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Aula 1 - OLHOS E ANEXOS

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OLHOS E ANEXOS 
 
OLHOS: ESTRUTURA E FUNÇÃO 
 Olhos em posição lateral 
 Equinos e bovinos → presa 
 Visão panorâmica de quase 360° x traumas 
 Bulbo ocular – reside no interior da órbita e é preso por extensões do 
tecido periorbital e por músculos 
 Gordura retrobulbar → responsável pelo amortecimento do globo ocular 
dentro da cavidade orbitária evitando choques e lesões 
 Trauma atingindo ossos e forames 
 Lesão de nervos → graves consequências para a visão 
 Tecido periorbital → tecido conjuntivo 
 Barreira → impede a infiltração de infecções e neoplasias nos tecidos moles contidos na porção óssea 
(órbita) 
 Estruturas da cabeça → relação anatômica intima 
 Ducto nasolacrimal, cavidade oral, etmoide e bolsa gutural 
 
Bulbo ocular 
 Túnica externa, fibrosa e protetora, representada pela esclera e pela córnea 
 Túnica média, vascular, constituída pela úvea ou trato uveal, que se divide em íris, corpo ciliar e coroide 
 Túnica interna, nervosa, inclui a retina, disco do nervo óptico e nervo óptico 
 
Estruturas oculares 
 A divisão entre câmara anterior e posterior do olho é feita pela íris 
 Túnica externa: composta pela esclera (tecido fibroso que dá esse formato redondo dos olhos, os 
músculos responsáveis pela movimentação dos olhos estão inseridos na região da esclera) 
 Córnea: tecido da túnica externa que permite a passagem da luz para a formação das imagens 
 Túnica média: composta pela úvea (dividida em corpo ciliar, dividida pela íris e pela coroide – estrutura 
amarela que depois vai ficando verde) 
 Íris: região colorida dos olhos, responsável pela contração e relaxamento da pupila 
 Corpo ciliar: responsável pela produção do humor aquoso (liquido transparente que tem a capacidade 
de preencher a câmara anterior e a câmara posterior com a finalidade de manter a pressão intraocular) 
 Ângulo iridocorneal: responsável pela drenagem do humor aquoso 
 Coroide: grande parte da nutrição e da irrigação é feita pela coroide 
 Tapetum: camada que tem a finalidade de refletir a luz para aumentar a capacidade de enxergar em 
ambientes com baixa luminosidade 
 Túnica nervosa (formada pela retina e nervo óptico): porção nervosa responsável pela transformação da 
energia luminosa e elétrica que é levada ao encéfalo para ser convertida em imagem 
 Retina: transforma energia luminosa em energia elétrica 
 Nervo óptico: transmite a informação para o encéfalo 
 Humor vítreo: liquido gelatinoso que tem como principal função dar a estrutura arredondada aos olhos 
 Cristalino: onde as imagens são focadas 
 
 
 
Visão 
 1) captação e luz → córnea, pupila e cristalino 
 2) transformação em sinal elétrico → retina 
 3) transmissão ao encéfalo → nervo óptico 
 4) codificação da energia elétrica e transformação em imagem → encéfalo 
 Déficit visual pode estar associado a falha em qualquer ponto 
 Normal equino: grandes animais → pupila horizontal 
 Formato da pupila varia de acordo com a espécie 
 Bovinos: globo ocular lateralizado concede a capacidade ao animal ter um campo visual de quase 360° 
 Normal lhama → grânulos irídicos (prolongamento da íris – aspectos de franja, não tem função nenhuma) 
Pálpebras – funções de proteção 
 1) produção lacrimal: glândula da terceira pálpebra, glândulas de Meibomio e células conjuntivais de 
Goblet 
 2) distribuição do filme lacrimal sobre a córnea 
 3) cílios: estimulo tátil fazendo com que as pálpebras se fechem imediatamente quando tocados 
 4) regulam a quantidade de luz que entra nos olhos 
 
SEDAÇÃO 
 Cloridrato de Xilazina → dose 0,3 a 1mg/kg 
 Cloridrato de Detomidina → dose 0,005 a 0,02mg/kg 
 Infusão contínua 
 Bolus de 0,008mg/kg 
 Taxa de infusão de 0,04mg/kg/h – diluir em fisiológica de 250mL 
 
 
BLOQUEIO PALPEBRAL 
 4 pontos de bloqueio 
 1 a 2mL de lidocaína 2% por ponto 
 Associar a colírio anestésico 
 Conjuntiva 
 Superfície da córnea 
 Principalmente do nervo aurículo-palpebral – vai impedir a 
pálpebra de ficar fechando, apenas estimulo motor 
 Os outros nervos são responsáveis pelo estimulo doloroso 
 Anestesia dos anexos oculares 
 Bloqueio aurículo-palpebral → ramo motor do nervo facial (VII) 
→ bupivacaína 
 
 
 
 
 
 
IRRIGAÇÃO SUBPALPEBRAL 
 Premissa: dificuldade na irrigação e administração constante de medicamentos tópicos 
 Animais nervosos 
 Mecanismo que um cateter vai ser deixado abaixo da pálpebra e há um prolongamento que vai até o 
pescoço para o colírio ser administrado e também auxiliar na lavagem 
do olho 
 Extremidade achatada e não traumática 
 Técnica 1 
 Sedação + bloqueio 4 pontos com lidocaína + 1mL de lidocaína no 
ponto de perfuração + colírio anestésico 
 Implantação de tubo de silicone no fórnix conjuntival, atravessando 
a pálpebra superior 
 Retirar a agulha e fixar o tubo de silicone à pele 
 Manter distância da superfície da córnea 
 O que se instila? 
 Solução fisiológica (NaCl 0,9%) → limpeza 
 Colírios contento AINE e/ou ATB 
 Depende da prescrição 
 Como retirar? Seda-se o animal para retirar 
 
ENTRÓPIO 
 
 Afecção que ocorre na pálpebra, porém predispõe uma lesão secundária no olho, principalmente na 
córnea – úlceras de córnea 
 Inversão da pálpebra – fica voltada em direção aos olhos 
 Os cílios vão se comportar como um agente agressor, causando trauma 
 
ENTRÓPIO CONGÊNITO 
 Pálpebra invertida → contato de pelos e cílios com o olho podem causar irritação na conjuntiva e lesões 
na superfície da córnea 
 Mais comum na pálpebra inferior 
 Pálpebra superior → relatos em mini-horses 
 Etiologia congênita 
 Usualmente bilateral 
 Correção cirúrgica permanente (procedimento para promover a eversão dessa pálpebra) 
Técnica permanente de Hotz-Celsius modificada 
 Anestesia geral inalatória + bloqueio de 4 pontos + colírio 
anestésico 
 Realizar uma incisão semilunar abaixo da pálpebra 
acometida, realizar uma divulsão removendo esse flap de 
pele e sutura com pontos simples separados com fio 
inabsorvível 
 
 
 
ENTRÓPIO ADQUIRIDO 
 Etiologia adquirida 
 Úlcera de córnea → dor → blefaroespasmo (vibração de pálpebras) → entrópio espástico → unilateral 
 Pacientes desidratados ou septicêmicos → perda do turgor da pálpebra e/ou enoftalmia (olho fundo – 
retração do globo ocular)→ bilateral 
 Tratamento clínico 
 Tratar afecção primária 
 Lubrificação + correção manual + bloqueio do nervo aurículo-palpebral 
 Não indica-se cirurgia corretiva permanente 
Técnica temporária 
 Realizar uma sutura em uma prega de pele sem realizar nenhuma incisão 
 Anestesia geral inalatória + colírio anestésico + bloqueio de 4 pontos 
 
 
 
ECTRÓPIO 
 
 Pálpebra evertida → maior exposição do bulbo ocular e conjuntiva 
 Raro em equinos 
 Usualmente bilateral 
 Pode levar a lesões na superfície da córnea 
 Etiologia adquirida na maioria dos casos 
 Traumática → lesão palpebral seguida de retração cicatricial 
 Iatrogênica → procedimentos cirúrgicos inapropriados 
Técnica cirúrgica em V-to-Y 
 Incisão em V com bisturi 
 Dissecção romba e excisão do tecido cicatricial 
 Sutura formando Y em pontos simples separados com fio inabsorvível nylon n° 4-0 ou 5-0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LACERAÇÕES PALPEBRAIS 
 Etiologia traumática 
 Edema se instala rapidamente → redução 
 Compressa com água gelada sobre a laceração 
 Cuidado com lesão pelo frio na córnea 
 Aplicação tópica de solução (10% em fisiológica) de dimetil-sulfóxido (DMSO) → evitar superfície ocular 
 Flunexin meglumine → dose de 1,1mg/kg IV 
 NÃO USAR CORTICÓIDES → risco se houver úlcera 
 Verificar presença de corpos estranhos 
 
 Sutura da conjuntiva → PSS com fio absorvível de poliglactina 910 (Vicryl) n° 4-0 a 6-0 (o fio absorvível pode 
causar reação inflamatória local – avaliar necessidade de uso) 
 Sutura de pele → PSS com fio inabsorvível de nylon n° 4-0 a 5-0 
 Nãodeixar pontas de fios longas → lesão na superfície da córnea 
 Flap de conjuntiva ou terceira pálpebra → proteção 
 
 
 
 
 
 
 
NEOPLASIAS PALPEBRAIS 
 
Sarcoides 
 Benignos 
 Comuns em equídeos 
 Verrucosos ou fibroblásticos – mais comuns (podem ulcerar) 
 Biópsia para confirmar o diagnóstico – cautela para realizar a biópsia pois pode haver piora se forem 
casos de carcinoma de células escamosas 
 Tentativa de tratamento por hipertermia, crioterapia, imunoterapia, radioterapia ou quimioterapia → 
geralmente leva a recidivas – utilizar esses métodos com o intuito de diminuir o tumor para depois realizar 
a excisão total do tumor 
 Se não resolver, excisão cirúrgica (método mais eficaz de tratamento) seguindo princípios da cirurgia 
palpebral (manter pálpebra funcional) 
 
Carcinoma de células escamosas 
 Podem acometer pálpebras superior, inferior, terceira pálpebra e globo ocular 
 Fatores predisponentes → pálpebras despigmentadas + exposição à radiação solar 
 Tumores apresentam-se proliferativos e ulcerados, causando reação inflamatória local moderada, tumor 
mais infiltrado no tecido 
 Neoplasias devem ser excisadas com margem de segurança e tecido enviado para análise histológica 
 Não fazer biópsia 
 
 Excisão do tumor – blefaroplastia em “H” 
 Anestesia geral inalatória + bloqueio dos 4 pontos + colírio anestésico 
 É realizada uma incisão retangular ou quadrada ao redor do tumor, com 
uma tesoura deve-se divulsionar esse tecido. 
 Realiza-se um flap cutâneo para substituir a pálpebra prolongando a 
incisão para baixo e na extremidade desse prolongamento retira-se um 
triangulo de cada lado, o que vai permitir que o flap de pele seja 
avançado até o local desejado 
 
 Excisão do tumor – blefaroplastia em retalho de rotação 
 Anestesia geral inalatória + bloqueio dos 4 pontos + colírio anestésico 
 Retira-se o tecido com o tumor, divulsiona-se todo o tecido lesionado 
 Realizar uma incisão em meia lua ao redor da região onde havia um tumor e rotaciona-se o tecido de 
uma forma que se consiga cobrir a região onde estava o tumor 
 
 Remoção da terceira pálpebra 
 Incisão na terceira pálpebra e retira-se por completo com tesoura ou bisturi 
 Criocauterização com nitrogênio → duas funções – eliminar células neoplásicas remanescentes e 
promove hemostasia de algum vaso 
 
 
 
ÚLCERAS DE CÓRNEA 
 
 Etiologia traumática 
 Diagnóstico → teste fluoresceína 
 Lesões → cores na córnea 
 Branco: abscesso ou necrose 
 Azul: edema 
 Vermelho: vasos 
 Profunda 
 Crônica (quando já há vascularização na córnea na tentativa da resolução da úlcera) 
 Neovasos 
Tratamento clínico → 6 a 8 vezes ao dia 
 Debridamento superficial → cotonete seco (1 vez) 
 Flunexin meglumine → 1,1mg/kg IV 
 Úlceras de córnea são dolorosas 
 Irrigação com solução fisiológica → remoção de secreções 
 Aplicação de soro equino → ação anti-colagenase (atrasa a ação das colagenases, auxiliando na 
limpeza e cicatrização da úlcera) 
 Aplicação de tobramicina colírio (Tobrex®) – antibiótico de uso tópico para superfície ocular 
 Obs.: não usar tobramicina associada a dexametasona (Tobradex®) – o corticoide atrapalha a 
cicatrização da úlcera e se esta for profunda pode piorar a úlcera 
 
 
 
Flap conjuntival 
 Indicações: úlcera profunda ou crônica, perfuração de córnea 
 Objetivos: 
 Prover suporte físico imediato ao tecido corneal enfraquecido (úlcera) evitando perfuração 
 Reparar imediatamente o tecido corneal perfurado 
 Prover suprimento sanguíneo 
 Prover fibroblastos, anti-proteases e células de defesa 
 Sutura da conjuntiva sobre a córnea → PSS, nylon 7-0 
 Evolução → retração do flap 
 Liberação do flap: sedação e bloqueio dos 4 pontos + colírio anestésico; antissepsia com solução de iodo 
povidine 0,05% e depois realiza-se uma incisão no pedículo do flap, o tecido conjuntival vai se incorporar 
à córnea 
Tarsorrafia 
 Objetivo: fechamento das pálpebras, temporário ou permanente 
 Indicações: 
 Paralisia do nervo facial → predispõe a úlceras 
 Exoftalmia – proeminência do globo ocular 
 Massas retrobulbares (neoplasia, abscesso, sinusite) e trauma na órbita 
 Ceratoconjuntivite seca 
 Após cirurgia ocular → proteção 
 
 Temporária: corrigir afecção primária 
 3 ou 4 pontos em “U” horizontais, nylon 2-0 ou 3-0 + captons 
 Manter canto medial ligeiramente aberto → drenagem 
 
 
 
 Permanente: incisões de 3mm no tarso palpebral superior e inferior no local de cada 
ponto de sutura 
 Incisões de 3mm no tarso palpebral superior e inferior no local de cada ponto 
de sutura 
 “U” horizontal, nylon 2-0 ou 3-0, com captons 
 Retirar após 2 semanas 
 Reversão: incisão com tesoura das áreas do tarso palpebral cicatrizadas 
 
Enucleação 
 Indicação → remoção de olhos afuncionais, dolorosos e/ou deformados 
 Animais vivem bem com um olho só, inclusive equinos de esporte 
 Técnica de enucleação transpalpebral 
 Tecido periorbital e periósteo não são removidos 
 Exceção → alterações sugestivas de neoplasia 
 Fechamento das pálpebras → simples contínua, nylon n° 0 
 Aplicação de pontos de apoio e incisão a 0,5cm do tarso, divulsão romba do tecido periorbital 
 Identificar o pedículo neurovascular onde está o nervo óptico, pinçar o pedículo 
 Infiltração de cloridrato de lidocaína 2% (20mL) no pedículo 
 Transfixação e ligadura do pedículo → poliglactina 910 n° 0 (nem sempre é possível) 
 Sutura contínua do tecido periorbital superior a inferior → nylon 1 
 Malha formada evita aspecto côncavo 
 Cushing no tecido subcutâneo → poliglactina 910 n°, pele → PSS com nylon n° 0

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