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1 - farmacotecnica- Questoes Exercito sem gabarito

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QUESTÕES DE FARMACOTÉCNICA & 
TECNOLOGIA INDUSTRIAL FARMACÊUTICA 
EXÉRCITO 
1 
Formas Farmacêuticas Sólidas 
2 
3 
 proteção da luz e umidade. 
 forma eficaz de mascarar sabor amargo ou desagradável 
do fármaco. 
 pode ser otimizado no que tange a coloração e ao 
polimento brilhante. 
 revestimentos coloridos permitem identificar o produto. 
 conferir resistência adicional ao núcleo dos comprimidos 
revestidos. 
 obter propriedades de liberação controlada ou entérica. 
 mais resistentes à destruição por abrasão que as drágeas. 
 
 
 
 
 
Comprimidos com Revestimento Pelicular 
Variáveis a considerar: 
 Propriedades dos Comprimidos 
 Processo de Revestimento 
 Composição do Revestimento 
 
4 
Propriedades dos Comprimidos para Revestimento 
 
 Superfície lisa e não porosa 
 Forma ideal esférica (rolar na bacia de revestimento) x 
Forma cúbica (possui faces planas – materiais de 
revestimento se acumulam) 
 Faces arredondadas e superfície convexa (menor 
aderência) x oblongos (abrasão nas bordas) 
 Resistente à abrasão e não devem lascar (dureza superior 
a 8 Kgf e friabilidade menor que 1%) 
 
Processo de Revestimento 
Movimento dos comprimidos perpendicular (bacia de 
revestimento) ou verticalmente (revestimento por 
fluidização) à aplicação do material de revestimento – 
velocidades excessivas devem ser evitadas 
 
5 
Processo de Revestimento 
Drageadeira Convencional 
 Ângulo próximo de 30 a 40° 
 Ar quente inserido diretamente sobre o leito 
de comprimidos. 
 Solução de revestimento é adicionada 
manualmente ou através de spray sobre o leito 
de comprimidos em movimento. 
 Aplicação do spray e a insuflação do ar 
de secagem podem ser contínuo ou 
intermitente dependendo do tipo de 
revestimento e das condições de secagem 
(O spray tem que formar um ângulo de 
90° com o leito dos comprimidos). 6 
Leito Fluidizado 
 
 O fluxo de ar é controlado de forma que o centro da 
coluna tenha maior fluxo de ar promovendo a elevação dos 
comprimidos na parte central e descida dos mesmos pela 
parte lateral que se movem novamente para o centro e 
entram novamente na fluidização. 
 
 A solução de revestimento normalmente é aplicada por 
spray na parte inferior ou superior do leito fluidizado. 
 
Processo de Revestimento 
7 
Variáveis do Processo de Revestimento 
 
 Equipamento e método de atomização 
(top, bottom e tangencial) 
 
 Distância entre atomizador e o leito dos comprimidos (grau 
de atomização) 
 
 Tamanho da gotícula 
 Velocidade e pressão do spray 
 Volume da coluna de ar 
 Tamanho do lote 
 Tempo de secagem 
 Temperatura do ar 
 8 
Polímeros usados: 
Materiais não gastroresistentes: 
 Hidroxipropilmetilcelulose 
 Metiletilhidroxicelulose, etilcelulose, hidroxipropilcelulose, 
 Povidona, 
 Carboximetilcelulose sódica, 
 PEGs, 
 Polímeros do ácido acrílico (Eudragit ® E) 
 
Materiais gastroresistentes: 
 Acetoftalato de celulose, 
 Polímeros acrílicos (Eudragit ® L – solúvel em pH neutro e 
insolúvel em meio ácido e Eudragit ® S – só se dissolve em 
meio alcalino), 
 Ftalato de hidroxipropilmetilcelulose 
 
Composição de Revestimento 
9 
 
Defeitos do Filme 
Adesão e Remoção do Material 
 Sobremolhagem ou excesso de adesividade do filme 
 Solução: diminuir a velocidade de aplicação do líquido ou 
aumento da temperatura e/ou volume de ar. 
 
Fratura 
 Tensão interna do filme excede seu limite de resistência 
 Solução: Aumentar a resistência – uso de polímeros de PM 
elevados ou mistura de polímeros. 
 
Superfície pouco uniforme (“casca de laranja”) 
 Viscosidade elevada da solução 
 Solução: Diluição da solução com mais solventes. 
 
10 
Rugosidade 
 Partículas secam mais rapidamente antes de atingirem o 
leito do comprimido – depósito sobre a superfície dos 
comprimidos das partículas aspergidas ao invés de gotículas 
finamente divididas da solução de revestimento. 
 Solução: Diminuir grau de atomização – aproximar bico de 
aspersão e Diminuir concentração de pigmentos e 
polímeros na solução de revestimento. 
 
Variação de Cor (Marmorização) 
Condições de processamento ou da formulação 
Mistura imprópria, padrão de aspersão irregular e 
revestimento insuficiente – migração de corantes solúveis, 
plastificantes e outros durante a secagem. 
Uso de corantes em vernizes elimina a migração. 
 
 
11 
12 
13 
Adjuvantes no Processo 
Diluentes Solúveis 
Originar comprimidos de peso conveniente 
Lactose: forma cristalina (alfa lactose monohidratada e beta 
lactose anidra) e amorfa (spray-dried - dissolve-se mais 
rapidamente que a cristalina e apresenta melhor 
compactabilidade. Contudo, é higroscópica e fisicamente 
instável (cristaliza de maneira espontânea se existirem 
condições de temperatura elevada ou alta umidade relativa) 
Reação de Maillard 
Sacarose = pequenas quantidades. 
Manitol = baixa solubilidade, paladar agradável (comprimidos 
mastigáveis). Praticamente não higroscópico (formulações 
para vitaminas ou vitamina C ou AAS). 
Sorbitol 
 
 
14 
Adjuvantes no Processo 
Diluentes Insolúveis 
Amido 
• Vários tipos : de batata, de mandioca, de trigo, de arroz... 
• Diluente insolúvel mais usado. Baixo custo. 
• Propriedades aglutinante e desagregante. 
Celuloses 
• biocompatível, quimicamente inerte e possui boas 
propriedades de formação de comprimidos. 
• Empregadas também como aglutinantes secos e 
desagregantes. 
• Mais comum - celulose microcristalina - Material para 
compressão direta (produção de comprimidos coesos, 
apresentando poder aglutinante e boas características de 
fluxo). 
 15 
Adjuvantes no Processo 
Absorventes 
 Servem para incorporar princípios ativos higroscópicos, 
evitando que a umidade atmosférica ou residual de pós 
provoque alterações desses ativos. 
Ex: Aerosil (gel de sílica pulverizado) 
 Fosfato tricálcico 
 Caulim 
 Bentonita 
Molhantes 
 Opõem-se a libertação do pó durante a compressão. 
 Opõem-se a hidrofobicidade deixada pelos lubrificantes. 
Ex: lauril sulfato de sódio 
 sais de trietanolamina 
 tween 80 
 
16 
Adjuvantes no Processo 
Aglutinantes 
 Empregar mínima quantidade possível (2 a 10% - Aulton, 
2005) – opõem-se a desagregação. 
 Na forma de pó seco ou solução (mais efetivos – melhor 
distribuição na mistura) 
Ex: sacarose, glicose, lactose 
gomas: arábica (mucilagem – 10 a 35%) , adraganta (10%) 
gelatina (solução aquosa a 2-4%) 
amido (cozimento- 10 a 30%) 
alginatos (1%) 
Derivados da celulose: metilcelulose, CMC e HPMC 
 celulose microscristalina 
Povidona (PVP) solução aquosa ou alcoólica (10 a 30%) 
 ácido esteárico, parafina, polietilenoglicóis 
 
17 
Adjuvantes no Processo 
Desintegrantes 
Facilitar a ruptura ou desintegração do comprimido quando 
entra em contato com a água em fragmentos menores, os 
quais promovam uma rápida dissolução do fármaco. 
Adição na formulação: 
Intragranular / Extragranular / Intra e Extragranular 
 
 
 
 
A) Inchando em contato com a água. 
EX: amido 5-15% (Prista), acima de 10% (Aulton) 
 ágar-ágar, pectina, caseína 
 derivados da celulose (CMC sódica – 2%) 
 
glicolato de amido sódico (explosol®) 
crospovidona (explotab®) 
croscarmelose sódica 
 
Efetivas na captação 
de água 
Superdesintegrantes 
0,5 a 5% 
18 
Adjuvantes no Processo 
B) Reagindo com a água ou com ácido clorídrico do 
estômago liberando gases. 
EX: mistura de carbonatos e bicarbonatos (10%), 
 peróxidos (10 a 20%) 
C) Dissolvendo-se na água e abrindo canalículos que 
facilitam a penetração dos fluidos e 
proporcionando a desagregação dos comprimidos. 
EX: Lactose, 
 Glicose, 
 Cloreto de sódio 
 Agentes tensoativos 
19 
Adjuvantes no Processo 
Deslizantes ou Promotores de Fluxo 
Promover o escoamento dos granulados ou de pós. 
Reduz a fricçãointerparticular e a tendência à adesão. 
Ex: talco - 3% a 10% (Prista), 1 a 2% (Aulton) 
 amido de milho - 5 a 10% 
 sílica coloidal (aerosil) – 0,25 a 3% 
 
Lubrificantes Anti-aderentes 
Diminui a adesão dos grânulos ou das partículas do pó às 
faces das punções ou à parede da matriz. 
Ex: Estearato de magnésio (mais empregado) 
 Parafina 
 Ácido esteárico 
 
20 
Adjuvantes no Processo 
Corantes 
Adicionados durante revestimentos (mais comum) ou antes 
da compressão. 
Mascarar a descoloração de fármacos 
Identificação do produto e torná-lo mais atrativo 
 
Aromatizantes 
Sabor mais agradável - Limita-se uso a comprimidos 
mastigáveis ou outros que se dissolvam na boca. 
 
Edulcorantes 
Correção do gosto da preparação. 
Açúcares 
Ex: sacarina e ciclamato 
21 
22 
23 
24 
25 
Problemas na Fabricação de Comprimidos 
 DESCOROAÇÃO OU LAMINAÇÃO 
 CAPPING 
 PICKING E BINDING 
 COMPRIMIDOS SARAPINTADOS 
 VARIAÇÃO DE PESO 
 ESCOAMENTO DEFICIENTE 
 VARIAÇÃO DA DUREZA 
 COMPRIMIDO FRIÁVEL 
 
 
 
 
26 
LAMINAÇÃO 
Divisão do comprimido em duas ou mais camadas distintas. 
 
DESCOROAÇÃO 
Separação parcial ou completa das coroas, superior ou inferior 
de um comprimido do resto do comprimido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laminação e Descoroação 
Verificação: 
Teste de friabilidade 
Causa: 
Deve-se as propriedades de deformação dos materiais da 
formulação durante e após a compressão. 
 
 
27 
Solução na laminação ou descoroação: 
 Realizar pré-compressão. 
 Diminuição da velocidade de produção. 
 Diminuição da pressão na compressão. 
 Uso de punções planos permite eliminar tensão 
adicional. 
 Observar percentual de umidade na formulação. 
 Granulado muito seco: laminação ou descoroação. 
Adicionar substância higroscópica (sorbitol, metilcelulose, PEG) pode ajudar 
a manter um teor de umidade apropriado. 
 Observar desgaste de punções e matrizes. 
 
 
 
Laminação e Descoroação 
28 
Capping 
Comprimidos saem descabeçados, lascados ou 
esfoliados separando-se da sua parte superior 
quando são ejetados da matriz. 
Causas: 
 Secura demasiada do granulado ou Falta de aglutinante 
 Cristais muito grande 
 Aumento de percentagem de partículas demasiado 
pequenas (não mais de 20% partículas demasiado 
pequenas ou de pó a envolver ) 
 Pressão demasiada 
 Velocidade exagerada de compressão 
 Presença de muito ar absorvido (após a compressão o 
ar aprisionado expande e abre o comprimido) 
 Punções e matrizes sujos ou rugosos. 
 
29 
Picking e Binding 
STICKING (conjunto de Picking e Binding) 
 
PICKING 
Descrever o material à superfície de um comprimido que é 
removido pelo punção. Materiais que aderem aos punções 
podem acumular-se na sua ponta ao ponto de impedir o 
reconhecimento da gravação. 
 
BINDING 
 Material a comprimir adere a matriz de compressão. 
Manifesta-se durante a ejeção podendo levar a formação de 
lascas provenientes das arestas dos comprimidos. 
 
 
 
30 
Causas do Picking e Binding 
 Granulado demasiado úmido. 
 Absorção de umidade durante a compressão. 
 Umidade libertada no interior do comprimido. 
 Emprego de punções e matrizes riscados. 
 Existência de folgas entre a matriz e punção inferior. 
 Deficiente quantidade de lubrificante. 
 
 
 
 
31 
Comprimidos Sarapintados 
 Conhecido como “mottling” 
 Distribuição desigual da cor pela superfície do 
comprimido, apresentando porções mais claras e 
outras mais escuras em uma superfície que se deseja 
uniforme. 
Causas: 
 Fármaco cuja cor difere dos excipientes. 
 Produtos de degradação corados. 
 Corante migrar durante a secagem para a superfície do 
comprimido. 
 
 
 
 
32 
Comprimido Friável 
Causam aparecimento de pó e fragmentos quando 
manuseados e podem criar sujeira excessiva durante os 
processos de compressão, drageamento e embalagem. Pode 
acarretar variação de peso e problemas de uniformidade de 
conteúdo. 
Causas: 
 Forma inadequada do granulado 
 Tamanho insuficiente dos grânulos 
 Quantidade inadequada de deslizante 
 Pouca umidade na massa a comprimir 
 Pouco aglutinante 
 
 
 
33 
VARIAÇÃO DE PESO 
Qualquer fator que possa alterar o processo de enchimento 
da matriz . Resulta do irregular calibre dos grânulos a 
comprimir e deficiência na quantidade de lubrificante 
(deslizante) ou sua irregular distribuição. 
 
ESCOAMENTO DEFICIENTE 
Solução: adição de um deslizante ou aumento da quantidade 
de lubrificante 
 
VARIAÇÃO DA DUREZA 
Depende do peso do material e do espaço entre os punções 
superior e inferior no momento da compressão. 
 
 
 
 
34 
35 
36 
37 
Friabilidade 
 Verificar se os comprimidos suportam a abrasão. 
 Resistência do comprimido em relação ao choque, atrito, 
rolamento e agitação. 
Ex: Friabilômetro tipo Roche (100 rotações – 25RPM -4 min) 
Granulados muito secos – comprimidos mais friáveis 
 
 
Comprimidos são considerados aceitáveis quando a 
perda é igual ou inferior a 1,5% do seu peso 
 (exceção: comprimidos mastigáveis e efervescentes) 
Aparelho para teste de friabilidade (Farm Bras, 5 ed) 38 
Desintegração 
Aceita-se com princípio geral que um fármaco para ser absorvido 
pelo organismo tem que estar em solução. Os comprimidos tem 
que desintegrar, caso permaneça resíduo após o teste este deve 
ser de consistência mole. 
 
FF Sólida 
não 
Revestida 
Granulados 
Partículas 
Menores 
Fármaco em Solução ou dissolvido 
Fármaco na corrente circulatória ou outros fluidos 
biológicos ou tecidos 
DESINTEGRAÇÃO DESAGREGAÇÃO 
DISSOLUÇÃO 
ABSORÇÃO 
39 
Desintegração 
 O ensaio é realizado em aparelhos chamados de 
desintegradores. Realizado por agitação em um meio 
aquoso de um dado comprimido a uma temperatura 
definida (37°C) registrando-se o tempo necessário para 
que todos os fragmentos visíveis dos comprimidos sejam 
eliminados. 
 Simula o que acontece in vivo após a ingestão do 
comprimido: movimentos do TGI, presença de fluidos e 
temperatura corporal. 
 Controle realizado durante o processo. (n=6 comprimidos 
por vez) 
 Influenciado pela dureza do comprimido, pelos 
constituintes da formulação, pelo processo de fabricação... 
 Máximo 30 min (em água a 37°C) 
 40 
Desintegração 
O produto está de acordo com a especificação quando o 
tempo para alcançar o ponto final encontra-se abaixo do 
especificado na literatura. 
 Comprimidos gastro-resistentes: 
1ª fase: suco gástrico (HCl 0,1M a 37°C) 
 não deve desintegrar em 60 min 
2ª fase: suco entérico (solução tampão fosfato pH 6,8 a 37°C) 
deve desintegrar em 45 min 
 
Comprimidos efervescentes: máximo de 2 min 
 sublinguais: máximo 5 min (sem discos) 
 
 
41 
Desintegração 
Aparelho para teste de desintegração de 
comprimidos e cápsulas - dimensões em 
mm. (Farm Bras, 5ed) 
42 
Dissolução 
A medida que um comprimido se fragmenta em pedaços 
pequenos, aumenta a área de superfície, facilitando a 
dissolução no meio. 
 
Aparatos mais utilizados: cesta e pá 
 
Estudos de dissolução são realizados por várias razões: 
 Determinar a velocidade de dissolução do ativo na forma 
farmacêutica. 
Avaliar o efeito das variáveis da formulação e do 
processamento sobre a biodisponibilidade do fármaco. 
 Assegurar que o produto cumpre as especificações. 
 Indicar a eficiência do produto sob condições in vivo. 
 
 43 
Dissolução 
 
 
 
 
 
 
 
44 
Critérios de aceitação para o teste de dissolução de 
formas farmacêuticas de liberação imediata 
Estágios Nº de 
amostras 
testadas 
Critérios de aceitação 
E1 06 Cada unidade apresenta resultado maior ou igual 
a Q + 5% 
E2 06 Média de 12 unidades (E1 + E2) é igual ou maior 
que Q e nenhuma unidade apresenta 
resultado inferior a Q – 15%. 
E3 12 Média de 24 unidades (E1 + E2 + E3) é igual ou 
maior do queQ, não mais que duas 
unidades apresentam resultados inferiores a Q – 
15% e nenhuma unidade apresenta resultado 
inferior a Q – 25%. 
O termo Q corresponde à quantidade dissolvida de fármaco, especificada na 
monografia individual, expressa como porcentagem da quantidade 
declarada. 
45 
46 
47 
UNIFORMIDADE DE CONTEÚDO 
Para assegurar a administração de doses corretas 
(quantidade do ativo próxima a declarada) – dosagem 
menor 25mg ativo 
 
Farm Bras, 5 ed. 
Total: 30 comprimidos ao acaso 
Doseamento individual: 10 comprimidos 
9 comp = 85% a 115% de teor 
 1 comp = 75% a 125% de teor 
 
Repetir com os outros 20 comprimidos 
 nenhum fora de 85 a 115% 
 
 
 
48 
Produção de Comprimidos 
Granulação Via Seca 
49 
Ansel, 2000. 
Produção de Comprimidos 
Granulação Via Úmida 
50 
1ª Fase: Umedecimento dos pós 
 Líquido de umedecimento: 
Solvente volátil, atóxico e facilmente removido após a secagem 
Ex: água, etanol, álcool isopropílico com 5% amido. 
 
 Importante no processo de granulação. 
 
 Pontes líquidas que se formam entre as partículas e 
resistência dessas ligações: responsáveis pela formação 
inicial dos grânulos e a sua dureza. 
Granulação a Úmido 
51 
Granulação a Úmido 
2ª Fase: Granulação da massa úmida 
 
Conversão da massa úmida em agregados através de 
moinhos de martelos ou granulador oscilante 
equipados com redes de orifícios grandes. 
Granulação melhora escoamento dos materiais – 
formação de agregados de forma esférica ou regular a 
que se chamam grânulos. 
 
 
 
 
O tipo de tamis ou placa perfurada que se escolhe está 
condicionado ao peso do comprimido que posteriormente 
se pretende obter. 
52 
número de malhas 
por cm2 do tamis 
Diâmetro dos 
punções (mm) 
Peso comprimido (g) 
25 16 0,90-1,0 
36 14-15 0,70-0,90 
42 12-13 0,40-0,70 
64 10-11 0,20-0,40 
81 8-9 0,12-0,20 
100 6-7 0,06-0,12 
225 5 < 0,6 
Granulação a Úmido 
2ª Fase: Granulação da massa úmida 
53 
 3ª Fase: Secagem do granulado obtido 
Interessa para uma perfeita compressão a existência de uma 
quantidade ótima de água – variável para cada comprimido. 
atua como AGENTE DE LIGAÇÃO. 
Granulado muito seco – comprimidos FRIÁVEIS 
Granulado muito úmido – causa de rupturas nos revestimentos 
aplicados posteriormente nos comprimidos. 
 
 
 
 
 
 
Granulação a Úmido 
Umidade intragranular pode dispor-se de várias formas: 
(A) Estado pendular 
(B) Estado funicular 
(C ) Estado capilar 
(D) Estado em gotículas 
Não existe força de atração intergranular. 
Estufas: 4 a 5 horas a 40-50°C 
Secadores de leito fluidizado 
54 
4ª Fase: Calibração dos granulado 
 
 Tamanho da malha depende: 
 equipamento de moagem usado 
 diâmetro e peso do comprimido a ser produzido 
 
Tolera-se de 10-20% das partículas menores que a 
média, podendo executar a calibração quer por 
tamisação ou intermédio de um granulador 
oscilante. 
 
 
 
Granulação a Úmido 
55 
Ansel, 2000. 
Produção de Comprimidos 
Compressão Direta 
56 
57 
58 
Comprimidos Mastigáveis 
 Comprimido formulado para que possa ser mastigado, 
produzindo um sabor residual agradável na cavidade 
oral. 
 
 O fármaco não é dissolvido na boca, o comprimido após 
desintegração é engolido, dissolvendo-se no estômago ou 
intestino. 
 
 Face a dificuldade em deglutir em crianças e idosos é uma 
forma atrativa de administração. 
 
 Comprimidos mastigáveis são similares, na sua composição, 
aos comprimidos convencionais, exceto que normalmente 
não apresentam desintegrantes na formulação. 
 
59 
Comprimidos Bucais e Sublinguais 
 
 São retidos na boca, onde liberam o fármaco para absorção 
direta através da mucosa oral. Alojados entre as bochechas 
e os dentes (bucais), ou embaixo da língua (sublinguais). 
 
 Essa via evita o metabolismo de primeira passagem. 
 
 Indicados para absorção de fármacos que são destruídos 
pelo suco gástrico e/ou são mal absorvidos no TGI. 
 
 Normalmente são pequenos, porosos, na forma lenticular e 
apresentam pequena espessura, a fim de facilitar a rápida 
desintegração e cedência do fármaco. 
 
 
60 
61 
62 
Tipos de corpos e fechamentos de cápsulas rígidas: 
 
 1. Cápsulas normais sem sistema de travamento; 
 2. Cápsulas de corpo reto e sistema de travamento (Snap-fit ®); 
 3. Cápsulas com borda do corpo cônico e sistema de travamento 
(Conisnap- fit®); 
4. Cápsulas com dimensões alteradas (Supro®) 
63 
64 
Controle de Qualidade Cápsulas Moles 
Peso Médio 
 Para determinar o peso médio do conteúdo, cortar as 
cápsulas. Previamente pesadas, lavá-las com éter etílico ou 
outro solvente adequado. Deixar os invólucros expostos ao 
ar, em temperatura ambiente, até completa evaporação do 
solvente. Pesar novamente. 
 
Tempo de desintegração 
Observar as cápsulas após 30 minutos ou conforme 
especificado na monografia do medicamento. Todas as 
cápsulas devem estar completamente desintegradas, ou 
restando, na tela, apenas fragmentos insolúveis de consistência 
mole. 
 
Umidade 
Teor de água residual é de 8-10% 
 
65 
Peso Médio 
Pesar, individualmente, 20 unidades, remover o conteúdo. 
Limpar adequadamente e pesar novamente.Determinar o 
peso do conteúdo de cada cápsula pela diferença de peso 
entre a cápsula cheia e a vazia. 
Pode-se tolerar não mais que duas unidades fora dos 
limites 
Especificados, porém, nenhuma poderá estar acima ou 
abaixo do dobro das porcentagens indicadas. 
Farm. Bras, 5ed. 
Controle de Qualidade Cápsulas Duras 
66 
Teste de Desintegração 
 Omitindo o uso dos discos. 
 Imersão em água a 37°C 
Observar as cápsulas após 45 minutos ou conforme 
especificado na monografia do medicamento. 
Todas as cápsulas devem estar completamente 
desintegradas, ou restando, na tela, apenas fragmentos 
insolúveis de consistência mole. 
 
Controle de Qualidade Cápsulas Duras 
67 
Desintegração para Cápsulas com Revestimento Entérico 
Utilizar HCl 0,1 M mantido a 37 ± 1 ºC por 60 minutos ou o 
tempo especificado na monografia individual. Nenhuma 
unidade pode apresentar qualquer sinal de desintegração, 
rachadura ou amolecimento, que possibilite o 
extravasamento do seu conteúdo. 
 
Utilizar solução tampão fosfato pH 6,8 mantido a 37 ± 1 ºC. 
Decorridos 45 minutos ou o tempo especificado na 
monografia. Todos as cápsulas devem estar completamente 
desintegrados, podendo restar apenas fragmentos de 
revestimento insolúveis. 
Controle de Qualidade Cápsulas Duras 
68 
Uniformidade de Dose 
Farm. Bras, 5ed. 
Analisar, individualmente, 10 unidades conforme indicado na 
monografia individual para o doseamento, a menos que um 
procedimento especial para uniformidade de conteúdo seja 
descrito na monografia. 
Cápsulas duras contendo 25 mg ou mais da substância ativa 
compreendendo 25% ou mais, em peso, da dose unitária ou o 
conteúdo da cápsula, deve ser demonstrada pelo método de 
Uniformidade de Conteúdo. 
Controle de Qualidade Cápsulas Duras 
69 
Dissolução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Umidade 
Teor de água residual é de 14-16% 
Farm. Bras, 5ed. 
O termo Q corresponde à quantidade dissolvida de fármaco, 
especificada na monografia individual, expressa como porcentagem 
da quantidade declarada. 
Controle de Qualidade Cápsulas Duras 
70 
71 
Características dos Invólucros de Gelatina 
 invólucros facilmente digeríveis. 
 que não percam ou absorvam mais de que uma 
quantidade mínima de água. 
 que não deixem atravessar pela umidade e que em 
presença desta não modifiquem, apreciavelmente, as suas 
propriedades mecânicas (elasticidade, dureza...) 
 que não se altere com variações de temperatura de 
armazenagem. 
 
 
 
 
 
Quantidade de água residual dos invólucros de cápsulas duras 
oscila entre 14%-16% sendo desejável que estas não 
absorvam água do meioambiente – AMOLECIMENTO 
(PEGAJOSOS), nem perca sua água residual – PERDA DE 
ELASTICIDADE (QUEBRADIÇAS E COM ALTERAÇÃO 
DE DIMENSÕES). 
72 
Características dos Invólucros de Gelatina 
Os invólucros devem ser manuseados em zonas com 
UR entre 30 e 45% . Temperatura de conservação ótima 
entre 10°C e 25°C Devem ser acondicionadas os 
invólucros em sacos de folhas de alumínio e 
hermeticamente fechadas. 
 Esse nível de umidade deve ser mantido durante a 
armazenagem. 
 Temperaturas de 35-40°C durante algum tempo pode 
provocar aumento da fragilidade das paredes das cápsulas, 
que se tornam quebradiças 
 
73 
Formas Farmacêuticas Líquidas 
74 
75 
76 
 Xaropes 
Características organolépticas 
Límpidos, viscosos e de sabor agradável 
Características físicas (mais importantes!) 
 Viscosidade (190 cPo a 200C) 
 Densidade (1,30 a 1,33 a 15-200C) 
 Propriedades Polarimétricas (+8,260 e +8,500) - 
 açúcar invertido (- 2,260 e – 2,340) 
Características químicas 
Teor de açúcar invertido: método de Fehling 
determina açúcares redutores 
 dissacarídeos: coloração avermelhada 
 monossacarídeos: coloração esvedeada 
Teor de sacarose 
 
77 
78 
Preparações farmacêuticas líquidas, cujo veículo único ou 
principal é o ÁLCOOL ETÍLICO de diversas graduações. 
Obtidos por: 
 dissolução simples ou dissolução extrativa de produtos 
sintéticos ou naturais, podendo a droga estar no estado seco 
(secagem em estufa) ou estado fresco. 
 De acordo com a natureza e propriedades do material 
utilizado na preparação e conforme esta for conduzida 
(dissolução simples ou extrativa) pode-se ter: 
 
Soluções Simples ou Alcoolitos 
Alcoolaturas 
Tinturas 
 
Alcoóleos 
79 
Formas farmacêuticas obtidas por dissolução simples. Em 
alguns casos, pode-se auxiliar a dissolução com 
aquecimento moderado, enquanto em outros casos, 
pode-se recorrer a utilização de adjuvantes. 
 
Exemplos: 
Solução alcoólica de cânfora (soluções de massagem) 
Solução alcoólica de iodo (anti-séptico) 
Elixires 
 
Soluções Simples ou Alcoolitos 
80 
Formas farmacêuticas que resultam da ação dissolvente e 
extrativa do álcool sobre as drogas vegetais FRESCAS. 
 
A extração é feita a frio ou a ebulição, obtendo-se 2 tipos de 
alcoolaturas: 
ORDINÁRIAS: maceradas por 10 dias em álcool 90° (em 
certos casos 80° e 75°). A quantidade relativa entre a droga 
e o álcool é de 1:1 a 1:2. 
 ESTABILIZADAS: droga sob álcool fervente – em 
refluxo – 40 a 60min. 
Exemplos de Alcoolaturas: 
Alcoolatura de casca de limão 
Alcoolatura da castanha da Índia 
 
Alcoolaturas 
81 
Soluções extrativas alcoólicas (graduação entre 30° a 90°) 
obtidas a partir de drogas vegetais, animais e minerais no 
estado SECO. 
 
Se apresentam coradas e são líquidos límpidos. 
 
 Drogas ricas em substâncias hidrosólúveis (alcalóides, 
heterosídeos, taninos, flavonas): álcool de baixa graduação 
 Drogas menos hidrossolúveis (essências, resinas, bálsamos): 
álcool mais concentrado 
Vantagem: riqueza em ativos e excelente conservação face às 
invasões microbianas. 
Tinturas 
82 
 Habitualmente drogas vegetais 
 Heróicas (grande atividade) e não-heróicas (pouco ativas) 
 Usam-se geralmente drogas divididas – pó 
 Relação entre a quantidade de droga:álcool 
 10:100 – drogas vegetais heróicas Ex: beladona, coca, ópio 
 20:100 – drogas vegetais não-heróicas Ex: jaborandi, bálsamo 
de tolú, arnica, açafrão 
 
Processo Geral de Obtenção de Tinturas 
 Maceração - Preparar tinturas de drogas não-heróicas 
(tempo:10 dias). 
Percolação ou Lixiviação - Para obter tinturas de drogas 
heróicas. Conduz até o esgotamento total da droga 
 
Tinturas 
83 
Preparações farmacêuticas obtidas pela concentração até 
determinado grau das soluções resultantes do esgotamento 
das substâncias medicamentosas por um dissolvente. 
 Droga a esgotar pode ser de origem vegetal e animal (seca 
e dividida). 
 Classificam-se em relação ao líquido extrator e consistência: 
 
Natureza do Solvente Quanto a Concentração 
Extratos Alcoólicos Extratos Fluidos 
Extratos Aquosos Extratos Moles 
Extratos Etéreos Extratos Firmes ou Pilulares 
Outros: glicerinados, glicólicos Extratos Secos 
Extratos 
84 
 Mais conhecido de todos. 
 São preparações líquidas, extrativas e concentradas, que 
equivalem no seu conteúdo em princípios ativos às drogas 
vegetais de onde foram obtidas. 
1g ou 1mL de extrato = aos PA contidos em 1g da droga seca 
 Mais concentrados que as tinturas (5 a 10 vezes). 
 Se necessário podem ser adicionados conservantes 
inibidores do crescimento microbiano. 
Extrato Fluido 
 Preparados por PERCOLAÇÃO sendo o álcool o 
veículo mais empregado na extração (30°, 45°, 60°, 70° e 
80°). 
85 
Xaropes-Soluções orais que contêm sacarose ou outros 
açúcares na sua composição, caracterizada pela alta 
viscosidade. 
Elixir-Preparação farmacêutica líquida, límpida, 
hidroalcoólicas (15° a 50°) de sabor adocicado 
(edulcoradas). Preparados por dissolução simples. 
Espíritos-Forma farmacêutica líquida alcoólica ou 
hidroalcoólica, contendo princípios aromáticos (substâncias 
voláteis). Em geral, são obtidos pela dissolução de 
substâncias aromáticas em etanol, geralmente na proporção 
de 5% (p/v) 
Águas Aromáticas-Soluções saturadas de óleos essenciais 
ou outras substâncias aromáticas em água. Possuem odor 
característico das drogas com as quais são preparadas. 
 
Tipos de Preparações Líquidas 
86 
87 
Filtros Multimeios 
Remoção mecânica das partículas de até 15µm e sem poder de 
remoção bacteriana 
Métodos para remoção de ferro 
 Troca Iônica / Arejamento seguido de filtração / Oxidação 
química seguida de filtração / Oxidação catalítica 
Métodos para remoção de cloro 
 Filtro de carvão ativado - Remover matéria orgânica em seus 
sítios, através da adsorção (potencialidade para aparecimento 
de contaminação microbiológica). 
 Dosagem de metabissulfito - reação rápida de redução do 
cloro presente em solução. Bomba de dosagem: bissulfito e 
sulfito de sódio 
Métodos para remoção de Cálcio e Magnésio 
 Abrandamento 
Técnicas de Pré-Tratamento 
88 
Abrandamento 
89 
 Processo parcial de troca iônica. 
 
 Água potável passa em um leito de resina catiônica forte 
(no ciclo sódio). Os íons cálcio e magnésio, solúveis na 
água, são retidos no grupamento do ácido sulfônico e os 
íons sódio da resina liberados para a água. Quando todos 
os íons presos ao grupamento do ácido sulfônico foram 
trocados por cálcio e magnésio, a resina se encontra no 
estado saturado e deve ser regenerada. 
 
 Esse processo retira apenas os sais formadores de 
dureza da água bruta (potável). 
 
 Largo emprego industrial (utilizado na proteção de 
tecnologias sensíveis a incrustações - osmose reversa) 
 
 
 
 
Tecnologias de Purificação 
 Destilação 
 Troca Iônica, Desmineralização ou Deionização 
 Osmose Reversa 
 Eletrodeionização 
 Ozonização 
 
90 
 
 
 
 
 Consiste no aquecimento, evaporação, condensação e 
resfriamento da água em um dispositivo adequado. Existem 
casos de tratamento de água em que a separação da água 
dos contaminantes solúveis geralmente ocorre com ponto 
de ebulição muitas vezes superior ao da água. 
 Técnica Robusta – mudança de fase e temperaturas 
elevada. 
Desvantagens: alto consumo de energia e não é suficiente 
para remover compostos orgânicos, devendo-se agregar um 
filtro de carvão ativado. 
 
Destilação 
91 
 
 
 
 
 Consiste na remoção de cátions e ânions dissolvidos na 
água. Uma resina catiônica forte (no ciclo hidrogênio) é 
utilizada para remover os cátions da água (ex: cálcio, 
magnésio e sódio) liberando hidrogênio ácido, Em seguida a 
água é passada em resina âniônica, fracamente ou fortemente 
básica. 
Troca Iônica, Desmineralização ou Deionização 
92 
Instalação simples, resinasregeneráveis (HCl 1M– catiônica e 
NaOH 1M - aniônicas), baixo investimento e consumo de 
energia elétrica. 
 Desvantagens: resinas só removem compostos iônicos, pode 
ocorrer facilidade de proliferação de microorganismos. 
 
 
 
 
 
 
 
 Osmose Reversa 
(a) Fluxo Osmótico (b) Equilíbrio Osmótico (c) Osmose Reversa 
93 
Consiste na aplicação mecânica de uma pressão superior à 
pressão osmótica do lado da solução mais concentrada. 
Assim, a água pura pode ser retirada de uma solução salina 
por meio de uma membrana semipermeável. 
 
94 
 
 
 
 
Utilizada em sistemas de purificação de água. 
185nm + 254nm – oxidação dos compostos 
orgânicos e consequente redução de sua concentração 
(redução de TOC). Água deve estar no estágio final de 
purificação 
254nm – ação germicida nos diversos pontos da 
sequência de purificação, onde é necessário reduzir a 
contagem microbiana. 
Radiação UV 
95 
96 
 Conservantes 
Características de um Conservante Ideal: 
 
 Eficaz contra espectro grande de microorganismos. 
 Estável física, química e microbiologicamente. 
 Não pode ser tóxico, irritante, deve ser solúvel no meio a 
conservar, compatível com outros componentes da 
formulação. 
 Sua eficiência não seja prejudicada pelo pH da solução ou 
por interação com outros componentes da formulação. 
 
Exemplo: ésteres do ácido p-hidroxibenzóico tem tendência à 
partição, migrando em parte para alguns óleos aromatizados. 
 
 97 
Conservantes 
Classe de 
Conservante 
Conservantes Concentração 
(%) 
 
 
 
 
 
Acídicos 
Fenol 
Odor característico e instabilidade na 
presença do oxigênio 
0,2-0,5 
Clorocresol 0,05-0,1 
Ésteres alquílicos de ácido p-
hidroxibenzóicos 
Muito solúveis em água. 
Metil: Propil (10:1) 
0,001-0,2 
Ácido Benzóico e seus sais 0,1-0,3 
Ácido Bórico e seus sais 0,5-1,0 
Ácido sórbico e seus sais 0,05-0,2 
98 
Conservantes 
Classe de 
Conservante 
Conservantes Concentração 
(%) 
 
 
Neutros 
Volatilidade apresenta 
problemas de cheiro 
bem como problemas 
na capacidade 
conservante com o 
envelhecimento 
Clorobutanol 0,5 
Álcool Benzílico 1,0 
 
Álcool beta-fenietílico 
 
0,2-1,0 
 
 
Mercúricos 
Reduzidos rapidamente a 
mercúrio livre 
Tiomersal 0,001-0,1 
Acetato e nitrato de fenilmercúrico 0,002-0,005 
Nitromersol 0,001-0,1 
99 
Conservantes 
Classe de 
Conservante 
Conservantes Concentração 
(%) 
Compostos de 
Amônio 
Quaternário 
Inativados por 
substâncias 
aniônicas 
Cloreto de Benzalcônio 
 
0,004-0,02 
 
Cloreto de cetilpiridínio 
 
0,01-0,02 
Microorganismos indesejáveis em sistemas orais: 
Salmonella, E. coli, Enterobacter, espécies de Pseudomonas 
(P. aeruginosa), C. albicans e espécies proteolíticas de 
Clostridium. 
100 
101 
102 
Formas Farmacêuticas 
Suspensões, Emulsões 
& Semi-sólidos 
103 
104 
Emulsionante 
 Compatibilidade com diversos componentes. 
 Estável. 
 Não deve ser tóxico, ausência de cor, odor e sabor. 
 Facilitar a emulsificação durante o processo de produção. 
 Garantir estabilidade durante prazo de validade. 
 Formar filme, adsorvido ao redor das gotículas dispersas, 
entre as duas fases. 
105 
Formação de uma emulsão por três mecanismos: 
 Redução da Tensão Interfacial (estabilização termodinâmica). 
 Formação de filme interfacial rígido (barreira mecânica contra a 
coalescência). 
 Formação de dupla camada elétrica (potencial elétrico produzido 
pela dupla camada cria efeito repulsivo entre as partículas evitando a 
sua coalescência). 
106 
Sistema HLB ou EHL 
 Para cada tensoativo é designado um valor de EHL o qual 
representa as proporções relativas das partes hidrofílicas e 
lipofílicas das moléculas. 
Valores de 1 a 20: 
 valores elevados (EHL 8-16): propriedades hidrofílicas 
 valores baixos (EHL 3-8): propriedades lipofílicas 
107 
Aulton, 2005 
108 
109 
110 
111 
112 
 Tensoativos Sintéticos e Semi-sintéticos 
 Tensoativos Aniônicos 
 Tensoativos Catiônicos 
 Tensoativos Não-iônicos 
 Tensoativos Anfóteros 
 
Corpo 
lipofílico 
Cabeça 
hidrofílica 
+ 
_ 
 + - 
Catiônico 
Aniônico 
Não iônico 
Anfôtero 
113 
Tensoativos Aniônicos 
 sabões de metais alcalinos e de amônio (Sais de sódio, 
potássio ou amônia de ácidos graxos de cadeia Ex: 
estearato de sódio) 
 sabões de metais divalentes e trivalentes (Sais de cálcio 
Ex: oleato de cálcio) 
 sabões aminados (Ex: estearato de trietanolamina) 
 compostos sulfatados e sulfonados (Ex: laurilsulfato de 
sódio ) 
Tensoativos Catiônicos 
 compostos de amônio quaternário (Cloreto de benzalcônio) 
Tensoativos Anfóteros 
 lecitina (estabilizar emulsões lipídicas - uso IV) 
114 
Tensoativos Não-iônicos 
 
 Ésteres da glicerina e glicólicos (Ex: monoestearato de 
glicerila) 
 Ésteres de Sorbitano (Ex: Spans 20, 60 e 80) 
 Polissorbatos (Ex: Polissorbato 20, 60, 80 - Tween®) 
 Éteres Poliglicólicos de álcoois graxos (Ex: éter 
cetoestearílico de macrogol (22) 
 Ésteres Poliglicólicos de álcoois graxos (Ex: estearato de 
polioxietileno 40) 
 Álcoois Polioxílicos (Ex: copolímeros de polioxietileno e 
polioxipropileno) 
 Ácidos graxos de cadeia longa (Ex: membros 
hexadecílicos (cetílicos) e octadecílicos (estearílicos) 
 
 
 
 
 
115 
116 
Estabilidade Física das Emulsões 
Creaming 
 Agregação dos flóculos previamente originados, 
os quais passam a constituir uma camada 
disposta à superfície ou no fundo da emulsão. 
 Separação da emulsão em duas fases (uma mais 
rica em fase dispersa que a outra). 
 Não constitui problema sério (Agitação) 
 Perde aspecto homogêneo. 
 Dose incorreta (se não for agitado 
corretamente) 
 Indesejável: Aumenta probabilidade de ocorrer 
coalescência (gotículas mais próximas) 
 
 117 
Estabilidade Física das Emulsões 
Creaming 
Lei de Stokes 
 
 Onde: 
Vg = Velocidade de sedimentação 
d2 = diâmetro das partículas 
Pp = densidade da partícula 
Pe = densidade do meio 
G = cte gravitacional 
Ŋ = viscosidade do meio 
 
Pp < pe – Vg negativo 
formação de creme na superfície 
 
Pp > pe – Vg positivo 
formação de creme na parte 
inferior da emulsão 
118 
119 
120 
Velocidade de Sedimentação 
Equação de Stokes 
 
Onde: 
Vg = Velocidade de sedimentação 
d2 = diâmetro das partículas 
Pp = densidade da partícula 
Pe = densidade do meio 
G = cte gravitacional 
Ŋ = viscosidade do meio 
 
121 
122 
Floculação x Defloculação 
Sedimentos mais frouxos e 
fáceis de redispersar. 
Vg é rápida (sobrenadante 
límpido). 
Vg é lento (sobrenadante 
permanece mais tempo 
turvo). Se ocorrer 
sedimentação, o sedimento é 
compacto, difícil redispersão 
Aulton, 2005. 
123 
Agentes Floculantes 
Próximo estágio na formulação de suspensões é garantir que 
o produto tenha um grau de floculação adequado. 
Argilas (magma diluído de bentonita) - Facilita a suspensão 
por dar sustentação ao floco formado. 
Amido, alginatos, derivados da celulose, goma adraganta, 
carbômeros e silicatos - Permitem a ocorrência de 
ligações cruzadas entre as partículas, formando um 
retículo semelhante a um gel. 
Eletrólitos - Reduzem a barreira elétrica entre as partículas 
do suspensóide e formam uma ponte entre elas. 
 carga positiva - sais de Alumínio 
 carga negativa - sais de Fosfato 
124 
125 
126 
CERATOS: 
Preparações com elevada quantidade de cera (20% ou mais). 
Ex: pomada de cânfora (10% cera branca + 10% espermacete) 
 
 UNGUENTOS: 
Contém grande quantidade de resinas. Preparações de 
resistência firme, mais espessa que os ceratos. 
 
PASTAS 
Pomada contendo grande quantidade de sólidos em dispersão 
(20 a 50%)*. São mais firmes e espessas. Utilizadas para ação 
epidérmicas. 
Ex: Pasta de Óxido de Zinco (Pasta de Lassar) - Mistura de 25% 
de óxido de zinco e de amido com vaselina branca e mole* Farm Bras, 5ª ed preconiza pelo menos 25% 
 
 
127 
CREMES 
São definidos como “emulsões líquidas viscosas ou semi-
sólidas do tipo O/A ou A/O”, ou seja, formados por uma 
fase hidrofílica e outra lipofílica. Contém um ou mais PA 
dissolvidos ou dispersos em uma base apropriada. 
 Apresentam aparência opaca, em contraste com as pomadas 
que são translúcidas. 
GÉIS 
Sistemas semi-sólidos de um ou mais ativos que contém um 
agente gelificante para fornecer firmeza a uma 
solução ou dispersão coloidal (partículas de dimensões 
de 1nm e 1µm distribuídas em um líquido). 
São transparentes constituídos de dispersões de pequenas 
partículas inorgânicas ou moléculas orgânicas encerradas 
e interpenetradas por um líquido. 
Transparentes e brilhantes 
 
128 
129 
CLASSIFICAÇÃO DAS POMADAS 
 
 Três tipos de pomadas de acordo com o local de 
atuação e ação terapêutica (Prista et al): 
 
 EPIDÉRMICAS (ação superficial) 
 ENDODÉRMICAS (penetrantes - ação na derme) 
 DIADÉRMICAS ( absorvíveis) 
 
130 
131 
132 
133 
 Viscosidade é a expressão da resistência de líquidos ao 
escoamento, ou seja, ao deslocamento de parte de suas 
moléculas sobre moléculas vizinhas. 
 
 A viscosidade dos líquidos vem do atrito interno, isto é, 
das forças de coesão entre moléculas relativamente juntas. 
Com o aumento da temperatura, aumenta a energia cinética 
média das moléculas, diminui (em média) o intervalo de 
tempo que as moléculas passam umas junto das outras, 
menos efetivas se tornam as forças intermoleculares e 
menor a viscosidade. 
 
 A determinação da viscosidade – ensaio para o qual a 
especificação da temperatura é imprescindível devido à sua 
influência decisiva sobre o resultado (em geral, a viscosidade 
é inversamente proporcional à temperatura) 
 
134 
VISCOSÍMETRO DE STOKES 
 
O princípio operacional do viscosímetro de Stokes baseia-se 
na determinação da velocidade de queda livre de uma esfera 
através do fluido do qual se deseja obter a viscosidade. 
 Viscosímetro de Stokes 
http://www.conjuntos-de-fisica.com.br/wp-content/uploads/2013/01/viscosimetro-stokes-multicronometro-rolagem-sensores-EQ124N.jpg
135 
VISCOSÍMETRO DE OSTWALD 
 Consta de tubo dobrado em U. 
 Para a determinação propriamente dita, transferir para o 
viscosímetro quantidade suficiente de líquido para atingir 
nível da ordem de 5 mm abaixo do traço de referência 
inferior. 
 Viscosímetro de 
Ostwald 
Para efetuar a medida, parte do fluido 
residente no bojo inferior deve ser 
conduzido para os dois bojos menores 
superiores; isto é feito através de 
aspiração Durante as medidas, quando 
nível do fluido passa pelo anel superior, 
indicado pela letra “A” o cronômetro é 
acionado, e é travado quando o nível do 
líquido passar pelo anel “B” . Um 
termômetro deve subsidiar o controle 
da temperatura do banho 
136 
VISCOSÍMETRO DE HÖPPLER 
 
O sistema de medida Höppler, mede o tempo 
que uma esfera sólida precisa para percorrer 
uma distância entre dois pontos de referência 
dentro de um tubo inclinado com 
amostra.Determina a viscosidade de líquidos 
newtonianos e gases (com uma bola especial 
para gases), com precisão. 
Entre suas aplicações figuram a investigação, o controle de 
processos e o controle de qualidade, utilizado 
principalmente para substâncias de baixa viscosidade, 
entre 0,6 e 100 000 mPa.s. 
 Viscosímetro 
de Hoppler 
 
137 
 VISCOSÍMETRO BROOKFIELD 
 
 A viscosidade de uma forma farmacêutica pode ser 
 determinada por um viscosímetro de Brookfield, que 
 mede a viscosidade pela força necessária para girar 
 o spindle no líquido que está sendo testado. 
 
Para utilizar esse aparelho, deve-se proceder da seguinte 
forma: 
• adicionar a amostra a ser analisada no recipiente coletor do 
aparelho, até a marca desejada; 
• programar o aparelho, escolhendo um número de spindle e uma 
rotação a serem testados, de acordo com metodologia específica 
e imergir o spindle na amostra a ser analisada; 
• acionar o aparelho e, após estabilização do valor, que aparecerá 
no display do aparelho, anotar esse valor que será expresso em 
centipoise (cP); caso não haja estabilização do valor, teste 
novamente, utilizando outro número de spindle ou outra rotação. 
138 
Vaselina 
 Mistura semi-sólida de hidrocarbonetos derivados do 
petróleo. 
 Vaselina Filante / Vaselina Puríssima / Vaselina Amarela 
 Destituídas de cheiro e sabor. 
 Funde entre 380 e 600C - Viscosidade e PF: depende dos 
ttos próprios a que for submetida (grau de refinação) 
 incorporar antioxidante (caráter oleofínico) 
 Consistência das pomadas com elas obtidas pode 
ajustar-se adequadamente, recorrendo a misturas com 
parafina sólida ou líquida (2 a 5%) 
 ACANTOSE- Quando se administra por muito tempo 
pomada contendo excipiente principal a vaselina pode 
levar o desenvolvimento anormal do corpo de Malpichi 
designado por acantose - obstrução de poros, 
favorecendo a proteólise anaeróbica. 
 
139 
140 
PREPARAÇÃO DAS POMADAS 
INCORPORAÇÃO 
Componentes são misturados por vários meios até que 
uma preparação uniforme seja obtida. 
 Incorporação de sólidos 
 Base da pomada, Componentes em pó (finos e misturados) 
 Redução do tamanho das partículas (produto não seja áspero) 
Pulveriza-se pó com AGENTE PULVERIZADOR ou AGENTE DE 
LEVIGAÇÃO Ex: óleo mineral ou glicerina 
Mistura parte do pó + parte da base = mistura uniforme 
 Incorporação de líquidos 
 Substâncias líquidas ou soluções de fármacos são 
acrescentadas a pomada após a devida consideração da 
natureza da base. Produção em grande escala: 
laminadores mecânicos 
FUSÃO 
 
141 
142 
143 
Formas Farmacêuticas Estéreis 
144 
145 
Um equivalente em cloreto de sódio é definido como a 
quantidade de cloreto de sódio que é osmoticamente 
equivalente (produzirá a mesma pressão osmótica) a 1g 
do medicamento. 
Ex: O equivalente em cloreto de sódio do sulfato de efedrina é 
0,28 (ou seja 1 g de sulfato de efedrina seria equivalente a 
0,28g de cloreto de sódio) 
Isotonizantes 
Os fluidos corporais (sangue e líquido lacrimal) tem pressão 
osmótica correspondente a uma solução de cloreto de sódio a 
0,9%. Assim, diz-se que a solução de cloreto de sódio com essa 
concentração é isosmótica, ou seja, tem pressão osmótica igual 
a dos fluidos fisiológicos. 
O termo isotônico que significa mesmo tônus, comumente é 
usado da mesma maneira que isosmótico. 
146 
Quantidade de cloreto de sódio se apenas cloreto de sódio 
estivesse presente na solução 
(0,9/100) x 100mL = 0,9g 
 
Quantidade de cloreto de sódio “representada” pelo sulfato de efedrina 
1g sulfato efedrina----- 0,28 NaCl 
 
Quantidade de cloreto de sódio “representada” pelo clorobutanol 
1g clorobutanol ----- 0,18 NaCl x = 0,09g NaCl 
0,5g clorobutanol ----- x 
 
Quantidade de cloreto de sódio “representada” pelo fosfato 
monossódico 
1g fosfato -------- 0,37g NaCl x = 0,1776g NaCl 
0,48g fosfato ----- x 
 
Quantidade de cloreto de sódio “representada” pelo fosfato dissódico 
1g fosfato ---------0,53g NaCl x = 0,2512g NaCl 
0,474g fosfato ------ x 
 
 
147 
Total de Cloreto de sódio representada por cada constituinte da 
formulação 
0,28g + 0,09g + 0,1776g + 0,2512g = 0,7988g 
 
Quantidade de cloreto de sódio para tornar a solução isotônica: 
0,9g – 0,7988g = 0,1012g 
 
148 
149 
Indicadores Biológicos 
150 
151 
Preparações Oftálmicas 
Características: 
 Esterilidade 
 Precisão de Composição 
 Limpidez (exceção suspensões – uso de pós finos) 
 Preservação 
 Isotonicidade 
 Tamponamento 
 Viscosidade (pomadas oftálmicas e suspensões) 
 Acondicionamento Adequado 
152 
Preparações Oftálmicas 
Viscosidade 
Geralmente: 
 diminui viscosidade com aumento da temperatura 
 Serve para auxiliar retenção do fármaco em contato 
com os tecidosViscosidade ideal = 15 a 25cps 
Ex: metilcelulose 4000cps (0,25%) 
 metilcelulose 25cps (1%) 
 hidroxipropilmetilcelulose 
 álcool polivinílico 
 
153 
154 
Preparações Oftálmicas 
Tamponamento 
 A introdução de uma solução farmacêutica nos olhos 
estimula o fluxo de lágrimas, na tentativa de neutralizar os 
excessos de íons hidrogênio ou de íons hidroxila introduzidos 
com a solução. 
 
 
 
 
 
Nem sempre é possível um vez que em pH 7,4 muitos 
fármacos são insolúveis em água. O sistema de tamponamento 
de uma solução oftálmica contribui para a estabilidade, 
evitando alteração de pH da solução. 
As lágrimas com pH 7,4 têm capacidade de tamponamento 
– neutraliza a solução oftálmica e evita desconforto. Líquido 
lacrimal corrige os que não possuem sistema tampão. 
155 
156 
Preparação Asséptica – Teste Media Fill 
Deve simular práticas de produção em tempos prolongados 
– substituir produto por meio de cultura estéril. 
 Pode ser realizado no final do turno da produção. 
Meios usados: caldo caseína/soja incubados a 22,5ºC ± 
2,5ºC ou 32,5ºC ± 2,5ºC por no mínimo 14 dias. 
 Se as duas temperaturas forem usadas: incubados, no 
mínimo, 7 dias em cada uma delas. Isolados devem ser 
identificados para gêneros e, quando possível, para espécies 
a fim de propiciar a investigação de fontes de contaminação. 
 
Resultados satisfatórios de media fill demonstram 
adequação da linha para fabricação do produto. 
 
 
157 
158 
Teste de Esterilidade 
Inativantes de Agentes Antimicrobianos para 
produtos farmacêuticos e cosméticos 
PINTO, 2010. 
159 
160 
161 
Métodos de Esterilização 
Cinco métodos: 
Métodos Físicos: 
 Esterilização por vapor (calor úmido) 
 Esterilização por calor seco 
 Esterilização por filtração 
 Esterilização por radiação ionizante 
Método Químico: 
 Esterilização por gás 
 
 
 
 
 
162 
Esterilização por Vapor 
 Autoclaves 
 Emprego de vapor saturado sob pressão 
 Princípio de operação: substituição do ar da câmara por 
vapor saturado (teste de Browie-Dick) 
 Mecanismo de ação: desnaturação e coagulação de enzimas e 
proteínas essenciais bacteriana. 
 Processo mais eficiente de esterilização. 
 
 Condições: 
10 libras pressão (0,5atm) 115,5°C durante 30 minutos 
15 libras pressão (1atm) 121,5°C durante 20 minutos 
20 libras pressão (1,5atm) 126,5°C durante 15 minutos 
163 
Esterilização por Calor Seco 
 Estufas de convecção / Esterilizadores túnel- elétrico ou 
infravermelho / Túnel com convecção forçada / Chama 
contínua (Flambagem) 
 Usado em materiais sensíveis a esterilização por calor 
úmido. 
 Mecanismo de desidratação da célula microbiana, seguida 
por lento processo oxidativo da membrana bacteriana. 
 Menos eficaz que o calor úmido 
 Necessário temperaturas mais altas e períodos mais longos 
de exposição. 
 Ciclos ocorrem 160°C a 300°C 
 Temperaturas mais usadas entre 160°C e 170°C por pelo 
menos 2 horas 
 
 
164 
Esterilização por Filtração 
 Método de esterilização alternativo. 
 Esterilização de soluções termossensíveis e pequenos 
volumes de líquidos. 
 Remoção física dos microorganismos e material 
particulado por adsorção no meio filtrante - remoção 
física dos microorganismos ao invés de inativá-los. 
  Membranas filtrantes disponíveis: 
 Acetato/Nitrato de Celulose – Fluorcarbonato - Polímeros 
Acrílicos – Policarbonato - Polietersulfona (PES) - Fluoreto 
de polivinilideno (PVDF) 
 Definir tamanho do poro - efeito esterilizante: 0,22µm. 
 Desvantagem: fragilidade da membrana – garantir ausência 
de ruptura. 
 
 
165 
Esterilização por Radiação Ionizante 
 Mecanismo de ação: Quando essas radiações atravessam 
as células criam hidrogênio livre, radicais hidroxilas e 
peróxidos que causam danos ao DNA celular. 
 
 
 
 Esterilização de produtos termossensíveis (baixas 
temperaturas). 
 Aplicação limitada: 
 equipamento especializado 
 efeito da radiação sobre os produtos e sua 
embalagem (mudanças na resistência a tensão, cor, odor e 
formação de gás) 
 
 
 
 166 
Esterilização por Gás 
 Equipamentos semelhantes a autoclave. 
 Exposição ao gás de óxido de propileno, óxido de etileno, 
formaldeído, brometo de metila. 
 Altamente penetrante e potencialmente microbicida. 
 Desvantagens: 
 Propriedades mutagênicas 
 Possibilidade de resíduos tóxicos nos materiais tratados 
 Natureza altamente inflamável 
 Funcionam como agentes alquilantes, com efeito letal nos 
microorganismos por alquilação de proteínas, DNA e RNA. 
 Uso: materiais sensíveis ao calor e à umidade, materiais 
médicos e cirúrgicos, preparações enzimáticas termolábeis, 
dispositivos constituídos de plástico. 
 Condições: 
gás óxido de etileno – 4 a 16 horas de exposição 
 
 
 
167 
168 
Pirogênios 
Qualquer substância capaz de induzir elevações térmicas, em 
resposta a injeção ou infecção, em animais e humanos. 
Pirogênios Endógenos (PE): É produzido internamente 
pelo hospedeiro em resposta ao estímulo de pirogênios 
exógenos. 
Pirogênios Exógenos: Se originam fora do corpo e 
induzem elevações térmicas quando injetados. 
 
 
 
 Endotoxinas (LPS) 
 Bactérias Gram positivas 
 Alguns fármacos, esteróides, fração de plasma 
 Cepas de estreptococos grupo A produz toxinas eritrogênicas 
que causam avermelhamento da pele. 
 Mycobacterium tuberculosis é também produtora de duas 
substâncias pirogênicas e pode produzir febre pela interação 
com fagócitos, granulomas reativos ou via reação sistêmica. 
 Vírus e fungos 
 
169 
Endotoxinas 
 complexos de alto peso molecular associada à membrana 
externa de bactérias gram negativas 
 Hidrossolúveis 
 Podem provir: matéria-prima, veículo, material usado na 
preparação ou embalagem. 
 Embora termostáveis, são inativadas por ciclos extensos de 
calor seco, condições alcalinas ou ácidas e polimixina B sob 
certas condições. 
  Ação biológica está associada à 
porção lipídica da molécula, porém 
porção distinta da endotoxina é 
responsável em grande parte pela 
antigenicidade específica das bactérias 
Gram negativas, respondendo por 
milhares de sorotipos. 
170 
171 
Ensaio de Pirogênio - Método In Vivo 
 1942 – USP XII 
 Método Oficial 
 Objetivo: avaliar, dentro dos limites 
aceitáveis, o risco de reações febris 
no homem após administração por 
via i.v. 
 Atividade pirogênica: capacidade de 
elevar a temperatura. 
 Ensaio Limite 
 
 
Sistema termorregulador apresenta as mesmas 
características e magnitude da resposta frente ao material 
pirogênico dos humanos. 
172 
 Imobilizar em gaiolas individuais 3 coelhos. 
 Determinar a temperatura inicial dos coelhos (40 a 90min 
antes da injeção – introdução do termômetro no reto na 
profundidade de 6 a 7,5cm) – TC = (TC1+TC2)/2 
 Injetar (10mL/Kg do peso corporal) na veia marginal da 
orelha de cada animal injetada e registrar a temperatura a 
cada 30 min entre 1 e 3 horas após a injeção - Calcular 
variação de temperatura corpórea de cada animal. 
 
Ensaio de Pirogênio - Método In Vivo 
1) Satisfatório ∆T ≤ 0,5oC;  ∆T (3) 
2) Reteste + 5 coelhos  total 08 coelhos. 
No máx 03 dos 08 animais ∆T ≥ 0,5oC e  ∆T (8) ≤ 3,3oC. 
Resultado: Produtos Imunoterápicos 
Elevação térmica crítica passa a ser 1,1°C, permitida para apenas 1 dos 3 
animais, e, quando ser refere à somatória 
dos 8 coelhos, o valor limite é de 5,5°C, ao invés de 3,3°C. 173 
Utiliza-se extrato aquoso dos amebócitos circulantes do 
Limulus polyphemus ou do Tachypleus tridentatus 
preparado e caracterizado como reagente LAL. 
 
Coagulação em Gel - Método In Vitro 
Endotoxina da GNB catalisa a ativação da pró-enzima no lisado 
(LAL). A coagulase ativada hidrolisa ligações especificas em uma 
proteína coagulante (coagulogênio) também presente no LAL. 
 Essa ativação da enzima depende de íons cálcioGelificação - necessário 4 substâncias 
das quais 3 estão presentes no lisado 
amebiano: enzima coagulável, proteínas 
coaguláveis e íons cálcio. Ao adicionar 
uma endotoxina inicia-se a reação de 
gelificação, favorável no pH 6,5 - 8 e 
temperatura ótima de 37-39°C. 
Reagente pirogente: lisado 
contendo amebócitos 
circulantes do L. polyphemus 
174 
Adicionadas em tubos de ensaio despirogenizados, em duplicatas. 
Incubar os tubos em banho de água a 37°C ± 1°C por uma 
hora. O ponto final da reação é facilmente constatado pela 
inversão dos tubos a 180° e verificando a integridade do gel. 
 
 
 
 
 
 Se houver presença de gel que se mantém firme durante 
inversão a amostra é POSITIVA para endotoxinas. 
 
Coagulação em Gel - Método In Vitro 
175 
176 
Método de esterilização – utiliza vapor de água - 100°C, 
durante 30 a 60 minutos, por repetidas vezes resfriando-se 
entre cada aquecimento. Geralmente é aquecido de 3 a 12 
vezes. 
Permite que as células bacterianas que se encontram na 
forma vegetativa sejam destruídas, porém os esporos 
sobrevivem. Depois do resfriamento, os esporos entram em 
processo de germinação e depois de 24 horas a operação é 
repetida. O número de operações pode variar até a 
obtenção da esterilização completa. 
 
 A vantagem desse processo é que podem ser mantidos 
praticamente todos os nutrientes e as qualidades 
organolépticas do produto, em proporções maiores do que 
quando se utilizam outros tratamentos térmicos - Tipo de 
tratamento térmico usado em alimentos 
Tindalização 
177 
178 
Conservante Limites 
Máximos 
indicados 
Substâncias que contêm mercúrio e 
compostos tensoativos catiônicos 
0,01% 
Substâncias como clorobutanol, cresol e fenol 0,5% 
Dióxido de enxofre como antioxidante ou 
para uma quantidade equivalente de sulfito, 
bissulfito ou metabissulfito de potássio ou 
sódio 
0,2% 
Ansel, 2013, pág. 448. 
Limites Máximos indicados para 
Conservantes nos Produtos Parenterais 
179 
180 
Outras Formas Farmacêuticas 
181 
182 
Cálculo da Quantidade de Excipientes 
Onde: 
p = peso dos fármacos a incluir por supositório 
d = respectivas densidades em relação ao excipiente 
Peso do excipiente = Peso supositórios – (p/d + p`/d`+ pn/dn) 
Fator de Densidade 
 A densidade dos fármacos e da base não são sempre os 
mesmos, portanto, não ocupam o mesmo volume. 
 Para calcular a qte de base necessária – é preciso saber 
qual o volume de base a que corresponde o volume de 
fármaco utilizar - Conhecer FATORES DE DENSIDADE 
183 
Cálculo da Quantidade de Excipientes 
Peso da manteiga de cacau para preparar 1000 supositórios 
de 3g contendo cada um 1,6 de ácido tânico e 0,1g de 
salol. 
 
Peso excipiente = 3g – (1,6/1,6 + 0,1/1) = 1,9g 
 
1,9g = 1 supositório 
Para 1000 supositórios = 1900g de manteiga de cacau. 
184 
185 
Aerossol 
“Formas farmacêuticas pressurizadas, contendo uma ou 
mais substâncias ativas, aspergidas de seu recipiente 
como uma névoa, constituída por líquidos ou sólidos”. 
“Mecanismo com válvula em seu recipiente e de gás 
propulsor para a aspersão do medicamento. A pressão 
é formada no sistema aerossol pelo emprego de um ou 
mais gases liquefeitos. Com a ativação da válvula no 
recipiente, o gás sob pressão possibilita a aspersão do 
conteúdo”. 
 
 São constituídos por partículas sólidas ou líquidas 
dispersas em um gás. 
 Recipiente: Válvula + Gás Propulsor para aspersão do 
medicamento (acondicionamento pressurizado) 
 
 
186 
Princípio do Aerossol 
 Inclui 2 componentes: 
Concentrado do produto 
 É a substância ativa do aerossol combinada com os 
adjuvantes necessários (antioxidantes, tensoativos e 
solventes) para uma forma estável e eficiente. 
 Solubilidade do fármaco no propelente constitui uma das 
principais características do aerossol formado. 
Propelente 
 Quando é um gás liquefeito ou uma mistura de gases 
liquefeitos frequentemente desempenha duplo papel de 
propelente e solvente ou veículo para o concentrado. 
 Em alguns sistemas são usados gases comprimidos não 
liquefeitos como dióxido de carbono, nitrogênio e óxido 
nitroso. 
 187 
Gases Propelentes Liquefeitos 
Clorofluorcarbonos (CFCs) - Abandonados e proibidos por 
diminuição da camada de ozônio na estratosfera e aumento 
da radiação UV que atinge a Terra (incidência de câncer de 
pele) 
Hidrocarbonetos fluorados ou hidrofluoroalcanos 
Difluoretano 
Diclorodifluorometano (Freon 12) 
Diclorotetrafluoroetano 
Tricloromonofluorometano 
Alguns propelentes NÃO são utilizados em certos produtos 
devido a reação entre elementos da fórmula ou embalagens 
Ex: Tricloromonofluorometano - Forma ácido clorídrico livre 
quando formulado com sistemas que contém água ou álcool etílico. 
O ácido clorídrico não só afeta a eficácia do produto, mas também 
tem ação corrosiva sobre componentes acondicionadores. 
 
188 
189 
Legislação referente a 
Farmacotécnica e Tecnologia 
Farmacêutica 
190 
191 
192 
ZONAS CLIMÁTICAS 
 
 Espaço ou zona geograficamente delimitada de acordo 
com os critérios de temperatura e umidade aplicável quando 
da realização de estudos de estabilidade. 
 No intuito de reduzir o montante de testes de 
estabilidade, principalmente os de longa duração, Futscher, 
Schumacher, e Grimm, definiram quatro condições para 
testes de longa duração que simulam condições climáticas 
dos mercados alvo categorizados em apenas quatro zonas 
climáticas diferentes. 
 O Brasil situa-se na Zona Climática IV-B 
(quente/úmida). A ANVISA, em 2005 adotou 30 ± 2 °C/75 ± 
5% UR para testes de estudo de estabilidade de produtos 
farmacêuticos no país. 
 
193 
ZONAS CLIMÁTICAS 
Zonas Tipo de Clima Condição 
Zona I Clima temperado 21°C / 45% UR 
Zona II Clima mediterrâneo 25°C / 60%UR 
Zona III Clima quente e seco 30°C / 35%UR 
Zona IV - A Clima quente e úmido 30°C / 65% UR 
Zona IV - B Clima quente e úmido 30°C / 75%UR 
SINDUSFARMA, 2009, volume 4, pag 73; Consulta Pública nº 43, de 7 de julho de 2004 
194 
Estudos de Estabilidade 
195 
196 
Estudos de Estabilidade 
 ACELERADO 
Projetado para acelerar a degradação química e/ou mudanças 
físicas de um produto em condições forçadas de 
armazenamento. Tempo 0, 3 e 6 meses 
 DE ACOMPANHAMENTO 
Verificar que o produto mantém suas características físicas, 
químicas, biológicas e micro conforme os resultados obtidos 
nos estudos de longa duração. Tempo: a cada 12 meses 
realizar todos os testes. 
 DE LONGA DURAÇÃO 
Verificação das características físicas, químicas, biológicas e 
microbiológicas de um produto farmacêutico durante e, 
opcionalmente, depois do prazo de validade esperado. Os 
resultados são usados para estabelecer ou confirmar o prazo 
de validade e recomendar as condições de armazenamento. 
Tempo: 0, 3, 6, 9, 12,18, 24 meses. 
197 
A estabilidade de produtos farmacêuticos depende de 
fatores ambientais como temperatura, umidade e luz, e de 
outros relacionados ao próprio produto como propriedades 
físicas e químicas de substâncias ativas e excipientes 
farmacêuticos, forma farmacêutica e sua composição, processo 
de fabricação, tipo e propriedades dos materiais de 
embalagem. 
 
Por ocasião do registro poderá ser concedido um prazo de 
validade provisório de 24 meses se aprovado o relatório de 
estudo de estabilidade de longa duração de 12 meses 
ou relatório de estudo acelerado de 6 meses + 
resultados preliminares do estudo de longa duração 
de 6 meses. Prazo de validade deve ser confirmado mediante 
a apresentação de um estudo de estabilidade de longa duração 
de 24 meses, protocolado na forma de complementação de 
informações ao processo – documentação necessária para a 
renovação do registro. 198 
199 
Validação 
VALIDAÇÃO 
VALIDAÇÃO 
PROSPECTIVA 
VALIDAÇÃO 
RETROSPECTIVA 
VALIDAÇÃO 
CONCORRENTE 
Durante a rotina de 
produção de 
produtosdestinados a venda 
Avaliação da experiência passada de 
produção, sob a condição de que a 
composição, procedimentos e equipamentos 
permanecem inalterados. 
Durante o estágio de 
desenvolvimento do 
produto, com base em 
uma análise de risco do 
processo produtivo 
TESTES 
TESTES 
DADOS HISTÓRICOS 
200 
Revalidação após Mudanças 
 Realizada quando a mudança puder afetar o processo, 
procedimento, qualidade do produto e/ou as características 
do produto. 
 
 As mudanças que requeiram revalidação devem ser 
definidas no plano de validação e podem incluir: 
I – alterações de materiais de partida (incluindo propriedades 
físicas, ex. viscosidade, que afetam o processo ou produto) 
II – alteração do fabricante de MPs 
III – transferência do processo para outra planta (mudança 
de 
Instalações que influenciam o processo) 
IV – alterações de ME 
V – alteração no processo de fabricação 
 
 201 
VI – alterações no equipamento 
VII – alterações na área de produção e sistemas de suporte 
(rearranjo das áreas, novo método de tto de água) 
VIII – aparecimento de novas tecnologias 
 
 Alterações de equipamentos que envolvam a substituição 
do equipamento por um equivalente normalmente não 
requerem revalidação 
 Ex: bomba centrífuga nova substituindo um modelo mais 
antigo 
 
 
 
 
Revalidação após Mudanças 
202 
Qualificação 
 Conjunto de ações realizadas para atestar e documentar 
que quaisquer instalações, sistemas e equipamentos estão 
propriamente instalados e/ou funcionam corretamente e 
levam aos resultados esperados. É frequentemente uma 
parte da validação, mas as etapas individuais sozinhas não 
constituem uma validação de processo. 
Estágios da Qualificação: 
QP – fornecer evidências documentais de que as 
especificações do projeto foram cumpridas. 
 
QI - fornecer evidências documentais de que a instalação foi 
finalizada de forma satisfatória. Especificações de compra, 
desenhos manuais, lista de parte dos equipamentos e 
detalhes do fornecedor devem ser verificados durante QI. 
203 
QO - fornecer evidências documentais de que as utilidades, 
equipamentos e sistemas e todos os seus componentes 
operam de acordo com as especificações operacionais – 
incluir condições de pior caso. Os controles de operação, 
alarme, interruptores, painéis e outros componentes 
operacionais devem ser testados. 
 
QD - fornecer evidências documentais que demonstrem 
desempenho consistentes de acordo com as especificações 
de uso em rotinas. 
 
 
 
Qualificação 
204 
205 
206 
207 
Boas Práticas de Controle de Qualidade 
AMOSTRAS DE REFERÊNCIA: 
Lote de produto terminado - mantidas por pelo menos 
12 meses após o vencimento, exceto SPGV que devem ser 
conservadas por, no mínimo, 30 dias após o vencimento – 
em embalagem final e sob condições recomendadas. 
 
Amostra de ativos - pelo menos 1 ano após o vencimento 
do prazo de validade dos produtos finais aos quais tenham 
dado origem. 
 
Amostras de excipientes (exceto solventes, gases e 
água) - Retidas pelo período mínimo de 2 anos após seu 
prazo de validade. 
 
Quantidade de amostra suficiente para realizar, pelo 
menos, 2 análises completas. 
208 
209 
Anexo VI: 
BPMF para Preparação de Dose Unitária 
Prazo de validade dos produtos: 
 Fracionamento sem o rompimento da embalagem 
primária – determinado pelo fabricante. 
 Fracionamento com o rompimento da embalagem 
primária – quando não houver recomendação 
específica do fabricante, de no máximo 25% do 
tempo remanescente constante da embalagem 
original, desde que preservadas a segurança, 
qualidade e eficácia do medicamento. 
210 
211 
212 
 Vidraria verificada contra padrão calibrado ou adquirida de 
fornecedores credenciados pelos laboratórios da Rede 
Brasileira de Calibração. 
 
 Cada lote de MP deve ser acompanhado do Certificado de 
Análise que deve permanecer arquivado, no mínimo, 
durante 06 meses após o término do prazo de validade 
do último produto com ela manipulado. 
 
 Quando se tratar de MP sujeita a controle especial o 
Certificado de Análise deve ser arquivado, pelo período de, 
no mínimo 02 anos após o término do prazo de validade 
do último produto com ela manipulado. 
 
 A farmácia que realizar preparo de auto-isoterápico deve 
possuir sala específica para coleta e manipulação até 
12CH ou 24DH. 
 
 
213 
Salas de Lavagem, Esterilização e Despirogenização 
O acesso às salas destinadas à lavagem, esterilização e 
despirogenização dos recipientes vazios deve ser separada 
e possuir classificação ISO 8 (100000 partículas/pé cúbico 
de ar) e a limpeza e higienização de medicamentos, 
produtos farmacêuticos e produtos para a saúde utilizados 
na manipulação de produtos estéreis também deve ser 
realizada em área classe ISO 8. 
 
Sala de Pesagem - Classe ISO 7 (até 10.000 partículas/pé 
cúbico de ar) 
 
Sala de Manipulação e Envase - Deve ser independente e 
exclusiva, dotada de filtros de ar (retenção de partículas e 
microorganismos) – Classe ISO 5 (100 partículas/pé 
cúbico de ar) em área Classe ISO 7. 
.

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