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Bactérias Fitopatogênicas

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Bactérias Fitopatogênicas: 
Importância: grandes percas econômicas, facilidade de disseminação e difícil controle. 
Características: 
Microscópicos; 
Procariotos unicelulares, com parede celular, desprovidas de organelas protegidas por membranas (núcleo e mitocôndria). 
Material genético constituído por um cromossomo: algumas possuem plasmídeo.
Muitas bactérias possuem flagelo. 
Se reproduzem por Fissão Binária. 
Dimensão e formas: 
Esféricas ou Cocos; cilíndrica ou Bacilos; espiralada ou vibriões, espirilos e espiroquetas. 
Estruturas celulares: 
a) Externas: flagelo, fímbria ou pelos, cápsula.
b) Internas: Citoplasma, ribossomos, material genético, mesossomas, inclusões ou grânulos, endósporos, plasmídios e pigmentos. 
c) Envelope celular: parede, membrana externa e membrana interna. 
Flagelos: classificação quanto a disposição e quantidade.
a) Polar ou monotríquio: um flagelo de um lado. 
b) Lofotríquio: vários de um lado.
c) Bipolar ou anfitríquio: vários em ambos lados.
d) Peritríquio: flagelos em toda a periferia celular. 
Parede Celular: 
Estrutura Rígida que define a forma da bactéria. 
Proteção contra lise osmótica. 
Indispensável ao crescimento e divisão das bactérias. 
Constituída de Peptideoglicano. Em função da composição da parede celular as bactérias são divididas em dois grandes grupos: 
a) Gram positivas;
b) Gram negativas;
*ação de antibióticos.
Classificação:
São separadas em função de características culturais, bioquímicas, fisiológicas, serológicas e moleculares. 
Sistema binomial: gênero e espécie. Níveis adotados em fitopatologia: 
1- Patovares e Raças: capacidade de causar doenças em hospedeiros específicos. Exemplo: Xanthomonas citri patovar citri (provocar doença nos citros)
2- Biótipos (biovar, lisotipo e serotipo). 
Métodos utilizados para classificar as bactérias: 
1- Isolamento. 
2- Testes fisiológicos e bioquímicos:
· Hipersensibilidade. 
· Gram.
· Motilidade. 
· Produção de ácido a partir de carboidrato.
· Oxidação/ fermentação de glicose. 
· Asparagina como única fonte de carbono e nitrogênio. 
· Produção de pigmento verde-fluorescente. 
· Teste de oxidase. 
· Teste de podridão – mole. 
· Produção de 3 – cetolactose.
· Produção de inclusões de poli-B-hidroxibutirato.
 Isolamento: 
a) retirar parte do tecido doente.
b) Corta a amostra e coloca em uma lâmina com uma gota de água. 
c) Isolamento por estrias no meio de cultura. 
Testes fisiológicos e bioquímicos: 
Teste de Hipersensibilidade: injeção de uma suspensão bacteriana aquosa. 
Aplica próximo as nervuras, se não for fitopatogênica, apresenta sintomas específicos. 
Tipos de reação: bactéria x planta
Bactéria Virulenta x hospedeira suscetível = sintomas
Bactéria virulenta x hospedeira resistente= hipersensibilidade
Bactéria Avirulenta x hospedeira suscetível= hipersensibilidade
Fitopatogênica x não hospedeira: hipersensibilidade. 
Saprofítica x qualquer: -
Hipersensibilidade: morte celular programada. Todas as células ficam necrosadas e a bactéria não se distribui.
Motilidade: mobilidade. 
Teste de Gram: coloração. 
1- Gram positiva: grande quantidade de peptideoglicano. 
2- Gram negativa: camada menor. 
Maioria das bactérias fitopatogênicas são bastonetes, gram negativas e possuem flagelos. 
Algumas Gram Positivas: Bacillus, Clostridium, Clavibacter, Curtobacterium, Leifsonia. 
Filamentosas: Strptomyces : actinomiceto
Molicutes: Fitoplasmas e espiroplasmas)
Organismos procariotos, unicelulares, sem parede celular, desprovidos de organelas protegidas por membrana (núcleo e mitocôndria) . 
Pleomórficos: sem forma definida. 
Fastidioso: não crescem em meio de cultura ou necessitam de um meio muito específico/complexo. 
Reproduzem por fissão binária. 
Principais molicutes: fitoplasmas e espiroplasmas. 
Sobrevivência e disseminação: 
Inóculo: células viáveis e infectivas do patógeno em quantidade suficiente para causar infecção. 
Sobrevivência: esporos de resistência (Bacillus e Streptomices). Restos de cultura, tecido doente, partes propagativas. 
Disseminação: vento, aerossol, vetores, água de irrigação, material propagativo, instrumentos de trabalho. 
Penetração e colonização: 
Penetração por aberturas naturais ou ferimentos. Estômatos, hidatódios, nectários florais, lenticelas. 
Colonização: os espaços intercelulares, consome a lamela média. Entope vasos condutores (xilema e floema). 
Sintomatologia: 
· Lesões não – sistêmicas. (locais)
· Hipertrofia. (não cresce)
· Podridão – moles. 
· Murcha. 
· Morte de plantas.
· Cancro. 
· Talo – oco e canela preta. 
· Fasciação. (raízes adventícias)
· Hipersensibilidade. 
· Morte de ponteiros. 
Principais gêneros: 
1- Agrobacterium: galha da coroa, galha dos ramos, raiz em cabeleira. 
2- Clavibacter: podridão da batata, cancro em tomate, mancha em frutos, fasciação. 
3- Erwinia: quiema, murcha, podridão mole.
4- Pseudomonas: manchas foliares, galhas, queima, cancro.
5- Xanthomonas: manchas foliares, podridão, nervuras negras, podridão bulbo, cancro cítrico,
6- Streptomyces: sarna da batata e podridão mole.
Doenças: 
1- Agrobacterium: Galha da Coroa: A. tumefaciens. 
Características: habitantes do solo, ampla gama de hospedeiros, principalmente rosáceas. 
Sintomas: causam galhas (hipertrofia e hiperplasia), no colo, raízes, que quando jovens a superfície é macia e clara, tornando-se áspera e escurecida à medida em que aumentam de tamanho. 
2- Pseudomonas: 
Características: produção de pigmentos fluorescentes em determinado meio de cultura. Atacam vários hospedeiros. 
Sintomas: causam crestamento, manchas foliares e nos frutos, cancros de ramos, podridões e galhas. 
3- Ralstonia solanacearum: 
Características: gram negativas e aeróbias. 
Sintomas: má formação foliar, necrose, murcha, amarelecimento das folhas, escurecimento vascular. 
4- Leifsonia xylli subsp. Xyli: 
Características: ataca os vasos do xilema, fastidiosa. 
Sintomas: crescimento retardado das touceiras, colmos menores e mais finos, internódios curtos. 
5- Erwinia: 
Substâncias Pectolíticas; sintomas: manchas de aparência aquosa e amolecimento dos tecidos circundantes causando o apodrecimento do local que se torna uma massa aquosa e com odor fétido.
6- Xanthomonas: 
Cancro Cítrico. Sintomas: desfolha de plantas, lesões em frutos, redução na produção pela queda prematura de frutos. 
7- Candidatus liberibacter: 
É a mais destrutiva doença dos citros. 
Candidatus Liberibacter asiaticus e Candidatus Liberibacter americanus, transmitidas pelo psilídeo Diaphorina citri. 
Sintomas: frutos com tamanho reduzido, assimétrico, com a columela central torta, abortamento de sementes, coloração desuniforme com predomínio da cor verde na face voltada para o interior da planta, além do mosqueamento das folhas. 
Diagnose rápida: 
Planta com sintoma de murcha. 
Teste do copo: corrida bacteriana. 
Odor forte. 
Principais métodos de controle: 
Uso de variedades resistentes, uso de material de propagação sadio, remoção e queima das plantas, desinfestação, controle químico e antibióticos. Controle biológico.

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