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Cinesioterapia intermediária

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ALONGAMENTO
             
            Alongamento é um termo usado para descrever qualquer manobra fisioterapêutica elaborada para aumentar a mobilidade dos tecidos moles e subseqüentemente melhorar a ADM por meio do alongamento (aumento do comprimento) de estruturas que tiveram encurtamento adaptativo e tornaram-se hipomóveis com o tempo.
           
INTERVENÇÕES PARA AUMENTAR A MOBILIDADE DE TECIDOS MOLES
 
· Alongamento manual, mecânico, ativo, assistido e passivo
· Auto-alongamento
· Técnicas de inibição neuromuscular
· Mobilização/manipulação articular
· Mobilização e manipulação de tecidos moles
· Mobilização do tecido neural (mobilização neural)
 
 
INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES DO ALONGAMENTO
 
Fonte: HALL, C. M.; BRODY, L.T.. Exercício Terapêuticos em busca da função. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007
 
 
RESPOSTA DA UNIDADE CONTRÁTIL AO ALONGAMENTO E À IMOBILIZAÇÃO
Ao alongamento
            A força de alongamento é transmitida para as fibras musculares através do tecido conjuntivo (endomísio e perimísio) fazendo com que ocorra um alongamento abrupto dos sarcômeros. Ocorre então uma perturbação mecânica influenciada por mudanças neurais e bioquímicas que podem fazer com que ocorra uma miofibrilogênese, resultando em aumento de sarcômeros em série para manter maior sobreposição funcional dos filamentos de actina e miosina.
À imobilização
            Ocorre um declínio das proteínas contráteis e uma diminuição no número de miofibrilas, assim como uma diminuição no número de sarcômeros em paralelo e em série , resultando em fraqueza e atrofia muscular. Ocorre também uma maior produção de tecido conjuntivo. Quanto mais encurtado for imobilizado um músculo, maior será esse mecanismo degradante.
 
RESPOSTA NEUROFISIOLÓGICA DO MÚSCULO AO ALONGAMENTO
            De maneira resumida, quando um músculo é alongado muito rapidamente, as fibras aferentes primárias (que se originam no fuso neuromuscular) estimulam os neurônios alfa espinhal e facilitam a contração das fibras extrafusais, aumentando a tensão do músculo. Isso é chamado de reflexo miotático ou reflexo de estiramento monossináptico. Os procedimentos de alongamentos realizados com velocidade muito alta podem na verdade aumentar o estado de tensão do músculo que está sendo alongado. Se uma força de alongamento é aplicada de maneira lenta no músculo, os órgãos tendinosos de Golgi (OTG’s) disparam e inibem a tensão no músculo, permitindo que o componente elástico paralelo (sarcômero) do músculo permaneça relaxado e se alongue.
Lembrando: fuso neuromuscular – estrutura não contrátil localizado na fibra intrafusal do músculo em paralelo às fibras extrafusais. Informam o SNC da posição e mudança do comprimento do músculo. Ao ser estimulado, ocorre resposta de contração muscular reflexa.
OTG’s – localizados nos tendões, tem por função informar o SNC do grau de tensão gerado pelo músculo. Em um primeiro momento provocam aumento da tensão do músculo. Se o alongamento persiste, em um segundo momento provoca o relaxamento deste.
Fonte: HALL, C. M.; BRODY, L.T.. Exercício Terapêuticos em busca da função. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007
 
 
EXERCÍCIOS RESISTIDOS
 
Definimos exercícios resistidos como forma de  exercício  na  qual  há  uma  contração  muscular voluntária estática ou dinâmica, resistida por uma força externa manual ou mecânica.
 
Principais metas e indicações dos exercícios resistidos
· Aumentar força:
· Quantidade de tensão que um músculo em contração pode produzir.
· Aumentar resistência à fadiga
· Habilidade de desenvolver exercícios repetidos por um período prolongado de tempo
· Aumentar potência
· Desempenho muscular definida como trabalho por unidade de tempo.
 
 Benefícios dos exercícios resistidos
 
Fonte: HALL, C. M.; BRODY, L.T.. Exercício Terapêuticos em busca da função. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007
 
Princípio da sobrecarga – definição
            Para que desempenho muscular melhore é preciso aplicar uma carga que exceda a capacidade metabólica do músculo, ou seja, o músculo tem de ser desafiado a trabalhar em um nível mais alto do que está acostumado. A demanda imposta ao músculo deve sempre ser mais alta.
 
 
 
Determinantes que afetam a tensão gerada pelo músculo esquelético
 
Fonte: HALL, C. M.; BRODY, L.T.. Exercício Terapêuticos em busca da função. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007
 
Obs. Fadiga muscular (local) – é a resposta diminuída do músculo ao estímulo repetido. É normal e reversível. É causada por fatores como diminuição nas reservas energéticas do músculo, influências inibidoras do SNC e uma possível diminuição dos disparos nas placas motoras. A composição muscular relacionada aos tipos de fibras muscular também interferem na fadiga.
Fadiga cardiopulmonar – relaciona-se com a habilidade do corpo de usar o oxigênio. Pode ser causada por fatores como diminuição nos níveis de açúcar no sangue, nas reservas de glicogênio dos músculos e fígado e depleção de potássio.

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