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O ciclo da vida - resumo

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Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
Amanda Julião ATM 281 UFPel 
Capítulo 1 – Noções básicas sobre o funcionamento 
psíquico. 
Elementos constituintes do funcionamento psíquico 
são biológicos, psicológicos e sociais. 
Possuem 2 fenômenos: 
- 1º fenômeno: padrão de normalidade 
comportamental varia conforme idade. 
-2º fenômeno: desenvolvimento psicológico ocorre 
em estágios descontínuos. 
A normalidade é dividida em 4 tipos: 
1) Normalidade como saúde: nenhuma 
ocorrência patológica. 
2) Normalidade como utopia: equilíbrio 
harmônico ocorre e gera perfeito 
funcionamento. 
3) Como média: o normal é o médio, desvios são 
extremidades. 
4) Normalidade como um sistema de transições: 
varia de acordo com o tempo e os fatores 
biológicos, psicológicos e sociais. 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO 
Algumas teorias tentam explicar o modo pelo qual as 
mesmas vias e padrões de conexão são reproduzidas 
em cérebros distintos (majoritariamente). 
1) Teoria do crescimento trófico 
Terminais nervosos em crescimento juntam-se a 
neurônios ou células específicas porque gradientes 
químicos de certas substâncias induzem dessa forma. 
2) Teoria da competição das células 
No desenvolvimento do embrião, certas conexões 
axiais se desenvolvem à custa de outras, as quais se 
retraem e desaparecem. 
3) Teoria do movimento dirigido pelas fibras 
Cada neurônio em desenvolvimento emitiria 
prolongamentos que alcançam obstáculos e impedem 
o seu “crescimento”. 
NEURÔNIOS 
São a unidade funcional do SN. Recebem informações 
nos dendritos e transmitem pelos axônios. 
Sinapse é a conexão fundamental entre uma 
terminação neuronal e o neurônio seguinte. 
Possui uma fenda sináptica no meio. 
A transmissão neuronal depende de 3 grupos: 
a) Neurotransmissores: uma substância deve ser 
sintetizada e liberada pelo neurônio pré-
sináptico. 
b) Neuromoduladores: ocorre por meio de 
segundos mensageiros envolvidos na 
transmissão. Sem atividade sináptica 
intrínseca. 
c) Neuro-hormônios: podem ser liberados por 
neurônios e células não neuronais. Trafegam 
na circulação para exercerem ação em um 
ponto distante de onde foram liberados. 
 
Vias e sistemas de conexões são formados antes do 
nascimento, mas podem ser modificados ao longo da 
vida por fatores externos. Além disso, podem ser 
moldadas por herança genética. 
ESTRESSE 
Definido como mudança física ou psicológica que 
rompe a homeostase. Ativa o sistema HHA (eixo 
hipotálamo-hipófise-adrenal). Essa ativação causa 
liberação de catecolaminas nas terminações nervosas 
e pela medula da adrenal, além da secreção de 
adrenocorticotrofina pela adeno-hipófise. 
Isso estimula liberação de cortisol (córtex da adrenal). 
Em aumento extremo do nível de cortisol, pode ser 
induzida morte neuronal. 
A disfunção do eixo HHA pode gerar quadros 
psíquicos. 
NOÇÕES PSICANALÍTICAS BÁSICAS 
Psicanálise: teoria do funcionamento mental 
(consciente e inconsciente). Baseada em 2 postulados: 
1) Determinismo psíquico/princípio da 
causalidade 
Acontecimentos da vida mental são determinados ou 
influenciados por eventos anteriores (como traumas 
na infância). Defendido por Erikson. 
2) Existência do inconsciente 
Vida mental predominantemente inconsciente. Não 
temos acesso direto ao inconsciente, mas aos seus 
Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
derivados – sonhos, atos falhos, manifestações 
emocionais e comportamentos expressos na 
transferência. 
 
PRINCIPAIS VERTENTES 
FREUD 
Propôs a 1ª teoria psicanalítica do desenvolvimento, 
apresentando estágios do desenvolvimento sexual e 
também uma teoria sobre a interação entre 
constituição (sequências maturacionais inatas) e 
experiência. 
Principais fases estudadas: oral, anal e fálica – 
relacionadas com o complexo de Édipo. 
Descreveu 2 modelos principais de organização da 
mente: 
1) Primeira tópica/teoria topográfica 
Divide mente em consciente, pré-consciente e 
inconsciente. O consciente são as ideias e 
sentimentos presentes de forma constante na mente. 
Pré-consciente inclui conteúdos que podem ser 
trazidos à tona pelo aumento da atenção ou memória. 
Inconsciente: conteúdos censuráveis por serem 
inaceitáveis. (expressos em sonhos, parapraxia, lapsos 
e atos falhos). 
2) Segunda tópica/modelo estrutural 
Função mental dividida em EGO, ID E SUPEREGO. 
Ego: possui aspectos conscientes (responsáveis pela 
tomada de decisões) e inconscientes (mecanismos de 
defesa). 
ID: totalmente inconsciente, inclui as pulsões. 
Descarrega a tensão provocada pela operação dessas 
forças. 
Superego: consciência moral e ideal de ego. É 
formado a partir das identificações inconscientes das 
figuras dos pais, ou seja, herdeiro do complexo de 
Édipo. 
Conflito psíquico: luta por poder entre esses 3 
âmbitos. 
MELANIE KLEIN 
Modelo em que se privilegia relações de objeto 
primitivas e duas posições evolutivas – 
esquizoparanóide (primeiros meses de vida, 
caracterizada por intensa ansiedade persecutória) e 
depressiva (bebê percebe a mãe como mais integrada, 
como um objeto total. Menos temor persecutório). 
Descreveu o mecanismo de defesa “ identificação 
projetiva), em que partes do “eu” são projetadas na 
mente de outra pessoa. Esse indivíduo passa a se 
comportar integrando a parte projetada em si. 
Assume que conflito psíquico ocorre desde o início do 
desenvolvimento. 
BION 
Todo desenvolvimento psíquico ocorre a partir das 
experiências vividas nos vínculos humanos iniciando 
na relação mãe-bebê. Com o tempo, o bebê identifica-
se com a função transformadora da mãe e será capaz 
de conter e transformar suas emoções. 
Elementos frutos da transformação = elementos alfas. 
Função transformadora = função alfa. 
Ainda afirma que a mente oscila permanentemente 
entre esquizoparanóide (Ps) e depressivo (D) de Klein. 
Ou seja: quando somos expostos a uma nova 
experiência, entramos em uma certa desorganização 
psíquica (Ps) e, se pudermos tolerar, chegaremos ao 
estado de organização (D). 
ERICKSON 
Considera que a pessoa evolui a vida toda, interagindo 
conscientemente com o ambiente. Teoria voltada 
para o desenvolvimento do ego ao longo do ciclo vital. 
Ego organizaria as informações e percepções 
externas, planejamentos. 
Descreve 8 estágios de desenvolvimento do ego, com 
pontos + e – cada um. 
Estágio Crise Psicossocial 
1. Sensório Oral 
(Infância) 
Confiança básica x 
Desconfiança 
2. Anal-muscular Autonomia x vergonha e 
dúvida 
3. Genital-
locomotor 
Iniciativa x culpa 
4. Latência (idade 
escolar) 
Atividade x inferioridade 
5. Puberdade e 
adolescência 
Identidade x confusão 
de identidade 
6. Adulto jovem Intimidade x isolamento 
7. Adulto Generatividade x 
estagnação 
Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
8. Maturidade Integridade de Ego x 
desespero 
 
 
 
PSICOLOGIA DO EGO 
Hartmann descreveu modelo em que há matrizes 
inatas desde o início do desenvolvimento, áreas livres 
de conflito. Criança evolui de um estado autístico para 
um simbiótico. Inclui um número de subestágios ao 
longo dos quais a criança adquire ego necessário para 
a adaptação. 
Aos 36 meses de idade, criança adquire “constância 
objetal”, apresentando relativa independência da 
mãe. 
RENÉ SPITZ 
Mesma corrente da psicologia do ego. Para ele, 1º 
organizador é a resposta do sorriso (em torno das 6 
primeiras semanas de vida). Representa o 
reconhecimento do bebê a face humana – primeiro 
objeto “não eu” entendido pelo bebê. O 2º 
organizador é a criança reagir evitando estranhos em 
seu ambiente e sinalizando vínculo com o cuidador 
principal. O 3º organizador é o desenvolvimento do 
“não”. 
MECANISMOS DE DEFESA 
I) DEFESAS NARCÍSICAS 
a) Negação: não necessariamente psicótica, 
afeta mais a percepção da realidade externa 
do que interna. 
b) Projeção: perceber e reagir estímulos como seestivessem fora do self (eu). Pode causar 
delírios francos. Inclui tanto a percepção de 
seus próprios sentimentos em outros como 
agir em função dessa percepção. 
c) Distorção: reformular grosseiramente a 
realidade externa. Usa superioridade ou 
autoridade. 
 
II) DEFESAS IMATURAS 
a) Atuação (acting-out): expressão direta de um 
desejo inconsciente para evitar a consciência 
do afeto associado a eles. É fantasiar algo. 
b) Bloqueio: inibição usualmente temporária dos 
pensamentos ou impulsos. 
c) Hipocondria: transforma censura alheia em 
autocensura e queixas de dor e enfermidade 
somática. É consequência de privação de um 
impulso. 
d) Comportamento passivo-agressivo: agressão 
para com um objeto, manifestada de forma 
indireta e ineficaz. Presença de masoquismo. 
e) Projeção: atribuição aos outros dos próprios 
sentimentos inaceitáveis. Ex: preconceitos, 
suspeita, cautela extrema. 
f) Regressão: retorno a um estágio anterior do 
desenvolvimento. 
g) Somatização: conversão defensiva de 
derivados psíquicos em sintomas corporais. 
 
III) DEFESAS NEURÓTICAS 
a) Controle: tentativa extrema de manejar ou 
regular os acontecimentos. Objetivo de 
minimizar ânsias internas. 
b) Deslocamento: sentimentos vinculados a um 
objeto são redirecionados a outros. 
c) Dissociação: modificação do caráter de uma 
pessoa ou de seu sentimento. Separa ao 
extremo BEM E MAL, PRAZER E DESPRAZER 
etc. 
d) Intelectualização: controle dos afetos e dos 
impulsos pensando sobre eles, mas não 
agindo. 
e) Isolamento: separação entre afeto e seu 
conteúdo. 
f) Racionalização: uso de justificativas incorretas 
para explicar atitudes inaceitáveis. 
g) Formação reativa: expressão de sentimentos 
inaceitáveis de forma antiética ou oposta. 
h) Repressão ou recalque: expulsão de uma ideia 
ou sentimento da percepção consciente para 
o inconsciente. 
 
IV) DEFESAS MADURAS 
a) Altruísmo: satisfação vicária construtiva 
gratificante das pulsões por serviços 
prestados aos outros. 
b) Ascetismo: gratificação por renunciar a uma 
experiencia devido aos valores morais. 
c) Humor: fazer graça de si para tolerar algo. 
d) Sublimação: gratificação de uma pulsão cuja 
finalidade é preservada, mas cujo alvo é 
convertido de socialmente objetável em 
socialmente valorizado. Permite que pulsões 
sejam canalizadas em vez de reprimidas. 
Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
e) Supressão: decisão consciente ou 
semiconsciente de adiar a atenção para um 
impulso. 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS – RELAÇÃO COM PACIENTE 
1) Transferência 
É a reedição de sentimentos, ideias, fantasias ou 
experiências infantis na relação atual com o 
terapeuta. Ou seja, terapeuta pode ser visto como 
uma figura idealizada. 
2) Contratransferência 
Terapeuta reage com ideias e fantasias inconscientes. 
Possibilita entender o que está se passando com o 
mental do paciente. 
CAPÍTULO 2 – GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO 
AS principais elaborações psíquicas na gestação giram 
em torno de: 
1. Representações da gestante como mulher e 
mãe. 
2. Fantasias a respeito do filho e sua identidade. 
3. Antecipações sobre dificuldades profissionais 
e relacionamento conjugal. 
4. Medo da própria morte ou do bebê no parto, 
malformações etc. 
Os temores presentes durante toda gestação geram 
defesas como somatizações, reações maníacas etc. 
Gestação na vida adulta é protetiva para saúde mental 
enquanto gestação na adolescência é risco de saúde. 
Para o pai: quando criança disputava a mãe com o 
próprio pai. Assim, o sentimento de triunfo associado 
à perda da forma física da companheira e temores de 
lesão ao feto, afastam-se sexualmente. 
Geralmente, há distanciamento amoroso porque 
atenção está no nenê. 
Entre a 16º e a 20ª semana de gestação, iniciam-se os 
movimentos do feto. Isso gera temor à mãe por 
representar uma dissociação entre mãe e feto. 
WINNNICOT (1956) 
Elaborou o estado de “Preocupação Materna 
Primária”, estado de sensibilidade aumentada da 
mãe, que iniciaria durante a gestação e continuaria 
por algumas semanas depois do nascimento. Nesse 
período, mãe se colocaria no lugar do bebê para 
entender suas necessidades. 
PUERPÉRIO 
Inicia-se com a dequitação da placenta e tem duração 
variável conforme o enfoque: puerpério legal (40 
dias), orgânico (até 90 dias), social (até 120 dias) e 
psicológico (sem prazo). 
Para SOIFER (1984), o puerpério é uma situação 
delimitante entre perdido (gravidez) e adquirido 
(filho). Tem uma fase de fantasia e depois de 
realidade. 
Para DEUTCHZ E LANGER, puerpério também seria 
uma fase de transição. 
Deutchz afirma ainda que durante a lactação um 
cordão umbilical psíquico liga o seio da mãe à boca do 
bebê e, então, ocorre o conflito entre altruísmo e 
tendencias egoístas da maternidade. 
Algumas mulheres em fase de puerpério se queixam 
de falta de desejo e satisfação sexual. 
Pode ocorrer depressão pós-parto ou remissão de 
alguma doença psíquica. 
CAPÍTULO 3 – O BEBÊ E OS PAIS 
Assim como há uma organização biológica – o 
genótipo – que regula a emergência das 
características físicas e temperamentais de cada 
indivíduo, o fenótipo, há uma organização social que 
influencia a forma de adaptação dos seres humanos. 
Cada filho encontra um campo psicológico com o qual 
irá interagir e lidar. 
BOMBLY 
Denominou as “representações internas” dos 
relacionamentos – uma montagem de muitas formas 
específicas de interação. O bebê pode se tornar 
(inconscientemente) uma representação de figuras 
internas do passado ou algum aspecto repudiado ou 
negado dos pais. 
Cita Selma Frainberg: todo quarto de bebê abriga 
“fantasmas” (traumas e questões paternas). 
DESENVOLVIMENTO DO PSIQUISMO DO BEBÊ 
Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
Freud concebeu a doença psíquica como algo 
influenciado por múltiplos fatores, sendo as vivências 
infantis responsáveis por uma significante 
contribuição. Influência também na plasticidade 
neuronal. 
A relação mãe-filho foi descrita por Freud como uma 
relação sem paralelo, estabelecida de forma 
inalterável por toda a vida. Será um protótipo. 
 
Essa relação materna funda o EGO. 
A teoria freudiana acerca do desenvolvimento do 
psiquismo aproxima-se do modelo fisiológico no qual 
as forças instintivas (como fome) – geram uma tensão 
que impele o bebê a uma atividade que visa a buscar 
o alivia. Por meio da saciedade e da sucção. 
A segunda etapa do desenvolvimento, por volta dos 2 
anos, na qual a primazia das funções passa a ser do 
controle esfincteriano (FASE ANAL). 
Para que o bebê faça de forma harmônica, espera-se 
que tenha superado a anterior. 
Fora da ação dos pais, há toda uma área inerente À 
economia interna da criança, à sua constituição 
genética e às características próprias do bebê 
(voracidade excessiva, agressividade). 
Se essas características se somarem a pais imaturos, o 
desenvolvimento do bebê está em risco. 
Outro ângulo de observação: bebê inicialmente 
percebe a mãe como objeto de amor. A percepção da 
falta leva o bebê a desenvolver o pensamento. 
Percebe que quem satisfazia ela também frusta. Bebê 
já manifesta ambivalência de sentimentos. 
Winnicott identificou 3 áreas distintas: a interna, 
externa e intermediária/ área de ilusão transicional. 
Quando o bebê tem fome, o seio não é uma 
alucinação e sim o resultado da criatividade do bebê. 
Seio não é um objeto externo. 
Entre os 4 e 12 meses, a criança chupa fralda, agarra 
um pedaço de cobertor ou bichinho. Winnicott 
chamou de fenômenos ou objetos transicionais 
(defesa contra ansiedade). Não é alucinação. 
O passo seguinte é se afastar do objeto de transição. 
TROCAS AFETIVAS ENTRE O BEBÊ E SEUS PAIS 
Gradativamente são estabelecidos comportamentos 
de apego característicos de cada bebê, desenvolve 
apego pela mãe. 
Por volta dos 3 meses, o bebê começaa sorrir, 
especialmente para o cuidador = objeto de interagir. 
Andar: normalmente dos 10 aos 13 meses. 
Linguagem: 18 a 22 meses. Aparece também a 
empatia e moral sendo desenvolvidas. Nessa fase 
possui atitude negativista (comum birra). 
Aos 36 meses, aproximadamente, o bebê já possui 
dentro de si a base para futuros relacionamentos. A 
narrativa (6º marco de desenvolvimento) está 
presente ao final de seus primeiros 3 anos. 
TIPOS DE APEGO - Bowly 
Apego seguro: criança procura a mãe em seu entorno 
e é facilmente confortada por ela, mesmo tendo 
protestado à sua saída. Manutenção desse apego 
favorece as relações na vida adulta. 
Apego inseguro possui diferentes manifestações: 
Apego ambivalente: comportamento alternado entre 
querer e não querer a mãe. Mãe não consegue 
compreender necessidades do bebê. 
Apego evitativo: não reclamam/reagem ao 
afastamento da mãe. Não querem mãe. Pode ser sinal 
de abuso. 
Apego desorganizado: bebê não sabe o que quer. 
Confuso 
Apego evitativo e resistente tendem a favorecer o 
surgimento de relações inseguras na vida adulta. 
O CICLO VITAL DA FAMÍLIA 
Vive-se uma época em que temas sociais estão 
particularmente marcados por paradoxos e 
contradições. 
É necessário incluir 3 gerações nos estudos de casos 
familiares. 
Historicamente, o processo de emancipação feminista 
na 2ª metade do século XX trouxe mudanças na 
relação familiar. 
Uma mãe pode criar uma filha perfeitamente bem 
sozinha, mas é interessante que exista uma 3ª pessoa 
significativa que quebre essa simbiose entre elas. 
Alguns dados: 
Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
30% dos casais se separam ao longo da vida. Nos EUA, 
após 1995, esse número chega a 50%. 
60% se separam no segundo casamento. 
As pessoas estão casando-se, recasando e se 
separando mais. 
Necessário para um bom desenvolvimento psicológico 
familiar: adultos responsáveis pelas demandas básicas 
dos filhos, amor, limites e não deixar de lado as 
próprias necessidades. 
 
 
assi 
Para Falceto (1995), em “classes urbanas pobres”, por 
ser mais fácil mulheres conseguirem empregos como 
domésticas, é introduzido um desequilíbrio estrutural 
na relação de gênero familiar. 
Pesquisa de Dunn (2000): grande parte das famílias 
passam por situações de estresse (divórcio, pobreza, 
fatores de risco). Umas saem bem da situação e 
outras se desorganizam. 
Famílias mais resilientes conseguem manter um 
equilíbrio dinâmico entre 2 grupos complementares. 
1º formado por valores autoafirmativos (iniciativa, 
criatividade, humor, flexibilidade). 2º visão 
integradora como cooperação, altruísmo, 
espiritualidade. 
Tratar irmãos diferentemente está associado a 
transtornos de internalizações (neurose). 
FASES FAMILIARES – MINUCHIN 1982 
1º Casal sem filhos: Maior proporção de divórcios, 
pois ausência de filhos gera uma ruptura menos 
traumática. 
2º Casal com filhos pequenos: transforma casal em 
família. 
3º A família com filhos adolescentes: problema em 
famílias rígidas em que o filho quer apenas privilégios 
e os pais focam apenas nas responsabilidades dele. 
Novo pico de divórcio na crise da meia idade. 
4º Ninho vazio: se colhe o que plantou, novos 
investimentos escassos. 
A FAMÍLIA E O DIVÓRCIO 
- Infância atual foi construída no séc. XVIII (criação de 
escolas). Adolescência é produto do séc. XIX. Mulher 
independente produto do séc. XX. 
Por que tantos divórcios? Pressão social para manter 
é menor, mulheres mais independentes. 
25% das separações ocorrem bem (Ahrons). 
Minicrises do processo de divórcio (Seibt): 
1. Na decisão de se separar 
2. Decisão sendo comunicada aos outros 
3. Discussão sobre dinheiro 
4. Separação física 
5. Divórcio legal assinado 
6. Assuntos negociados 
7. Comemoração de datas especiais familiares. 
RECASAMENTO 
Possui recomendações: aceitar que são famílias são 
binucleares, comunicação direta etc. 
A CRIANÇA DE 0 A 3 ANOS 
1) Recém-nascido e primeiros meses de vida: 
Pensava- se que o bebê era passivo e agia 
essencialmente por reflexos. Hoje, é um ser complexo 
e previsível. 
No 4º mês de vida, a paternidade é essencial para a 
separação mãe-bebê, além de ser uma fonte de 
identificação masculina. 
Desde cedo, nenê tem percepções visuais. Mostra 
nítida preferência pelo rosto humano. As capacidades 
de discriminação de ruídos e olfativa são notáveis. 
Sente os 4 sabores primários (doce, salgado, ácido e 
amargo). Possui preferência pelo doce. 
Embora o RN tenha capacidade para lidar com 
estímulos externos, a tolerância é limitada. 
A capacidade motora mais presente é do tipo reflexo 
(sucção, fechamento da mão por estímulo na palma 
da mão etc). 
Próximo dos 2 meses, a qualidade das relações sociais 
começa a se desenvolver. Ciclos do sono e atividades 
são estabilizados, padrões motores e visuais mais 
maduros. Não possui ritmo alternado de vigília-sono. 
ESTADOS DE VIGILÂNCIA DO NENÊ (nessa fase): 
a) Estado 1 (sono calmo): sem movimento ocular 
rápido, respiração regular. 
Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
b) Estado 2 (sono REM): movimentos oculares 
rápidos, respiração irregular, movimentos 
corporais e faciais. 
c) Estado 3 (sonolência): pálpebras abertas ou 
semiabertas com olhar vago. 
d) Estado 4 (alerta quieto): olhar vivo, calmo e 
atento. 
e) Estado 5 (alerta ativo): agitado e sem atenção 
fixada. Pode gemer e gritar. 
f) Estado 6 (choro): gritos, choros, atividade 
motora intensa, vermelhidão. 
RN apresentam irritabilidade, consolabilidade 
(facilidade em que será acalmado por alguém), 
capacidade de encontrar em si mesmo mecanismos 
de se acalmar, intensidade da atividade motora e 
atividade de sucção na mamada etc. Essas diferenças 
comportamentais são o TEMPERAMENTO e podem 
ser classificadas como níveis de atividade, 
responsividade, humor e adaptabilidade. 
O temperamento do bebê aparenta ser 
biologicamente determinado e geralmente estável até 
os anos pré-escolares. 
Comportamento inibido (tipo de temperamento 
descrito por Kagan): irritabilidade em bebês, timidez e 
medos excessivos, introversão na idade pré-escolar. 
Bebê possui prazer na sucção. 
Para Spitz, o desenvolvimento não ocorre de forma 
linear. Possui organizadores psíquicos: 
1. Sorriso social (entre 2 e 3 meses): 
intencional/afetivo. 
2. Presença de ansiedade com estranhos (7 a 8 
meses): ausência de mãe. 
3. Aquisição do “não” (11 aos 13 meses): 
aumento de autonomia. 
Aos 3/4 meses, o objeto de amor e ódio é o mesmo: 
mãe. Começa a atividade lúdica: capaz de controlar 
movimentos. Produz sons e é capaz de repetir. Sua 
expressão muda ao escutar algo. 
Aos 4/6 meses, o bebê é capaz de sentar e muda a 
relação com o entorno. Aponta, leva à boca objetos, 
Mãe vista como algo a mais além de fonte de 
alimento. Existe o temor da separação. Surgem 
dentes. 
O desenvolvimento vai de uma ILUSÃO (onipotência 
materna) a uma DESILUSÃO. 
 
A CRIANÇA DE 1 A 3 ANOS 
Ousada, mas quer atenção. Imprevisível, 
comportamento complexo. O 2º e 3º anos de vida 
representam acerelado desenvolvimento motor e 
intelectual. Fase de confiança no “eu” e senso de 
iniciativa. 
Estabele fronteiras entre o “eu” e mãe. 
Vulnerabilidade da separação gera ansiedade. 
Para ERICKSON, o período de locomoção é o estágio 
de autonomia x vergonha e dúvida. Aprende a 
controlar o esfíncter anal e falar. 
Esse período corresponde à fase anal do 
desenvolvimento psicossexual. Libido passa da zona 
oral para anal. Retenção de fezes gera prazer. Fase 
anal é marcada por dupla oposição: passividade-
atividade e submissão-dominação. 
Desenvolvimento neuropsicomotor (1 aos 3 anos): 
A capacidade de caminhar se consolida entre os 18 e 
30 meses. Necessário brincadeiras que estimulem o 
desenvolvimento sensorial: barro, argila, areia etc. 
Enquanto crianças de 2 anos manipulam cubos e 
colocamna boca, as de 3 já devem possuir habilidade 
de empilhamento. Aos 2, empurra triciclo. Aos 3, 
pedala. 
Treinamento do controle do esfíncter: a criança deve 
ser capaz de controlar o esfíncter anal e uretral. A 
idade varia, entre 15 a 30 meses. Deve, ainda, ter 
capacidade psicológica de adiar a vontade de usar o 
banheiro. Além disso, saber pedir auxilio para ir ao 
banheiro. 
Confuso para criança: às vezes, precisa segurar 
xixi/cocô para agradar. Em outras, precisa ceder para 
agradar. 
Na realidade, não há razão para iniciar esse 
treinamento antes dos 2 anos. 
Desenvolvimento cognitivo e linguístico (1 a 3 anos) 
Aos 2 anos, a criança já fala em torno de 200 palavras 
e usa frases curtas. Aos 3 anos, fala razoavelmente. 
Tem capacidade de contar uma história curta. 
O desenvolvimento linguístico e motor se alternam. 
No pico de um, reduz o outro e vice-versa. 
Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
Piaget afirma que a linguagem leva à socialização das 
ações. A criança, nessa fase, precisa de alguém que 
interprete sua linguagem para ser compreendida. 
Possui pensamento egocêntrico. Assim, desenhos de 
objetos “soltos no ar” são comuns. Tem dificuldade de 
compreender o espaço-tempo. 
Por volta dos 2 anos desenvolve um senso de 
identidade de gênero, embora a identidade sexual 
não seja adquirida até a adolescência. 
Por volta de 1 ano, adquire o simbolismo. Aos 2 anos, 
manipula objetos imitando adultos. 
Em relação à interação com outras crianças: aos 18 
meses se sente inibida. Aos 2 anos isso começa a 
desaparecer e aos 3 anos já interage bem. 
 
 
IMITAÇÃO: começa em torno dos 8 meses. É comum 
criança de 2 anos explorar variações “erradas” de 
comportamentos adultos (xingar, por exemplo). 
Ocorre a criação do senso de moralidade. 
Desenvolvimento emocional e social 
Conciliar impulso de ser autossuficiente com 
protegida pelos pais. Fase de “constância do objeto”, 
em que consegue manter a representação mental da 
mãe mesmo estando longe (Mahler). Descreveu o 
processo de separação dos 3/4 meses aos 36. 
Esse processo possui 4 fases: 
1) Diferenciação 
2) Treinamento 
3) Reaproximação (18 a 36 meses) 
4) Caminho de constância do objeto (não é 
porque não vê um objeto que ele não existe). 
Idade ideal p/ entrar na escola. 
Winnicott descreveu fenômenos transicionais e 
objetos transicionais. Ao final do primeiro ano, a 
maioria das crianças adquiriu um objeto transicional 
(mantinha, ursinho). 
Acidentes são a primeira causa de morte na primeira 
infância. Cuidar de bebê = não deixar ele se matar. 
A CRIANÇA PRÉ ESCOLAR (3 A 6 ANOS) 
Crescimento e amadurecimento neuronal, aquisição 
de habilidades. Expressa sentimentos complexos 
(amor, infelicidade, ciúmes). Preocupados com 
aceitação externa. 
Domina as tarefas primárias da socialização no final 
desse período. Desenvolvem empatia, vergonha e 
humilhação. 
Começa a ter consciência de genitália e diferença 
entre sexos. 
Ainda não tem noção corporal completa, então 
pequenos ferimentos parecem absurdos (fase band-
aid). 
Criança de 4 anos é CURIOSA. Pergunta sobre tudo, 
questiona persistentemente. 
Aos 5/6 anos, movimenta-se com confiança em todas 
as direções. Lava as mãos, escova os dentes, anda em 
triciclo, tem coordenação motora fina desenvolvida o 
suficiente. Capaz de chutar e rebater bolas. Empilha 
blocos. Reconhece limitações sociais. 
MOTRICIDADE 
Necessário saber as habilidades motoras para 
diagnóstico precoce de distúrbios neurológicos. 
Quanto mais cedo a intervenção, mais efetiva 
(plasticidade cerebral maior). 
O tempo de reação a um estímulo melhora. Aprimora 
motricidade pelo brinquedo. 
Fatores que influenciam: inteligência inata, ambiente, 
padrões familiares e condições físicas. 
CORTES TRANSVERSAIS 
Aos 3 anos é capaz de subir escadas alternando os 
pés. Realiza duas atividades ao mesmo tempo. Deve 
compreender revezamento. 
Aos 4 anos, indica preferências (roupas, gostos). 
Consegue ficar em pé por 30 segundos de olhos 
fechados (Teste de Romberg). Desenvolve persistência 
motora (ex: ficar 30 seg de boca aberta). Fica em um 
pé, salta com um pe. Consegue desenhar a figura 
humana. 
A partir dos 4 anos está apta a aprender um novo 
idioma. 
Aos 5 anos, usa tesoura, pode andar de bike, gosta de 
desafios. Copia quadrado e triângulo. Memória bem 
desenvolvida. Faz o laço no sapato. Veste-se sozinha. 
Conta histórias longas. 
Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 
Denominado por Piaget como pré-operacional. Usa a 
capacidade simbólica, distingue a imagem do que ela 
significa. 
É um período de transição entre inteligência sem 
linguagem e conceitos (período sensório-motor) e 
inteligência representativa (operações concretas e 
formais). 
Criança não segue raciocínio lógico e ainda não pe 
capaz de compreender abstrações. Fase dos 
“porquês”. 
Ocorre a centralização: incapacidade de contemplar 
duas dimensões ao mesmo tempo: altura e 
comprimento, quantidade e disposição. 
O pensamento pré-operacional é estático: capta os 
momentos sem juntá-los. 
 
Fase egocêntrica. Pode se culpar por eventos 
familiares. 
Acredita em animismo: crê que todas as coisas são 
vivas. 
LINGUAGEM 
Sequência de desenvolvimento da linguagem: da 
articulação dos fonemas para o significado de palavras 
e locuções. Depois verbo e sentenças, depois uso 
social da linguagem. 
1º substantivos, verbo e sentenças. Uso de pronomes 
ocorre perto dos 2 anos. 
Fisiologia da linguagem: 
Ao ser ouvida uma palavra, o estímulo percebido pela 
área auditiva primária do córtex e transferido par a 
área de Wernicke. 
Para que a palavra seja pronunciada: padrão é 
transmitido da área de Wernicke para a área de Broca, 
onde a forma articular é despertada e transferida para 
a área motora. 
Supõe-se que as áreas primárias da fala estejam no 
hemisfério esquerdo (lesões ali afetam a fala). 
TEORIAS DA AQUISIÇÃO DA FALA 
1. Teoria etológica 
Postula existência de mecanismos inatos que 
permitem à criança a compreensão de frases. 
2. Modelo cognitivo: apreensão do significado 
das palavras e suas funções. Ocorre na 
transição do estágio sensório-motor para o 
pré-operacional. 
3. Modelo ambiental/comportamental: 
ambiente influencia a aquisição por meio de 
reforços + e - . 
4. Modelo funcionalista: aborda pragmática, ou 
seja, necessidade de se comunicar 
estimulando a apreensão da linguagem 
falada. 
A partir dos 4 anos, a criança admite a existência de 2 
nomes para um objeto (desde que representem níveis 
diferentes de classificação). 
Aos 6/7 anos diferencia tons de voz, escolha de 
palavras dependendo do ouvinte etc. 
 
DESENHO: FIGURA HUMANA 
Na transição da fase anal e o início da fase pré-escolar 
a criança desenha o corpo humano como um saco 
com órgãos dentro. A partir dos 4 começa a ter forma 
mais completa. Aos 5, desenho é reconhecível, mas 
podem ser desproporcionais. 
MUNDO DA FANTASIA 
Capacidade de brincar assemelha-se a capacidade de 
trabalhar em adultos. 
3 fases de evoluções de jogos: 
1. Auto-esfera: criança explora sensações 
relacionadas ao corpo. 
2. Microesfera: jogos representativos em que 
externaliza suas fantasias. 
3. Macroesfera: utiliza suas relações com os 
adultos e aborda o processo de socialização. 
Usa desenhos como forma de lutar contra a angústia 
de perder algo. Por isso, representa objetos/situações 
em desenhos. 
TEORIAS EVOLUTIVAS 
Segundo Freud, desenvolvimento é governado por 
processos conscientes e inconscientes. O mais 
elementar é a pulsão sexual inconsciente e instintiva: 
a libido – presente no nascimento. 
Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
ID: onde se concentra a libido. 
EGO: elemento consciente e exterior. Se desenvolve 
em torno dos 2 aos 5 anos. 
SUPEREGO: instância moral. Se desenvolve umpouco 
antes da idade pré-escolar. 
Para Freud, a idade pré-escolar está no estágio fálico. 
A libido está focada na região genital. Início da 
masturbação (passa depois). 
COMPLEXO DE ÉDIPO - positivo 
Conjunto de defesas inconscientes que a criança 
desenvolve em sua fase fálica pela figura parental do 
sexo oposto. 
Nele, a criança tem impulsos sexuais com relação ao 
genitor do sexo oposto, desejando eliminar o do 
mesmo sexo. 
Entre os 3 e 5 anos, encontra-se numa relação 
triangular com os pais – percebe que existe uma 
relação a 2 entre os pais. 
 
Criança se defende pela renúncia edípica. 
Para meninos: após desistir da mãe, o menino se alia 
ao pai e se identifica com ele. 
Para meninas: rivalidade ocorre com a mãe. Ocorre 
em 2 fases: 
1. Em torno dos 2,5 aos 3 anos: mãe objeto da 
relação pré-edípica e pai, seu rival, apesar de 
amado. 
2. Dos 3,5 aos 4: transfere interesse ao pai. 
Em meninos, o complexo de Édipo é destruído pelo 
complexo de castração. Na menina, é mantido pelo 
complexo de castração. Ela culpa a mãe por não ter 
pênis e mais tarde o desejo de ter pênis é transferido 
para o desejo de dar um bebê ao pai. Mas como não 
rola, acaba o ataque de édipo. (SEGUNDO FREUD!!!!) 
COMPLEXO DE ÉDIPO NEGATIVO 
Pode ocorrer devido ao papel fundamental que a 
bissexualidade exerce no complexo de édipo. 
Devido à bissexualidade do menino, ele também pode 
se comportar com uma atitude feminina e afetiva em 
relação ao pai – enquanto há hostilidade com a mãe. 
ERICKSON E A INICIATIVA X CULPA 
Sua teoria afirma que cada estágio do 
desenvolvimento está ligado a uma tarefa social – 
estágios psicossociais. 
Para ele, o pré-escolar está no estágio iniciativa X 
culpa. Existência do modo intrusivo de agir. 
IDENTIDADE DE GÊNERO 
Para Freud, era o mesmo desenvolvimento psicológico 
até a fase fálica – divergindo apenas na descoberta 
das diferenças anatômicas. 
Identidade de gênero: configuração psicológica e sexo 
biológico. Superego e influências culturais tem 
contribuições significativas. 
IDADE ESCOLAR: LATÊNCIA (6 AOS 12 ANOS) 
Período preparatório para a adolescência e um 
estágio do desenvolvimento no qual nada ocorre. 
Ocorre uma organização dinâmica e estrutural das 
pulsões (Urribarri). Não é uma simples repressão. 
A maturação do cérebro completa-se até os 10 anos 
(perguntar) e a mielinização também está 
praticamente pronta aos 7 anos, restando apenas 10% 
para evolução posterior. 
Sistemas noradrenérgicos e dopaminérgicos (regulam 
atenção e agressividade) evoluem mais lentamente. 
CONDIÇÕES PARA A ENTRADA NA LATÊNCIA 
Manejo da frustação, perda da onipotência, ligação 
simbólica com os pais dá lugar ao interesse pelo 
mundo. 
CARACTERÍSTICAS DA FASE 
Depende da eficácia da repressão, reestruturação da 
memória e do estabelecimento da constância 
comportamental. 
Ocorre reorganização complexa das defesas, divididas 
em 2 pilares: 
1. Plano afetivo: utilização de mecanismos 
obsessivos. 
2. Plano cognitivo: início do funcionamento das 
estruturas de operações concretas. 
Ocorre desligamento progressivo dos progenitores e 
divisão entre meninos e meninas. 
A competência é o principal sentimento. 
Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
Crise básica da fase: industriosidade (capacidade de 
uma ação efetiva) ou a inferioridade se instala. 
Evolução para diferenciar fantasia/sonho e realidade. 
É a idade da razão. Forma-se a consciência de culpa 
(ação do superego). 
Para BLOS, o avanço da autonomia do ego resulta na 
distinção entre fantasia e realidade, mas ainda se vê 
atitudes infantis. 
DESENVOLVIMENTO AFETIVO E SEXUAL 
Ocorre a resolução do complexo de Édipo. Há ação do 
superego em cima da masturbação e incesto. Há 
capacidade de sublimação: por meio da ação, 
fortalece e flexibiliza o ego. 
Comum rechaço materno. Busca de novos modelos 
para se identificar = identidade própria. 
Agora o interesse é no corpo do outro. 
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA E CONFLITOS 
Ego e superego tornam-se mais capazes de lidar com 
o instinto. Medos são mais reais. 
Aparecem defesas de somatização: vômito, cefaleia e 
erupções cutâneas. 
Substituição de um padrão neurótico para defesas 
mais adaptativas. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 
3 etapas: 
1. Início da latência (6 a 7 anos): diferenciação 
de fantasia e realidade. Surgimento de 
moralidade. 
2. Maturação durante latência (7 a 8,5 anos): 
pensamento operacional concreto, 
organização conceitual da memória. 
Desenvolve própria ética – fora do padrão dos 
pais. 
3. Transição final (10 a 12 anos): percepção e 
conhecimento real do mundo. Busca pessoal 
real para expressar seus impulsos. 
Segundo PIAGET, instala-se o período das operações 
concretas. Ocorre transição do pensamento apoiado 
na ação p/ estabelecimento de estruturas lógicas mais 
gerais. 
Surge noção de reversibilidade ( 1+ 2 = 3 e 3 – 2 = 1), 
inPENSAMENTO OPERriância e conservação de 
substância, peso e volume. 
EXPRESSÃO GRÁFICA 
1. Traço oblíquo 
2. Detalhamento e coordenação fina 
3. Aparecem movimentos no desenho 
4. Noção de profundidade e sombreado 
PENSAMENTO SIMBÓLICO 
1. Simbologia inconsciente própria 
2. Instalação do pensamento operacional 
concreto: pensamento abstrato que se apoia 
em características concretas da experiência. 
3. Linguagem verbal, não mais afetivo-motora. 
4. Memória se reorganiza com a inclusão da 
representação com palavras. Não são as 
abstrações que se desenvolvem, mas refina-se 
a capacidade de perceber a natureza abstrata. 
5. Planejamento e programação tornam-se 
possíveis, assim como o tempo para 
elaboração de resposta. Satisfaz suas próprias 
curiosidades. 
SOCIALIZAÇÃO 
Superergo é parte da criança, então ela diferencia 
maus pensamentos das más ações. Sua consciência é 
mais severa que a dos pais, uma vez que projeta neles 
seus instintos. 
Ocorre passagem da constância objetal para a 
constância comportamental. 
A ansiedade característica da fase é o medo de 
desapontar e não ser aceito em grupos. Na fase 
anterior, temia perder o amor dos pais. 
Surge a sublimação reforçada: aceitação do 
comportamento aprovado pelo grupo. (popular, 
rejeitados etc.). 
Elabora um juízo moral envolvendo consenso e 
negociação social. Além disso, desenvolve empatia 
com sentimentos do outro. 
IDENTIDADE DE GÊNERO 
Se inicia aos 3 anos e nessa fase é influenciado pela 
escolha de papéis, modelos, amigos e socialização. 
Hormônios retomam gradativamente sua atividade a 
partir dos 7/8 anos em meninas e 9//10 anos em 
Psicologia médica 1 – O ciclo da vida humana 
 
meninos. Não se sabe que sexualidade está ligada ao 
erótico. 
Em meninos, desenvolve-se mais a função 
instrumental (ação) da sexualidade. Em meninas, a 
função expressiva (sentimental). 
 
PUBERDADE 
Processo de maturação lento e progressivo. 
Adolescência é um período de maturação de duração 
variável, situado entre a infância e a vida adulta. 
Ocorre o estirão puberal. 
 
 
Meninas maturam, aproximadamente, 2 anos antes 
de meninos. Em meninas, surto de crescimento aos 
10/11 anos. Em meninos, aos 12/13 anos. 
Amadurecem as características sexuais primárias e 
surgem as secundárias. 
 
PUBERDADE FEMININA 
Primeiro sinal: aparecimento do broto mamário 
(telarca). O momento de desaceleração do 
crescimento coincide com a menarca (próx. 12 anos). 
PUBERDADE MASCULINA 
Primeiro sinal: gonadarca (crescimento dos 
testículos). A idade da espermarca não se relaciona 
com fase de maturação. Podem apresentar 
ginecomastia (crescimento das mamas). 
Termina, em geral, aos 16 anos. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 
Pensamento operatório. Vê o mundo a partir da 
perspectiva do outro. 
“Estágio das operações formais”: lógico, simbólico. 
Pensamento hipotético-dedutivo é a mais elevada 
organização da cognição (ir do geral para o particular). 
Mais complicadoque o raciocínio indutivo (ir do 
particular para o geral). 
Ocorre supervalorização do subjetivo em objetivo 
(egocentrismo das operações formais). 
ÉPOCA DA PUBERDADE 
O tempo para passar pela puberdade independe dela 
ter começado cedo ou tarde. 
LUTOS DA PUBERDADE 
Luto pela perda da identidade e do corpo infantil, bem 
como os pais da infância. 
RITUAIS DE PASSAGEM 
Puberdade representa a possibilidade de execução, 
pela primeira vez, de atividades sexuais e reprodução. 
Estágios do rito de passagem por Van Gennep 
1. Separação das funções normais durante a 
puberdade. 
2. Incorporação quando o indivíduo é trazido de 
volta para o convívio social por cerimônias e 
agora assume um novo papel.

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