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Psicologia Médica - Resumo 1º Bimestre

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PSICOLOGIA MÉDICA 
 
FREUD, PSICANÁLISE E MEDICINA 
 
FREUD 
* estudou medicina e psicologia; como médico neurologista, interessou-se por 
problemas físicos relacionados a possíveis causas emocionais; trabalhava nos hospitais 
com casos de neurose e histeria 
 
A QUESTÃO DO SINTOMA 
* o sintoma médico é um sinal ou conjunto de sinais que indicam alguma coisa, levam à 
etiologia da doença, chegando a um diagnóstico. 
* a conduta médica é de atacar o sintoma para eliminá-lo 
* para a psicanálise o sintoma é uma formação inconsciente, que revela a verdade do 
sujeito 
* psicanálise caminha na direção do resgate da subjetividade 
 
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE 
 
 
 
CONSCIENTE – representado pelo EGO 
* pequena parte da mente que inclui tudo o que estamos cientes num dado momento – 
lidar com a realidade; 
* recebe, ao mesmo tempo, as informações do mundo exterior e as provenientes do 
interior; 
* a consciência desempenha um papel importante na dinâmica: 
o Conflito: evitação consciente do desagradável, regulação mais discriminadora 
do princípio do prazer. 
o Tratamento: função e limite da tomada de consciência, mas não pode ser 
definida como um dos polos em jogo no conflito defensivo 
 
PRÉ-CONSCIENTE – representado pelo SUPEREGO 
* parte do consciente que pode tomar-se consciente com facilidade 
* representam porções da memória que são acessíveis 
* é como uma vasta área possuidora das lembranças que a consciência precisa para 
desempenhar suas funções 
* pode conter: lembranças do que fizemos ontem, cheiros, experiências passadas, etc. 
 
 
INCONSCIENTE – representado pelo ID 
* quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e 
sentimentos que o precedem, as conexões estão no inconsciente; 
* parte onde ficam os elementos instintivos que nunca foram conscientes e que não são 
acessíveis à consciência 
* também materiais que foram excluídos da consciência, censurados ou reprimidos – 
que não queremos acessar -, segundo Freud 
* esse material não e esquecido ou perdido, mas não lhe é permitido ser lembrado 
* o pensamento ou a memória ainda afetam a consciência, mas apenas indiretamente 
* memórias muito antigas quando liberadas não perdem sua força emocional 
* processos inconscientes são, portanto, “intemporais”, ou seja, não são ordenadas 
temporalmente, o tempo de modo nenhum os altera, a ideia de tempo não lhes pode ser 
aplicada. 
* no inconsciente estão os principais determinantes da personalidade, as formas de 
energia psíquica e pulsões ou instintos. 
 
O ID 
* contém tudo que é herdado, que está presente desde o nascimento 
* esses conteúdos representam os instintos 
* é a estrutura original, básica e mais central 
* é amorfo, caótico e desorganizado 
* exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego 
* as leis lógicas do pensamento não se aplicam ao Id 
* pode ser comparado a um REI CEGO: tem poder e autoridade totais, mas depende dos 
outros para usar e distribuir de modo adequado seu poder 
* os conteúdos do Id são quase todos inconscientes 
* reserva configurações mentais que nunca se tornaram conscientes e materiais que 
foram considerados inaceitáveis pela consciência 
* a atividade do Id consiste em impulsos que buscam o prazer 
* o Id deseja a gratificação imediata e não tolera frustração 
* o Id é aquele nosso lado instintivo, que não mede as consequências dos atos para se 
satisfazer 
 
O EGO 
* parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa 
* desenvolve-se a partir do Id à medida que o bebê se torna cônscio de sua própria 
identidade 
* como uma casca de uma árvore protege o Id, mas extrai dele a energia 
* tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e a sanidade da personalidade – tarefa de 
autopreservação 
* originalmente criado pelo Id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a 
tensão e aumentar o prazer; contudo, regula e controla os impulsos do Id, de modo que 
o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas 
 
 
 
 
 
 
 
O SUPEREGO 
* o seu papel é assimilável ao de um juiz ou de um censor em relação as atividades do 
Ego 
* Freud vê na consciência moral, na auto observação, na formação de ideais e nas 
funções do superego 
* constitui-se por interiorização das exigências e das interdições parentais 
* desenvolve-se a partir do ego 
* age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente 
* também age inconscientemente através de compulsões, proibições, sentimento de 
culpa, etc. 
 
PSICANÁLISE – CONCEITOS BÁSICOS 
 
SELF 
* é o ser total: o corpo, os instintos, os processos conscientes e inconscientes 
* para Freud, um self não existe separado do corpo 
 
LIBIDO 
* origem latina: desejo ou anseio 
* para Freud, é a energia aproveitável para os instintos da vida e pode ser deslocada de 
uma área de atenção para outra com facilidade 
* a energia do instinto de morte não foi nomeada por Freud 
 
 CATARSE 
* é a cura pela fala, pela conversa 
* é o desabafo no momento terapêutico 
* à medida que o paciente relata suas angústias, está fazendo a catarse de seus 
sentimentos e com isso diminuindo as tensões 
 
TRANSFERÊNCIA 
* ao longo do desenvolvimento, uma parte da libido é detida pela censura da 
personalidade consciente e da realidade, ficando presa no inconsciente 
* o indivíduo, cujas necessidades eróticas não tenham sido satisfeitas, orientará 
representações libidinais para toda nova pessoa que surja em seu horizonte 
* forma de deslocamento na qual um indivíduo dirige para um objeto presente todos 
aqueles impulsos, defesas, atitudes, sentimentos e respostas que experimentou ou 
desenvolver com os primeiros objetos da sua vida. 
 - objetos: tudo aquilo que não é o indivíduo, ou seja, desde coisas a pessoas. 
* a maneira de lidar com a neurose de transferência é através da interpretação 
transferencial que estabelece o terapeuta como figura real diferente dos objetivos 
primitivos introjetados pelo paciente 
 
CONTRATRANSFERÊNCIA 
* respostas psicológicas do terapeuta ao paciente, vistas por ele como resultantes de 
conflitos neuróticos a serem superados 
* todos os sentimentos (conscientes e inconscientes) que o terapeuta experimenta na 
relação terapêutica 
 
 
 
MECANISMOS DE DEFESA 
* foi esse o nome que Freud adotou para descrever os diferentes tipos de manifestações 
que as defesas do Ego podem apresentar. 
* não há divergências quanto ao fato de que os mecanismos de defesa são utilizados 
pelo Ego, mas permanece aberta a questão teórica de saber se a sua utilização pressupõe 
sempre a existência de um Ego organizado que seja seu suporte 
* luta e estratégias que o Ego utiliza para defender-se de ideias, emoções e sentimentos 
muito desagradáveis ou até mesmo insuportáveis que foram exilados no inconsciente 
* o Ego realiza manobras que permite que esses conteúdos se expressem por meios de 
novas ideias que não causem tanta dor 
* as defesas do Ego podem se dividir em: 
o Defesas Bem Sucedidas: aquelas que geram a cessão daquilo que se rejeita 
o Defesas Patogênicas: aquelas que radicam as neuroses; quando os impulsos 
opostos não encontram descarga, mas permanecem suspenso no inconsciente e 
ainda aumentam pelo funcionamento continuado de suas fontes físicas, produz-
se estado de tensão, com possibilidade de irrupção. 
 
SUBLIMAÇÃO 
* processo pelo qual a energia originalmente dirigida para propósitos sexuais ou 
agressivos é direcionada para novas finalidades com frequência metas artísticas, 
intelectuais ou culturais (saudáveis) 
* a sublimação foi denominada como a “defesa bem sucedida” 
* a energia sublimada reduz as pulsões originais 
* exemplo: paciente pré-diabético que come uma barra de chocolate todas as noites, 
troca esse habito ruim por outro saudável, como rezar, pintar um quadro, comer uma 
fruta; dependentes químicos que trocamo hábito do uso de drogas e se tornam muito 
religiosos. 
 
NEGAÇÃO 
* tentativa de não aceitar na realidade um fato que perturba o Ego 
* sentimento não elaborado ou reprimido 
* pode remeter a uma não adesão ao tratamento, porque não se convence do conjunto de 
sintomas 
* exemplo: paciente que está com câncer avançado e nega isso. 
 
RACIONALIZAÇÃO 
* processo de achar motivos aceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis 
* modo de aceitar a pressão do superego, disfarçando nossos motivos e tornando nossas 
ações moralmente aceitáveis (plano de moral) 
* há uma explicação racional, mas, também, evita-se o sentimento, pois não há uma 
elaboração do sentimento 
 
PROJEÇÃO 
* ato de atribuir os sentimentos ou intenções, que se originam em si, a outra pessoa ou 
objeto 
* não vemos em nós mesmo o que parece claro e óbvio no outro. 
* exemplo: você está furioso comigo (na verdade eu estou furioso com você) 
 
 
 
ISOLAMENTO 
* é o ato de dividir a situação de modo a restar pouca ou nenhuma reação emocional 
ligada ao acontecimento. 
* é uma maneira árida de tratar as situações 
* uma pessoa pode ter cada vez menos contato com seus próprios sentimentos 
* o pensamento logico é o que predomina 
* é parecido com a negação, mas a negação há afirmações de negação (ex: não estou 
doente, não apresento sintomas, não foi isso que aconteceu); já no isolamento, há uma 
negação da reação emocional (ex: não se permitir ficar com o semblante entristecido, 
chorar, ter momento em que se sinta angustiado, desesperado); ou seja, há um 
isolamento dos sentimentos/emoções decorrentes da situação geradora. 
 
 
 
PSICANÁLISE E AS FASES PSICOSSEXUAIS DO DESENVOLVIMENTO 
* a cada fase – mudanças no que é desejado e busca por mecanismos que irão satisfazer 
os desejos 
* a cada fase – modificações nas formas de gratificação 
* a cada fase – diferentes áreas físicas de gratificação 
* quando não há progressão normal em cada fase – fixação na fase em que a pessoa 
ficou mais envolvida 
 
FASE ORAL 
* desde o nascimento – necessidades e gratificações concentradas em volta dos lábios, 
língua e mais tarde, nos dentes. 
* necessidade de alimento para atenuar tensões de fome e sede 
* ao ser alimentada a criança recebe afeto, carinho, é tocada e acolhida 
* porém, associa prazer e redução de tensão a alimentação 
* a boca e os lábios são, portanto, considerados zonas erógenas, ou seja, zonas corporais 
de prazer 
* para Freud, a criança conhece o mundo através da boca (levam muitos objetos a boca) 
* o prazer inicial da alimentação (sugar o seio) é transferido para outros objetos 
* boca – primeira parte do corpo que o bebê pode controlar 
* energia libidinal é focada nessa parte 
* embora outras partes do corpo sejam descobertas como recursos para a gratificação, 
com o desenvolvimento alguma energia permanece nas áreas de gratificação oral 
* no adulto, vários hábitos de prazer oral são mantidos: comer, chupar, mascar, fumar, 
morder. 
* exageros nesses hábitos podem indicar fixação na fase oral e falta de maturação 
psicológica 
* a fase oral depois do aparecimento dos dentes – manifestação de instintos agressivos: 
morder seio materno 
 
FASE ANAL 
* controle dos esfíncteres anal e uretal (fezes e urina) 
* ocorre entre 2 e 4 anos 
 * criança passa a ter satisfação em executar esse controle 
* simbolicamente associa o poder de controle ao poder de agradar ou desagradar sua 
mãe 
* o interesse dos pais no treinamento da higiene permite à criança exigir atenção e 
elogios tanto pelo controle bem sucedido quanto pelos “erros” 
* a libido está localizada predominantemente no ânus 
* no adulto as características são resultado de experiências sofridas na fase oral ou a 
própria confusão inerente a ela 
* ideias de que ir ao banheiro é sujo e deve ser guardado em segredo 
* no início da fase as crianças costumam não compreender porque suas fezes e urina 
não são apreciados 
* gostam de observar as fezes e “dar tchau” na hora da descarga 
* a contradição está em a criança ser elogiada por produzir as fezes, porem essa 
produção ser repugnante para os pais 
* área da higiene na vida adulta acaba sendo carregada de proibições e tabus 
 
FASE FÁLICA 
* por volta de 3 anos a criança passa a focalizar as áreas genitais do corpo 
* passa a se dar conta de seu pênis ou da falta de um (meninas) 
* consciência das diferenças sexuais 
* essa fase recebe esse nome pelo fato da palavra falo ser sinônimo de pênis 
* a libido concentra-se principalmente na região genital 
* hipótese de Freud – inveja do pênis em meninas pois homens e mulheres 
desenvolviam sérios temores sobre questões sexuais 
* o desejo de te rum pênis e aparente descoberta de que lhe falta algo constitui momento 
crítico no desenvolvimento feminino 
 
FASE DE LATÊNCIA 
* entre 5 e 6 anos até o começo da puberdade 
* a sexualidade não avança, os anseios sexuais diminuem de vigor 
* surgem atitudes do ego como vergonha, repulsa, moralidade a fim de trazer a frente a 
puberdade 
* nessa fase predomina o interesse da criança para tudo que a cerca 
* a sexualidade fica menos centrada no corpo 
* a libido é direciona pelo desejo de aprender 
* a criança está auto-motivada para a aprendizagem 
 
 
 
 
FASE GENITAL 
* com a chegada da puberdade, devido a produção hormonal, a sexualidade volta a 
tomar a cena 
* na fase genital, a sexualidade adquiri um colorido adulto permeando todo o corpo 
* a energia libidinal retorna para os órgãos sexuais 
* meninos e meninas estão conscientes de sua identidade sexual distintas 
* ocorre a busca pela satisfação das necessidades eróticas e interpessoais 
* questões não solucionadas na fase fálica podem voltar a consciência tornando essa 
fase conflituosa 
* em contrapartida, pode ser também o momento facilitador para a resolução dessas 
questões 
 
DEPRESSÃO 
* um sentimento permanente 
* a pessoa não consegue realizar suas atividades por conta disso e reage 
desproporcionalmente aos eventos 
* exemplo: chorar ao não conseguir fazer um telefonema, ter uma visão pessimista de si 
e do futuro na maioria das vezes ou sempre 
* a pessoa não consegue se reorganizar psicossocialmente para adaptar-se à nova 
realidade e sofre também por conta disso (no caso de perder alguém) 
* podem ocorrer também alterações no comportamento tais como retraimento social, 
crises de choro, abandono de atividades habituais e do cuidado próprio, comportamento 
suicida, retardo ou agitação psicomotora 
o Queixas Psíquicas 
- humor depressivo 
- anedonia (perca de prazer em atividades anteriormente prazerosas) 
- ideias de autodesvalorização e culta 
- ideias de morte e suicídio 
- fadiga 
- sensação de perda de energia 
- diminuição da concentração, memoria e capacidade de decidir 
o Queixas Somáticas 
- aumento ou diminuição de sono, apetite e peso 
- diminuição da libido 
- dores sem substrato orgânico 
 
CID10 – 1993 
* humor reprimido; anedonia; fatifabilidade aumentada e atividades reduzidas 
* concentração e atenção reduzidas 
* autoestima e autoconfiança reduzidas 
* ideias de culpa e inutilidade 
* divisões desoladas e pessimistas do futuro 
* ideias ou atos autolesivos e/ou suicídio 
* sono perturbado 
* apetite diminuído 
 
 
 
 
 
DSM V – 2014 
* humor deprimido na maior parte do dia; quase todos os dias 
* acentuada anedonia 
* perda ou ganho de peso significativo sem fazer dieta 
* insônia ou hipersonia quase todos os dias 
* agitação ou retardo psicomotor diário 
* fadiga diariamente 
* sentimento de inutilibilidade/culpa 
* raciocínio e atenção diminuído 
* ideação suicida 
 
 
TRISTEZA 
* é um sentimento passageiro/momentâneo 
* normalmente uma reação esperada à algum evento significativo e desagradável para 
que a mesma seja eliciada 
* exemplo: perda de ente querido, separação, demissão do trabalho, perca de um objeto 
significativo 
 
LUTO 
* éesperado um sentimento de tristeza pro até 6 meses, período entendido pela 
literatura como necessário para que a pessoa possa reorganizar-se emocionalmente, 
socialmente após a perda de alguém significativo 
 
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR 
* cinco ou mais sintomas 
* devem estar presentes durante o período de duas semanas 
* pelo menos um dos sintomas é: humor deprimido ou perda de interesse ou prazer 
* os sintomas são: 
o Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias; em crianças e 
adolescentes, pode ser humor irritável 
o Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas atividades 
na maior parte do dia, quase todos os dias 
o Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou 
aumento do apetite quase todos os dia 
o Insônia ou hipersonia quase todos os dias 
o Agitação ou reatardo psicomotor quase todos os dias 
o Fadiga ou perda de energia quase todos os dias 
o Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os 
dias 
o Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos 
os dias 
o Pensamentos recorrentes de morte (não só medo de morrer), ideação suicida 
recorrente sem um plano especifico, uma tentativa de suicídio ou plano 
especifico para cometer suicídio 
 
 
 
 
 
TRANSTORNOS PERSISTENTES DE HUMOR 
o Distimia 
- grau mais leve e crônico de sintomatologia depressiva que apesar de causar sofrimento 
não restringe totalmente o sujeito de lidar com as exigências sociais do meio 
- início geralmente no final da adolescência 
- 6% da população mundial 
 
o Ciclotimia 
- oscilação persistente de humor, variando entre períodos depressivos e períodos de 
remissão (estabilidade) 
- início geralmente na fase adulta e persiste 
- difícil de ser diagnosticado 
 
COMORBIDADES DA DEPRESSÃO 
* depressão e cardiopatias 
* depressão e doenças endocrinológicas (diabetes mellitus; distúrbios da tireoide) 
* obesidade 
* doenças renais 
* oncologia 
* dor crônica 
* doenças neurológicas (avc, Parkinson, epilepsia, demência, Alzheimer) 
* ginecologia e obstetrícia 
 
DEPRESSÃO INFANTIL 
* humor irritável ou rabugento 
* queda abrupta ou rendimento escolar explicada pela dificuldade de concentração 
* sensação prolongada de desamparo 
* incapacidade de se divertir 
* sentimento de falta de valor 
*fadiga 
 
DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA 
* mau humor 
* irritabilidade 
* falta de motivação 
* sentimento de tédio 
* prejuízo no rendimento escolar 
 
AVALIAÇÃO DA DEPRESSÃO ADULTOS – ESCALA BECK 
 
 
ESCALA DE DEPRESSÃO – HAMILTON 
o Humor Reprimido 
- ausente 
- sentimentos relatados apenas ao ser perguntado 
- sentimentos relatados espontaneamente, com palavras 
- comunica os sentimentos com expressão facial, postura, voz, tendência ao choro 
- sentimentos deduzidos da comunicação verbal e não verbal do paciente 
o Sentimento de Culpa 
- ausente 
- auto-recriminação; sente que decepcionou os outros 
- ideias de culpa ou ruminação sobre erros passados ou más ações 
- a doença atual é um castigos; delírio de culpa 
- ouve vozes de acusação ou denúncia e/ou tem alucinações visuais ameaçadoras 
o Suicídio 
- ausente 
- sente que a vida não vale a pena 
- desejaria estar morto; pensa na possibilidade de sua morte 
- ideias ou gestos suicidas 
- tentativa de suicídio (qualquer tentativa séria) 
o Insônia Inicial 
- sem dificuldade 
- tem alguma ocasional, isto é, mais de meia hora 
- queixa de dificuldade para conciliar todas as noites 
o Insônia Intermediária 
- sem dificuldade 
- queixa-se de inquietude e perturbação durante a noite 
- acorda à noite; qualquer saída da cama (exceto para urinar) 
o Insônia Tardia 
- sem dificuldade 
- acorda de madrugada, mas volta a dormir 
- incapaz de voltar a conciliar o sono ao deixar a cama 
o Trabalhos e Atividades 
- sem dificuldade 
- pensamento/sentimento de incapacidade, fadiga, fraqueza relacionada às atividades; 
trabalho ou passatempos 
- perda de interesse por atividades (passatempos, trabalho) – quer diretamente relatada 
pelo paciente, ou indiretamente, por desatenção, indecisão e vacilação (sente que precisa 
se esforçar para o trabalho ou atividades). 
- diminuição do tempo gasto em atividades ou queda da produtividade. No hospital, 
marcar 3 se o paciente passa menos de 3h em atividades externas (passatempos ou 
trabalho hospitalar) 
- Parou de trabalhar devido à doença atual. No hospital, marcar 4 se o paciente não se 
ocupar de outras atividades além de pequenas tarefas do leito, ou for incapaz de realizá-
las sem auxílio 
o Agitação 
- nenhuma 
- brinca com as mãos ou com os cabelos 
- troce as mãos, rói as unhas, puxa os cabelos, morde os lábios 
 
 
o Ansiedade Psíquica 
- sem ansiedade 
- tensão e irritabilidade subjetivas 
- preocupação com trivialidades 
- atitude apreensiva aparente no rosto ou fala 
- medos expressos sem serem inquiridos 
o Ansiedade Somática 
- sintomas fisiológicos de ansiedade: boca seca, flatulência, indigestão, diarreia, cólicas, 
eructações, palpitações, cefaleia, hiperventilação, suspiros, sudorese, frequência urinária 
- ausenta 
- leve 
- moderada 
- grave 
- incapacitante 
o Sintomas Somáticos Gastrointestinais 
- nenhum 
- perda do apetite, mas alimenta-se voluntariamente; sensação de peso no abdome 
- dificuldade de comer se não insistirem; solicita ou exige laxativos ou medicações para 
os intestinos ou para sintomas digestivos 
o Sintomas Somáticos em Geral 
- nenhum 
- peso em membros, costas ou cabeça; dores nas costas, cefaleia, mialgia; perda de 
energia e cansaço 
- qualquer sintoma bem caracterizado e nítido 
o Sintomas Genitais 
- perda da libido, sintomas menstruais 
- ausentes 
- leves distúrbios menstruais 
- intensos 
o Hipocondria 
- ausente 
- auto observação aumentada (com relação ao corpo) 
- preocupação com a saúde 
- queixas frequência; pedidos de ajuda; 
- ideias delirantes hipocondríacas 
o Perda de Peso 
- marcar A: pela história; marcar B: pela avaliação semanal do psiquiatra responsável 
* A 
- 0: sem perda de peso 
- 1: provável perda de peso da doença atual 
- 2: perda de peso definida 
*B 
- 0: menos de 0,5kg de perda por semana 
- 1: mais de 0,5kg de perda por semana 
- mais de 1kg de perda por semana 
o Consciência da Doença 
- reconhece que está deprimido e doente 
- reconhece a doença mas atribui-lhe a causa à má alimentação, ao clima, ao excesso de 
trabalho, a vírus, necessidade de repouso 
- nega estar doente 
 
o Variação Diurna 
- se há variação dos sintomas pela manhã ou à noite 
- caso não haja variação, marcar zero 
- ausentes 
- leve 
- grave 
o Despersonalização e Desrealização 
- ideias, niilistas, sensações de irrealidade 
- ausentes 
- leves 
- moderadas 
- graves 
- incapacitantes 
o Sintomas Paranoides 
- nenhum 
- desconfiança 
- ideias de referencia 
- delírio de referência e perseguição 
o Sintomas Obsessivos e Compulsivos 
- nenhum 
- leves 
- graves 
 
DEPRESSÃO E TUBERCULOSE 
 
ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM PACIENTES COM 
TUBERCULOSE PULMONAR EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE 
DOENÇAS PULMONARES EM SALVADOR – BAHIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM PACIENTES COM TUBERCULOSE E 
DISTÚRBIO DO METABOLISMO DE GLICOSE NO PERU 
 
 
 
REVISÃO SOBRE TUBERCULOSE E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS 
 
 
 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO 
* acompanhamento multidisciplinar 
* terapia cognitivo comportamental (TCC) + terapia farmacológica (ouro) 
* alimentação saudável 
* exercícios físicos 
* atividades sociais e de lazer 
* repouso 7-8 horas 
* sentimentos/relacionamentos positivos – bem estar subjetivo/felicidade/gratidão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRIMEIRA SEMANA INTEGRADORA 
 
1) DIFERENCIAR TRISTEZA E DEPRESSÃO 
 
Tristeza é considerado um sentimento de afeto. A tristeza diante de uma perda 
significativa que tanto pode ser de alguém amado quantode natureza ideal pode 
sinalizar que estamos em trabalho de luto. O luto é saudável, normal e permite que 
possamos, ao final do mesmo, realizar novos investimentos e projetos de vida. Em 
nossa época há pouca tolerância à dor do próximo, bem como poucas balizas para o 
trabalho de luto. Há cada vez menos ritos fúnebres, por exemplo, o que dificulta que o 
sujeito enlutado possa avançar na necessária elaboração a que é convocado quando 
submetido a uma perda significativa. A ausência deste importante trabalho de 
elaboração pode confinar alguém em um estado depressivo que deve ser diferenciado da 
Depressão, que requer tratamento específico. 
O transtorno de depressão é um sentimento de tristeza suficientemente intenso para 
afetar o desempenho das funções e reduzir o interesse ou o prazer em atividades. Ele 
pode surgir depois de uma perda ou outro acontecimento triste, mas é desproporcional 
em relação ao acontecimento e se prolonga por mais tempo do que seria normal. 
 
 
2) DEFINIR RESILIÊNCIA E RELACIONAR COM O IMPACTO DO 
DIAGNÓSTICO 
 
* Resiliência é a capacidade do indivíduo de passar por experiências de adversidade e 
sair fortalecido delas, superando o sofrimento humano em distintos contextos: como 
pobreza, violência e catástrofes ambientais. É enfrentar os fatores de risco de forma 
positiva a passar por tais situações. A resiliência pode ser ensinada e aprendida, 
possuindo três eixos: 
* Autoconceito positivo que leva a possuir uma boa autoestima- comportamento 
autoconfiante. 
* Relação flexível com a circunstância dolorosa, o que pode levar a possuir uma 
orientação vital de forma- sentido de autopreservação e crescimento. 
* Dimensão temporal na qual a pessoa resiliente é capaz de aproveitar-se do passado e 
do futuro em favor do presente 
* A resiliência caracteriza-se pela capacidade de um determinado sujeito ou grupo 
passar por uma situação adversa, conseguir superá-la e sair dela fortalecido. 
* Pessoas resilientes apresentam características como autoestima positiva, habilidades 
de dar e receber em relações humanas, disciplina, responsabilidade, receptividade e 
tolerância ao sofrimento 
* Ao passar por uma situação traumática, muitas pessoas tendem a procurar ajuda 
profissional para orientá-las nesse contexto adverso, sendo o psicólogo um desses 
profissionais que possuem formação adequada para fornecer a ajuda necessária. 
* No contexto de enfermidade, a resiliência seria a capacidade de um indivíduo lidar 
com a doença aceitando as limitações que lhe são impostas diante de sua nova condição, 
colaborando com aderência ao tratamento e readaptando-se de forma positiva. 
Baseando-se nessa perspectiva, é preciso entender o paciente como único, pois sua 
história de vida irá determinar como irá defrontar-se com a doença. 
Dessa forma, nenhuma doença é a mesma para diferentes pessoas, sendo capaz de 
provocar reações diversas e singulares a cada um 
 
SEGUNDA SEMANA INTEGRADORA

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