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4_Nematoda_PLatelminta

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Nematoda
Professor: Riccardo Mugnai
Objetivos:
Apresentar as características principais dos filos Nematoda e Platyhelminthes
Mostrar os padrões de arquitetura e de desenvolvimento
Apresentar principais doenças humanas e distribuição geográficas
Pré-requisitos:
Noções de sistemática, de filogenia e de desenvolvimento embrionário
Helmintos (vermes)
Nome sem valor taxonômico.
Na área médica indica organismos 
vermiformes, em particular endoparasitos.
Os seguintes grupos são classificados como 
helmintose:
Nemátodos
Trematodes
Cestodes
Monogeneos
Helminticida sustancia com ação letal para os 
helmintos impregadas em terrenos agriculos, 
pantanos e agua.
Antihelmínticos , também conhecidos como 
vermífugos, constituem uma classe de drogas 
utilizadas no tratamento de diferentes 
parasitoses.
Ciclos parasitarios
O ciclo de vida, com frequência, apresenta alternância entre 
fase assexuada e sexuada.
Os parasitas apresentam:
um hospedeiro (ciclo momoxeno) 
ou
dois os mais hospedeiros (ciclo heteroxeno).
Os hospedeiros podem ser:
intermediários (onde acontece a reprodução assexuada)
Ou
definitivo (onde acontece a reprodução sexuada).
Filo Nemata
Nematoda
Etimologia
grego antigo νῆμα (nêma, nêmatos) = filamento e eiδἠς (eidēs) = espécie.
Vermes cilíndricos
27.000 espécies descritas, 500.000 
estimadas.
Ocorrência: desde regiões polares até os 
trópicos.
Tamanho: de milimétricos até 9 metros 
Placentonema gigantissima Gubanov, 1951.
Vermes cilíndricos
Habitat: todos.
De vida livre - 10.700 - (terrestres, marinho, 
água doce, higropétricos, fontes de águas 
quentes (temp. 35ºC) e água de bromélias), 
bacteriófagos e micetófagos; 
parasitas - 16.300 - (Todos os graus de 
parasitismo, em animais vertebrados e 
invertebrados, plantas, musgos e liquens).
Em condições adversas são capazes de 
criptobióse (metabolismo 0,01% do normal 
e teor de água reduz a menos de 1%).
DE VIDA LIVRE
Abundância
- 4 milhões/m2 (lodos marinhos);
- 3 a 9 bilhões/acre (solos).
- Tamanho: 0,5 a 3 mm;
- Riqueza: 40 a 50 espécies/cm2 (ambientes marinhos);
5 a 15 espécies/cm2 (águas salobras);
- Biomassa: 1g/m2.
Fluxo de energia
Degradação da matéria orgânica
Mineralização
PARASITAS
Cerca de 16.300 spp.
As espécies parasitas atacam plantas e animais.
• Triblástico
• Protostômio
• Blastocelomados (=Pseudocelomado) 
Cutícula
funções: suporte, proteção, locomoção e controle 
do volume corporal.
Composição: proteica.
Estrutura:
epicutícula (ornamentações, sensoriais)
camada externa
camada mediana
camada basal
muda (geralmente 4 mudas) ...Ecdysozoa
mecanismos de muda
Adenophorea: muda todas as 
camadas
Secernentea: epicutícula é 
dissolvida
lisa 
Trichodorus spp.
anelação fina
Tylenchus spp.
anelação moderada anelação distinta
Belonolaimus spp. Mesocriconema spp.
Ornamentações da cutícula
A cutícula pode ser esculpida ou ornamentada: depressões, cristas, anéis, estrias, cerdas, 
verrugas, papilas, etc. 
Possuem músculos longitudinais 
(movimento de chicotada) constituído 
por células mioepiteliais.
A musculatura circular é ausente.
Musculatura especializada labial, 
faríngea, retal e copuladora.
Único grupo no qual o musculo se 
conecta ao nervo
O corpo é dividido em 4 quadrantes, 
cada fibra muscular se liga ao cordão 
nervoso longitudinal dorsal ou ventral.
Núcleo
Porção 
contrátil 
da cél.
Hipoderme
CutículaCordão 
hipodérmico
Corpo 
celular
Cordão 
nervoso
Processo 
protoplasmático
muscular
- geralmente completo (3 partes):
-Estomodeo
o boca 
o cavidade bucal
o faringe ou esôfago
-
Mesêntero
- Proctodeo (reto ou cloaca)
-
Boca-
ornamentações cuticulares, papilas e cerdas
- espécies marinhas geralmente com 6 lóbulos labiais
Digestão extra e intracelular
Sistema digestivo 
circundada por 3 lábios (terrestres e parasitas) com papilas sensoriais e anfídeos.
Região anterior de Ascaris suum Goeze, 1782:
1: Abertura bucal trirradiada (vista frontal) com 3 lábios 
2: Região anterior (vista lateral), seta sensorial (deirídeo).
3: Denticulações labiais.
4: Anfídeo (estrutura sensorial anterior).
(de: Fagerhoim et al., 1998)
Boca
http://3.bp.blogspot.com/-o8PEjnsLyMc/UW4fbF_gDTI/AAAAAAAAA-c/dxswZVSsTek/s1600/filo+nematoda+fig3.jpg
http://3.bp.blogspot.com/-o8PEjnsLyMc/UW4fbF_gDTI/AAAAAAAAA-c/dxswZVSsTek/s1600/filo+nematoda+fig3.jpg
- Cavidade bucal triradiata
- estrutura e forma de acordo com o hábito alimentar
Aparelho excretor
Glandular e/ou tubular em forma de H, U invertido ou assimétrico, com poro excretor
ventral e anterior (altura do esôfago).
Função:
osmorregulação, regulação 
iônica e excreção de outros 
metabólitos.
Pela parede do corpo 
difundem os íons de amônia.
Sistema nervoso
Anel nervoso ao redor do 
esôfago. 
Nervos intraepitelial anteriores 
(anelares) e posteriores (dorsal, 
ventral e laterais.
4 cordões longitudinais: 2 
laterais (sensoriais), 1 ventral 
(sensorial e motor) e 1 dorsal 
(motor).
Órgãos sensoriais:
mecanorrecepção – papilas e 
cerdas;
quimiorrecepção - anfideos
(cefálicos) e fasmídeos (caudais).
Anfídeo
Fasmídios
(Adaptado de Hirschmann, 1960)
Espermatozóide sem cílios ou 
flagelos. Locomovem-se por meio 
de pseudópodes.
Reprodução
dióicos com dimorfismo sexual: a fêmea
é maior que o macho, e este possui a
extremidade posterior do corpo em forma
de gancho, usado na hora da cópula para
envolver o corpo da fêmea.
Existem formas ermafroditas e casos de
partenogenese.
A: Ovo de Toxocara vitulorum (Goeze, 1782) ( 69-95 X 60-77 m) identificado nas fezes (MO).
B: Ovo de Ascaris à microscopia eletrônica de varredura (Ishii et al., 1974).
Clivagem nem radial nem espiral.
Eutelia (crescimento apenas via volume das células),
alguns com aproximadamente 1.000 células.
Nematódeos marinhos de vida livre no máximo 50 ovos;
Parasitos como Ascaris sp., até 200.000 ovos por dia. 
Ovos com casca fina.
Eclosão e vida livre no meio
ambiente (Trichostrongylidae,
Strongylidae, Ancylostomatidae
e Rabdiasidea).
Ovos com casca grossa.
Eclodem no hospedeiro
(Ascarididea, Oxyuridea e
Trichuridea).
Parasitas em humanos
Parasitos dos sistema circulatório e tecidos que 
não passam pelo sistema digestivo
Onchocerca sp. e Wuchereira sp.
Transmitida para o adulto de Simulium sp. 
(Simuliidae, Diptera).
A onconcercose infiltrou-se nas Américas com 
a chegada dos escravos africanos, no início do 
século passado.
Família Onchocercidae
Onchocerca volvulus Leuckart, 1893
Oncocercose
Oncocercose, também chamada “cegueira dos 
rios” ou “mal do garimpeiro”.
rithron
Ciclo heteroxênico.
Hospedeiro primário o homem.
O mosquito transmite durante 
a picada as filarias (larvas no 3°
estágio) na pele.
Nos tecidos subcutâneos se 
desenvolve em filaria adulta 
(pode estar em nódulos), até 
15 anos.
Machos (19-42 mm), fêmeas 
(33-50 cm) podem produzir 
microfilarias por 9 anos.
Adultos agrupados em nódulos.
O mosquito se infeta durante a 
alimentação. As microfilarias
migram nos músculos 
torácicos. Atingindo o 3°
estágio migram para aparelho 
bucal.
Se as filárias migrarem para o olho (geralmente acontece), 
causam reações de fibrosação levam à conjuntivite e 
eventualmente à perda de visão até cegueira absoluta. 
Raramente, elefantíase do escroto e membros inferiores se 
houver nódulos que obstruam os canais linfáticos.
No Brasil, essa doença foi detectada apenas em 1967.
Em 1993, o Brasil entrou no Programa de Eliminação da Oncocercose para as 
Américas.
Áreas de oncocercose endémica
Há 18 milhões de infectados 
no mundo.
África, península da Arábia, e 
na América de clima tropical .
99% na África.
Indígenas da etnia Yanomami.
Transmitida para o adulto de 
Culex sp. (Culicidae, Diptera).
Família Onchocercidae
Wuchereria bancrofti (Cobbold, 1877)
Brugia malayi (Bucley e Edeson, 1956) e 
Brugia timori (Partono, 1977).
Elefantíase ou Filariose
Culex sp.
No novo mundo introduzida com os 
escravos.
Água parada
As larvas (microfilárias) são 
transmitidas para o adultodo mosquito Culex.
Nos tecidos humanos as
larvas se modificam e 
originam as larvas 
infectantes nos vasos 
linfáticos dos braços, mamas 
saco escrotal e 
principalmente pernas.
As microfilárias migram para 
os capilares sanguíneos da 
pele, de onde são sugadas 
pelo inseto.
Distribuída na área dos trópicos e 
subtrópicos, entre a latitude 40º 
Norte e 30º Sul.
Mais de 120 milhões sofrem da 
doença, mais de 40 milhões 
gravemente incapacitados ou 
apresentam deformações.
No Brasil, estados como Pará, Maranhão, 
Amazonas, Alagoas, Bahia, Pernambuco e 
Santa Catarina são locais nos quais houve 
notificações da doença.
Culex sp.
Parasitas que passam pelo sistema digestivo:
Os monoxênicos
Ascaris sp., Enterobius sp., Oxyurus sp, Trichimella sp. 
Doenças transmitida por via feco-oral.
Ingestão de alimentos contendo ovos do parasita. 
Autoinfecção:
Direta - do anus para cavidade oral. Em criança ou 
adultos com escassa higiene.
Indireta - ovos presentes em poeira ou alimentos que 
atingem o hospedeiro que os eliminou.
Heteroinfecção - ovos presentes
em poeira ou alimentos que
atingem um outro hospedeiro.
Ascaris suum Goeze, 
1782 forma infectante 
(Geenen et al., 1999).
Retroinfecção - migração de 
larvas da região anal para 
intestino.
autoinfecçaõ adulta - (rara) as 
larvas ainda dentro o reto 
transformam-se em adultos.
Enterobiusvermicularis (Linnaeus, 1758) (= Oxyurusvermicularis)
Enterobiose ou Oxiurose .
500 milhões de pessoas (estimadas), 40 
milhões de pessoas só nos EUA.
Distribuição mundial.
Mais frequentes em criança.
Retroinfestação. 
Enterobias vermicularis
Ascaridíase (lombriga)
Família Ascarididae
Ascaris lumbricoides Linnaeus, 1758
Modo de transmissão: ingestão de água e 
alimentos contaminados com ovos.
Ascaris lumbricoides
http://3.bp.blogspot.com/-o8PEjnsLyMc/UW4fbF_gDTI/AAAAAAAAA-c/dxswZVSsTek/s1600/filo+nematoda+fig3.jpg
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Vermes adultos vivem no intestino.
Ovos são eliminados junto com as fezes.
Se ingeridos eclodem no intestino e dão
origem à larva que penetra na corrente
sanguínea. Esta larva passa pelo fígado,
coração e pulmões onde sobem pelos
brônquios até atingirem a faringe onde são
deglutidos; ao chegarem no intestino
formam os vermes adultos e reiniciam o
ciclo.
A fêmea pode eliminar 200 mil ovos por dia.
Quatro mudas até atingir o estádio 
adulto. 
Duas primeiras mudas pode ocorrer 
dentro ou fora do ovo e duas mudas 
dentro do hospedeiro.
Sintomas:
Desconforto intestinal, prurido anal, 
Diagnose:
ovos nas analises das fezes.
Tratamento:
por via química (ascaricidas).
Medidas profiláticas:
saneamento básico, higiene e tratamento dos
doentes. Prevenção: tratar os doentes;
saneamento básico; higiene pessoal; lavar bem
frutas e verduras e ferver a água.
Considerada a parasitose mais prevalente no 
mundo 1.4 billiões de pessoas (25% da 
população mundial).
Ascaris lumbricoides
Ancilostomiase
Família: Ancylostomatidae
Ancylostoma duodenale Dubini, 1843 e Necator americanus (Stiles, 1902)
1.Penetração da larva L3
(filarióides) pela pele;
2.Larvas carreadas pelo sistema
porta até os pulmões;
3.Larvas rompem os capilares e
caem nos alvéolos, sofrendo nova
muda (L4). Migração das larvas
para a faringe;
5.Larvas atingem o duodeno,
onde sofrem uma nova muda (L5),
transformando-se em adultos.
6.Eliminação dos ovos pelas fezes
8.Transformação para larva L3
filarióide infectante.
Por ingestão oral, somente A.duodenale
Adultos em mucosa duodenal
Sintomas:
Diferentemente de Ascaris sp. e Oxyurus sp. se 
alimentam de sangue.
A doença é percebida quando a perda de 
sangue começa a causar palidez, desânimo, 
dificuldade de raciocínio, cansaço e fraqueza , 
por isso o apelido “amarelão”.
Diagnose:
ovos nas analises das fezes.
Prevençao:
- utilização de calçados;
- tratamento do esgoto;
- higiene;
- tratamento dos doentes.
o Jeca-Tatu
A larva penetra pela pele;
carreadas pelo sistema porta
até os pulmões.
Larvas rompem os capilares e
caem nos alvéolos; migração
das larvas para a faringe
atingindo o duodeno,
transformando-se em adultos.
Eliminação dos ovos pelas fezes
(podem ser produzidos por
partenogese).
Particularidades
Apresentam uma fase larvar
livre no solo que se pode
reproduzir.
Autoinfecção.
O ciclo de Strongyloides sp.
é parecido ao de Ancylostoma sp.
Estrongilodíaese
Estrongilodíaese
30–100 milhões de pessoas infectadas no mundo
Áreas tropicais e subtropicais.
Com menor frequência nas temperadas.
Com maior incidência em áreas agrícolas e de 
baixo desenvolvimento socioeconômico.
Strongyloides stercoralis
Parasitas que passam pelo sistema digestivo:
Os heteroxênicos
Dracunculus sp.
Por ingestão de carne crua de porco ou 
malcozida.
As larvas são ativadas após passagem pelo 
estômago e libertam-se no intestino. 
Penetram na mucosa, no interior da qual 
maturam-se sexualmente e acasalam-se, 
morrendo os machos pouco depois.
As larvas se disseminam pelo sangue e linfa, 
chegando às células musculares estriadas 
(diafragma, intercostais, olhos, pescoço, 
membros ).
As minúsculas larvas penetram nas células e 
formam uma cápsula na qual se aninham 
entrando em aquiescência.
Triquinellose ou triquinose
Fam. 
Trichinella spiralis (Owen, 1835), difusão 
mundial em carnivoros e onívoros;
T. pseudospiralis Garkavi, 1972 em 
mamíferos e aves distribuição mundial;
T. nativa Britov & Boev, 1972 em ursos 
articos;
T. nelsoni Britov & Boev, 1972 em 
predadores e necrófagos africanos;
T. britovi Pozio, La Rosa & Darwin, 1992 
em carnívoros da Europa e Ásia;
T. papuae em porcos domésticos e 
selvagem em Papua Nova Guiné e 
Tailândia. 
Distribuição mundial. Mais comum em 
algumas partes da Europa e dos Estados 
Unidos de América.
T. espiralis
O Brasil é um dos raros países onde não se tem mencionado a doença, 
quer entre humanos quer entre animais, tendo sido raramente 
diagnosticada.
Taenia sp.
Professor: Riccardo Mugnai
Filo Platyhelminthes.
Taenia sp.
Etimologia
Do grego: platý = largo e chato + helmins (ou helmis), 
genitivo singular helminthos = verme.
Vermes achatados, não segmentados.
Cerca de 20.000 espécies.
Parte vive livres em hábitats marinhos e
de águas doces, a maioria parasitas em uma
gama ampla de hospedeiros,
tanto invertebrados quanto
vertebrados.
de:
Tree of Life Web Project
Pseudobiceros hancockanus (Collingwood, 1876)
Bipalium kewense Moseley, 1878 
Filo Platyhelminthes Minot, 1876
Arthurdendyus triangulata (Dendy, 1895)
Pseudobiceros hancockanus (Collingwood, 1876)
Os representantes mais conhecidos são:
Dughesia tigrina (Girard,1850);
Schistosoma mansoni Sambon, 1907
responsável pela esquistossomose;
Taenia solium Linnaeus, 1758
conhecida como solitária.
Schistosoma mansoni Taenia solium
Dughesia tigrina 
• Triblástico
• Protostômio
• Blastocelomados (=Pseudocelomado) 
• O corpo das formas a vida livre (e.g., 
Turbellaria) é coberto por uma epiderme 
celular e ciliada.
• O corpo das formas parasitas é coberto para 
um epitélio sincicial não ciliado (neoderme).
Sistema muscular 
• São presentes um estrado de fibras 
musculares circulares e longitudinais , 
utilizadas pela locomoção 
(principalmente nas formas parasitas)
Sistema nervoso
• Inclui:
• gânglio cerebral anterior;
• cordões longitudinais (até três);
• nervos laterais.
• As formas de vida livre possuem uma 
variedade de estruturas sensoriais 
(fotorreceptores, reorreceptores, estatocistos, 
quemorreceptores)
Pseudobiceros hancockanus (Collingwood, 1876)
Sistema circulatório ausente.
Sistema respiratório ausente, por difusão através da superfície corporal.
Tubo digestório incompleto, com uma 
única abertura (boca).
Turbellaria - intestino muito 
ramificado, facilitando a difusão dos 
nutrientes para todo o corpo.
Em alguns tricladidas poros anais.
Neodermato – regredito ou ausente.
Digestão extracelular e 
sucessivamente intracelular.
Os resíduos são eliminadospela boca.
Sistema excretor
Constituído por um sistema de 
túbulos coletores e células flamas 
ou protonefrídios.
NOTA: alguma análise moleculares propõem Digenea como grupo-irmão de Cestoda
Turbellaria
Locomoção por movimento ciliar (a contração 
muscular permite virar e contrair o corpo).
4.500 spp
Organismos de vida livre, primariamente marinhos, 
bentônicos e intersticiais.
Podem atingir grande tamanho (50 cm).
Possuem uma variedade de estruturas sensoriais 
(fotorreceptores, quimiorreceptores, 
reorreceptores, estatocistos).
Dughesia tigrina (Girard,1850);
Pseudoceros monostichos (Newman & Cannon, 1994) 
Classe Turbellaria Ehrenberg, 1831
Tubo digestivo incompleto, em alguns tricladídios
podem ser presentes um ou mais ânus.
São carnívoros (predadores ou em organismos 
mortos) e se alimentam de pequenos 
invertebrados, como crustáceos e insetos. 
Reprodução 
Assexuada (fissão binária ou fragmentação).
A regeneração é devida a atividade de células 
totipotentes.
Reprodução sexuada
Hermafroditos mas com fertilização cruzada.
O pênis é modificado para transferência 
hipodérmica.
em alguns desenvolvimento indireto com larva de Müller
Neodermata
Neodermata
O corpo das formas parasitas é coberto 
para um epitélio sincicial não ciliado 
(neoderme).
Neodermata Ehlers, 1985
Por alguns autores com valor de subfilo.
mais de 15.000 spp.
O ciclo de vida, com frequência, apresenta 
alternância entre fase assexuada e sexuada.
Apresentam um hospedeiros (ciclo
homóxeno) ou dois os mais hospedeiros 
(ciclo heteróxeno).
Os hospedeiros podem ser intermediários
(onde acontece a reprodução assexuada) e 
definitivo (onde acontece a reprodução 
sexuada).
neoderme
Classe Trematoda Rudolphi, 1808
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Karl_Rudolphi&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/1808
Trematoda Rudolphi, 1808
mais de 11.000 spp.
Adultos são particularmente comuns no trato 
digestivo, mas ocorrem em todo os sistemas 
de órgãos de todas as classes de vertebrados.
Caracterizados pela ventosa oral e a ventosa 
ventral.
Schistosoma mansoni Sambon, 1907
Leucochloridium paradoxum Carus, 1835 
Dicrocoelium dendriticum (Rudolphi, 1819) 
Tubo 
digestivo
útero Ventosa 
oral
Ventosa ventral
Larva miracidio Larva cercaria
Ecto e endoparasitos (a 
maioria endoparasitos).
Ciclo de vida inclui dois ou 
três hospedeiros, 
geralmente um molusco e 
um vertebrado.
Larvas adaptadas para nadar 
e penetrar nos hospedeiros
metacercaria
Ciclo de vida de Trematoda
Ovo miracidio Hospedeiro intermediário
(Mollusca)
Hospedeiro definitivo
(Homem)
cercária
metacercaria
Digenea C. Agardh
11.000 spp.
Adultos são particularmente comuns no trato 
digestivo, mas ocorrem em todo os sistemas 
de órgãos de todas as classes de vertebrados.
Caracterizados pela ventosa oral e a ventosa 
ventral.
Schistosoma mansoni Sambon, 1907
Fasciola hepatica Linnaeus, 1758 
Lymnaea sp.
Biomphalaria glabrata (Sã, 1818) 
cauda
corpo
ventosa
ovo Adulto em fígado
Larva Miracidio
Manchas 
oculares
Larva cercaría
Fasciola hepatica (Linnaeus, 1758) 
O parasito, no homem, vive em geral nas vias 
biliares, alvéolos pulmonares e demais 
localizações. Ciclo heteroxênico.
Dentro do ser 
humano, alcançam o 
sistema biliar.
Fase de reprodução 
sexuada, produção 
dos ovos que são 
expulsos com as fezes.
Ciclo de vida de Fasciola hepatica
3- miracidio
4- a larva penetra em um caracol 
de agua doce.
Dentro do caracol a larva sofre 
varias divisões (estádios de 
esporocisto e rédia).
5- produzem-se larvas cercarias que saem do molusco.
6- as cercarias nadam e se encistam 
(estado de metacercaria) na vegetação 
podendo ser ingerida pelo hospedeiro 
definitivo. 
O ciclo biológico é do tipo heteroxênico. No Brasil, os caramujos 
do gênero Lymnaea são os hospedeiros intermediários. 
Lymnaea sp.
Distribuída em 5 continentes e 50 países.
Mais de 50 casos humanos anos no Brasil. 
Provavelmente subestimada
Clonorchis sinensis
(Looss, 1907)
cercária
Fasciola epática chinesa.
é endémica da China e de muitos 
dos países continentais do sueste 
asiático.
Estima-se que mais de 20 milhões 
de pessoas estejam infetadas.
Infeta mamíferos, como cães e 
gatos.
Hospedeiros intermediarios
caramujos e peixes.
Quando a infeção é grave, os 
órgãos afetados podem incluir o 
intestino e o pâncreas.
Clonorchis sinensis
O Brasil ainda não possui registros de casos 
autóctones de opistorquíase, nem mesmo
condições ideais para o desenvolvimento do 
ciclo biológico desta parasitose, em 
decorrência
da não existência de seus hospedeiros 
intermediários naturais, no entanto, a ingestão 
de peixes
crus ou mal cozidos
Esquistossomose
Dioicos
A fêmea mede cerca de 1,5 cm 
de comprimento e o macho 
cerca de 1 cm.
Schistossoma mansoni
Sanbon, 1907
O macho possui um canal (ginecóforo) 
onde a fêmea se abriga na época da 
reprodução.
A fêmea abandona o macho apenas para 
depositar ovos nos vasos da parede 
intestinal do hospedeiro.
Tratamento
Medicamentos específicos (hicantone). 
Profilaxia
Educação sanitária, saneamento básico, 
controle dos caramujos e informação 
sobre o modo de transmissão da doença.
Evitar entrar em água onde existam 
caramujos hospedeiros do 
esquistossomo.
Há 3 espécies de esquistossomos: 
Schistosoma mansoni Sambon, 1907,
Schistosoma haematobium (Bilharz, 
1852), Schistosoma japonicum
(Katsurada, 1904).
Provocando doenças em milhões de 
pessoas na África, Ásia e América Latina, 
sendo que o mais comum no continente 
latino é o Schistosoma mansoni.
Mais de 70 milhões de 
pessoas no mundo. 
Mais de 100.000 casos 
confirmados por ano no 
Brasil.
Cercomeromorpha
escolex de Taenia solium Linnaeus, 1758
Classe MONOGENEA
1.500 spp.
Parásitos monoxénicos.
A maioria ectoparasitos de animais aquáticos, 
principalmente peixes.
Proráptor (anterior) e opistoráptor (posterior) 
para fixação.
Gyrodactylus sp.
Vários apresentam importância 
econômica.
Os gêneros Gyrodactylus von 
Nordmann, 1832 e Dactylogyrus
Diesing, 1850 são comuns em criação 
de peixes.
Polystoma Zeder, 1800 em criação de 
rãs.
Polystoma sp. 
Gyrodactylus sp.
escolex de Taenia solium Linnaeus, 1758
Cestoda van Beneden, 1849
3.500 spp.
Os adultos habitam o intestino de vertebrados, 
enquanto as larvas instalam-se em outros 
hospedeiros. 
CESTODA van Beneden, 1849 
o clado apresenta intestino 
ausente
a neoderme apresenta 
expansões para aumentar 
as superfície de absorção.
Os cordões nervosos 
longitudinais são em 
número de dois.
Taenia solium Linnaeus, 1758
neoderme
Os adultos habitam o intestino de vertebrados, 
solitários enquanto as larvas instalam-se em outros 
hospedeiros. 
O corpo é dividido em três regiões: escólex, colo e 
proglótides.
Eucestoda Southwell, 1930
Estróbilo
Colo
As proglótides contêm os 
órgãos sexuais e os ovos.
Os ovos são liberados no 
ambiente com a eliminação 
nas fezes com as 
proglótides.
Nota: não confunda o termo proglote - ponta da língua.
Rostro
Proglótide maduro
Proglótide grávido
útero
Cada proglótide colabora com óvulos e 
com espermatozoides.
Pode ocorrer autofertilização. 
Protandria: o aparelho reprodutor 
masculino se forma antes do feminino. 
Após a fecundação o aparelho masculino 
involui, desaparecendo por completo.
TENÍASE
Taenia solium Linnaeus, 1758
800 – 1000 proglótides (2 - 4m, até 
8m);
Vive até 25 anos;
Hospedeiro intermediário: porco.
Taenia saginata Goeze, 1782
1000 – 2000 proglótides (4 - 6m, 
até 12m);
Vive até 30 anos;
Hospedeiro intermediário: boi.
Nota: embora seja conhecida como solitária, é comum a presença de mais de um individuo 
da mesma espécie.
Cisticercose
A cisticercose só é causada pelas larvas 
(cisticercos) do T. solium.
Ingestão de ovos, liberação da oncosfera e 
transformação deste em cisticerco.
O cisticerco se instala nos tecidos dos 
hospedeiros intermediários (suínos, 
bovinos e mais raramente em humanos e 
outros animais).
No organismohumano, podem causar 
deficiência visual, fraqueza muscular e/ou 
epilepsia, dependendo do local onde se 
alojam. Essa doença é chamada 
cisticercose e é mais grave que a teníase.
O tratamento normalmente é feito com 
Mebendazol administrado durante 3 dias.
Corte de cerebro con un cisticerco de Taenia solium
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1f/Finne_bewaffneter_Bandwurm-drawing.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1f/Finne_bewaffneter_Bandwurm-drawing.jpg

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