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1 Escada Analgésica da OMS | Larissa Gomes de Oliveira. Escada Analgésica da OMS PRINCÍPIOS DA ESCADA ANALGÉSICA Para dores agudas: usar a escada de forma descendente, ou seja, usar o terceiro ou segundo degrau nos primeiros dias de hospitalização ou após cirurgias/procedimentos dolorosos de acordo e as escalas de mensuração de dor e associados a técnicas de analgesia ou anestesia regional em princípios de analgesia multimodal. Nos dias subsequentes ao trauma tecidual, descer a escada analgésica da OMS. Para dores crônicas: Inicia-se pelo primeiro degrau para dores fracas. Quando não ocorre alívio da dor, adiciona-se um opioide fraco para a dor de intensidade leve a moderada (segundo degrau). Quando esta combinação é insuficiente deve-se substituir este Escada de analgésicos da OMS 1. O primeiro degrau recomenda o uso de medicamentos analgésicos simples e antiinflamatórios para dores fracas. 2. O segundo degrau sugere opioides fracos, que podem ser associados aos analgésicos simples ou antiinflamatórios do primeiro degrau, para dores moderadas. 3. O terceiro degrau consta de opioides fortes, associados ou não aos analgésicos simples ou antiinflamatórios, para dores fortes. OBS: Os adjuvantes podem ser usados nos três degraus da escada. A escada de três degraus indica classes de medicamentos e não fármacos específicos, proporcionando ao médico flexibilidade e possibilidade de adaptação de acordo com as particularidades de seu paciente. OBS: Antidepressivos: Os pacientes com dor crônica frequentemente sofrem de depressão esta condição deve ser prontamente tratada. OBS: Relaxantes Musculares: Os fármacos relaxantes musculares podem ser utilizados apenas por curto período em casos de dor crônica agudizada. O uso crônico é, portanto, desaconselhado. Diazepam, por exemplo, foi igualmente eficaz à acupuntura no tratamento da dor aguda de pacientes com osteoartrose. 2 Escada Analgésica da OMS | Larissa Gomes de Oliveira. opioide fraco por um opioide forte. Somente um medicamento de cada categoria deve ser usado por vez. Os medicamentos adjuvantes devem ser associados em todos os degraus da escada, de acordo com as indicações específicas (antidepressivos, anticonvulsivantes, neurolépticos, bifosfonados, corticosteróides, etc). OBS: A dose correta dos opióides é a que causa alívio da dor com o mínimo de efeitos adversos. Se a analgesia é insuficiente, o paciente deve ser reavaliado e deve-se subir um degrau da escada analgésica e não prescrever medicamento da mesma categoria. Explicar detalhadamente os horários dos medicamentos e antecipar as possíveis complicações e efeitos adversos, tratando as profilaticamente. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DOR Tratamento da Dor Leve (1º degrau escada analgésica): A dor leve é comumente tratada com analgésicos não opioides. A dipirona é o seu representante mais empregado em nosso meio. Depois, segue-se o uso do paracetamol e dos antiinflamatórios não hormonais (AINH’s). Tratamento da Dor Moderada (2º degrau escada analgésica): Tradicionalmente, doentes portadores de dor moderada têm recebido a associação entre dipirona ou paracetamol, AINH’s, opioide fraco, como a codeína e o tramadol (ou seja, opioides fracos, que podem ser associados aos analgésicos não opioides ou anti- inflamatórios) OBS: A codeína possui propriedades hipnoanalgésicas, ou seja, produzem efeito hipnótico, induzindo ao sono, e efeito analgésico, sendo capaz de deprimir seletivamente o Sistema Nervoso Central (SNC) e aliviar a dor. OBS: Tramadol é um opioide que é usado principalmente como analgésico de ação central que alivia a dor atuando sobre células nervosas específicas da medula espinhal e do cérebro. O tramadol se combina com os receptores opioides do cérebro e bloqueia a transmissão de estímulos de dor. Tratamento da Dor Intensa (3º degrau escada analgésica): A morfina é o medicamento mais comumente empregado no controle da dor intensa. Cada opióide tem suas diferenças farmacocinéticas e farmacodinâmicas que contribuem para o melhor alívio da Dor (ou seja, opioides fortes, que podem ser usados em associação ou não aos analgésicos não opioides ou anti- inflamatórios). A prescrição responsável para o tratamento da dor do paciente é fundamental para reduzir a possibilidade de abuso e dependência de medicamentos opioides, tanto em dores agudas quanto em crônicas. O uso de opioides não é justificado em casos de dores de baixa intensidade e sem complicações, mesmo quando o diagnóstico dos pacientes é de fibromialgia, dor de cabeça, dor de garganta, dor nas costas ou dor músculo- esquelética. Sendo necessária a prescrição de opioides, deve-se priorizar aqueles que tem menor potencial de causar abuso e dependência, em relação aos opioides com maior potencial. 3 Escada Analgésica da OMS | Larissa Gomes de Oliveira. Referências: DIRETRIZ DE TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA DOR Versão eletrônica atualizada em março/2012. Albert Eisnten. Hospital Israelita. Disponível em: <https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1344435028Diretriz%20do%20tto%20da%20d or.pdf> Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Dor Crônica Portaria SAS/MS nº 1083, de 02 de outubro de 2012. Retificada em 27 de novembro de 2015 Revoga a Portaria nº 859/SAS/MS, de 04 de novembro de 2002.
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