da alienação de cada componente 
do pacto social.
e) Mera soma das vontades individuais.
Interatividade
Rousseau define o contrato social como:
a) O pacto corresponde às vontades individuais do corpo coletivo, sem obedecer a 
nenhuma lei.
b) O contrato corresponde ao modo de associação, onde, com base na união, todos 
obedecem a todos.
c) Uma livre associação do gênero humano, que decide compor uma determinada 
forma de sociedade política, com base na vontade geral, com vistas 
ao pacto social.
d) A expressão da permanência da desigualdade formal e 
da injustiça entre os homens, resolvidas sem que haja 
necessidade da alienação de cada componente 
do pacto social.
e) Mera soma das vontades individuais.
Resposta
Lei (Capítulo VI do Livro II)
 Para que o corpo social permaneça vivo é necessário que tenha uma legislação.
 “Pelo pacto social demos existência e vida ao corpo político. Trata-se agora de 
dar-lhe o movimento e a vontade pela legislação” (Rousseau, Contrato Social).
 Atenção! Lei é a expressão da 
vontade geral, enquanto norma 
jurídica e ordenamento jurídico.
Conceitos centrais
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-
vector/scales-justice-sign-icon-court-law-
243981613?src=Ah6P6CeJkM01D_92nJBbVQ-1-15
Lei (Capítulo VI do Livro II)
 Conceito de império da lei (ou estado de direito), que assegura que ninguém 
esteja acima da lei. Tal desdobramento é observável por meio do princípio da 
legalidade, que se opõe a toda e qualquer forma de abuso de poder.
 “o povo, por si, quer sempre o bem, mas nem sempre o reconhece por si só. A 
vontade geral é sempre reta, mas o julgamento que a guia nem sempre 
é esclarecido” (Rousseau, Contrato Social)  LEGISLADOR
Conceitos centrais
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-
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 Rousseau admite a tese que, para se criar uma boa lei, é necessária uma 
inteligência superior. 
 Rousseau adota o princípio da separação dos poderes, ainda que atribua um papel 
especial para o legislador!
 Atenção! Montesquieu já distinguiu a separação de três poderes (Legislativo, 
Executivo e o Judiciário). Cada um desses poderes corresponde a determinadas 
funções. A garantia da estabilidade do pacto reside justamente no equilíbrio e na 
execução dessa funções.
 Atenção! A separação não é rígida em nome da 
fiscalização da implementação de um sistema 
compensatório, excepcionalmente cada poder pode 
exercer função atípica.
Conceitos centrais
Conceitos centrais
ÓRGÃO FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA
Legislativo
 Legislar.
 Fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária e patrimonial do Executivo.
 Natureza Executiva: ao dispor sua organização, provendo cargos, 
concedendo férias, licenças a servidores etc.
 Natureza jurisdicional: o Senado julga o Presidente da República nos 
crimes de responsabilidade (exemplo: art. 52, I, CF).
Executivo
 Prática de atos de chefia de Estado, chefia 
de governo e atos de administração.
 Natureza legislativa: o Presidente da República adota medida 
provisória (exemplo: art. 62, CF).
 Natureza jurisdicional: o Executivo julga, apreciando defesas e 
recursos administrativos.
Judiciário
 Julgar (função jurisdicional), dizendo o 
direito no caso concreto, quando da 
aplicação da lei.
 Natureza legislativa: regimento interno de seus tribunais (exemplo: art. 
96, I, “a”).
 Natureza executiva: administra, ao conceder férias aos magistrados e 
serventuários (exemplo: art. 96, I, “f”).
Estado e Governo
 Para Rousseau, Estado (soberania popular) não se confunde com o governo!
 O governo é fixado por lei posterior ao contrato e que cumpre uma anterior lei que 
fixa suas competências!
 “De mais a mais, é evidente que o contrato do povo com 
determinadas pessoas seria um ato particular. Donde se 
conclui que esse contrato não poderia constituir nem uma 
lei nem um ato de soberania e que, por conseguinte, seria 
ilegítimo” (Rousseau, Contrato Social).
Conceitos centrais
A morte e manutenção do corpo político
 Para Rousseau do mesmo modo que o corpo humano está fadado a degenerar, o 
corpo político também acaba necessariamente morrendo.
 “O princípio da vida política repousa na autoridade 
soberana. O poder legislativo é o coração do Estado; o 
poder executivo, o cérebro, que dá movimento a todas as 
partes. O cérebro pode paralisar-se e o indivíduo 
continuar a viver. Um indivíduo torna-se imbecil e vive, 
mas, tão logo o coração deixa de funcionar, o animal 
morre” (Rousseau, Contrato Social).
Conceitos centrais
 Para evitar a morte precoce e manter o poder soberano, Rousseau defende o 
modelo de representação direta do poder por meio do sufrágio e da realização 
de assembleias.
 “A soberania não pode ser representada pela mesma razão que não pode ser 
alienada; consiste essencialmente na vontade geral, e a vontade não se 
representa: ou é a mesma, ou é outra – não existe meio-termo. Os deputados do 
povo não são, pois, nem podem ser ou seus representantes; são simples 
comissário, e nada podem concluir definitivamente” (Rousseau, Contrato Social)
Conceitos centrais
 O problema da representação e o jogo das vontades!
 Como preservar a vontade geral quando existem 
intermediários que controlam sua manifestação? 
Riscos da intermediação em transformar a vontade 
geral em vontade particular!
Conceitos centrais
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Surgida originalmente nas cidades da Grécia antiga, a ideia de cidadania ganhou 
força no século XVIII, como resultado das revoluções liberais que puseram abaixo o 
mundo do Antigo Regime. É correto afirmar que nas sociedades modernas:
a) A cidadania prevê o direito de os cidadãos participarem diretamente das decisões 
de Estado.
b) Os cidadãos são, classicamente, as pessoas que vivem dentro da mesma 
comunidade nacional.
c) A igualdade de status político e civil, estabelecida via cidadania, sobrepujou as 
desigualdades materiais de classe social.
d) A condição de cidadão confere aos indivíduos direitos 
(civis, políticos e sociais) e não deveres.
e) Os direitos culturais figuram entre os direitos de 
cidadania observados pelo filósofo Rousseau.
Interatividade
Surgida originalmente nas cidades da Grécia antiga, a ideia de cidadania ganhou 
força no século XVIII, como resultado das revoluções liberais que puseram abaixo o 
mundo do Antigo Regime. É correto afirmar que nas sociedades modernas:
a) A cidadania prevê o direito de os cidadãos participarem diretamente das decisões 
de Estado.
b) Os cidadãos são, classicamente, as pessoas que vivem dentro da mesma 
comunidade nacional.
c) A igualdade de status político e civil, estabelecida via cidadania, sobrepujou as 
desigualdades materiais de classe social.
d) A condição de cidadão confere aos indivíduos direitos 
(civis, políticos e sociais) e não deveres.
e) Os direitos culturais figuram entre os direitos de 
cidadania observados pelo filósofo Rousseau.
Resposta
A crítica de Gerard Lebrun
Texto: Contrato social ou negócio de otário?
Subjacente aos interesses envolvidos no contrato, o homem é ainda um ser egoísta? 
O contrato social só existe por razões individualistas?
 No contrato social o indivíduo é parcialmente o 
soberano, mas integralmente súdito!
Repercussões do Contrato Social
A crítica de Gerard Lebrun
 Para Lebrun prevalece uma alienação da liberdade em benefício de um soberano,que está acima de qualquer um e ao mesmo tempo livre de todos.
 Solução? Rousseau defende uma visão de um sujeito comprometido eticamente 
com a cidade a ponto de coincidir as vontades individuais com a vontade geral, 
derivado de uma rígida e espartana educação cívica.
Repercussões do Contrato Social
A obra de Luiz Roberto Salinas Fortes
 Importante filósofo e estudioso brasileiro sobre a obra de Rousseau.
 Discutiu as contradições que permeiam a obra de Rousseau.
Repercussões do Contrato Social
SER PARECER
AGIR FALAR
NATUREZA ARTIFÍCIO
POLÍTICA TEATRO
A questão da história
Qual é o papel da história em Rousseau?
Existe uma superação dos problemas descritos após a implementação da 
propriedade privada via formulação do pacto?
 História não é sinônimo de progresso!
 Papel formador da história  caráter pedagógico dos 
“grandes feitos” da Antiguidade.
Repercussões do Contrato Social
A questão da história
 Crítica da história moderna, pois ela uniformizou a narrativa ao desconsiderar a 
diferenciação entre ações humanas. 
 Início da desigualdade entre os homens marcou também o começo da 
indiferenciação entre eles!
 Aproximação conduzida por Rousseau entre a 
moralidade e os princípios políticos  a solução dos 
problemas deve ocorrer via ação política!
Repercussões do Contrato Social
Modernidade
 “O pensamento das Luzes não era revolucionário de modo algum; o pensamento 
de Rousseau de certa maneira, já o era. De um lado, uma filosofia cega, por 
princípio, ao sentido e à possibilidade de uma revolução; de outro, uma filosofia 
que – desde que levada às últimas consequências, para além das escolhidas e do 
estilo do autor – antecipa, ao mesmo tempo, a Revolução Francesa e um outro 
pensamento político, que só emergiria dos escombros da Idade Clássica ou do 
Antigo Regime” (PRADO JR., 2008).
Repercussões do Contrato Social
Modernidade
 Inegável reconhecer o impacto de Rousseau na Revolução Francesa e, inclusive, 
como um pensador que consagra a modernidade. 
 Na modernidade observa-se que há uma aposta na racionalização da sociedade e 
dos cidadãos via educação. 
 Rousseau antecipa os fundamentos da vida moderna, 
em especial na condução da vida política!
Repercussões do Contrato Social
Síntese da obra de Rousseau
Estado de Natureza
Homens em um estado de natureza são livres e iguais. Em 
um estado de natureza, os homens são "bons selvagens". 
É a civilização quem o corrompe e provoca desigualdade.
Propósito do acordo Restaurar a liberdade civil e estabelecer a igualdade.
Representação
Representação não é suficiente. Os cidadãos não podem 
delegar os seus deveres cívicos. Eles devem estar 
ativamente envolvidos. Rousseau é favorável a uma 
democracia direta. É uma alienação parcial.
Liberdade
Liberdade natural não existe, é necessário 
um pacto para reconstituir a liberdade civil 
(“retorno” ao estado de natureza).
Propriedade Privada
A propriedade privada é o fundamento 
da desigualdade entre os homens.
Elemento-chave Igualdade.
Comparação entre os contratualistas
Estado 
absolutista -
Hobbes
Estado 
liberal -
Locke
Estado 
social -
Rousseau
Considerando as distinções teóricas entre Locke e Rousseau, assinale 
a alternativa correta: 
a) Tanto para Locke quanto para Rousseau, o estado de natureza não é 
necessariamente bom ou ruim.
b) Locke defende um pacto social para restaurar a liberdade civil e estabelecer a 
igualdade, enquanto para Rousseau o pacto é uma soma das vontades 
individuais dos membros.
c) As bases lançadas por Locke justificam a conformação 
de um Estado liberal, preocupado com as proteções dos 
direitos individuais. Em contrapartida a filosofia 
rousseauísta, por enfatizar a igualdade e rechaçar a 
propriedade privada como fundamento da desigualdade 
entre os homens, serve como fundamento do modelo de 
Estado social.
Interatividade
Considerando as distinções teóricas entre Locke e Rousseau, assinale 
a alternativa correta: 
d) Ambos sustentam a propriedade privada como um direito natural e inviolável.
e) Para Rousseau a propriedade privada é o fundamento 
da desigualdade entre os homens, ainda que seja 
possível também atribuir às artes e ciências as causas 
degenerativas da desigualdade metafísica. Este último 
em relação ao plano metafísico também foi declarado 
por Locke.
Interatividade
Considerando as distinções teóricas entre Locke e Rousseau, assinale 
a alternativa correta: 
c) As bases lançadas por Locke justificam a conformação de um Estado liberal, 
preocupado com as proteções dos direitos individuais. Em contrapartida a 
filosofia rousseauísta, por enfatizar a igualdade e rechaçar a propriedade privada 
como fundamento da desigualdade entre os homens, serve como fundamento do 
modelo de Estado social.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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