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Nematoda Professor: Riccardo Mugnai Objetivos: Apresentar as características principais dos filos Nematoda e Platyhelminthes Mostrar os padrões de arquitetura e de desenvolvimento Apresentar principais doenças humanas e distribuição geográficas Pré-requisitos: Noções de sistemática, de filogenia e de desenvolvimento embrionário Helmintos (vermes) Nome sem valor taxonômico. Na área médica indica organismos vermiformes, em particular endoparasitos. Os seguintes grupos são classificados como helmintose: Nemátodos Trematodes Cestodes Monogeneos Helminticida sustancia com ação letal para os helmintos impregadas em terrenos agriculos, pantanos e agua. Antihelmínticos , também conhecidos como vermífugos, constituem uma classe de drogas utilizadas no tratamento de diferentes parasitoses. Ciclos parasitarios O ciclo de vida, com frequência, apresenta alternância entre fase assexuada e sexuada. Os parasitas apresentam: um hospedeiro (ciclo momoxeno) ou dois os mais hospedeiros (ciclo heteroxeno). Os hospedeiros podem ser: intermediários (onde acontece a reprodução assexuada) Ou definitivo (onde acontece a reprodução sexuada). Filo Nemata Nematoda Etimologia grego antigo νῆμα (nêma, nêmatos) = filamento e eiδἠς (eidēs) = espécie. Vermes cilíndricos 27.000 espécies descritas, 500.000 estimadas. Ocorrência: desde regiões polares até os trópicos. Tamanho: de milimétricos até 9 metros Placentonema gigantissima Gubanov, 1951. Vermes cilíndricos Habitat: todos. De vida livre - 10.700 - (terrestres, marinho, água doce, higropétricos, fontes de águas quentes (temp. 35ºC) e água de bromélias), bacteriófagos e micetófagos; parasitas - 16.300 - (Todos os graus de parasitismo, em animais vertebrados e invertebrados, plantas, musgos e liquens). Em condições adversas são capazes de criptobióse (metabolismo 0,01% do normal e teor de água reduz a menos de 1%). DE VIDA LIVRE Abundância - 4 milhões/m2 (lodos marinhos); - 3 a 9 bilhões/acre (solos). - Tamanho: 0,5 a 3 mm; - Riqueza: 40 a 50 espécies/cm2 (ambientes marinhos); 5 a 15 espécies/cm2 (águas salobras); - Biomassa: 1g/m2. Fluxo de energia Degradação da matéria orgânica Mineralização PARASITAS Cerca de 16.300 spp. As espécies parasitas atacam plantas e animais. • Triblástico • Protostômio • Blastocelomados (=Pseudocelomado) Cutícula funções: suporte, proteção, locomoção e controle do volume corporal. Composição: proteica. Estrutura: epicutícula (ornamentações, sensoriais) camada externa camada mediana camada basal muda (geralmente 4 mudas) ...Ecdysozoa mecanismos de muda Adenophorea: muda todas as camadas Secernentea: epicutícula é dissolvida lisa Trichodorus spp. anelação fina Tylenchus spp. anelação moderada anelação distinta Belonolaimus spp. Mesocriconema spp. Ornamentações da cutícula A cutícula pode ser esculpida ou ornamentada: depressões, cristas, anéis, estrias, cerdas, verrugas, papilas, etc. Possuem músculos longitudinais (movimento de chicotada) constituído por células mioepiteliais. A musculatura circular é ausente. Musculatura especializada labial, faríngea, retal e copuladora. Único grupo no qual o musculo se conecta ao nervo O corpo é dividido em 4 quadrantes, cada fibra muscular se liga ao cordão nervoso longitudinal dorsal ou ventral. Núcleo Porção contrátil da cél. Hipoderme CutículaCordão hipodérmico Corpo celular Cordão nervoso Processo protoplasmático muscular - geralmente completo (3 partes): -Estomodeo o boca o cavidade bucal o faringe ou esôfago - Mesêntero - Proctodeo (reto ou cloaca) - Boca- ornamentações cuticulares, papilas e cerdas - espécies marinhas geralmente com 6 lóbulos labiais Digestão extra e intracelular Sistema digestivo circundada por 3 lábios (terrestres e parasitas) com papilas sensoriais e anfídeos. Região anterior de Ascaris suum Goeze, 1782: 1: Abertura bucal trirradiada (vista frontal) com 3 lábios 2: Região anterior (vista lateral), seta sensorial (deirídeo). 3: Denticulações labiais. 4: Anfídeo (estrutura sensorial anterior). (de: Fagerhoim et al., 1998) Boca http://3.bp.blogspot.com/-o8PEjnsLyMc/UW4fbF_gDTI/AAAAAAAAA-c/dxswZVSsTek/s1600/filo+nematoda+fig3.jpg http://3.bp.blogspot.com/-o8PEjnsLyMc/UW4fbF_gDTI/AAAAAAAAA-c/dxswZVSsTek/s1600/filo+nematoda+fig3.jpg - Cavidade bucal triradiata - estrutura e forma de acordo com o hábito alimentar Aparelho excretor Glandular e/ou tubular em forma de H, U invertido ou assimétrico, com poro excretor ventral e anterior (altura do esôfago). Função: osmorregulação, regulação iônica e excreção de outros metabólitos. Pela parede do corpo difundem os íons de amônia. Sistema nervoso Anel nervoso ao redor do esôfago. Nervos intraepitelial anteriores (anelares) e posteriores (dorsal, ventral e laterais. 4 cordões longitudinais: 2 laterais (sensoriais), 1 ventral (sensorial e motor) e 1 dorsal (motor). Órgãos sensoriais: mecanorrecepção – papilas e cerdas; quimiorrecepção - anfideos (cefálicos) e fasmídeos (caudais). Anfídeo Fasmídios (Adaptado de Hirschmann, 1960) Espermatozóide sem cílios ou flagelos. Locomovem-se por meio de pseudópodes. Reprodução dióicos com dimorfismo sexual: a fêmea é maior que o macho, e este possui a extremidade posterior do corpo em forma de gancho, usado na hora da cópula para envolver o corpo da fêmea. Existem formas ermafroditas e casos de partenogenese. A: Ovo de Toxocara vitulorum (Goeze, 1782) ( 69-95 X 60-77 m) identificado nas fezes (MO). B: Ovo de Ascaris à microscopia eletrônica de varredura (Ishii et al., 1974). Clivagem nem radial nem espiral. Eutelia (crescimento apenas via volume das células), alguns com aproximadamente 1.000 células. Nematódeos marinhos de vida livre no máximo 50 ovos; Parasitos como Ascaris sp., até 200.000 ovos por dia. Ovos com casca fina. Eclosão e vida livre no meio ambiente (Trichostrongylidae, Strongylidae, Ancylostomatidae e Rabdiasidea). Ovos com casca grossa. Eclodem no hospedeiro (Ascarididea, Oxyuridea e Trichuridea). Parasitas em humanos Parasitos dos sistema circulatório e tecidos que não passam pelo sistema digestivo Onchocerca sp. e Wuchereira sp. Transmitida para o adulto de Simulium sp. (Simuliidae, Diptera). A onconcercose infiltrou-se nas Américas com a chegada dos escravos africanos, no início do século passado. Família Onchocercidae Onchocerca volvulus Leuckart, 1893 Oncocercose Oncocercose, também chamada “cegueira dos rios” ou “mal do garimpeiro”. rithron Ciclo heteroxênico. Hospedeiro primário o homem. O mosquito transmite durante a picada as filarias (larvas no 3° estágio) na pele. Nos tecidos subcutâneos se desenvolve em filaria adulta (pode estar em nódulos), até 15 anos. Machos (19-42 mm), fêmeas (33-50 cm) podem produzir microfilarias por 9 anos. Adultos agrupados em nódulos. O mosquito se infeta durante a alimentação. As microfilarias migram nos músculos torácicos. Atingindo o 3° estágio migram para aparelho bucal. Se as filárias migrarem para o olho (geralmente acontece), causam reações de fibrosação levam à conjuntivite e eventualmente à perda de visão até cegueira absoluta. Raramente, elefantíase do escroto e membros inferiores se houver nódulos que obstruam os canais linfáticos. No Brasil, essa doença foi detectada apenas em 1967. Em 1993, o Brasil entrou no Programa de Eliminação da Oncocercose para as Américas. Áreas de oncocercose endémica Há 18 milhões de infectados no mundo. África, península da Arábia, e na América de clima tropical . 99% na África. Indígenas da etnia Yanomami. Transmitida para o adulto de Culex sp. (Culicidae, Diptera). Família Onchocercidae Wuchereria bancrofti (Cobbold, 1877) Brugia malayi (Bucley e Edeson, 1956) e Brugia timori (Partono, 1977). Elefantíase ou Filariose Culex sp. No novo mundo introduzida com os escravos. Água parada As larvas (microfilárias) são transmitidas para o adultodo mosquito Culex. Nos tecidos humanos as larvas se modificam e originam as larvas infectantes nos vasos linfáticos dos braços, mamas saco escrotal e principalmente pernas. As microfilárias migram para os capilares sanguíneos da pele, de onde são sugadas pelo inseto. Distribuída na área dos trópicos e subtrópicos, entre a latitude 40º Norte e 30º Sul. Mais de 120 milhões sofrem da doença, mais de 40 milhões gravemente incapacitados ou apresentam deformações. No Brasil, estados como Pará, Maranhão, Amazonas, Alagoas, Bahia, Pernambuco e Santa Catarina são locais nos quais houve notificações da doença. Culex sp. Parasitas que passam pelo sistema digestivo: Os monoxênicos Ascaris sp., Enterobius sp., Oxyurus sp, Trichimella sp. Doenças transmitida por via feco-oral. Ingestão de alimentos contendo ovos do parasita. Autoinfecção: Direta - do anus para cavidade oral. Em criança ou adultos com escassa higiene. Indireta - ovos presentes em poeira ou alimentos que atingem o hospedeiro que os eliminou. Heteroinfecção - ovos presentes em poeira ou alimentos que atingem um outro hospedeiro. Ascaris suum Goeze, 1782 forma infectante (Geenen et al., 1999). Retroinfecção - migração de larvas da região anal para intestino. autoinfecçaõ adulta - (rara) as larvas ainda dentro o reto transformam-se em adultos. Enterobiusvermicularis (Linnaeus, 1758) (= Oxyurusvermicularis) Enterobiose ou Oxiurose . 500 milhões de pessoas (estimadas), 40 milhões de pessoas só nos EUA. Distribuição mundial. Mais frequentes em criança. Retroinfestação. Enterobias vermicularis Ascaridíase (lombriga) Família Ascarididae Ascaris lumbricoides Linnaeus, 1758 Modo de transmissão: ingestão de água e alimentos contaminados com ovos. Ascaris lumbricoides http://3.bp.blogspot.com/-o8PEjnsLyMc/UW4fbF_gDTI/AAAAAAAAA-c/dxswZVSsTek/s1600/filo+nematoda+fig3.jpg http://3.bp.blogspot.com/-o8PEjnsLyMc/UW4fbF_gDTI/AAAAAAAAA-c/dxswZVSsTek/s1600/filo+nematoda+fig3.jpg Vermes adultos vivem no intestino. Ovos são eliminados junto com as fezes. Se ingeridos eclodem no intestino e dão origem à larva que penetra na corrente sanguínea. Esta larva passa pelo fígado, coração e pulmões onde sobem pelos brônquios até atingirem a faringe onde são deglutidos; ao chegarem no intestino formam os vermes adultos e reiniciam o ciclo. A fêmea pode eliminar 200 mil ovos por dia. Quatro mudas até atingir o estádio adulto. Duas primeiras mudas pode ocorrer dentro ou fora do ovo e duas mudas dentro do hospedeiro. Sintomas: Desconforto intestinal, prurido anal, Diagnose: ovos nas analises das fezes. Tratamento: por via química (ascaricidas). Medidas profiláticas: saneamento básico, higiene e tratamento dos doentes. Prevenção: tratar os doentes; saneamento básico; higiene pessoal; lavar bem frutas e verduras e ferver a água. Considerada a parasitose mais prevalente no mundo 1.4 billiões de pessoas (25% da população mundial). Ascaris lumbricoides Ancilostomiase Família: Ancylostomatidae Ancylostoma duodenale Dubini, 1843 e Necator americanus (Stiles, 1902) 1.Penetração da larva L3 (filarióides) pela pele; 2.Larvas carreadas pelo sistema porta até os pulmões; 3.Larvas rompem os capilares e caem nos alvéolos, sofrendo nova muda (L4). Migração das larvas para a faringe; 5.Larvas atingem o duodeno, onde sofrem uma nova muda (L5), transformando-se em adultos. 6.Eliminação dos ovos pelas fezes 8.Transformação para larva L3 filarióide infectante. Por ingestão oral, somente A.duodenale Adultos em mucosa duodenal Sintomas: Diferentemente de Ascaris sp. e Oxyurus sp. se alimentam de sangue. A doença é percebida quando a perda de sangue começa a causar palidez, desânimo, dificuldade de raciocínio, cansaço e fraqueza , por isso o apelido “amarelão”. Diagnose: ovos nas analises das fezes. Prevençao: - utilização de calçados; - tratamento do esgoto; - higiene; - tratamento dos doentes. o Jeca-Tatu A larva penetra pela pele; carreadas pelo sistema porta até os pulmões. Larvas rompem os capilares e caem nos alvéolos; migração das larvas para a faringe atingindo o duodeno, transformando-se em adultos. Eliminação dos ovos pelas fezes (podem ser produzidos por partenogese). Particularidades Apresentam uma fase larvar livre no solo que se pode reproduzir. Autoinfecção. O ciclo de Strongyloides sp. é parecido ao de Ancylostoma sp. Estrongilodíaese Estrongilodíaese 30–100 milhões de pessoas infectadas no mundo Áreas tropicais e subtropicais. Com menor frequência nas temperadas. Com maior incidência em áreas agrícolas e de baixo desenvolvimento socioeconômico. Strongyloides stercoralis Parasitas que passam pelo sistema digestivo: Os heteroxênicos Dracunculus sp. Por ingestão de carne crua de porco ou malcozida. As larvas são ativadas após passagem pelo estômago e libertam-se no intestino. Penetram na mucosa, no interior da qual maturam-se sexualmente e acasalam-se, morrendo os machos pouco depois. As larvas se disseminam pelo sangue e linfa, chegando às células musculares estriadas (diafragma, intercostais, olhos, pescoço, membros ). As minúsculas larvas penetram nas células e formam uma cápsula na qual se aninham entrando em aquiescência. Triquinellose ou triquinose Fam. Trichinella spiralis (Owen, 1835), difusão mundial em carnivoros e onívoros; T. pseudospiralis Garkavi, 1972 em mamíferos e aves distribuição mundial; T. nativa Britov & Boev, 1972 em ursos articos; T. nelsoni Britov & Boev, 1972 em predadores e necrófagos africanos; T. britovi Pozio, La Rosa & Darwin, 1992 em carnívoros da Europa e Ásia; T. papuae em porcos domésticos e selvagem em Papua Nova Guiné e Tailândia. Distribuição mundial. Mais comum em algumas partes da Europa e dos Estados Unidos de América. T. espiralis O Brasil é um dos raros países onde não se tem mencionado a doença, quer entre humanos quer entre animais, tendo sido raramente diagnosticada. Taenia sp. Professor: Riccardo Mugnai Filo Platyhelminthes. Taenia sp. Etimologia Do grego: platý = largo e chato + helmins (ou helmis), genitivo singular helminthos = verme. Vermes achatados, não segmentados. Cerca de 20.000 espécies. Parte vive livres em hábitats marinhos e de águas doces, a maioria parasitas em uma gama ampla de hospedeiros, tanto invertebrados quanto vertebrados. de: Tree of Life Web Project Pseudobiceros hancockanus (Collingwood, 1876) Bipalium kewense Moseley, 1878 Filo Platyhelminthes Minot, 1876 Arthurdendyus triangulata (Dendy, 1895) Pseudobiceros hancockanus (Collingwood, 1876) Os representantes mais conhecidos são: Dughesia tigrina (Girard,1850); Schistosoma mansoni Sambon, 1907 responsável pela esquistossomose; Taenia solium Linnaeus, 1758 conhecida como solitária. Schistosoma mansoni Taenia solium Dughesia tigrina • Triblástico • Protostômio • Blastocelomados (=Pseudocelomado) • O corpo das formas a vida livre (e.g., Turbellaria) é coberto por uma epiderme celular e ciliada. • O corpo das formas parasitas é coberto para um epitélio sincicial não ciliado (neoderme). Sistema muscular • São presentes um estrado de fibras musculares circulares e longitudinais , utilizadas pela locomoção (principalmente nas formas parasitas) Sistema nervoso • Inclui: • gânglio cerebral anterior; • cordões longitudinais (até três); • nervos laterais. • As formas de vida livre possuem uma variedade de estruturas sensoriais (fotorreceptores, reorreceptores, estatocistos, quemorreceptores) Pseudobiceros hancockanus (Collingwood, 1876) Sistema circulatório ausente. Sistema respiratório ausente, por difusão através da superfície corporal. Tubo digestório incompleto, com uma única abertura (boca). Turbellaria - intestino muito ramificado, facilitando a difusão dos nutrientes para todo o corpo. Em alguns tricladidas poros anais. Neodermato – regredito ou ausente. Digestão extracelular e sucessivamente intracelular. Os resíduos são eliminadospela boca. Sistema excretor Constituído por um sistema de túbulos coletores e células flamas ou protonefrídios. NOTA: alguma análise moleculares propõem Digenea como grupo-irmão de Cestoda Turbellaria Locomoção por movimento ciliar (a contração muscular permite virar e contrair o corpo). 4.500 spp Organismos de vida livre, primariamente marinhos, bentônicos e intersticiais. Podem atingir grande tamanho (50 cm). Possuem uma variedade de estruturas sensoriais (fotorreceptores, quimiorreceptores, reorreceptores, estatocistos). Dughesia tigrina (Girard,1850); Pseudoceros monostichos (Newman & Cannon, 1994) Classe Turbellaria Ehrenberg, 1831 Tubo digestivo incompleto, em alguns tricladídios podem ser presentes um ou mais ânus. São carnívoros (predadores ou em organismos mortos) e se alimentam de pequenos invertebrados, como crustáceos e insetos. Reprodução Assexuada (fissão binária ou fragmentação). A regeneração é devida a atividade de células totipotentes. Reprodução sexuada Hermafroditos mas com fertilização cruzada. O pênis é modificado para transferência hipodérmica. em alguns desenvolvimento indireto com larva de Müller Neodermata Neodermata O corpo das formas parasitas é coberto para um epitélio sincicial não ciliado (neoderme). Neodermata Ehlers, 1985 Por alguns autores com valor de subfilo. mais de 15.000 spp. O ciclo de vida, com frequência, apresenta alternância entre fase assexuada e sexuada. Apresentam um hospedeiros (ciclo homóxeno) ou dois os mais hospedeiros (ciclo heteróxeno). Os hospedeiros podem ser intermediários (onde acontece a reprodução assexuada) e definitivo (onde acontece a reprodução sexuada). neoderme Classe Trematoda Rudolphi, 1808 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Karl_Rudolphi&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/1808 Trematoda Rudolphi, 1808 mais de 11.000 spp. Adultos são particularmente comuns no trato digestivo, mas ocorrem em todo os sistemas de órgãos de todas as classes de vertebrados. Caracterizados pela ventosa oral e a ventosa ventral. Schistosoma mansoni Sambon, 1907 Leucochloridium paradoxum Carus, 1835 Dicrocoelium dendriticum (Rudolphi, 1819) Tubo digestivo útero Ventosa oral Ventosa ventral Larva miracidio Larva cercaria Ecto e endoparasitos (a maioria endoparasitos). Ciclo de vida inclui dois ou três hospedeiros, geralmente um molusco e um vertebrado. Larvas adaptadas para nadar e penetrar nos hospedeiros metacercaria Ciclo de vida de Trematoda Ovo miracidio Hospedeiro intermediário (Mollusca) Hospedeiro definitivo (Homem) cercária metacercaria Digenea C. Agardh 11.000 spp. Adultos são particularmente comuns no trato digestivo, mas ocorrem em todo os sistemas de órgãos de todas as classes de vertebrados. Caracterizados pela ventosa oral e a ventosa ventral. Schistosoma mansoni Sambon, 1907 Fasciola hepatica Linnaeus, 1758 Lymnaea sp. Biomphalaria glabrata (Sã, 1818) cauda corpo ventosa ovo Adulto em fígado Larva Miracidio Manchas oculares Larva cercaría Fasciola hepatica (Linnaeus, 1758) O parasito, no homem, vive em geral nas vias biliares, alvéolos pulmonares e demais localizações. Ciclo heteroxênico. Dentro do ser humano, alcançam o sistema biliar. Fase de reprodução sexuada, produção dos ovos que são expulsos com as fezes. Ciclo de vida de Fasciola hepatica 3- miracidio 4- a larva penetra em um caracol de agua doce. Dentro do caracol a larva sofre varias divisões (estádios de esporocisto e rédia). 5- produzem-se larvas cercarias que saem do molusco. 6- as cercarias nadam e se encistam (estado de metacercaria) na vegetação podendo ser ingerida pelo hospedeiro definitivo. O ciclo biológico é do tipo heteroxênico. No Brasil, os caramujos do gênero Lymnaea são os hospedeiros intermediários. Lymnaea sp. Distribuída em 5 continentes e 50 países. Mais de 50 casos humanos anos no Brasil. Provavelmente subestimada Clonorchis sinensis (Looss, 1907) cercária Fasciola epática chinesa. é endémica da China e de muitos dos países continentais do sueste asiático. Estima-se que mais de 20 milhões de pessoas estejam infetadas. Infeta mamíferos, como cães e gatos. Hospedeiros intermediarios caramujos e peixes. Quando a infeção é grave, os órgãos afetados podem incluir o intestino e o pâncreas. Clonorchis sinensis O Brasil ainda não possui registros de casos autóctones de opistorquíase, nem mesmo condições ideais para o desenvolvimento do ciclo biológico desta parasitose, em decorrência da não existência de seus hospedeiros intermediários naturais, no entanto, a ingestão de peixes crus ou mal cozidos Esquistossomose Dioicos A fêmea mede cerca de 1,5 cm de comprimento e o macho cerca de 1 cm. Schistossoma mansoni Sanbon, 1907 O macho possui um canal (ginecóforo) onde a fêmea se abriga na época da reprodução. A fêmea abandona o macho apenas para depositar ovos nos vasos da parede intestinal do hospedeiro. Tratamento Medicamentos específicos (hicantone). Profilaxia Educação sanitária, saneamento básico, controle dos caramujos e informação sobre o modo de transmissão da doença. Evitar entrar em água onde existam caramujos hospedeiros do esquistossomo. Há 3 espécies de esquistossomos: Schistosoma mansoni Sambon, 1907, Schistosoma haematobium (Bilharz, 1852), Schistosoma japonicum (Katsurada, 1904). Provocando doenças em milhões de pessoas na África, Ásia e América Latina, sendo que o mais comum no continente latino é o Schistosoma mansoni. Mais de 70 milhões de pessoas no mundo. Mais de 100.000 casos confirmados por ano no Brasil. Cercomeromorpha escolex de Taenia solium Linnaeus, 1758 Classe MONOGENEA 1.500 spp. Parásitos monoxénicos. A maioria ectoparasitos de animais aquáticos, principalmente peixes. Proráptor (anterior) e opistoráptor (posterior) para fixação. Gyrodactylus sp. Vários apresentam importância econômica. Os gêneros Gyrodactylus von Nordmann, 1832 e Dactylogyrus Diesing, 1850 são comuns em criação de peixes. Polystoma Zeder, 1800 em criação de rãs. Polystoma sp. Gyrodactylus sp. escolex de Taenia solium Linnaeus, 1758 Cestoda van Beneden, 1849 3.500 spp. Os adultos habitam o intestino de vertebrados, enquanto as larvas instalam-se em outros hospedeiros. CESTODA van Beneden, 1849 o clado apresenta intestino ausente a neoderme apresenta expansões para aumentar as superfície de absorção. Os cordões nervosos longitudinais são em número de dois. Taenia solium Linnaeus, 1758 neoderme Os adultos habitam o intestino de vertebrados, solitários enquanto as larvas instalam-se em outros hospedeiros. O corpo é dividido em três regiões: escólex, colo e proglótides. Eucestoda Southwell, 1930 Estróbilo Colo As proglótides contêm os órgãos sexuais e os ovos. Os ovos são liberados no ambiente com a eliminação nas fezes com as proglótides. Nota: não confunda o termo proglote - ponta da língua. Rostro Proglótide maduro Proglótide grávido útero Cada proglótide colabora com óvulos e com espermatozoides. Pode ocorrer autofertilização. Protandria: o aparelho reprodutor masculino se forma antes do feminino. Após a fecundação o aparelho masculino involui, desaparecendo por completo. TENÍASE Taenia solium Linnaeus, 1758 800 – 1000 proglótides (2 - 4m, até 8m); Vive até 25 anos; Hospedeiro intermediário: porco. Taenia saginata Goeze, 1782 1000 – 2000 proglótides (4 - 6m, até 12m); Vive até 30 anos; Hospedeiro intermediário: boi. Nota: embora seja conhecida como solitária, é comum a presença de mais de um individuo da mesma espécie. Cisticercose A cisticercose só é causada pelas larvas (cisticercos) do T. solium. Ingestão de ovos, liberação da oncosfera e transformação deste em cisticerco. O cisticerco se instala nos tecidos dos hospedeiros intermediários (suínos, bovinos e mais raramente em humanos e outros animais). No organismohumano, podem causar deficiência visual, fraqueza muscular e/ou epilepsia, dependendo do local onde se alojam. Essa doença é chamada cisticercose e é mais grave que a teníase. O tratamento normalmente é feito com Mebendazol administrado durante 3 dias. Corte de cerebro con un cisticerco de Taenia solium http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1f/Finne_bewaffneter_Bandwurm-drawing.jpg http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1f/Finne_bewaffneter_Bandwurm-drawing.jpg