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Comunicação - Preconceito Linguístico

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Atividade A1
Quando um grupo acredita que outro grupo é inferior a eles, ocorre o preconceito
regional. A maneira de falar, os hábitos, a cultura e a situação financeira determinam
se ele está em desvantagem. Esse preconceito está intimamente relacionado à
variação linguística de cada povo, pois o sotaque e as gírias no Brasil variam de
acordo com a região em que o indivíduo se encontra.
O nordeste é a que mais sofre discriminação linguística no Brasil. Esse preconceito
pode ser visto na mídia, principalmente nas representações em novelas, quando o
nordestino é colocado como inculto, grosso, preguiçoso e em algumas situações é
zombado por conta do seu sotaque, gírias e jeitos, é muito comum chamar os
nordestinos de paraíbas ou baianos em um tom pejorativo que remete o preconceito
contra o povo nordestino, o jeito de expressar-se e até a maneira de falar tornam-se
motivos para discriminação por parte de outras regiões do território nacional, com
ênfase pro Sudeste e Sul do país.
O preconceito em relação a esta região se tornou tão comum que essa
discriminação é chamada de "normal", o que é completamente errado, já que
também é um preconceito como tantos outros e deve ser combatido. É persistente
no Brasil casos de indivíduos que ocupam as regiões mais ricas do país
manifestarem algum tipo de aversão ao sotaque ou aos regionalismos típicos de
classes mais pobres, pelo fato do acesso limitado à educação e cultura, como, é o
caso do nordeste.
A principal consequência do preconceito linguístico é acentuar cada vez mais outros
preconceitos relacionados a ele. Isso significa que uma pessoa excluída em uma
entrevista de emprego porque usa linguagem informal não conseguirá superar as
barreiras da alfabetização e poderá continuar a ser excluída. Cidadãos que ficaram
isolados por terem sotaque em uma determinada área continuarão aparecendo de
forma estereotipada, sendo motivo de riso ou de chacota. Múltiplos indivíduos
perduram nos subempregos e com péssima remuneração. Fazendo com que o
preconceito linguístico continue sendo um dos pilares de manutenção da divisão de
classes no Brasil.
Um exemplo de aplicação de narração, no contexto geográfico nacional, é o cordel,
também conhecido como folheto ou literatura popular em verso, o mesmo se faz
muito presente no nordeste. Encontra-se no campo informal, muitas vezes usando
palavras, gírias de cada canto do Nordeste. Os cordéis contam histórias, com muito
humor, abordando questões sociais, dentre outros temas do cotidiano nordestino.
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