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PSICOLOGIA MÉDICA FREUD, PSICANÁLISE E MEDICINA FREUD * estudou medicina e psicologia; como médico neurologista, interessou-se por problemas físicos relacionados a possíveis causas emocionais; trabalhava nos hospitais com casos de neurose e histeria A QUESTÃO DO SINTOMA * o sintoma médico é um sinal ou conjunto de sinais que indicam alguma coisa, levam à etiologia da doença, chegando a um diagnóstico. * a conduta médica é de atacar o sintoma para eliminá-lo * para a psicanálise o sintoma é uma formação inconsciente, que revela a verdade do sujeito * psicanálise caminha na direção do resgate da subjetividade ESTRUTURA DA PERSONALIDADE CONSCIENTE – representado pelo EGO * pequena parte da mente que inclui tudo o que estamos cientes num dado momento – lidar com a realidade; * recebe, ao mesmo tempo, as informações do mundo exterior e as provenientes do interior; * a consciência desempenha um papel importante na dinâmica: o Conflito: evitação consciente do desagradável, regulação mais discriminadora do princípio do prazer. o Tratamento: função e limite da tomada de consciência, mas não pode ser definida como um dos polos em jogo no conflito defensivo PRÉ-CONSCIENTE – representado pelo SUPEREGO * parte do consciente que pode tomar-se consciente com facilidade * representam porções da memória que são acessíveis * é como uma vasta área possuidora das lembranças que a consciência precisa para desempenhar suas funções * pode conter: lembranças do que fizemos ontem, cheiros, experiências passadas, etc. INCONSCIENTE – representado pelo ID * quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o precedem, as conexões estão no inconsciente; * parte onde ficam os elementos instintivos que nunca foram conscientes e que não são acessíveis à consciência * também materiais que foram excluídos da consciência, censurados ou reprimidos – que não queremos acessar -, segundo Freud * esse material não e esquecido ou perdido, mas não lhe é permitido ser lembrado * o pensamento ou a memória ainda afetam a consciência, mas apenas indiretamente * memórias muito antigas quando liberadas não perdem sua força emocional * processos inconscientes são, portanto, “intemporais”, ou seja, não são ordenadas temporalmente, o tempo de modo nenhum os altera, a ideia de tempo não lhes pode ser aplicada. * no inconsciente estão os principais determinantes da personalidade, as formas de energia psíquica e pulsões ou instintos. O ID * contém tudo que é herdado, que está presente desde o nascimento * esses conteúdos representam os instintos * é a estrutura original, básica e mais central * é amorfo, caótico e desorganizado * exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego * as leis lógicas do pensamento não se aplicam ao Id * pode ser comparado a um REI CEGO: tem poder e autoridade totais, mas depende dos outros para usar e distribuir de modo adequado seu poder * os conteúdos do Id são quase todos inconscientes * reserva configurações mentais que nunca se tornaram conscientes e materiais que foram considerados inaceitáveis pela consciência * a atividade do Id consiste em impulsos que buscam o prazer * o Id deseja a gratificação imediata e não tolera frustração * o Id é aquele nosso lado instintivo, que não mede as consequências dos atos para se satisfazer O EGO * parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa * desenvolve-se a partir do Id à medida que o bebê se torna cônscio de sua própria identidade * como uma casca de uma árvore protege o Id, mas extrai dele a energia * tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e a sanidade da personalidade – tarefa de autopreservação * originalmente criado pelo Id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer; contudo, regula e controla os impulsos do Id, de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas O SUPEREGO * o seu papel é assimilável ao de um juiz ou de um censor em relação as atividades do Ego * Freud vê na consciência moral, na auto observação, na formação de ideais e nas funções do superego * constitui-se por interiorização das exigências e das interdições parentais * desenvolve-se a partir do ego * age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente * também age inconscientemente através de compulsões, proibições, sentimento de culpa, etc. PSICANÁLISE – CONCEITOS BÁSICOS SELF * é o ser total: o corpo, os instintos, os processos conscientes e inconscientes * para Freud, um self não existe separado do corpo LIBIDO * origem latina: desejo ou anseio * para Freud, é a energia aproveitável para os instintos da vida e pode ser deslocada de uma área de atenção para outra com facilidade * a energia do instinto de morte não foi nomeada por Freud CATARSE * é a cura pela fala, pela conversa * é o desabafo no momento terapêutico * à medida que o paciente relata suas angústias, está fazendo a catarse de seus sentimentos e com isso diminuindo as tensões TRANSFERÊNCIA * ao longo do desenvolvimento, uma parte da libido é detida pela censura da personalidade consciente e da realidade, ficando presa no inconsciente * o indivíduo, cujas necessidades eróticas não tenham sido satisfeitas, orientará representações libidinais para toda nova pessoa que surja em seu horizonte * forma de deslocamento na qual um indivíduo dirige para um objeto presente todos aqueles impulsos, defesas, atitudes, sentimentos e respostas que experimentou ou desenvolver com os primeiros objetos da sua vida. - objetos: tudo aquilo que não é o indivíduo, ou seja, desde coisas a pessoas. * a maneira de lidar com a neurose de transferência é através da interpretação transferencial que estabelece o terapeuta como figura real diferente dos objetivos primitivos introjetados pelo paciente CONTRATRANSFERÊNCIA * respostas psicológicas do terapeuta ao paciente, vistas por ele como resultantes de conflitos neuróticos a serem superados * todos os sentimentos (conscientes e inconscientes) que o terapeuta experimenta na relação terapêutica MECANISMOS DE DEFESA * foi esse o nome que Freud adotou para descrever os diferentes tipos de manifestações que as defesas do Ego podem apresentar. * não há divergências quanto ao fato de que os mecanismos de defesa são utilizados pelo Ego, mas permanece aberta a questão teórica de saber se a sua utilização pressupõe sempre a existência de um Ego organizado que seja seu suporte * luta e estratégias que o Ego utiliza para defender-se de ideias, emoções e sentimentos muito desagradáveis ou até mesmo insuportáveis que foram exilados no inconsciente * o Ego realiza manobras que permite que esses conteúdos se expressem por meios de novas ideias que não causem tanta dor * as defesas do Ego podem se dividir em: o Defesas Bem Sucedidas: aquelas que geram a cessão daquilo que se rejeita o Defesas Patogênicas: aquelas que radicam as neuroses; quando os impulsos opostos não encontram descarga, mas permanecem suspenso no inconsciente e ainda aumentam pelo funcionamento continuado de suas fontes físicas, produz- se estado de tensão, com possibilidade de irrupção. SUBLIMAÇÃO * processo pelo qual a energia originalmente dirigida para propósitos sexuais ou agressivos é direcionada para novas finalidades com frequência metas artísticas, intelectuais ou culturais (saudáveis) * a sublimação foi denominada como a “defesa bem sucedida” * a energia sublimada reduz as pulsões originais * exemplo: paciente pré-diabético que come uma barra de chocolate todas as noites, troca esse habito ruim por outro saudável, como rezar, pintar um quadro, comer uma fruta; dependentes químicos que trocamo hábito do uso de drogas e se tornam muito religiosos. NEGAÇÃO * tentativa de não aceitar na realidade um fato que perturba o Ego * sentimento não elaborado ou reprimido * pode remeter a uma não adesão ao tratamento, porque não se convence do conjunto de sintomas * exemplo: paciente que está com câncer avançado e nega isso. RACIONALIZAÇÃO * processo de achar motivos aceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis * modo de aceitar a pressão do superego, disfarçando nossos motivos e tornando nossas ações moralmente aceitáveis (plano de moral) * há uma explicação racional, mas, também, evita-se o sentimento, pois não há uma elaboração do sentimento PROJEÇÃO * ato de atribuir os sentimentos ou intenções, que se originam em si, a outra pessoa ou objeto * não vemos em nós mesmo o que parece claro e óbvio no outro. * exemplo: você está furioso comigo (na verdade eu estou furioso com você) ISOLAMENTO * é o ato de dividir a situação de modo a restar pouca ou nenhuma reação emocional ligada ao acontecimento. * é uma maneira árida de tratar as situações * uma pessoa pode ter cada vez menos contato com seus próprios sentimentos * o pensamento logico é o que predomina * é parecido com a negação, mas a negação há afirmações de negação (ex: não estou doente, não apresento sintomas, não foi isso que aconteceu); já no isolamento, há uma negação da reação emocional (ex: não se permitir ficar com o semblante entristecido, chorar, ter momento em que se sinta angustiado, desesperado); ou seja, há um isolamento dos sentimentos/emoções decorrentes da situação geradora. PSICANÁLISE E AS FASES PSICOSSEXUAIS DO DESENVOLVIMENTO * a cada fase – mudanças no que é desejado e busca por mecanismos que irão satisfazer os desejos * a cada fase – modificações nas formas de gratificação * a cada fase – diferentes áreas físicas de gratificação * quando não há progressão normal em cada fase – fixação na fase em que a pessoa ficou mais envolvida FASE ORAL * desde o nascimento – necessidades e gratificações concentradas em volta dos lábios, língua e mais tarde, nos dentes. * necessidade de alimento para atenuar tensões de fome e sede * ao ser alimentada a criança recebe afeto, carinho, é tocada e acolhida * porém, associa prazer e redução de tensão a alimentação * a boca e os lábios são, portanto, considerados zonas erógenas, ou seja, zonas corporais de prazer * para Freud, a criança conhece o mundo através da boca (levam muitos objetos a boca) * o prazer inicial da alimentação (sugar o seio) é transferido para outros objetos * boca – primeira parte do corpo que o bebê pode controlar * energia libidinal é focada nessa parte * embora outras partes do corpo sejam descobertas como recursos para a gratificação, com o desenvolvimento alguma energia permanece nas áreas de gratificação oral * no adulto, vários hábitos de prazer oral são mantidos: comer, chupar, mascar, fumar, morder. * exageros nesses hábitos podem indicar fixação na fase oral e falta de maturação psicológica * a fase oral depois do aparecimento dos dentes – manifestação de instintos agressivos: morder seio materno FASE ANAL * controle dos esfíncteres anal e uretal (fezes e urina) * ocorre entre 2 e 4 anos * criança passa a ter satisfação em executar esse controle * simbolicamente associa o poder de controle ao poder de agradar ou desagradar sua mãe * o interesse dos pais no treinamento da higiene permite à criança exigir atenção e elogios tanto pelo controle bem sucedido quanto pelos “erros” * a libido está localizada predominantemente no ânus * no adulto as características são resultado de experiências sofridas na fase oral ou a própria confusão inerente a ela * ideias de que ir ao banheiro é sujo e deve ser guardado em segredo * no início da fase as crianças costumam não compreender porque suas fezes e urina não são apreciados * gostam de observar as fezes e “dar tchau” na hora da descarga * a contradição está em a criança ser elogiada por produzir as fezes, porem essa produção ser repugnante para os pais * área da higiene na vida adulta acaba sendo carregada de proibições e tabus FASE FÁLICA * por volta de 3 anos a criança passa a focalizar as áreas genitais do corpo * passa a se dar conta de seu pênis ou da falta de um (meninas) * consciência das diferenças sexuais * essa fase recebe esse nome pelo fato da palavra falo ser sinônimo de pênis * a libido concentra-se principalmente na região genital * hipótese de Freud – inveja do pênis em meninas pois homens e mulheres desenvolviam sérios temores sobre questões sexuais * o desejo de te rum pênis e aparente descoberta de que lhe falta algo constitui momento crítico no desenvolvimento feminino FASE DE LATÊNCIA * entre 5 e 6 anos até o começo da puberdade * a sexualidade não avança, os anseios sexuais diminuem de vigor * surgem atitudes do ego como vergonha, repulsa, moralidade a fim de trazer a frente a puberdade * nessa fase predomina o interesse da criança para tudo que a cerca * a sexualidade fica menos centrada no corpo * a libido é direciona pelo desejo de aprender * a criança está auto-motivada para a aprendizagem FASE GENITAL * com a chegada da puberdade, devido a produção hormonal, a sexualidade volta a tomar a cena * na fase genital, a sexualidade adquiri um colorido adulto permeando todo o corpo * a energia libidinal retorna para os órgãos sexuais * meninos e meninas estão conscientes de sua identidade sexual distintas * ocorre a busca pela satisfação das necessidades eróticas e interpessoais * questões não solucionadas na fase fálica podem voltar a consciência tornando essa fase conflituosa * em contrapartida, pode ser também o momento facilitador para a resolução dessas questões DEPRESSÃO * um sentimento permanente * a pessoa não consegue realizar suas atividades por conta disso e reage desproporcionalmente aos eventos * exemplo: chorar ao não conseguir fazer um telefonema, ter uma visão pessimista de si e do futuro na maioria das vezes ou sempre * a pessoa não consegue se reorganizar psicossocialmente para adaptar-se à nova realidade e sofre também por conta disso (no caso de perder alguém) * podem ocorrer também alterações no comportamento tais como retraimento social, crises de choro, abandono de atividades habituais e do cuidado próprio, comportamento suicida, retardo ou agitação psicomotora o Queixas Psíquicas - humor depressivo - anedonia (perca de prazer em atividades anteriormente prazerosas) - ideias de autodesvalorização e culta - ideias de morte e suicídio - fadiga - sensação de perda de energia - diminuição da concentração, memoria e capacidade de decidir o Queixas Somáticas - aumento ou diminuição de sono, apetite e peso - diminuição da libido - dores sem substrato orgânico CID10 – 1993 * humor reprimido; anedonia; fatifabilidade aumentada e atividades reduzidas * concentração e atenção reduzidas * autoestima e autoconfiança reduzidas * ideias de culpa e inutilidade * divisões desoladas e pessimistas do futuro * ideias ou atos autolesivos e/ou suicídio * sono perturbado * apetite diminuído DSM V – 2014 * humor deprimido na maior parte do dia; quase todos os dias * acentuada anedonia * perda ou ganho de peso significativo sem fazer dieta * insônia ou hipersonia quase todos os dias * agitação ou retardo psicomotor diário * fadiga diariamente * sentimento de inutilibilidade/culpa * raciocínio e atenção diminuído * ideação suicida TRISTEZA * é um sentimento passageiro/momentâneo * normalmente uma reação esperada à algum evento significativo e desagradável para que a mesma seja eliciada * exemplo: perda de ente querido, separação, demissão do trabalho, perca de um objeto significativo LUTO * éesperado um sentimento de tristeza pro até 6 meses, período entendido pela literatura como necessário para que a pessoa possa reorganizar-se emocionalmente, socialmente após a perda de alguém significativo TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR * cinco ou mais sintomas * devem estar presentes durante o período de duas semanas * pelo menos um dos sintomas é: humor deprimido ou perda de interesse ou prazer * os sintomas são: o Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias; em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável o Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas atividades na maior parte do dia, quase todos os dias o Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento do apetite quase todos os dia o Insônia ou hipersonia quase todos os dias o Agitação ou reatardo psicomotor quase todos os dias o Fadiga ou perda de energia quase todos os dias o Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias o Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias o Pensamentos recorrentes de morte (não só medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano especifico, uma tentativa de suicídio ou plano especifico para cometer suicídio TRANSTORNOS PERSISTENTES DE HUMOR o Distimia - grau mais leve e crônico de sintomatologia depressiva que apesar de causar sofrimento não restringe totalmente o sujeito de lidar com as exigências sociais do meio - início geralmente no final da adolescência - 6% da população mundial o Ciclotimia - oscilação persistente de humor, variando entre períodos depressivos e períodos de remissão (estabilidade) - início geralmente na fase adulta e persiste - difícil de ser diagnosticado COMORBIDADES DA DEPRESSÃO * depressão e cardiopatias * depressão e doenças endocrinológicas (diabetes mellitus; distúrbios da tireoide) * obesidade * doenças renais * oncologia * dor crônica * doenças neurológicas (avc, Parkinson, epilepsia, demência, Alzheimer) * ginecologia e obstetrícia DEPRESSÃO INFANTIL * humor irritável ou rabugento * queda abrupta ou rendimento escolar explicada pela dificuldade de concentração * sensação prolongada de desamparo * incapacidade de se divertir * sentimento de falta de valor *fadiga DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA * mau humor * irritabilidade * falta de motivação * sentimento de tédio * prejuízo no rendimento escolar AVALIAÇÃO DA DEPRESSÃO ADULTOS – ESCALA BECK ESCALA DE DEPRESSÃO – HAMILTON o Humor Reprimido - ausente - sentimentos relatados apenas ao ser perguntado - sentimentos relatados espontaneamente, com palavras - comunica os sentimentos com expressão facial, postura, voz, tendência ao choro - sentimentos deduzidos da comunicação verbal e não verbal do paciente o Sentimento de Culpa - ausente - auto-recriminação; sente que decepcionou os outros - ideias de culpa ou ruminação sobre erros passados ou más ações - a doença atual é um castigos; delírio de culpa - ouve vozes de acusação ou denúncia e/ou tem alucinações visuais ameaçadoras o Suicídio - ausente - sente que a vida não vale a pena - desejaria estar morto; pensa na possibilidade de sua morte - ideias ou gestos suicidas - tentativa de suicídio (qualquer tentativa séria) o Insônia Inicial - sem dificuldade - tem alguma ocasional, isto é, mais de meia hora - queixa de dificuldade para conciliar todas as noites o Insônia Intermediária - sem dificuldade - queixa-se de inquietude e perturbação durante a noite - acorda à noite; qualquer saída da cama (exceto para urinar) o Insônia Tardia - sem dificuldade - acorda de madrugada, mas volta a dormir - incapaz de voltar a conciliar o sono ao deixar a cama o Trabalhos e Atividades - sem dificuldade - pensamento/sentimento de incapacidade, fadiga, fraqueza relacionada às atividades; trabalho ou passatempos - perda de interesse por atividades (passatempos, trabalho) – quer diretamente relatada pelo paciente, ou indiretamente, por desatenção, indecisão e vacilação (sente que precisa se esforçar para o trabalho ou atividades). - diminuição do tempo gasto em atividades ou queda da produtividade. No hospital, marcar 3 se o paciente passa menos de 3h em atividades externas (passatempos ou trabalho hospitalar) - Parou de trabalhar devido à doença atual. No hospital, marcar 4 se o paciente não se ocupar de outras atividades além de pequenas tarefas do leito, ou for incapaz de realizá- las sem auxílio o Agitação - nenhuma - brinca com as mãos ou com os cabelos - troce as mãos, rói as unhas, puxa os cabelos, morde os lábios o Ansiedade Psíquica - sem ansiedade - tensão e irritabilidade subjetivas - preocupação com trivialidades - atitude apreensiva aparente no rosto ou fala - medos expressos sem serem inquiridos o Ansiedade Somática - sintomas fisiológicos de ansiedade: boca seca, flatulência, indigestão, diarreia, cólicas, eructações, palpitações, cefaleia, hiperventilação, suspiros, sudorese, frequência urinária - ausenta - leve - moderada - grave - incapacitante o Sintomas Somáticos Gastrointestinais - nenhum - perda do apetite, mas alimenta-se voluntariamente; sensação de peso no abdome - dificuldade de comer se não insistirem; solicita ou exige laxativos ou medicações para os intestinos ou para sintomas digestivos o Sintomas Somáticos em Geral - nenhum - peso em membros, costas ou cabeça; dores nas costas, cefaleia, mialgia; perda de energia e cansaço - qualquer sintoma bem caracterizado e nítido o Sintomas Genitais - perda da libido, sintomas menstruais - ausentes - leves distúrbios menstruais - intensos o Hipocondria - ausente - auto observação aumentada (com relação ao corpo) - preocupação com a saúde - queixas frequência; pedidos de ajuda; - ideias delirantes hipocondríacas o Perda de Peso - marcar A: pela história; marcar B: pela avaliação semanal do psiquiatra responsável * A - 0: sem perda de peso - 1: provável perda de peso da doença atual - 2: perda de peso definida *B - 0: menos de 0,5kg de perda por semana - 1: mais de 0,5kg de perda por semana - mais de 1kg de perda por semana o Consciência da Doença - reconhece que está deprimido e doente - reconhece a doença mas atribui-lhe a causa à má alimentação, ao clima, ao excesso de trabalho, a vírus, necessidade de repouso - nega estar doente o Variação Diurna - se há variação dos sintomas pela manhã ou à noite - caso não haja variação, marcar zero - ausentes - leve - grave o Despersonalização e Desrealização - ideias, niilistas, sensações de irrealidade - ausentes - leves - moderadas - graves - incapacitantes o Sintomas Paranoides - nenhum - desconfiança - ideias de referencia - delírio de referência e perseguição o Sintomas Obsessivos e Compulsivos - nenhum - leves - graves DEPRESSÃO E TUBERCULOSE ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM PACIENTES COM TUBERCULOSE PULMONAR EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE DOENÇAS PULMONARES EM SALVADOR – BAHIA PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM PACIENTES COM TUBERCULOSE E DISTÚRBIO DO METABOLISMO DE GLICOSE NO PERU REVISÃO SOBRE TUBERCULOSE E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS PREVENÇÃO E TRATAMENTO * acompanhamento multidisciplinar * terapia cognitivo comportamental (TCC) + terapia farmacológica (ouro) * alimentação saudável * exercícios físicos * atividades sociais e de lazer * repouso 7-8 horas * sentimentos/relacionamentos positivos – bem estar subjetivo/felicidade/gratidão PRIMEIRA SEMANA INTEGRADORA 1) DIFERENCIAR TRISTEZA E DEPRESSÃO Tristeza é considerado um sentimento de afeto. A tristeza diante de uma perda significativa que tanto pode ser de alguém amado quantode natureza ideal pode sinalizar que estamos em trabalho de luto. O luto é saudável, normal e permite que possamos, ao final do mesmo, realizar novos investimentos e projetos de vida. Em nossa época há pouca tolerância à dor do próximo, bem como poucas balizas para o trabalho de luto. Há cada vez menos ritos fúnebres, por exemplo, o que dificulta que o sujeito enlutado possa avançar na necessária elaboração a que é convocado quando submetido a uma perda significativa. A ausência deste importante trabalho de elaboração pode confinar alguém em um estado depressivo que deve ser diferenciado da Depressão, que requer tratamento específico. O transtorno de depressão é um sentimento de tristeza suficientemente intenso para afetar o desempenho das funções e reduzir o interesse ou o prazer em atividades. Ele pode surgir depois de uma perda ou outro acontecimento triste, mas é desproporcional em relação ao acontecimento e se prolonga por mais tempo do que seria normal. 2) DEFINIR RESILIÊNCIA E RELACIONAR COM O IMPACTO DO DIAGNÓSTICO * Resiliência é a capacidade do indivíduo de passar por experiências de adversidade e sair fortalecido delas, superando o sofrimento humano em distintos contextos: como pobreza, violência e catástrofes ambientais. É enfrentar os fatores de risco de forma positiva a passar por tais situações. A resiliência pode ser ensinada e aprendida, possuindo três eixos: * Autoconceito positivo que leva a possuir uma boa autoestima- comportamento autoconfiante. * Relação flexível com a circunstância dolorosa, o que pode levar a possuir uma orientação vital de forma- sentido de autopreservação e crescimento. * Dimensão temporal na qual a pessoa resiliente é capaz de aproveitar-se do passado e do futuro em favor do presente * A resiliência caracteriza-se pela capacidade de um determinado sujeito ou grupo passar por uma situação adversa, conseguir superá-la e sair dela fortalecido. * Pessoas resilientes apresentam características como autoestima positiva, habilidades de dar e receber em relações humanas, disciplina, responsabilidade, receptividade e tolerância ao sofrimento * Ao passar por uma situação traumática, muitas pessoas tendem a procurar ajuda profissional para orientá-las nesse contexto adverso, sendo o psicólogo um desses profissionais que possuem formação adequada para fornecer a ajuda necessária. * No contexto de enfermidade, a resiliência seria a capacidade de um indivíduo lidar com a doença aceitando as limitações que lhe são impostas diante de sua nova condição, colaborando com aderência ao tratamento e readaptando-se de forma positiva. Baseando-se nessa perspectiva, é preciso entender o paciente como único, pois sua história de vida irá determinar como irá defrontar-se com a doença. Dessa forma, nenhuma doença é a mesma para diferentes pessoas, sendo capaz de provocar reações diversas e singulares a cada um SEGUNDA SEMANA INTEGRADORA
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