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JULINA MULLER SIQUEIRA REGIANE DAS GRAÇAS DE OLIVEIRA O ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ARTE COMO COMPREENSÃO DO SABER PINHAIS-PR 2012 JULINA MULLER SIQUEIRA REGIANE DAS GRAÇAS DE OLIVEIRA O ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ARTE COMO COMPREENSÃO DO SABER Trabalho de conclusão de curso Apresentado ao curso Pedagogia das Faculdades de Pinhais como requisito para obtenção do grau de Pedagogo. Orientador: Ms. Cristiane Luvizotto PINHAIS-PR 2012 TERMO DE APROVAÇÃO JULINA MULLER SIQUEIRA REGIANE DAS GRAÇAS DE OLIVEIRA O ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ARTE COMO COMPREENSÃO DO SABER Trabalho apresentado por Pedro Batista Guedes à FAPI- FACULDADE DE PINHAIS – como quesito parcial para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia, sob a orientação do(a) professor(a) Mestre Cristiane Luvizotto. Aprovado em _____/____/_____ ______________ Nota _______________________________________ Profª. Nome da professora que fizer a orientação. (Orientadora) IN MEMORIAM, aos meus inesquecíveis pais: Otaviano Siqueira Ribas e Aldair Muller pelo amor, carinho e dedicação que através de seus exemplos de vida ensinaram-me o sentimento de saber: respeitar, amar, lutar, ganhar e perder em todas as caminhadas da vida. Eternas saudades. Julina Muller Siqueira AGRADECIMENTOS Agradecer é uma forma de generosidade, visto que gratidão é memoria do coração. Por isso agradeço carinhosamente primeiramente a Deus pelo dom da vida, fonte de toda a sabedoria por ter me concedido, a fé, força, coragem e inteligência necessárias nesta caminhada, transformando cada obstáculo em experiências de aprendizado. À minhas irmãs Jandira, que além de laços fraternos, foi minha primeira professora, ensinando-me a andar no caminho das letras, do saber formal e a Jussara, Josélia pelo incentivo e apoio, pelo companheirismo que sempre souberam reanimar-me quando tudo parecia difícil, pelo apoio integral, incansável e gratuito vocês três são de indelével e imensurável importância em minha vida. Aos meus amados sobrinhos: Michele, Kamille e Júlio Otávio, pela leveza das brincadeiras e carinho que amenizava os momentos mais difíceis. À Orientadora Cristiane Luvizotto, pelo apoio e orientação na realização do trabalho. À querida Tutora Ignes Amorin Figueiredo, pela forma singular que nos auxiliou todo este tempo, pela competência, carinho e compromisso ético. Personifico meu cordial agradecimento a todos os colegas do curso com quem partilhei experiências, ideias e sonhos. Com eles também quero compartilhar a alegria não de chegada mas de travessia! A todos aqueles que acreditaram em mim: Muito obrigada! Julina Muller Siqueira Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprendem a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais... Rubem Alves SUMÁRIO INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------9 PROBLEMÁTICA---------------------------------------------------------------------------11 PRESSUPOSTOS---------------------------------------------------------------------------11 OBJETIVOS----------------------------------------------------------------------------------12 OBJETIVO GERAL-------------------------------------------------------------------------12 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ------------------------------------------------------------12 JUSTIFICATIVA ----------------------------------------------------------------------------13 CAPÍTULO I APORTES TEÓRICOS--------------------------------------------------------------------15 CARACTERIZANDO ESTUDO ---------------------------------------------------------15 O ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL---------------------------------15 CAPÍTULO II ARTE COMO COMPREENSÃO DO SABER----------------------------------------18 BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS ----------------------------------------------------18 JOGOS ----------------------------------------------------------------------------------------19 CAPÍTULO III CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO PROFESSOR-----------------------------25 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS---------------------------------------------25 ANÁLISE DE DADOS----------------------------------------------------------------------26 CONSIDRAÇÕES FINAIS----------------------------------------------------------------27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS---------------------------------------------------29 ANEXOS--------------------------------------------------------------------------------------30 O ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL RESUMO Este Trabalho de Conclusão de Curso foi desenvolvido tendo como finalidade, fazer uma reflexão sobre a importância do Ensino da Arte na Educação Infantil, e a necessidade da formação continuada do professor tendo em vista que o importante é que o cuidado/educação, vistos como unidade, esteja voltado ao favorecimento de conquistas cognitivas, motoras, afetivas, sociais e estéticas, que são essenciais para as crianças nesta fase. Assim seguimos nessa Pesquisa a perspectiva metodológica qualitativa, de caráter Bibliográfico e de Campo. Para o estudo empírico foram realizadas quatro entrevistas com professores de Educação Infantil em Centros de Educação Infantil de Ponta Grossa, indagando sobre as possibilidades de articular a arte, atividades lúdicas, com conteúdos específicos, contribuindo para uma aprendizagem significativa. Para fundamentação da análise de dados a Pesquisa Bibliográfica percorreu estudos teóricos e documentos norteadores da Educação Brasileira, ressaltando a valorização do lúdico aliado à prática educativa na Educação Infantil sendo que por meio do brincar, conhecem e exploram manifestações culturais, expressam emoções e pensamentos, demonstrando respeito e aprendendo a valorizar o que é diverso. A formação permanente dos profissionais da educação é uma das metas para se garantir a qualidade da educação em Ponta Grossa. Devem estar em contínuo processo de aprendizado, não somente como professor em sala de aula, mas dando prioridade às formas coletivas que contribuam de sobremaneira de forma significativa para o portento de sua prática pedagógica. Palavras-Chave: Arte. Educação Infantil. Desenvolvimento. Trabalho Docente. ABSTRACT This work Completion of course was developed with the purpose to reflect on the importance of Art Education in Early Childhood Education, and the need for continued training of the teacher in order that the important thing is that the care / education, seen as a unit, is returned to favoring achievements cognitive, motor, affective, social and aesthetic, which are essential for children at this stage. Just follow the methodological perspective this research qualitative character Bibliographic and Field. For the empirical study of four interviews were conducted with teachers of Early Childhood Education Early Childhood Centers of Ponta Grossa, inquiring about the possibilities of linking art, recreational activities, with specific content, contributing to significant learning. For reasons of data analysisto Bibliographic Search traveled theoretical studies and documents guiding the Brazilian Education, emphasizing the value of playfulness coupled with educational practice in early childhood education is that through play, to know and explore cultural events, express feelings and thoughts, demonstrating learning to respect and appreciate what is different. The training of education professionals is one of the goals to ensure the quality of education in Ponta Grossa. Should be in a continuous learning process, not only as a teacher in the classroom, but giving priority to collective forms that contribute greatly to a significant portent of their practice. Keywords: Art. Early Childhood Education. Developing. Teaching Work. INTRODUÇÃO Este Trabalho apresenta os resultados é uma pesquisa que investigou a Importância do Ensino da Arte na Educação Infantil, e a prática de professores suas dificuldades em relação ao lúdico nessa modalidade de ensino, visto da necessidade da aglutinação da Arte, do lúdico com os conteúdos específicos nessa faixa etária. Procurou- se entender como era trabalhado o conteúdo de Arte, o lúdico no Centro de Educação Infantil, e informações sobre os recursos didáticos disponíveis na sala de aula para desenvolver as atividades, e as dificuldades enfrentadas na prática docente. Quanto a Arte local foi indagado se era do conhecimento do professor e se este conteúdo faz parte da proposta curricular da Instituição, também a relação professor/aluno nas aulas eu envolvem Arte e como a Instituição atua. A proposta do ensino de arte, tendo como princípio os gestos expressivos próprios do desenvolvimento do ser humano na Educação Infantil, articula as dimensões artística e estética através de projetos que partem da problematização, organizada em sistemas que interligam diversos temas das linguagens artísticas, levando o educando a descobrir novos saberes. Como objetivo geral este trabalho: apresentar, descrever, analisar as relações entre o Ensino da Arte na Educação Infantil despertando para a Compreensão de Saber, conhecer a formação do professor de Educação Infantil para trabalhar a Arte, suas dificuldades no que tange a fusão entre o lúdico e a aprendizagem, no sentido de proporcionar atividades vivenciadas e significativas integrando os eixos: Conhecimento do Mundo e Formação Pessoal e Social, sendo que é na Educação Infantil que a criança tem os primeiros contatos com a arte. Justificando-se assim a escolha do tema ―Arte Como Compreensão do Saber‖ Como objetivos específicos este trabalho procurou refletir sobre a importância do Ensino da Arte na Educação Infantil, conhecer as dificuldades do professor através de pesquisas e verificar a convivência, a representação do professor e alunos dentro da sala de aula. Como pesquisa, optou-se pela Pesquisa Metodológica Qualitativa de caráter Bibliográfico e Pesquisa de Campo. Algumas vezes, o termo ―ambiente alfabetizador‖ tem sido confundido com a imagem de uma sala com paredes cobertas de textos expostos e, às vezes, até com 9 etiquetas nomeando móveis e objetos, como se esta fosse uma forma de expor as crianças às práticas de leitura e escrita. É necessário considerar que expor as crianças às práticas de leitura está relacionada com a oferta de oportunidades de participação em situações nas quais a escrita e a leitura se façam necessárias, isto é nas quais tenham uma função real de expressão e comunicação. No Capítulo l- breve Apanhado sobre as Tendências Pedagógicas no Brasil: Considerações Iniciais. REPENSANDO A EDUCAÇÃO INFANTIL No Capítulo ll- Ludicidade e Aprendizagem. ARTE COMO COMPREENSÃO DO SABER: brinquedos e brincadeiras, envolvendo o lúdico, para a descoberta de novos saberes. (Arte Visual Música, Jogos Rítmicos, Jogos Motores Jogos de Construção, cantigas de roda). No Capítulo lll— Construção da Identidade do Professor e suas dificuldades na sala de aula, Análise e Discussão de Dados, Considerações Finais e Anexos. 10 PROBLEMÁTICA O Tema Arte Como Compreensão do Saber, foi escolhido em virtude da necessidade da inclusão da Arte na Educação Infantil como Recurso Pedagógico, intercalando a Arte ao Lúdico, visto que esta possibilitará reflexos na aprendizagem, sendo que tem papel fundamental na construção de um indivíduo critico, fornecendo-lhe experiências que o ajude a refletir, desenvolver valores, sentimentos, emoções e uma visão questionadora do mundo que o cerca. Muitos professores se deparam com as dificuldades indagando-se : como trabalhar com arte em conteúdos específicos? Qual a real importância do ensino da Arte na Educação Infantil? Como tornar as atividades prazerosas para a criança tornando as atividades significativas? PRESSUPOSTOS A proposta para o Ensino de Artes, tendo como princípio os gestos expressivos próprios do desenvolvimento do ser humano na Educação Infantil, mostra a necessidade que o professor reconheça a importância do ensino de Artes no cotidiano com seus alunos, colaborando para a proficuidade de sua atuação pedagógica. Como também desenvolver a autonomia dos alunos proporcionando uma gama de oportunidades para o desenvolvimento integral da criança. 11 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Apresentar, descrever, analisar as relações entre professor /aluno entre o ensino da arte na Educação Infantil, despertando para a compreensão do saber, conhecer a formação do professor de Educação Infantil para trabalhar a Arte, suas dificuldades no que tange a fusão entre o lúdico e a aprendizagem no sentido de atividades vivenciadas e significativas integrando os eixos: Conhecimento do Mundo e Formação Pessoal e Social. Pois é na Educação Infantil que a criança tem os primeiros contatos com a arte. OBJETIVOS ESPECÍFICOS -Refletir sobre a importância do ensino da Arte na Educação Infantil. -Conhecer as dificuldades do professor através de pesquisas. -Verificar a convivência professor/aluno em sala de aula. 12 JUSTIFICATIVA O presente trabalho justifica-se por sua relevância educacional e pela importância que o tema representa na Educação Infantil, sendo que é através da Arte que a criança situa-se no ambiente qual está inserido. Na maioria das vezes as práticas pedagógicas no campo das Artes Visuais na Educação Infantil ainda estão fundadas na concepção de Friedrich Froebel, introduzidas no Brasil em 1996 quando foi criado em São Paulo, junto com a Escola Normal, o primeiro Jardim de Infância. A Metodologia que pautou este texto foi a Pesquisa Metodológica qualitativa de caráter Bibliográfico e de Campo. Para o estudo empírico foi entrevistado quatro professores de Educação Infantil, de Ponta Grossa, indagando sobre as dificuldades de articular o Ensino de Arte na Prática Pedagógica nos conteúdos específicos., contribuindo para uma aprendizagem significativa . Para a fundamentação da análise de dados a Pesquisa Bibliográfica, percorreu estudos teóricos e documentos norteadores da Educação Brasileira. Espera-se que a exposição das teorias discorridas no trabalho possa, corroborar a ação pedagógica do professor como desbravador do caminho entre a criança e o conhecimento, investigar um problema não significa resolvê-lo, mas, tê-lo como algo que faz pensar e agir, isto é que possibilita analisar, confrontar repensar recriar os conhecimentos, com os posteriores. Tenciona-se que o texto sirva de respaldo para reflexões que doravante possa ampliar a prática pedagógica, encarando o lúdico como transporte, subsídio, ao desenvolvimento integral da criança. A pesquisa propiciou perceber a necessidade do conhecimento teórico aliado a prática educativa, moldandoa identidade do professor, além de educador, como descobridor, aquele que aprende diariamente a: indagar, observar, interpretar, o cotidiano escolar na construção de novos saberes que possibilitem a assumir uma atitude crítica. A Arte para trabalhar com as crianças não se resume em atividades prontas, cercear sua capacidade, procrastinar o processo de criação do educando, mas 13 navegar com a criança no oceano da meninice, ao encontro dos tesouros do saber alçando altos voos no horizonte do conhecimento. 14 APORTES TEÓRICO CATACTERIZANDO O ESTUDO REPENSANDO A EDUCAÇÃO INFANTIL A educação das crianças da Educação Infantil não foi sempre como a conhecemos hoje. Há pouco tempo a vida escolar das crianças tinha início aos sete anos de idade. O contexto social, as necessidades e as possibilidades das famílias eram diferentes das atuais. No passado, o atendimento à criança pequena no Brasil foi marcado por uma cisão entre o que se propunha às classes sociais mais favorecidas e às menos favorecidas. Sendo que as crianças menos favorecidas frequentavam as instituições que lhes oferecia atendimento assistencial voltado aos cuidados com a saúde, higiene e nutrição das crianças, geralmente atendidas em instituições filantrópicas e públicas, em turno integral. Tradicionalmente, este tipo de instituição ficou conhecido como Creche. De outro lado, em instituições particulares, havia o atendimento educacional, de meio período, destinado ao preparo das crianças para a escolarização que se seguiria. Pré – Escola, Jardim de Infância, Escolinha foram as denominações mais comuns para as referidas instituições. No final dos anos 80 e a década de 90 do século XX, houve um período de revisão legislativa, principalmente no que diz respeito à infância, a família e à educação. Com Constituição Federal ( 1988), o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº 8.069, 1990) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB Nº 9.394, 1996) obteve-se importantes conquistas no campo da Educação Infantil no Brasil. A vigente Lei representou um avanço, reconheceu o atendimento às crianças com menos de sete anos como responsabilidade da área da educação e não apenas da área social, da justiça, do trabalho e / ou da saúde; também instituiu o atendimento às crianças de zero a seis anos como parte da Educação Básica. 15 Porém hoje, de acordo com a Resolução nº 3 de 03/08 2005, altera, a faixa etária prevista para Educação Infantil é de até cinco anos de idade. A Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, altera a redação dos artigos 29, 30, 32 e 87 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, dispondo assim sobre a duração de nove anos para o Ensino Fundamental, com matrícula a partir dos seis anos de idade. Sendo assim, a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica para crianças de zero a cinco anos de idade. E o Ensino Fundamental passa a receber os alunos a partir dos seis anos completos de idade. O atendimento definido como Educação Infantil (E l), sendo público ou privado, é um direito da criança e tem caráter opcional. Desta forma os termos ―creche‖ e pré-escola foram redefinidos, independente de regime de horário, classe social ou setores envolvidos, na tentativa de descaracterizar se uso corrente, comumente atrelados na sociedade brasileira ao tipo de serviços prestados. Nesse sentido, a busca dos profissionais e pesquisadores as área é transcender a contradição entre modelo assistencialista e modelo educacional. No documento do MEC intitulado Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCN.), esse desafio está muito explicitado. O importante é que este cuidado/educação, vistos como unidade, esteja voltado ao favorecimento de conquistas cognitivas, motoras, afetivas, sociais e estéticas, fatores essenciais para as crianças nessa fase. O ENSINO DA ARTE NA ÓTICA DA EDUCAÇÃO INFANTI L Desde a época em que habitava nas cavernas, o ser humano manipula cores, formas, gestos, espaços, sons, movimentos, luzes, com o a intenção de se comunicar com os outros. A Nova (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº 9.394) aprovada em 20 de Dezembro de 1996. Estabelece em seu artigo 26, parágrafo 2º ―O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos níveis da educação básica de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.‖ 16 Na proposta geral dos ( PCNs), a Arte tem uma função tão importante quanto a dos conhecimentos no processo ensino aprendizagem. Ensinar arte significa conceituar três campos conceituais: a criação, / produção,/ percepção, análise e conhecimento da produção artística estética da humanidade, compreendendo-a histórica e culturalmente. Esses três campos conceituais, denominados: produção, fruição e reflexão. ―A arte não começa com os rabiscos que a criança faz, tem início mais cedo, quando a criança reage às experiências sensoriais estabelecendo o contato com o mundo. Esse fato é a base essencial para a educação de formas artísticas‖. (MARTINS, 1998). Analisando o pensamento exposto, constatamos que a criança inicia seu conhecimento do mundo através da percepção, do equipamento sensorial, as atividades motoras são a forma de a criança comunicar-se. O ser humano aprende o mundo por meio dos sons da escrita, do movimento e das imagens. Arte na Educação Infantil engloba todas as atividades ligadas ao lúdico, sendo que a criança aprende brincando. A criança, desde o nascimento, inicia o processo de reconhecimento, de exame de seu entorno. Inicialmente elas captam informações a partir das suas e sensações. Torna-se de muita validade atividades recreativas que desenvolvam e aprimorem ampliem suas capacidades. Para tanto é preciso que as instituições de Educação Infantil constituam-se em espaços de formação, no sentido de estabelecer cruzamentos férteis entre as análises das produções simbólicas infantis e elaboração de proposta pedagógica. A Arte na Educação Infantil tem papel fundamental na construção de um indivíduo crítico, fornecendo-lhe experiências que o ajude a refletir, desenvolver valores, sentimentos emoções e uma visão questionadora do mundo que o cerca. ―Segundo os PCNs, a Arte revela o modo de perceber, sentir e articular significados e valores que governam os diferentes tipos de relação entre os indivíduos na sociedade. A Arte solicita a visão, a escuta e os sentidos como portas de entrada para uma compreensão mais significativa das questões sociais.‖ O processo de construção na infância se dá de forma mais agradável, divertida e integrada através da valorização do brincar, contribuindo para o desenvolvimento de sua sensibilidade. As atividades lúdicas auxiliam diretamente no desenvolvimento de sua expressão, nas relações afetivas com o mundo, com as pessoas e com os objetos. 17 ARTE COMO COMPREENSÃO DO SABER BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS Apesar d e a importância dos jogos e das brincadeiras parecer um assunto óbvio, ainda encontra-se resistência a essas atividades em algumas Instituições de Educação Infantil. No brinquedo, espontaneamente, a criança usa a capacidade de separar o significado de objetos sem saber o que está fazendo, da mesma forma ela não sabe estar falando em prosa, no entanto, fala, sem prestar atenção às palavras. Dessa forma, através de brinquedos, a criança atinge uma definição funcional de conceitos de objetos, e as palavras passam a se tornar parte de algo concreta‖ VYGOTSKY (1992. P. 92). Na brincadeira, a criança age com liberdade e espontaneidade. Protagoniza as situações,torna-se a condutora da atividade. Na brincadeira, seus sonhos e desejos podem ser realizados, criando e recriando as situações que colaboram para satisfazer alguma necessidade presente em seu interior. Na brincadeira, a criança age com espontaneidade e liberdade para alterar as situações tornando-se condutora da atividade. Na brincadeira seus sonho e desejos são realizados. O brincar tem caráter de produção. Por meio dele a criança vai construindo seu corpo, seu mundo e os conceitos farão parte de sua vida. Além disso, com as atividades lúdicas, as crianças adquirem e referências significativas embasadas na experiência que permitem a descoberta do ―eu‖ bem como do mundo e dos objetos. Segundo Friedman (2006, p. 17) O brincar já existia na vida das pessoas bem antes das primeiras pesquisas sobre o assunto‖ Acredita-se ter surgido o interesse pelo lúdico em virtude da diminuição do espaço físico e temporal destinado para as essas atividade, fato esse ocorrido supostamente pelo incremento da indústria d e brinquedos, além da mídia dos meios de comunicação e a inclusão da mulher no mercado de trabalho. A atividade lúdica é o berço das atividades intelectuais e sociais, sendo indispensável a prática educativa. O ato de brincar é a melhor metodologia para dar à criança condições de desenvolver suas capacidades e caminhar percorrendo degrau em 18 degrau, criando soluções e aprendendo a viver e a conviver com as demais crianças, através da interação, aceitação, discussão. ―O lúdico proporciona alegria nos espaços em que se faz presente, ao mesmo tempo em que possibilita a esperança de liberdade para o mundo todo, sugerindo também que há outras possibilidades para a vida humana‖. ALVES (1984, p. 104) ―Nessa perspectiva; da mesma forma que pensa Rubem Alves pensa Kishimoto, o lúdico é a manifestação da cultura humana na perspectiva de própria continuidade da espécie. Porque as duas coisas estão intrinsecamente ligadas. ( Vital Didonet) Constata-se que se pode trabalhar transmissão para perpetuação da cultura através da Arte, o lúdico proporciona descobertas, valorização da cultura e toda uma gama de possibilidades sendo que nos brinquedo cantados, músicas, danças cabe ao educador filtrar essa informações, escolhendo os repertórios de acordo com as propostas pedagógicas, pode-se trabalhar: Clima, Hábitos de higiene, como também vislumbra-se possibilidades de composições com os alunos sobre temas pertinentes a determinadas situações . O brinquedo é entendido como um objeto que dá suporte à brincadeira. Pose ser concreto ou ideológico, concebido ou simplesmente utilizado como tal, ocasional e simbólico. É interpretado como um meio e não um fim por si só. O brinquedo deve ser atraente, (colorido de diferentes dimensões e pesos) a fim de estimular o surgimento da ludicidade natural do brincar da criança, o brinquedo pode ser importante aliado no processo ensino aprendizagem. JOGOS SIMBÓLICOS A importância do jogo do jogo vem de longa data. Filósofos, como Platão, Aristóteles e posteriormente Rousseau, destacavam seu papel na educação. Froebel criador do Jardim de Infância, fortalece a necessidade do jogo no centro do currículo da Educação Infantil. 19 O jogo tem importantíssimo papel nas áreas de estimulação da fase pré- escolar e é uma das formas mais naturais de a criança entrar em contato com a realidade, é uma característica do comportamento infantil. Para Vygotsky (1989, p. 89), ―a zona do desenvolvimento proximal é a diferença entre o nível de resolução de problemas sob a direção e com a ajuda dos adultos e aquele atingido sozinho‖ Durante o jogo a criança age dentro da zona de desenvolvimento proximal, interage com o meio (outros indivíduos e natureza) e coloca em ação as funções Psicológicas superiores. No jogo, existe a confirmação de objetivos comuns, o confronto de deias, a busca de soluções a competição e a cooperação entre os participantes, que têm diferentes vivências, graus de conhecimento e desenvolvimento, historicamente produzidos. JOGOS TRADICIONAIS Os Jogos Tradicionais infantis assumem um contexto cultural quando reproduzem elementos de uma cultura e possibilitam a criação e a conexão com o meio no qual estão inseridos. Exemplo a bolinha de gude. ―O folclore infantil é parte integrante da cultura folclórica; é a manifestação da riqueza natural da criança: suas potencialidades físicas, corporais, motoras, sensoriais, intelectuais, emocionais e sociais‖. (FRIEDMANN, 1996). As crianças expandem sua área de contatos, pode ser utilizado como uma alternativa metodológica, que pode ser instrumentalizada com fins educacionais, pois aprendem de modo acessível as vantagens e o significado das atividades em grupo e experimentam diferentes papa]eis sociais. Além de a criança aprender, adquire experiência social para o desenvolvimento de sua personalidade. De acordo com o REFERENCIAL CURRÍCULAR PARA EDUCAÇÃO INFANTIL As brincadeiras de faz- de –conta os jogos de construção e aqueles que possuem regras como jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro) jogos 20 tradicionais, didáticos, corporais, propiciam ampliação de conhecimentos da criança por meio da atividade lúdica ―( 1998 v 1 . p. 28).). O movimento humano é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: significa uma linguagem que possibilita às crianças atuarem sobre o meio físico e o ambiente humano, ao se movimentarem expressam sentimentos, emoções e pensamentos. Para Vygotsky, ―a atividade do sujeito é um importante aspecto da formação da consciência... admitindo igualmente que a imaginação como todas as funções da consciência, surge originalmente da ação‖ (1989, p. 46) Todo movimento tem um sentido, uma intenção e um significado. O aluno tem de pensar sua movimentação para saltar um buraco, subir uma escada, brincar de esconde- esconde. Tenciona-se que todo movimento na escola, seja associado ao cognitivo e ao afetivo. Segundo Piaget, ―as raízes do raciocínio lógico terão que se basear na coordenação das ações a partir do nível sensório motor, cujos esquemas têm importância fundamental desde o início‖ (1983, p. 72) As atividades motoras e a ação corporal são formas de a criança se comunicar com o mundo que precede a linguagem escrita. O processo de simbolização do corpo, em seu formato de movimentos é o primeiro instrumento de pensamento da criança no seu diálogo com o mundo. JOGOS DE CONSTRUÇÃO A criança em idade pré-escolar pode utilizar diferentes materiais associados para a construção de uma casa, um carro ou um avião. No jogo de construção, a criança organiza sua realidade e constrói sua própria história, expressando, assim os níveis de sua estruturação mental, seu desenvolvimento cognitivo e afetivo- emocional. O principal 21 de um brinquedo não é a sua procedência, seu grau de sofisticação e a beleza de sua aparência, mas seu poder de envolver a criança em uma atividade lúdica e criativa, confeccionados geralmente com sucatas. É necessário atentar para a segurança dos alunos ao manipularem objetos e para adequação destes à habilidade da criança. JOGOS MOTORES ―Toda a atividade da criança é lúdica no sentido de que se exerce por si mesma.‖ (Piaget, 1964) As atividades motoras têm grande importância na educação, pois contribuem para o desenvolvimento global da criança. Nos jogos motores , os alunos utilizam recursos biológicos, psicológicos e afetivos para construir esquemas motores que organizam movimentos construídos. Os movimentos como: arrastar, puxar, lançar, agarrar, despejar dá a base para organização de esquemas para realização de diferentes atividades. Brincandoa criança explora peso, força, quantidade, e outros conhecimento que os jogos promovem. O ato motor isolado não tem significado. JOGOS RÍTMICOS- BRINQUEDOS CANTADOS É essencial na primeira infância as brincadeiras rítmicas de correr, dançar, pular, cantar, rodar e devem ser exploradas de diferentes formas, em variadas situações e com os mais diversificados materiais, ocorrendo aprendizagem de forma dinâmica e criativa. Desta forma a criança tem oportunidade de sonhar, cantar e se expressar livremente, interagir, ampliar o vocabulário e desenvolvimento intelectual social, espiritual e emocional. 22 Os brinquedos cantados são ―atividades ligadas diretamente com o ato de cantar e ao conjunto dessas canções, a que chamamos de Cancioneiro Folclórico Infantil‖ (VERDI, 1999, p. 35). Os brinquedos cantados podem abranger jogos de esconde-esconde, palmas, fileiras, colunas e as cantigas de roda, que têm classificação diferenciada. As cantigas de roda auxiliam na construção e na manutenção de elementos da cultura infantil e identidade da criança. Auxilia ainda no desenvolvimento da coordenação motora, da lateralidade, do esquema corporal, da orientação espacial e temporal, do ritmo, da autoconfiança, do autoconceito, da afetividade e das capacidades cognitivas. Podemos facilmente encontrá-las nas brincadeiras que envolvem música e ritmo, como ciranda-cirandinha, entre outras. JOGOS DE PERCEPÇÃO Por meio dos jogos de percepção, desenvolve-se a capacidade de interpretar a as impressões dos sentidos, atenção discriminação, visual, e auditiva, percepção de forma, de cor, de tamanho, e de luminosidade e percepções tátil, olfativa e gustativa. Pode ser trabalhados com objetos da própria sala, da escola sempre da realidade das criança reconhecer objetos pelo tato, seguir labirintos, enfim o professor deve recorrer a criatividade para através do lúdico levar a criança à descoberta. COM A MÃO NA MASSA ―A s trocas de relações de uma criança com a outra são fundamentais para o crescimento como pessoa. Estes processos comunicativos, expressivos acontecem com trocas de imitação entre elas, expressam seus desejos de participar e até de se diferenciar dos outros constituindo seu jeito próprio‖. ( WALLON, 1945, p. 218). Ao se referir às trocas de relação das crianças, fica bem claro a importância do crescimento da criança como pessoa, como ser humano. No momento do brincar juntas elas estão tendo uma troca de relação expressando suas vontades, experiências e 23 diferenciando-se um umas das outras, com o mesmo objetivo. Assim esse diferenciado a ajuda a formar a personalidade, e não seja manipulada. Segundo os PCNs que foi criado em 1998 é imprescindível que haja riqueza de diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições , assim vale citar a variabilidade de recursos que poder ser trabalhados, como modelagem com massa de modelar, para remontagem de história ouvida, qual desenvolve a linguagem ao falar de sua produção, desenho livre , alinhavos, perfuração, para desenvolver a tenção, descobrir formas, identificar cores, usar técnicas de pintura, como Pintura com esponja, mistura de cores e outros. Logo se considera viável sugerir atividade de socialização que agrada as crianças na sala de aula: Ao haver aniversariantes na sala, grafar o nome do aluno no quadro de e colocar uma cadeira próximo ao quadro para o aniversariante ficar em pé, e ajudar o educador desenhar um bolo de aniversário, om giz colorido, de acordo com o gosto do da criança. Formar quadrados de acordo com o número de pessoa contidos na sala de aula, incluindo o educador. Ao concluir o desenho do bolo, o aniversariante recebe da turma o tradicional Parabéns, convida os colegas para provar um pedaço de bolo. Para evitar transtornos, organiza-se fila sendo que após receber o abraço do amigo, o aniversariante entrega o apagador para o colega escolher um pedaço do bolo e apaga-lo, ―ingerindo‖ simbolicamente, continua a o andar da fila até que sobre somente dois pedaços do bolo. Um para o aniversariante, e outro para o educador. Dramatizar no faz de conta: Indagando sobre o bolo, se gostam de fazer aniversário, explorar a socialização, e o amor ao próximo. Como se pode explorar procedimentos matemáticos, trabalhando quantidade estabelecer comparação entre a quantidade de alunos na sala e ao pedaços de bolo. A Arte despertando o saber, de forma significativa, vivenciada de forma ampla. Desta forma, se envolve a criança num contexto social e consegue-se organizar as ideias para que esta invente, crie e construa, assim a presença da Arte se manifesta na Educação Infantil, ajudando a criança por si só as várias leituras do mundo. Efetivando-se assim o cumprimento dos Quatro Pilares da Educação propostos por Dolors (2005, p. 89- 102) no qual apresenta a contribuição que o brincar pode proporcionar para o desenvolvimento do ser humano:‖ aprender a conhecer conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a ser. 24 CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO PROFESSOR E SUA DIFICULDADE NA SALA DE AULA PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Buscando propostas para desenvolver o trabalho de qualificação, foi construído inicialmente a partir de uma Pesquisa Bibliográfica Metodológica Qualitativa, buscando identificar, descrever, analisar a interação do lúdico no desenvolvimento da criança na Educação Infantil. A Fundamentação Teórica é embasada em alguns autores experiências, pesquisas e estudos sobre brincadeiras e jogos seguindo posteriormente de uma pesquisa de campo que serviu para verificar sobre a importância do lúdico na Educação Infantil, e como pode ser utilizado como recurso pedagógico no processo ensino aprendizagem., Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista, com quatro professores de Educação Infantil de Ponta Grossa, organizada a partir dos objetivos e questionamentos de pesquisa. Este foi o instrumento básico para a coleta de dados, captando informações sobre as atividades docentes, sobre como trabalhar A arte Como Compreensão do Saber, na Educação Infantil, articulando o lúdico com os conteúdos específicos, como recurso pedagógico. A última etapa da pesquisa consistiu em analisar dados qualitativos, de todo material coleado, dados obtidos através da entrevista e analisados de acordo com o referencial teórico, que foi construído durante toda a investigação da pesquisa. A partir da transcrição da entrevista e das respostas obtidas foi possível estabelecer inter-relações entre a análise e discussão de dados. 25 ANÁLISE DE DADOS As atividades Lúdicas sempre fizeram parte do Planejamento dos Professores, modelagens, dramatização, brincadeiras, e através da Pesquisa Bibliográfica comparamos a importância que tem o trabalho lúdico como ferramenta para a aprendizagem na Educação Infantil. Nas perspectivas respostas dos professores pesquisados ficou evidente, o interesse pelo trabalho lúdico, com os alunos, e acreditam que o aluno assimila mais os conhecimentos quando canta, dramatiza, modela e expõe em gestos o que aprendeu brincando. Apenas como obstáculo constatou-se a falta de sala, ambientes para manifestações artísticas, como também expuseram desejos de aprimorar técnicas de pintura, aprender mais sobre jogos de construção, obter maiores subsídios para o trabalho com os alunos, aprendendo trabalhar mais efetivamente com materiais recicláveis disponíveis, visto que o Centro de Educação Infantil pertence a periferia estando há pouco tempo no Bairro. É preciso que os educadores saibam explorar ao máximo, a musicalização, os movimentos, as brincadeiras levando em conta toda a riqueza, diversidade cultural e os benefícios ocultos ou psicológicos que aprendizagem, como tambémmostra o carinho para a desenvolver a criatividade, a habilidade motora, socialização ,através da contextualização entre o conteúdo que se pretende trabalhar e uma atividade lúdica, é possível acreditar no trabalho em educação sem haver dissociação, fragmentação, entre o brincar e o aprender. 26 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa procurou dados referente a importância da Arte do Lúdico na Educação Infantil tendo como Tema: Arte na Compreensão do Saber, e sua importância no sentido de articular atividades lúdicas com os conteúdos específicos, como ponte para a aprendizagem, abrangendo Brinquedos e brincadeiras, Jogos simbólicos, incluindo modelagem, dramatização, e atividades que despertem o interesse de participar, de interagir na criança. Pesquisa essa embasada em Referenciais Teóricos de Pensadores da Educação, como Piaget, Vygotsky e outros. Foi elaborado um breve relato sobre as Tenência Pedagógicas abrangendo a Educação Infantil, através dos tempos até o momento atual. Relatamos também sobre a importância do educador incluir o lúdico como recurso pedagógico facilitador da aprendizagem .Construção da Identidade do Professor e suas dificuldades na sala de aula. Analisando as respostas dos professores quando indagados, conclui-se que o lúdico é componente de seu Planejamento. Considera o conteúdo importante para o aluno apesar das dificuldades enfrentadas no que concerne a disponibilidade de materiais, ausência de espaço, realiza visita ao museu com os alunos, proporciona entrevista levando obras para a apreciação dos alunos, realiza leitura de imagens proporcionando de acordo com possibilidades, oportunidade para o contato com imagens, fazendo a fruição e a contextualização, sendo que jogos de construção, às vezes não são efetivados em virtude da inexistência de material para as atividades propostas. A arte , o lúdico é ferramental que movimenta todo ser, desinibe, informa, socializa, motiva, despertando como argumento desafiador tanto para o aluno como para o educador. Ao término desta pesquisa foi possível, constatar que a arte, e indubitavelmente o caminho facilitador para uma aprendizagem mais prazerosa . Qualquer trabalho que viabilize o incentivo, à criatividade da criança exige esforço e competência. Educador deve respeitar o Devir do aluno. 27 O Devir é exemplificado pelas águas do rio que continua o meio a despeito das águas continuamente mudarem. O ontem é diferente de hoje. ―O mesmo homem não pode atravessar o mesmo rio, porque o homem de ontem não é o mesmo de hoje‖ (HERÁCLITO). Considera-se então que o educador deve ser um pesquisador, alvitrar novos métodos, novas estratégias para a criança, acompanhar as metamorfoses da Educação, da vida da criança pois, como afirma: THIAGO DE MELLO ―Não tenho um caminho novo, mas um novo jeito de caminhar‖. 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS DOLORS, (Jaques (coord.).). Os quatro pilares da educação. In: um tesouro a descobrir. São Paulo: ( ortezo, 2005, p. 89-102) BRASIL: Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília, MEC/ sec., v. 1, 1999. KISCHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo. Pioneiro, 1994. KISCHIMOTO, Tizuco Morchida. ( org). O brincar e suas teorias. 3ª ED. São Paulo. Pioneiro, 2002. VYGOTSKY, L S. A Formação social da Mente. São Paulo, 1994. MARTINS, Miriam Celeste, PICOSQUE, GISA & GUERRA, M. Terezinha Telles. A LÍNGUA DO Mundo. Poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD 1998. PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. São Paulo: Forense, 2003. Wallon, H. Psicologia e educação de criança. Lisboa: Estampa, 1979. 29 ANEXOS Entrevista aos professores de Educação Infantil: 1. A instituição valoriza o Ensino de Arte como atividades lúdicas? 2. Há espaço físico adequado para manifestações artísticas? 3. Qual maior dificuldade encontrada para articular o lúdico nos conteúdos específicos? 4. A arte e valorizada como Compreensão do Saber? 5. Os alunos visitam outros lugares expositivos de Arte? 30
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