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A IMPORTÂNCIA DA MUSICALIZAÇÃO E A EXPRESSÃO MUSICAL NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

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A IMPORTÂNCIA DA MUSICALIZAÇÃO E A EXPRESSÃO MUSICAL NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
RESUMO
A música é um instrumento que facilita o processo de ensino aprendizagem, tornando o ambiente escolar muito mais alegre e receptivo, principalmente, o inserimento da criança nesse espaço. Neste trabalho de graduação acadêmica temos como finalidade ressaltar a importância que a musica tem e contribui para o ensino aprendizagem na educação infantil e ensino fundamental, sempre auxiliando e favorecendo o mundo de descobertas da criança, assim possibilitando o seu desenvolvimento. Sempre com o objetivo de estar contribuindo para melhorar o conhecimento sobre o ensino da música o professor, o aluno, ambiente escolar, assume o lugar contribuindo para que aconteça o desenvolvimento e a interação da criança no seu contexto de vivencia. O Professor tem que estar cada dia mais bem capacitado, buscando sempre novos meios e métodos para transmitir seus conhecimentos aos alunos, a melhoria do conhecimento para em sala de aula a criança poder se expressar, socializar, improvisar, brincar. Sempre sendo algo inovador nada repetitivo, onde a criança se conecte ao professor com total liberdade assim sem sair da sua realidade. Usar a musica de forma transmitir ensinamentos e conteúdo sem ser algo desagradável, maçante. Mostrando que a música pode ajudar tanto no comportamento quanto em várias situações do cotidiano escolar e ao longo da vida de cada criança, formando cidadãos, pessoas melhores que foram educadas também através da ajuda da música. Levando-nos a pensar na forma de ensinar com a música e seu objetivo, na vida do professor e também na vida do aluno.
 
Palavras-chave: Criança; Musicalização; Educação. 
1 INTRODUÇÃO
A música se faz presente na vida do homem como uma forma de expressão existente a muitas décadas, contribuindo de muitas formas para o desenvolvimento infantil. Por estar presente em muitos momentos da vida dos seres humanos, existem diversas teorias sobre a sua origem na humanidade, mostrando-se existir desde a pré-história. Na medida em que a população se desenvolvia a música foi ganhando mais espaço, fazendo parte de muitas tradições entre as sociedades, constituindo dessa maneira a cultura de cada região.
Desde que é concebido no ventre materno esse pequeno ser humano tão frágil recebe estímulos sonoros, porém não sabe distinguir nem identifica-los, mas se ao decorrer de seu desenvolvimento este mesmo ser, criança, for estimulado a ouvir significativos sons se tornará uma pessoa mais sociável e com maior facilidade comunicativa, tendo um convívio melhor com seus semelhantes. A presença da musica na educação infantil, sendo ela de boa qualidade, significa inserir a criança neste mundo musical a tornando apta a aprender e a sentir a verdadeira música.
 
A música é um conjunto de silêncios e ruídos sonoros emitidos no ambiente, sendo ela uma linguagem capaz de expressar e comunicar com melodia, ritmo e harmonia. Uma importante forma de expressão artística, cultural e humana determinada por sua época e região, fazendo-se um meio de expressar os sentimentos, sensações, pensamentos e de comunicação. A música passou por diversas transformações com o passar dos anos e em decorrência disso obteve uma grande variedade de gêneros musicais.
Cantar para as crianças cantigas para adormecer e realizar cantigas de roda proporciona interações que permite às crianças o desenvolvimento de um repertório saudável para comunicar-se através dos sons. Faz com que a criança crie bons vínculos com a professora e a música, assim como é um forte aliado para o desenvolvimento da cognição, afetividade, socialização e a criatividade na primeira infância.
A linguagem musical é um meio de expressão que presente desde as crianças bem pequenas, suas contribuições para o desenvolvimento das habilidades, tem início desde a fase intrauterina, tendo experiências sonoras através do ambiente interno, corpo da mãe, e o externo que são os sons produzidos ao redor da mãe.
Torna-se interessante que a professora fomente a criação e apresentação de propostas que explorem diferentes maneiras de apresentar as experiências sonoras, desmistificando seu uso somente para recreação e formação de hábitos, mas sim, propiciando músicas e instrumentos sonoros em diversas situações do cotidiano infantil, deste modo iniciando um processo de musicalização de forma qualitativa para as crianças. 
 Este trabalho acadêmico tem como temática a importância da música como forma de educação no ensino fundamental.
 O tema pesquisado é embasado nas pesquisas bibliográficas existentes, assim como sites e artigos sobre a importância da influência da educação musical de forma que auxilie na educação fundamental.
 O objetivo é de crescimento no campo da pesquisa em educação musical no Brasil, pois se fundamenta na concepção de que coloca a música como uma atividade cultural e como área de conhecimento particular adaptada ao seu fim.
 Contudo a pesquisa colabora em grande parte na formação do ser humano, tornando-se parte do seu dia na convivência social daqueles que dela participam.
 
 A música nessa fase escolar também deve ser vista como uma válvula de escape entre educador e educando, com fins frenéticos para o processo do ensino aprendizagem, onde a entrega é o elo entre ambos. 
2 A MUSICALIZAÇÃO PODE SER UM INSTRUMENTO 
Musicalizar significa desenvolver o senso musical das crianças, sua sensibilidade, expressão, ritmo, “ouvido musical”, isso é, inseri-la no mundo musical, sonoro. O processo de musicalização tem como objetivo fazer com que a criança se torne um ouvinte sensível de música, com um amplo universo sonoro.
A musicalização é um poderoso instrumento que aumenta, na criança, além da sensibilidade a audição, qualidades como: concentração, coordenação motora, sociabilização, respeito a si próprio e aos outros, esperteza, raciocínio, disciplina, equilíbrio emocional e outros inúmeros atributos que colaboram na formação do ser humano. O processo de musicalização deve alcançar a todos, buscando desenvolver esquemas de absorção da linguagem musical.
No processo de musicalização, não podemos nos esquecer de que as crianças, quando brincam, usam sons espontaneamente, criam músicas, e essa atitude, se não é incentivada, tende a desaparecer com o tempo. A musicalização deve ser trabalhada de maneira lúdica. Portanto, não podemos dizer que a musicalização serve para transformar as crianças em seres musicais, apenas precisamos incentiva-las a continuar usando e criando sons.
3 A MÚSICA NA PRÁTICA EDUCATIVA
 A música é considerada como uma das principais atividades lúdicas na educação infantil. São necessários apenas, alguns dias de trabalho para notarmos que poucas são as atividades pedagógicas, que apresentam tão eficientes como a música, na construção do conhecimento e desenvolvimento infantil.
Quando desenvolvemos atividades lúdicas na escola, voltadas a musicalidade, devemos ter intencionalidade pedagógica direcionada para o desenvolvimento da criança. Ao planejarmos nossas aulas, precisamos voltar nossa atenção para os objetivos que queremos alcançar com nossa ação educativa.
Para tanto, é preciso lembrar que, esmo nos momentos das músicas, das brincadeiras no parque, nas gincanas de roda, nos recontos de histórias, etc., nosso trabalho pedagógico está, no mesmo instante, educando e divertindo. Para planejar atividades lúdicas, sejam estas voltadas para a musicalidade ou não, procuram intenciona-las para ajudá-la no desenvolvimento educacional, é preciso que tenhamos muito conhecimento e preparo. Portanto, precisamos ter conhecimento sobre, a atuação dos efeitos das atividades lúdicas junto ao desenvolvimento infantil.
Quando proporcionamos uma atividade lúdica para nosso aluno, permitimos que o mesmo experimente a liberdade, o divertimento, a espontaneidade, o prazer e o convívio com as regras. Além disso, devemos lembrar que as atividades lúdicas não se resumem a brincadeiras, mas podemser entendidas como, jogos, historias filmes e musicais.
Além desses benefícios produzidos no desenvolvimento infantil, a musicalização é considerada por muitos estudiosos como um instrumento curativo para diversos males, sejam eles psicológicos ou físicos, que influenciam, consideravelmente no processo de ensino e aprendizagem.
3.1 O “PORQUÊ” DA MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANIL
Utilizar o processo de musicalização na educação infantil, como já sabemos, não significa que devemos ensinar toda teoria musical para a criança. Devemos aproximar a criança de forma lúdica, ao mundo da música ampliando os termos musicais corretamente, tornando-a apta á linguagem musical. 
Para Brito (2003, p.22) “os primeiros anos de aprendizagem de uma pessoa são propícios para que ela comece a entender o que é linguagem musical, aprenda a ouvir sons e reconhecer a diferença entre eles”. Todo trabalho que desenvolvemos na educação infantil, deve buscar a brincadeira musical, aproveitando à identificação natural, da criança a música.
A musicalidade na Educação Infantil, deve prever diversas ações como: a escuta de músicas e a diferenciação do som e do silêncio, a expressão corporal em diferentes ritmos musicais, o cantar em diversas alturas e intensidades sonoras, a exploração dos sentimentos através da música e a criação musical livre de regras. As cantigas de roda possuem um rico material para despertar a musicalidade das crianças, pois envolvem afetividade, musicalidade e expressão corporal.
3.2 O CANTAR NA FORMAÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA
A criança exprime naturalmente, no meio em que vive, junto do brincar e do cantar, conhece os diversos elementos e formas pertencentes a esses dois universos. Lembrando que em seus primeiros anos de vida, são fundamentais para o desenvolvimento de potencialidades com relação a sua aprendizagem musical, proporcionando-lhe bases concretas para todos os desenvolvimentos físicos, intelectuais, afetivos e subsequentes.
 
” Partiremos de um princípio controverso e não absoluto de que quanto mais avançamos na idade, mais indisponíveis e menos capacitados temos em aprender corretamente certas práticas e vivências musicais cruciais do nosso desenvolvimento pessoal e artístico. Ou seja, o nosso potencial de aprendizagem musical vai gradualmente diminuindo, com o passar do tempo, e tudo o que não se praticou na idade devida (infância), é por vezes completamente impossível desenvolver em oura fase do nosso crescimento [...] se a corrente vivificadora da música não chegou ao homem numa determinada idade, enquanto a possuído de uma capacidade receptiva, é muito pouco provável que chegue mais tarde”. (SILVA. 2006, p. 50).
É nos primeiros anos de vida que os esquemas de aprendizagem estão totalmente receptivos a aprender uma segunda língua, uma arte, uma música ou qualquer outra coisa que se queira ensinar a criança. Através de outros estudos, Silva (2006), nos mostra também que, mesmo se o contato com a música, for feito por mera apreciação, isto é, ouvindo com atenção e propriedade, os estímulos cerebrais são bastante intensos.
Ao mesmo tempo que a música viabiliza essa diversidade de estímulos ao cérebro e ao corpo humano, ela, com seu caráter relaxante, estimula a assimilação de novas informações, isto é a aprendizagem. Além disso, a música pode produzir efeitos benéficos ao raciocínio lógico-matemático, como podemos ver no comentário de Silva (2006, p.8):
“[ ...] alunos que receberam aulas de música apresentaram resultados de 15% a 41% superiores em teste de proporções e frações do que os de outras crianças. Em outro caso, o aluno de segunda série que faziam aulas de piano duas vezes por semana apresentava desempenho superior em matemática aos alunos de quarta série que não estudavam músicas “.
	Podemos concluir a este respeito é que, efetivamente a prática de música, seja quando aprendemos a tocar um instrumento, seja pela apreciação ativa, potencializarmos aprendizagem cognitiva, particularmente no campo do raciocínio lógico, da memória, do espaço e do raciocínio abstrato.
 
3.3 A ATRIBUIÇÃO DA PROFESSORA NO PROCESSO DE MUSICALIZAÇÃO DA CRIANÇA
Neste capítulo iremos abordar sobre o papel da professora e suas contribuições frente ao trabalho da musicalização com crianças de até 2 anos de idade. A criança possui seu próprio universo, com suas vivências e experiências, para a professora fazer parte deste espaço de maneira suave faz-se necessário que a mesma conheça e faça parte desse mundo repleto de imaginação e criatividade. Através das experiências lúdicas de musicalização a criança começa a se compreender e compreender o mundo a sua volta.
Na primeira infância a musicalização é um momento de vivência por onde a criança obtém acesso a linguagem musical através da ludicidade, proporcionando o desenvolvimento cultural, na expressão das emoções, dos canais sensoriais, enfim, na formação integral da criança. Para que esse desenvolvimento aconteça de maneira qualitativa é importante que a professora tenha sensibilidade, continue pesquisando e lendo sobre como melhorar sempre sua prática docente. Segundo Delalande (2013) o professor precisa manter uma postura de observador, respeitando a maneira como as crianças bem pequenas exploram o ambiente musical, proporcionando a elas a experiência sonora independente de o professor ser especialista ou não na área da música.
Torna-se importante que a pedagoga perceba que a musicalização não é utilizada apenas com o intuito de recreação na Educação Infantil e que a professora tenha clareza sobre a presença da linguagem musical na primeira infância vai muito além de fazer o uso da música para animar a sala de referência , no momento da alimentação, em datas comemorativas, etc. Sem esquecer da sua riqueza social e cultural, bem como o mesmo saiba da necessidade da prática musical ser utilizada por um meio que amplie a linguagem oral e corporal das crianças, onde professora e crianças serão construtores de conhecimentos.
Com alguns meses de vida, já se faz possível que a professora propicie momentos sonoros para as crianças. Tais ações musicais contribuem para o desenvolvimento da atenção e percepção, através dos sons produzidos pelo próprio corpo humano, ao imitar sons de animais, cantando, tocando um instrumento sonoro, entre outras possibilidades. 
O trabalho de musicalização de crianças desde o nascimento até os cinco anos caracteriza-se pelo compartilhamento das experiências musicais no processo de aculturação e desenvolvimento do balbucio musical [Gordon 2000]. Nesse processo, o corpo e principalmente as mãos são elementos de interação e descoberta com ambiente sonoro. Se para aprender as crianças precisam tocar, manipular e descobrir os objetos, no caso da música, torna-se importante oferecer lhes oportunidades para que toquem e manipulam sinais musicais que favorecem da lógica musical melódica e rítmica. segundo Ilari e Broock (2013, p.100):
Dessa maneira, oportunizar as experiências sonoras com crianças bem pequenas é uma prática importante, devendo ser explorada com responsabilidade e entendimento pelos que a ofertam desde berçário, fundadas nos planejamentos e na prática docente, favorecendo a interação e respostas das crianças, através de gestos corporais, imitações, explorações sensoriais, enfim, nas diversas possibilidades que podem ser ofertadas. Vale brincar, cantar, dançar e tocar instrumentos sonoros com as crianças, percebendo a necessidades de cada uma. O RCNEI (1998, p.64) orienta que “A escuta musical deve estar integrada de maneira intencional às atividades cotidianas dos bebês e das crianças pequenas. [...] A música, porém, não deve funcionar como pano de fundo permanente para o desenvolvimento de outras atividades”.
Outro detalhe para uma prática musical positiva se faz nos hábitos da professora, pois manter e/ou avivar seu interesse pela musicalização fica mais fácil quando o mesmo possui o costume de ouvir e aprender novas canções. Tal atitude tem influência direta com a criança, fazendo com que ela tenha interesse nomomento de a pedagoga ofertar estas experiências musicais, no contato com objetos sonoros e nos movimentos da expressão musical.
O trabalho com a linguagem musical não é algo difícil de ser realizado, pelo contrário, cabe perfeitamente no projeto pedagógico. Basta que a professora seja organizada e se prepare, planejando com dedicação as experiências necessárias para cada fase da criança. 
No momento de elaborar o planejamento é imprescindível que seja observado o ritmo musical que será ofertado. O Brasil possui uma grande variedade musical então é interessante apresentar e proporcionar às crianças essa variedade de ritmos musicais tornando a sala de referência um local de ricos aprendizados desde a Educação Infantil. 
De acordo com Montessori (1965) faz-se importante gerar um ambiente que possibilite a criança desenvolver o potencial musical, disponibilizando a oferta de instrumentos adaptados para elas e respeitando suas escolhas e suas expressões. Fica interessante manter uma variedade de materiais e instrumentos de madeira, plástico, metal, entre outros materiais proporcionando às crianças a oportunidade de explorar as diferenças entre os sons produzidos por cada um deles como também mostrar as diversas possibilidade em tocar cada instrumento. Não devendo esquecer da importância de utilizar materiais e instrumentos adequados para trabalhar com crianças nos primeiros anos de vida.
Martenot (1970, 1979 [1957]) defende ser importante que as crianças tenham contato com as canções desde bem pequenas, onde a repetição do repertório fará com que desenvolvam o senso rítmico, através das vivencias corporais, juntamente com o balanço natural da criança, transmitindo segurança, remetendo ao amor materno.
A voz se apresenta como o primeiro instrumento musical desde o nascimento e a constituição física a fonte dessa produção sonora. Cada pessoa carrega consigo sua voz inserida no seu corpo, sendo que cada ser possui uma voz única. Ilari e Broock (2013, p. 57) apoiam a ideia de “que a voz humana é um instrumento universal e ancestral, conduziu a uma exploração entre linguagens vocais dentro de uma grande plasticidade.”. A voz é um dos meios por onde pode-se expressar os sentimentos e comunicar-se. Ao nascer, a criança emite sons, simbolizando através deles seu bem-estar ou não, como por exemplo: o choro, gemido, risada, etc. Seguindo desses sons começam a conhecer o instrumento musical natural que possui dentro de si, seu próprio som. Gordon (2000a) menciona o som da voz do ser humano como o recurso musical que mais possui sucesso com os bebês, conquistando grande atenção deles.
Alsina (1997) comenta que em torno dos 6 meses o bebê começa a cantarolar, balbuciando os sons que mais tarde estará ordenando e classificando, produzindo assim suas primeiras comunicações verbais, dessa maneira, a comunicação vai se materializando pouco a pouco. Por meio das atividades de sonorização inicia-se a musicalização na infância. O cantar faz parte do dia a dia das crianças, possuindo um valor muito para o processo de desenvolvimento na Educação Infantil, significando muito mais do que uma comunicação, sendo capaz de ser uma das formas mais intensas de expressar os sentimentos e afeições. Cantar na educação infantil desempenha um valor grandioso para a musicalização da criança, potencializando seu ritmo, melodia e harmonia, desenvolvendo juntamente sua audição. Segundo Suzuki (1983 [1969]) existe uma ordem para o aprendizado das crianças, onde primeiro elas ouvem, olham e por último tocam. No qual primeiramente a experiência tem início a partir da exploração e manipulação dos instrumentos sonoros ao ouvi-los e toca-los para futuramente saberem os nomes das notas que já conhecem a partir da audição e do tato.
A pedagoga que se encontra em sala de referência trabalhando com crianças de 0 a 2 anos necessita pesquisar maneiras de conscientizá-las sobre as suas potencialidades vocais, além de cantar e brincar com a voz, explorando diversas possibilidades sonoras, brincando de imitar vozes de animais, sons da natureza entre outros.
Esses momentos precisam acontecer em um ambiente lúdico, sem exageros e tensões, para não prejudicar a qualidade da voz da criança, respeitando que essa é a linguagem natural dela. O cantar é uma atividade que faz parte do dia-a-dia da criança em creches e pré-escolas, tendo um valor positivo para o desenvolvimento infantil, significando mais do que uma simples forma de se comunicar, podendo ser a maneira mais intensa de expressão de sentimentos.
O ideal é brincar e cantar com as crianças, músicas com letras pequenas, pois nessa fase da vida delas sua capacidade de concentração é curta, por isso devemos utilizar apenas músicas breves. De acordo com BRITO (2003, p. 89), “O educador deve considerar que ao falar e cantar com as crianças, atuará como modelo e um dos responsáveis por seu desenvolvimento vocal; assim deve formar bons hábitos, tais como não gritar, não forçar a voz...respirar tranquilamente, manter-se relaxado e com boa postura. ”
Quando a professora estiver cantando é importante que o mesmo perceba se está ofertando as crianças possibilidades de desenvolverem suas expressões, permitindo que criem seus gestos, interpretando a canção, realizando gestos sem a obrigatoriedade em serem padronizados o tempo todo, para que desenvolvam sua criatividade, usando única e exclusivamente sua imaginação. Ao cantarem coletivamente, as crianças aprendem a ouvir elas mesmo, ao outro e a turma como um todo, desenvolvendo assim a atenção, cooperação, concentração, enfim, construindo a personalidade de cada criança.
Dicas de como brincar com a voz: Imitar os sons que os animais emitem, sons da natureza, vibrando, balançando, fazendo bico com os lábios enquanto solta o som pela boca, alguns até com o auxílio da mão. Existem uma infinidade de possibilidades para a professora proporcionar um ambiente rico para as crianças, ofertando brincadeiras e cantorias, formando um vínculo afetivo e prazeroso. 
3.4 POSSIBILIDADES DE CONFECCIONAR BRINQUEDOS SONOROS E A INTERAÇÃO DAS CRIANÇAS COM OS JOGOS E BRINCADEIRAS MUSICAIS
Neste último capítulo iremos abordar sobre oportunidade de as crianças construírem seus próprios instrumentos musicais, incentivando-as no processo de musicalização de maneira divertida e prazerosa, assim como também faremos uma abordagem sobre os jogos e brincadeiras expondo sua relação com a música.
A brincadeira agora é oferecer as crianças a oportunidade de construírem seus próprios instrumentos musicais, incentivando as crianças no processo de musicalização de maneira divertida. Assim a criança se sente parte integrante do processo de aprendizagem tornando o trabalho de musicalização mais eficiente e significativo, pois ao mesmo tempo que estão confeccionando seus objetos sonoros, estão vendo como funciona cada parte desse processo de criação. Teca (2013, p. 69) argumenta sobre a relevância desta prática com as crianças:
Construir instrumentos musicais e/ou objetos sonoros é atividade que desperta a curiosidade e o interesse das crianças. Além de contribuir para o entendimento de questões elementares referente à produção do som e as suas qualidades, à acústica, ao mecanismo e ao funcionamento dos instrumentos musicais, a construção de instrumentos estimula a pesquisa, a imaginação, o planejamento, a organização, a criatividade, sendo, por isso, ótimo meio para desenvolver a capacidade de elaborar e executar projetos.
Por meio desta prática também se estabelece uma relação mais profunda entre a criança e música onde aos poucos consegue perceber os sons e se se expressar através deles, proporcionando a descoberta de novos sons e assim potencializando a sensibilidade criativa, dicção e ritmo na primeira infância.
Para a confecção desses instrumentos sonoros pode-se integrar e explorar o uso de materiais recicláveis abordando mais essa temática para as práticas pedagógicas com as crianças. Elas além de contribuírem com o meio ambiente, estarão criando um instrumento musical personalizado.Os instrumentos mais comuns para crianças de até 2 anos confeccionarem são os chocalhos de vários modelos, tambores, móbiles sonoros, reco-recos, paus-de-chuva e maracas. Existem inúmeras opções de materiais recicláveis, exemplos: lata, copo de iogurte, rolo de papelão, garrafa, tampa de garrafa, entre muitas outras possibilidades.
É importante destacar que a prática de confecção dos objetos sonoros/instrumentos musicais pelas crianças, não deve ser a única referência de som a se ofertada a elas. Embora seja uma ótima opção para aguçar as crianças, esses materiais construídos não possuem a mesma qualidade de som produzido por eles. Os instrumentos convencionais devem estar presentes na sala de referência, para que as crianças tenham a oportunidade de explorarem e perceberem as diferenças do material e som produzido.
O jogos, brinquedos e brincadeiras musicais fazem parte do universo infantil, são tradições que passam de geração para geração, e que ao serem ofertadas nas instituições de Educação Infantil para as crianças a professora faz com que essas tradições não fiquem esquecidas no passado. Ao brincar de roda, batata quente, pula corda, entre muitas outras brincadeiras, são maneiras de interagir com as crianças em grande grupo utilizando duas ações lúdicas: a brincadeira e a música, assim como os brinquedos sonoros e jogos musicais. Essas atividades lúdicas são expressões da infância, envolvendo o movimento, a dança, o canto, a socialização, entre outros aspectos importantes.
Na primeira fase da vida as brincadeiras mais utilizadas são acalantos e cantigas de roda. Os acalantos são cantados pela professora para acalmar e/ou relaxar as crianças bem pequenas, proporcionando entre professora e criança, uma relação de segurança, amparo e proteção, principalmente no período de adaptação ou momento do sono. Conforme Rocha e Pires (2000) as cantigas de ninar são maneiras de adormecer e acalentar as crianças. Essas canções normalmente fazem parte do folclore brasileiro e provavelmente serão as primeiras canções que a criança terá contato, sendo muito significativo para a formação musical inicial dela, assim potencializando o envolvimento da criança com a música. Faz-se necessário ressaltar que esses acalantos devem ser cantados de maneira suave e num ritmo lento, pois elas têm como características serem canções bem calmas e afetuosas.
As cantigas de rodas ou também conhecida como ciranda, é uma brincadeira que pode ser oferecida após a criança tiver mais de 1 ano, quando já aprendeu a andar e se equilibrar bem. De acordo com Rocha e Pires (2000) cantiga é música popular com estrofes similares, cantada, narrada, ou conversada em forma de poesia. Esta brincadeira também faz parte da cultura brasileira a muitos anos, sendo passada de geração para geração. Para realizar a brincadeira, a docente precisa organizar uma roda com as crianças de mãos dadas, cantando canções, andando de lado e embalando o corpo, algumas canções possuem coreografias. 
Lembrando que a concentração da criança nessa idade é pequena, então as músicas precisam ser curtas e esse momento breve, pois logo elas se dispersam. Neste instante a professora, promove a socialização entre todas as crianças, cria um ambiente onde as elas estão interagindo com a musicalização, fortalecem os laços afetivos e culturais entre elas, exercitando a linguagem oral, explorando a corporeidade, a lateralidade através de movimentos diferenciados a noção do seu próprio corpo entre outros aspectos do desenvolvimento infantil.
As cantigas de roda ou cirandas são muito relevantes para a cultura de um país, de acordo com o RCNEI (1998, p. 71) em nosso país, recebemos “[...]influência de várias culturas, especialmente a lusitana, africana, ameríndia espanhola e francesa. ” Cada parte do Brasil possui uma variação desse costume, tornando-se característico de cada povo e também de cada época. Como Jurado Filho (1986, p. 29) defende:
Nas relações com essas práticas, no entanto, a criança tem mantido mais fixas suas formas, talvez por reforço do adulto, trazendo-nos, assim, por tradição, as cirandinhas.
As crianças, dessa forma, são o documento da existência das cantigas. E, enquanto documentos, a preservam e a transformam. Pelo modo como incorporam a cantiga, revelam os indícios de como a cantiga existiu em outros tempos, com outros protagonistas e em outras situações. Simultaneamente, a deslocam, na medida em que se mostram, hoje, como novos protagonistas, em novas situações.
Por meio das crianças torna-se possível conhecer e manter vivo os costumes de cada região. No entanto as cantigas de roda estão sendo esquecidas pouco a pouco, sendo cada vez menos utilizadas entre as crianças do tempo atual. Isso vem acontecendo por diversos motivos, como a grande variedade de brinquedos e jogos eletrônicos e a falta de segurança nas ruas também reduzem as chances de as crianças saírem para brincar fora de casa como antigamente.
Cabe a professora manter as cantigas de roda presente na Educação Infantil, ofertando e aproximando a criança da cultura da região em que está inserida, fortalecendo os elos afetivos e culturais através dessa brincadeira.
As brincadeiras ritmo-musicais são ótimas possibilidades de as crianças interagirem e socializarem, sendo uma atividade compatível para crianças de até 24 meses. Existem diversas opções de brincadeiras que a professora pode proporcionar para as crianças, como: cabeça, ombro, perna e pé, os dedinhos, palminhas, entre outras brincadeiras.
Tendo a musicalização infantil como nosso foco neste artigo, destacamos a presença dos jogos musicais na primeira infância, pois a partir dessas práticas pedagógica lúdicas torna-se possível proporcionar as crianças noções de ritmo, melodia e som, através de movimentos e gestos dos jogos musicais. De acordo com Joly (2003) inserir o jogo musical como metodologia de musicalização torna essa prática um elemento imprescindível, onde a brincadeira é uma área de interação natural da criança com o meio.
 Alguns jogos preservam suas estruturas, outras sofrem modificações e muitas novas são criadas a todo tempo. Martenot (1970) defende o jogo como estratégia de metodologia que integra corpo, alma e inteligência para um fazer musical com confiança e alegria, abrindo portas para a criatividade. Sua fundamentação parte do princípio de que a criança exerce suas potencialidades e competências motivada pelo prazer em participar do jogo, tornando-se fundamental que nesses momentos de interação haja o bem-estar da criança e ela possa se sentir segura para o efetivo desenvolvimento do improviso e da criação musical. Os jogos infantis fazem parte da vida do ser humano a muitos séculos, Kishimoto (1994, p. 25) relata que: 
Não se conhece a origem desses jogos. Seus criadores são anônimos. Sabe-se, apenas, que não são provenientes de práticas abandonadas por adultos, de fragmentos de romances, poesias, mitos e rituais religiosos. A tradicionalidade e universalidade dos jogos assentam-se no fato de que povos distintos e antigos como os da Grécia e do Oriente brincaram de amarelinha, empinar papagaios, jogar pedrinhas e até hoje as crianças o fazem quase da mesma forma. Tais jogos foram transmitidos de geração em geração através de conhecimentos empíricos e permanecem na memória infantil.
O jogo é uma atividade que possui regras e metas a serem seguidas, sendo que podem ser alteradas e modificadas no decorrer desse processo. Segundo o RCNEI (1998, p. 71-72):
Os jogos sonoros-musicais possibilitam a vivência de questões relacionadas ao som (e suas características), ao silêncio e à música. Brincar de estátua é um exemplo de jogo em que, por meio do contraste entre o som e o silêncio, se desenvolve a expressão corporal, a concentração e a atenção. A tradicional brincadeira das cadeiras é um outro exemplo de jogo que pode ser realizado com as crianças. Jogos de escuta de sons do ambiente, de brinquedos, de objetos ou instrumentos musicais; [...] São algumas sugestões que garantem às crianças os benefícios e alegriasque a atividade lúdica proporciona e que, ao mesmo tempo, desenvolvem habilidades, atitudes e conceitos referentes à linguagem musical.
Os jogos musicais são motivos de diversão e descobertas, desenvolvendo e potencializando a segurança e a confiança das crianças, auxiliando no processo de construção conhecimento de si mesmo, na apropriação de regras, na aquisição de conhecimentos e na expressão do imaginário, dependendo apenas de como acontece a intervenção pedagógica na aplicação dos jogos para elas. De acordo com Kishimoto (1994) o que determina o jogo é o papel lúdico e educativo, ou seja, o jogo precisa proporcionar divertimento e ter um intuito pedagógico na mesma proporção. Mais uma vez nos apoiamos em Ilari e Broock (2013), onde as autoras fazem uma reflexão sobre a paráfrase acima:
[...] discute como “paradoxo do jogo educativo” em que se apresentam simultaneamente duas funções que aparecem antagônicas: a função lúdica e a função educativa. Por um lado, o jogo serve para propiciar a diversão e o prazer; por outro lado, deve ter um objetivo pedagógico claro. Se o equilíbrio entre as duas funções não for atingido, ou não haverá ensino, apenas jogo; ou não haverá hedonismo, apenas ensino.
No momento dessa interação é fundamental que haja harmonia entre a brincadeira e o objetivo pedagógico, para que o mesmo seja de fato um jogo educativo.
Os jogos e brincadeiras musicais envolvem sons e movimentos corporais na Educação Infantil, representando um importante meio para a professora ofertar atividades culturais sob o víeis lúdico pedagógico e intencional, para que a criança desenvolva a socialização e ao mesmo tempo habilidades motoras que contribuem para o processo de aprendizagem. Além de proporcionar divertimento e desenvolver as potencialidades na primeira infância através das cantigas de roda, acalantos e os jogos musicais, é importante ressaltar que por meio dessas experiências a professora consequentemente estará contribuindo para que se mantenha viva as tradições folclóricas em nosso país.
4 ALGUNS BENEFÍCIOS QUE PODEM TRAZER A PRÁTICA MUSICAL
Associamos a aprendizagem musical como um salto qualitativo para o desenvolvimento humano, atingindo áreas cognitivas, emocionais e motoras. Nesse aspecto, Vygotsky ressalta que a escola não deve restringir o ensino aos meios visuais, pois desse modo, retira o direito da criança vivenciar o pensamento abstrato, e acrescenta que: 
A criança atrasada, abandonada a si mesma, não pode atingir nenhuma forma revolucionada de pensamento abstrato, e, precisamente, por isso, a tarefa concreta da escola consiste em fazer todos os esforços para encaminhar a criança nessa direção, para desenvolver o que lhe falta (VYGOTSKY, LURIA, LEONTIEV, 1994, p. 113).
	A música trabalhada com um bom vocabulário ajuda a desenvolver a fala, a rapidez de raciocínio e também o poder de concentração. Quando oportunizamos a criança ouvir música, estamos ativando seu sistema auditivo, mas também motor e emocional. Além disso, alguns aspectos importantes podem ser reforçados por meio do envolvimento musical, visto que, parte do que percebemos com a música, pode ser tocado na mente. Ao ouvir uma música, a criança estimula a sua criatividade, passeando com caminhos e contos imaginários, desenvolvendo sua memória. Sacks esclarece que: 
A base disso é a extraordinária tenacidade da memória musical, graças à qual boa parte do que ouvimos nos primeiros anos de vida pode ficar “gravado” no cérebro pelo resto de nossa existência. O fato é que o nosso sistema auditivo, nosso sistema nervoso, é primorosamente sintonizado para a música (SACKS, 2007, p. 8).
	Além disso, percebemos, também, que a musicalização tende a integrar a criança. Porque, quando ela canta, e, principalmente, quando se envolve com papéis de interpretação da música, especialmente junto ao seu grupo, ela sente-se integrada, e adquire consciência de que os colegas de turma são muito importantes, fato de grande valor para o convívio social. É interessante perceber que ela passa a vivenciar uma compreensão sobre o fato de que a cooperação com os companheiros de turma é fundamental, pois é do esforço comum que surgirá a possibilidade de alcançar os objetivos propostos pelo grupo.
	Considera-se que a prática musical, pode ser interpretada como instrumento valoroso, e ainda fonte de expressão que permite à criança perceber-se e integrar-se à sociedade. Quanto mais cedo a criança tiver o contato com a música, mais essa linguagem poderá contribuir e auxiliar seu crescimento e interação com o ambiente e a sociedade. Segundo Paulo Freire os processos de mediação são caracterizados pela ligação entre aprendizagem e recursos simbólicos da cultura. Assim estabelecem uma relação funcional e estimulante com a criança sobre o mundo (FREIRE, 2008). 
	Edwin Gordon (2000) define o período de internalização dos conteúdos musicais como fator contribuinte para o desenvolvimento da fala. Da mesma maneira, valoriza as interações com o outro, mediadas pela linguagem, que, aliadas a essas práticas musicais tornam-se essenciais e otimizantes para o desenvolvimento da linguagem das crianças. É o período mais importante da aprendizagem.
Quando a criança aprende através da exploração e a partir da orientação não-estruturada que lhe proporcionam os pais e outras pessoas que dela cuidam. Aquilo que a criança aprende durante estes primeiros cinco anos de vida forma os alicerces para todo o subsequente desenvolvimento educativo (GORDON, 2000, p. 3).
 
Destacamos e valorizamos a intervenção e mediação do professor com as práticas musicais para o desenvolvimento e auxiliando a criança em construir o seu eu. No contexto educacional o professor pode interagir levando a criança à vencer seus medos e seus desafios no contato com o ambiente e com a sociedade.
	O mais interessante é que a musicalização é promovida por atividades intuitivas. São atividades que criam situações intelectuais favoráveis à aquisição de conhecimentos musicais. Entretanto, além da atividade formalizada na escola, é preciso que a musicalização também seja estimulada, de alguma forma, em todo o convívio social, a começar em casa. Isso porque o desenvolvimento da musicalidade na primeira infância depende da vivência musical. 
Também em casa fica claro que é preciso oferecer ferramentas à criança para que ela mesma possa descobrir os sons. Por exemplo, discos, objetos sonoros, instrumentos musicais, canções, e até mesmo gravuras que estejam relacionadas ao tema. Ao explorar o som, ritmo, melodia, harmonia e o movimento, os alunos fazem a descoberta e a vivência da riqueza dos sons e dos movimentos produzidos a partir do próprio corpo. Um processo que tende a se sofisticar, e a levar a atividades criadoras musicais, e também à pratica rítmica, partindo apenas de palavras.
5 MATERIAL E MÉTODOS
	Neste espaço, o acadêmico deve descrever de que forma foram coletados os dados no decorrer do Trabalho de Graduação, quais os procedimentos adotados, bem como os dados que foram anotados em forma de tabelas, quadros ou a melhor forma de apresentação.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
	Os resultados obtidos a partir do aporte teórico, das análises realizadas e dos dados obtidos no Trabalho de Graduação devem ser discutidos neste espaço, podendo também estar complementados com tabelas, quadros, gráficos ou outras formas que o acadêmico considerar conveniente.
7 CONCLUSÃO
Este trabalho buscou entender os aspectos favoráveis que a inclusão da música na aprendizagem pode proporcionar às crianças no decorrer do desenvolvimento infantil, bem como verificar a importância do seu aprendizado e sua contribuição na socialização das crianças e perceber as formas de interação desta com os demais eixos de trabalho. 
O presente trabalho possibilitou uma melhor compreensão de como a música pode ser trabalhada nas salas de aula da educação infantil, bem como identificar uma melhor compreensão de como a música contribui na formação e desenvolvimento da criança, na diversidade de possibilidades de se trabalhara música com as crianças, no meio facilitador que a música proporciona para o ensino-aprendizagem em vários aspectos. Entender o significado da música enquanto ferramenta pedagógica também foi destacada neste estudo. Com esta pesquisa verificou - se que a música deve ser trabalhada com brincadeiras e canções, aqui compreendidas como atividade de canto liderado pelo educador e acompanhadas pelas crianças de forma criativa.
 A Educação Infantil é uma etapa em que a criança encontra-se na fase de conhecimentos e descobertas muito importante no seu processo de desenvolvimento, a área cognitiva, afetiva, linguística e psicomotora, são áreas em que a musica contribui para o desenvolvimento. Os estímulos que a música proporciona como: senso ritmo, a audição, diferenciação de ordenação no tempo e espaço, são necessários serem explorados desde cedo, para uma melhor aprendizagem e desenvolvimento.
A música aliada ao ensino é entendida por muitos autores pesquisados como importante ferramenta pedagógica e é com base no dia a dia com a música inserida nas aulas, com as atividades desenvolvidas pelos professores no cotidiano da educação infantil e das experiências pessoais com a música, que nascerá uma prática pedagógica que contemple a música como elemento importante e que venha a colaborar com o trabalho e o desenvolvimento da criança.
A musicalização é um poderoso instrumento que aumenta, na criança, além da sensibilidade a audição, qualidades como: concentração, coordenação motora, sociabilização, respeito a si próprio e aos outros, esperteza, raciocínio, disciplina, equilíbrio emocional e inúmero outros atributos que colaboram na formação do ser humano. O processo de musicalização deve alcançar a todos, buscando desenvolver esquemas de absorção da linguagem musical.
A educação musical necessita considerar que o ensino e a aprendizagem de música não ocorrem apenas na sala de aula, mas em circunstancias mais ampla. Por isso, o professor não deve discutir a música na escola, mas refletir sobre em que a educação musical pode ajudar no dia a dia dos alunos, interesses e dificuldades, buscando sempre decifrar a realidade em que vivem e atuam e quais formas de conhecer e aprender.
REFERÊNCIAS
GORDON, E. E. Teoria da Aprendizagem Musical: competências, conteúdos e padrões. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000.
FREIRE, R. J. D., FREIRE, Sandra Ferraz de Castillo Dourado. Planejamento na Educação Musical Infantil In: Procedings from XVIII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música. Salvador-BA: ANPPOM, 2008.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 3. ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1989.
 
VYGOTSKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 5.ed. São Paulo: Ícone, 1994. 
VIGOTSKI, L. S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico: livro para professores. São Paulo: Ática, 2009.
SACKS, Oliver. Alucinações Musicais: Relatos Sobre a Música e o Cérebro. São Paulo: Cia. das Letras, Tradução de Laura Teixeira Motta. 2007.
BRITO, Teça Alencar de. Música na educação infantil: Proposta para a formação integral da criança. São Paulo: Fundação Peirópolis, 2003.
BRÉSCIA, V.L.P. Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003.
FRANÇA, G.W.O papel do jogo na educação das crianças. São Paulo:FDE,1995. (Série ideias n.7)
JEANDOT, N. Explorando o universo da música. 2 edição. São Paulo: Scipione,1993.
MELO, Fabiana Carbonera Malinverni de. Lúdico e musicalização na Educação Infantil. Indaial:UNIASSELVI,2011.
SILVA, L.L.F.da. Música na Infância. Revista de música culta: FILO Música ,Lisboa, n.78, nov. 2006.

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