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Divorcio Consensual - FERNANDO

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA	VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE _________/___.
AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL
CARLOS DANIEL BRACHO, nacionalidade, casado, profissão, portador da cédula de identidade nº ____, inscrito no CPF nº ____, endereço eletrônico, residente e domiciliado (endereço completo) e PAOLA BRACHO, nacionalidade, casada, profissão, portadora da cédula de identidade nº ____, inscrita no CPF nº ____, endereço eletrônico, residente e domiciliada (endereço completo), por intermédio de seus advogados, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 226 § 6º da Constituição Federal e demais dispositivos legais pertinentes, promover a presente AÇÃO DE DIVÓRCIO DIRETO CONSENSUAL pelas razões de fato e de direito a seguir articuladas.
I - DOS FATOS
Os cônjuges contraíram matrimônio na data de 01 de fevereiro de 2011, sob o regime de COMUNHÃO PARCIAL DE BENS, conforme certidão em anexo.
Do matrimônio adveio o nascimento de 02 (dois) filhos, sendo Fernando Bracho, o mais velho com 14 anos e o mais novo Luciano Bracho com 7 (sete) anos de idade, conforme atesta cópia da certidão de nascimento em anexo.
No entanto, os cônjuges se encontram infelizes e não sentem mais amor um pelo o outro. Assim, de comum acordo, o casal pretende romper o vínculo matrimonial, razão pela qual se socorrem do Judiciário, pleiteando a homologação do presente divórcio consensual.
	
DA PARTILHA DE BENS
Durante a constância do matrimônio foram adquiridos 2 (dois) imóveis e 1 (um) carro, quais sejam: 1 (uma) casa onde o casal residia no valor aproximado de R$ 350.000,00, (trezentos e cinquenta mil). E 1 (um) apto que era utilizado para fins de aluguel no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), além de 1(um) veículo de marca ____, modelo _____, ano ____, avaliado pela tabela FIPE em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
 No caso, conforme estabelecido no art. 1.668 do diploma cível (No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes), ficou acertado a partilha da seguinte forma: A casa pertencerá ____________, enquanto o apto e o automóvel serão de propriedade __________.
DA GUARDA E VISITA DOA FILHA MENOR
O casal resolveu por estabelecer guarda compartilhada, sendo que os filhos residirão com a genitora, devendo ser estabelecido regime de convivência com o genitor, respeitando feriados, férias escolares, datas festivas e dias dos pais e das mães.
DA PENSÃO ALIMENTÍCIA
a) O cônjuge varão pagará a título de pensão alimentícia a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para cada um dos filhos, conforme suas despesas necessárias.
b) Igualmente, o cônjuge varão concordou em pagar R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) a título de pensão em favor da cônjuge virago pelo período máximo estipulado pelos Tribunais.
DO NOME
A cônjuge virago, que em razão do divórcio, passará a usar o nome de solteira, qual seja: PAOLA DA SILVA
Portanto, os requerentes manifestam a vontade livre e consciente pela dissolução da sociedade conjugal, sendo inviável a reconciliação, o que enseja a presente ação.
II - DO DIREITO
Em face da permissiva redação contida no § 6º do artigo 226 da Carta Magna, dispondo sobre o divórcio, os promoventes fundamentam neste o seu pleiteio, in verbis:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
... § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010).
CÓDIGO CIVIL
Art. 1.571. (…) § 1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.
Já o art. 731, do Código de Processo Civil, elenca os requisitos para a homologação do divórcio consensual. Todos atendidos nessa exordial.
Haja vista a superação de prazos e a desnecessidade de separação judicial, sendo excluída a parte final do indigitado dispositivo constitucional, assim desapareceram toda e qualquer restrição para a concessão do divórcio, que cabe ser concedido sem prévia separação e nem cumprimento de prazos, como outrora.
Deste modo a única ação dissolutiva do casamento é o divórcio que não mais exige a indicação da causa de pedir. Eventuais controvérsias referentes à causa culpa ou prazos deixam de integrar o objeto da demanda.
Maria Berenice Dias, sobre o assunto ensina:
“A nova ordem constitucional veio para atender ao anseio de todos e acabar com uma excrescência que só se manteve durante anos pela histórica resistência à adoção do divórcio. Mas, passados mais de 30 anos nada, absolutamente nada justifica manter uma dupla via para assegurar o direito à felicidade, que nem sempre está na manutenção coacta de um casamento já roto”.
Enfim, tendo em vista que os promoventes desejam se divorciar sem controvérsias sobre os motivos do fim da sociedade conjugal, nada mais é tão eficaz, o ajuste do caso a nova disposição constitucional que rege o assunto.
III - DOS PEDIDOS
Ex positis, em conformidade com os fatos trazidos e com as provas produzidas, requer a Vossa Excelência que:
a) A intimação do ilustre representante do Ministério Público para acompanhar todos os atos do processo;
b) Seja dispensada audiência de tentativa de conciliação, tendo em vista o firme propósito das partes, que inclusive assinam a presente exordial; e
c) A HOMOLOGAÇÃO do acordo proposto entre os promoventes, com a decretação do divórcio direto consensual, e após trânsito em julgado da sentença homologatória, seja expedido mandado para a averbação no respectivo Cartório que realizou o matrimônio e ao Cartório de Registro de Imóveis.
Protesta e requer todos os meios de prova em direito admitidos.
Dá-se a causa o valor de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais).
TERMOS EM QUE, PEDE E ESPERA DEFERIMENTO.
Local, Data.
ADVOGADO
OAB-UF n° ____
CARLOS DANIEL BRACHO 
CONJUGE VARÃO
PAOLA BRACHO 
CONJUGE VIRAGO

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