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1 Preparo biomecanico Tratamento endodôntico 1. Diagnóstico 2. Anestesia e abertura coronária 3. Isolamento absoluto 4. Preparo biomecânico 5. Medicação = curativo de demora 6. Obturação 7. Restauração provisória. Para identificar a condição da polpa, é necessário realizar um teste, pois nem sempre nas radiografias identifica-se lesões. Biopulpectomia Remoção TOTAL da polpa que está viva. Indicações: - Processo inflamatório da polpa dentária causada por cárie/trauma. - Ocorrência de algum acidente operatório que leva a exposição pulpar. Necropulpectomia Remoção TOTAL da polpa que está necrosada, ou seja, contaminada. Nem sempre o dente necrosado vai ter lesão e nem sempre estará com bactérias, existem exceções que está necrosada asséptica. I: tratamento do canal radicular com polpa necrosada SEM lesão patológica evidenciável radiograficamente. II: tratamento do canal radicular em polpa necrosada COM LESÃO periapical patológica visível em radiografia. Independente se a polpa está viva ou morta, os canais radiculares estarão radiolúcidos. Limpeza → Ação mecânica dos instrumentos endodônticos → Fluxo e refluxo da solução irrigadora (ação física). → Ação química de soluções irrigadoras. Objetivos: • Eliminar o tecido pulpar (independente do estado da polpa). • Regularizar as paredes internas do canal radicular. • Ampliar e dar forma ideal ao canal. • Auxiliar na desinfecção. • Confeccionar o degrau (batente) apical. No preparo biomecânico Convencional: limas manuais de aço inoxidável = limas Kerr e limas Hedstroen. Moderna: limas manuais de aço inoxidável, mas principalmente as limas rotatórias ou reciprocantes de níquel titânio, com tratamento térmico (motores elétricos). E limas rotatórias manuais de níquel titânio com tratamento térmico. Odontometria Método de Ingle: método que permite estabelecer o comprimento real do dente (CRD) e consequentemente o comprimento real do trabalho (CRT), que é o comprimento no qual as limas irão trabalhar no interior do canal para confeccionar o batente apical. Antes de qualquer tratamento é necessário realizar uma radiografia – feita com posicionador – abrangendo toda a extensão do dente para que possa obter a medida correta do dente. 2 Aquém: não passou do ápice, somar o que falta pra chegar e tirar 1 mm. Além: passou do ápice, diminuir quanto passou e diminuir 1 mm. Limite ideal: no limite ideal (lima no limite CDC). Na ponta da lima no ápice na medida de 1 mm significa qua a distância do ápice até o forame apical está no limite ideal. Limite ideal de trabalho: o diâmetro anatômico é onde o limite ideal ficará bem ajustado e a 1 mm do limite ideal. E a lima do (DA) se ajusta exatamente no CRT, sem ficar solta ou muito apertada. Após o comprimento real de trabalho, não esquecer: ▲ Lembrete ▲ Biopulpectomia: respeitar o coto pulpar. Necropulpectomia: realizar a patência foraminal/limpeza do canal cementário, pois o oto pulpar está necrosado. Deverá ser realizado da seguinte forma: 1) Seleciona-se uma lima Kerr com um calibre pequeno e coloca um comprimento com 2,0 mm a mais do CRT. 2) Para a patência foraminal do dente, selecionar a lima de baixo calibre, colocar a medida com os 2 mm a mais e realizar movimento de entrada e saída no interior do canal. 3) O stop de borracha tem que tocar na referência. Tudo isso para prevenção do acúmulo de raspas de dnetina e desobstrução, para obter um caminho livre. 3 Movimentos das limas (cinemática) Para neutralização (preparo terço coronário e médio e em situações de canais atrésicos e calcificados). Utilizar limas Kerr e/ou limas tipo Kerr mais firmes (Kerr Target 08,10 ou 15). Introdução do instrumento até o Comprimento Real de Trabalho (CRT), obrigatoriamente. Pressão da lima de encontro as paredes do canal e tração coronária (1 a 2mm), sem remover todo o instrumento. Movimentos realizados de maneira contínua até que a lima fique folgada no interior do canal. ROTATÓRIO: - Realizado com as limas manuais Prodesign M. - Empurre a lima em direção apical até a resistência. - Mantendo a pressão apical, gire a lima de ¾ a 1 volta, sentido horário, até sentir resistência. - Diminua a pressão apical e continue girando a lima e puxando suavemente a lima para fora do canal. (Como se estivesse apontando lápis). - Remova a lima, irrigue, aspire e inunde o canal. - Limpe a lima em uma gaze estéril. - Repita o movimento até o comprimento desejado. Técnicas de instrumentação (dentes anteriores) - Radiografia de diagnóstico. - Determinar o RX do CAD e estabelecer o CTP. Não esquecer da margem de segurança. - Anestesia e abertura coronária (isolamento absoluto apenas do dente a ser tratado). Após abertura coronária: irrigação. - Exploração dos canais = limas K#10 #15 = com 1/3 do CAD, apenas na embocadura dos canais radiculares, como objetivo de avaliar acesso aos canais, ou seja, se está amplo, atrésicos ou calcificado. - Deve-se ficar em nível de terço coronário, pois em caso de Necropulpectomia, não devemos levar a lima muito para o interior do canal, a fim de evitar extrusão de conteúdo séptico (contaminado) para a região apical, evitando, desta forma, uma possível bacteremia. - Decomposição tecidual e restos pulpares deverão ser removidos com cuidado e simultaneamente com a exploração do canal radicular para evitar extrusão de material séptico para a região apical e periapical = dor pós- operatória (presença de bactérias na circulação sanguínea). - Instrumentação do canal. Fase 1 Preparo do terço coronário e médio. → Descontaminação progressiva (Limas Kerr seguida da PDM). → Limas Kerr #10 #15 #20 – de acordo com o diâmetro da embocadura do canal = movimento de alargamento em medidas de terços do CTP. 4 → Coloca-se 1/3 de medida do CTP = faz alargamento. → Coloca-se 2/3 de medida do CPT = faz alargamento. → Coloca-se 3/3 de medida do CTP = faz alargamento. SEMPRE quando trocar as limas: IRRIGAR, ASPIRAR E INUNDAR. O canal sempre deve ficar inundado. → Após as limas Kerr selecionar PDM 25.06 com ½ do CTP. → Transferir para lima e introduzir no canal inundado com solução irrigadora, fazendo movimentos rotatórios, até tocar no ponto de referência. Após tocar no ponto de referência, realizar movimentos até a lima ficar folgada. ODONTOMETRIA = a lima deve-se ajustar no CTP, pode ser qualquer calibre (geralmente de pequeno calibre: 1°série). É feita a radiografia pela técnica da bissetriz. Fase 2 Preparo do terço apical – confecção do batente apical (técnica específica de dentes anteriores). Limas manuais Prodesign M. LK #10 #15 #20 a 35.01 – verde 35.05 LK #25 #30 #35 a 40.01 – preta 40.05 LK #40 #45 #50 a 55.05 – vermelha 60.01 - Movimentos rotatórios seguidos de limagem. - Limas memória = última lima que confeccionou o batente apical. - Exploração – 25.06 = Odontometria = determinar o D.A → Lima Easy clean no micromotor em velocidade baixa, protocolo de avaliação para toalete final. Sempre irrigar, aspirar e inundar a cada troca de lima. Técnica dentes posteriores – mesma sequência da fase 1 e depois na fase 2: • Radiografia de CLARK. • Dois canais = duas medidas. • Não depende tanto do D.A. • As limas sempre serão as mesmas. 15.05 = até atingir o CRT movimentos rotatórios seguido de limagem. 25.01 = até atingir o CRT movimentos rotatórios (sentido horário). 25.06 = até atingir o CRT movimentos rotatórios (sentido horário). → Seguido da limagem (irrigar, aspirar, inundar). → A lima memória (LM) será a 25.06. → Lima Easy Clean no micromotor em velocidade baixa, protocolo de ativação para toalete final. → Secagem dos canais com cones de papel e inserção do curativode demora. Toalete final - Colocar uma lima Easy Clean no micromotor e ajustá-la na comprimento de CRT – 2,0 mm. - Colocar no interior do canal e acionar na rotação mediana. 1º) Inundar canal com Hipoclorito de sódio e acionar Easy Clean durante 15 segundos. Irrigar e aspirar 2º) Inundar canal radicular com EDTA e acionar Easy Clean durante 15 segundos. Irrigar e aspirar 3º) Inundar canal com Hipoclorito de sódio e acionar Easy Clean durante 15 segundos. Irrigar e aspirar. 4º) Inundar canal radicular com EDTA e acionar Easy Clean durante 15 segundos. Irrigar e aspirar 5º) Inundar canal com Hipoclorito de sódio e acionar Easy Clean durante 15 segundos. Irrigar e aspirar. 6º) Inundar e irrigar abundantemente o canal radicular com 5,0 ml de soro fisiológico. Finalidade: remover todo o hipoclorito de sódio 5 7º) Inundar e irrigar abundantemente o canal radicular com 5,0 ml de clorexidina 0,12 %. 8º) Aspirar com cânula verde (mais grossa) e depois com a cânula azul (mais fina), entrando no interior do canal radicular e aspirando todo o conteúdo líquido. 9ª) Secar o interior do canal com cones de papel semelhante ao calibre do batente apical. 10º) Seguir com a etapa de colocação de curativo de demora ou obturação do canal. - TÉRMINO DO PREPARO BIOMECÂNICO OBS: Após este procedimento, deixar anotado na ficha: Elemento dental:_______ CRT: _________________ Referência: _____________ Lima Memória: _____________ Irrigação dos canais radiculares É esperado que as soluções irrigadoras alcancem ramificações do canal e outras áreas inacessíveis a instrumentação. Importância da limpeza: Meios mecânicos – instrumentação. Meios físicos – irrigação e aspiração. Meios químicos – substâncias irrigadoras/curativo de demora. Irrigação Através da corrente líquida: • Restos orgânicos • Raspas de dentina • Microrganismos • Outros dentritos Seringa + agulha (longa ou curta) = depende do CTP. Aspiração - Auxilia a remoção do interior do canal fluído provenientes de processos patológicos ou do preparo biomecânico. - Anula a pressão hidrostática produzida pela irrigação. - Alivia a região periapical de exsudatos. - Elimina produtos provenientes da instrumentação. - Ajuda na secagem do canal radicular, após a instrumentação. Irrigação, aspiração e inundação (IAI). Princípios: 1. A câmara pulpar e os canais radiculares (toda a cavidade pulpar) devem estar sempre inundados com soluções irrigadoras. 2. A solução deverá estar: ✓ Grande volume. ✓ Ter tempo de contato. ✓ Sofrer frequentes trocas. 3. A agulha deve ter ponta romba (sem bisel). 4. A agulha irrigadora deve atingir o terço apical do canal radicular, ficando cerca de 2 mm aquém do CRT e com movimentos de entrada e saída. 5. A agulha irrigadora não deverá obliterar (travar)a luz do canal radicular – permitir o refluxo. 6. Pressionar o êmbolo de forma suave. 7. Movimentos de vai e vem no interior dos canais. FUNÇÕES: → Controle de uma possível infecção superficial de polpa (Biopulpectomia). → Remoção de sangue da câmara pulpar e dos canalículos dentinários. → Remoção da matéria orgânica – polpa e inorgânica - dentina. → Evitar o entulhamento de raspas de dentina no terço apical. 6 → Neutralizar o conteúdo tóxico do sistema de canais radiculares e diminuir o número de bactérias. → Ter ação lubrificante para facilitar a atuação dos instrumentos. → Facilitar o contato de medicações aplicadas nos canais. → Favorecer a adesão dos cimentos obturadores. Realização ANTES: Biopulpectomia – para manter a cadeira asséptica. Necropulpectomia: neutralizar parcialmente produtos tóxicos, antes de sua remoção mecânica (penetração desinfetante). DURANTE: Todo o P.B e cada troca de instrumentação; Manter úmida as paredes do canal, favorecendo a instrumentação. Dissolver matéria orgânica. Adentrar nos túbulos dentinários e ramificações radiculares. Impedir o acúmulo de raspas de dentina no terço cervical. DEPOIS: Toalete final: remoção da smear layer aderida nas paredes internas do sistema de canais radiculares e túbulos dentinários. SOLUÇÕES IRRIGADORAS Propriedades desejáveis: - Facilitar a ação dos instrumentos endodônticos. - Manter a cadeia asséptica nos casos de bio. - Auxiliar no controle das infecções. - Possuir ação antimicrobiana. - Ser capaz de adentrar nos túbulos dentinários e ramificações radiculares (baixa tensão superficial e devido coeficiente de viscosidade). - Dissolver tecidos orgânicos e inorgânicos. - Ser biocompatível. oferece a sua ruptura. Menor tensão superficial → maior poder de penetração → maior limpeza. Poder bacteriana: casos de Necropulpectomia ↑ poder bactericida, ↓compatibilidade. Compatibilidade biológica: - Poder de dissolução da matéria orgânica. - Solúvel em água. - Adequada vida útil. - Facilidade de armazenamento. Hipoclorito de sódio (NaOCL) 99% dos casos tem ↑ poder bactericida. Liberação de cloro e oxigênio → antissépticos. Concentração Denominação 0,5% Líquido de Dakin 1,0% Solução de Milton 2,5% Licor de Labarraque 4-6% Soda corada 5,25% Preparação da usp OBS: sempre falar hipoclorito de sódio a 2 % ou Licor de Labarraque. Vantagens > Baixa tensão superficial. > Excelente ação solvente da matéria orgânica. > Amplo espectro de ação antimicrobiana. > Ação detergente. > pH alcalino = alto poder bactericida. 7 Desvantagens - Irritação aos tecidos apicais quando em altas concentrações. - Risco de ser injetado na região apical e seio maxilar. - Gosto e cheiro indesejáveis. - Manchamento de roupas. - Lesões aos olhos e pele dos pacientes. - Reações alérgicas. - Solução pouco estável = difícil armazenamento (frasco âmbar, local escuro, fresco e, por no máximo 3 meses). - Efeito corrosivo (lavar com bastante água). Clorexidina 2 % - Antisséptico químico. - Ação bactericida e bacteriostático. - Capaz de eliminar bactérias gram-positivas e gram-negativas. Vantagens ➢ Substantividade (efeito residual). ➢ Amplo aspecto de ação antimicrobiana. ➢ Biocompatibilidade/alto poder desinfetante. ➢ Estabilidade. ➢ Atóxica. Desvantagens - Incapacidade de dissolver matéria orgânica. - Não substitui o NaOCL. Indicações: • Casos resistentes. • Pacientes alérgicos a hipoclorito. • Dentes com rizogênese incompleto. • Dentes com reabsorções ou forames arrombados. (Extravasamento maior nas regiões periapical/seio maxilar). O uso combinado de hipoclorito + clorexidina 2% = CONTRAINDICADO. Pois causa uma interação química formando um precipitado que pode se depositar nos túbulos dentinários, levando a obstrução. Água de cal - Utilizar em casos de: hemostasia sem causar vasoconstrição. - Elevado poder bactericida. - pH alcalino. - Grande poder hemostático. - Pulpite = irreversível aguda. - Muito sangramento. Quelantes: Edta - Promove a quelação (remoção) de íons cálcio da dentina por uma reação química. - Ação descalcificadora. - Influência na permeabilidade dentinária e no selamento marginal. - P.B de canais atrésicos e/ou calcificados. - Remoção da camada de smear layer. Smear Layer: Lama dentinária – que se acumula nas paredes do canal radicular após o P.B, obstruindo as entradas dos túbulos dentinários. Sua remoção é imprescindível para o sucesso do tratamento endodôntico, promovendo uma ação mais efetiva de curativo de demora ou cimentos obturadores. Tipos de irrigação: Irrigação + aspiração = simultâneo. Sistema ultrassônico. EasyClean: lima de plástico que promove LIMPEZA das paredes dos sistemas de canais radiculares através da agitação mecânica das substâncias químicas e do atrito de suas lâminas no interior do canal, principalmente no terço 8 apical. Pode ser usada durante e depois do preparo ou somente depois. Protocolo de uso 1) Inundar a cavidade pulpar com NaOCL. 2) Introduzir a Easy Clean com o stop de borracha 2 mm AQUÉM do CRT e acionar, fazendo movimentos de vai e vem (20s). 3) Aspirar. 4) Inundar com EDTA. 5) Easy clean por mais 20 s. 6) Aspirar. 7) Inundar com NaOCL. 8) Easy clean por 20 s. 9) Aspirar. 10) Inundar com EDTA. 11) Easy Clean por 20 s. 12) Inundar e irrigar abundantemente com soro fisiológico. 13) Aspirar e secar. 14) Irrigar com clorexidina. 15) Aspirar e secar. 16) Curativo de demora (obturação do canal radicular). Curativo de Demora ou Medicação Tópica Intra Canal Abertura coronária → P.B → Curativo de demora se for necessário → Obturação do canal radicular → restauração do elemento dental. O curativo de demora também auxilia na desinfecção das regiões onde NÃO conseguimos alcançar com as limas. CURATIVO DE DEMORA – QUANDO UTILIZAR? → Todas as vezes em que o tratamento endodôntico NÃO é concluído em sessão única. Exemplos: - Urgências (dor, trauma, fratura, etc). - Falta de tempo para realizar o preparo biomecânico completo dos canais radiculares. - Falta de tempo para realizar a obturação dos canais radiculares. - Dor durante o atendimento. - Hemorragia (biopulpectomia). - Todos os casos de necropulpectomias. A aplicação do medicamento é realizada no interior do canal radicular. BIOPULPECTOMIA Polpa viva – inflamação 1. Impedir uma possível contaminação do canal radicular; 2. Preservar a vitalidade do coto pulpar. OSTOPORIN Associação de Corticosteroide (AIES) + antibiótico. Hidrocortisona Anti-inflamatório (corticosteroide) ↓ Diminuir a inflamação decorrente do ato agressivo da pulpectomia ↓ Sulfato de Neomicina + Sulfato de polimixina B ↓ Antibiótico ↓ Impedir uma eventual proliferação bacteriana. PROPRIEDADES • Grande poder de penetração tecidual (eficiente atuação); • Vida útil relativamente longa; • Hidrossolúvel; • Apresenta-se na forma líquida – facilita a aplicação e remoção. 9 SITUAÇÕES EM QUE DEVE SER UTILIZADO: BIOPULPECTOMIA 1. EMERGÊNCIA (DOR). - Tratamento endodôntico não será realizado na mesma sessão. - Paciente com dor ou exposição pulpar após remoção do tecido cariado. - Abertura coronária, sem P.B; 2. PREPARO BIOMECÂNICO INCOMPLETO - Por algum motivo, o P.B não será concluído durante a sessão. MODO DE APLICAÇÃO Após a abertura coronária: 1.º Bolinha de algodão estéril com otosporin na câmara pulpar (o tamanho da bolinha do algodão deve ser compatível com o tamanho da câmara pulpar); 2.º Remoção do excesso com uma bolinha de algodão seca; 3.º Selamento com material restaurador provisório (de preferência o Ionômero de Vidro); 4.º Tempo de permanência: até 7 dias. NECROPULPECTOMIA Polpa morta – infecção (bactérias) Objetivos do curativo: 1. Eliminação de bactérias – túbulos dentinários – canal radicular – ramificações. FORMOCRESOL Concentração de formalina - Formaldeído (gás) - Cresol (antisséptico) PROPRIEDADES • Antimicrobiano • Irritante aos tecidos vivos • Age a distância (vapores) SITUAÇÕES EM QUE DEVE SER UTILIZADO: NECROPULPECTOMIA 1. EMERGÊNCIA (DOR) → Tratamento endodôntico não será realizado na mesma sessão; → Paciente com dor ou exposição pulpar após remoção do tecido cariado; → Abertura coronária, sem P.B; 2. PREPARO BIOMECÂNICO INCOMPLETO - Por algum motivo, o P.B não será concluído durante a sessão. MODO DE APLICAÇÃO Após a abertura coronária: 1.º Bolinha de algodão estéril só com o “cheirinho” do formocresol na câmara pulpar (o tamanho da bolinha do algodão deve ser compatível com o tamanho da câmara pulpar); 2.º Selamento com material restaurador provisório (de preferência o Ionômero de Vidro); 3.º Tempo de permanência: até 7 dias MEDICAMENTOS A BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO Biopulpectomia ou necropulpectomia = preparo biomecânico concluído. HIDRÓXIDO DE CÁLCIO P.A O hidróxido de cálcio é o medicamento de escolha mais utilizado na endodontia, foi utilizado pela primeira vez em 1930 por Hermann, aumentando seu uso até os dias de hoje. → Acelera a reparação natural de lesões periapicais, em função do desaparecimento progressivo de bactérias nos canais radiculares. → Seu pH alcalino e sua presença física dentro do canal radicular representam um potente efeito antibacteriano, inibindo atividade osteoclástica, prevenindo a entrada de tecido de granulação e exsudato, e 10 propiciando a formação de tecido duro junto ao ápice radicular. → Seu emprego nas diversas situações clínicas simplifica o tratamento e colabora com o processo de reparação tecidual. → O efeito do hidróxido de cálcio como medicação intracanal em dentes portadores de lesões periapicais, pode encorajar a reparação tecidual e favorecer a obturação convencional do canal radicular. → O efeito antimicrobiano do hidróxido de cálcio se dá pela sua dissociação em íons hidroxila, num ambiente de alto pH (12,6) que atua promovendo uma ruptura da membrana citoplasmática bacteriana, inibindo assim atividades enzimáticas essenciais como metabolismo, crescimento e divisão celulares. Além disso, o hidróxido de cálcio é o único medicamento capaz de atuar positivamente sobre os lipopolissacárides, inativando-os. Isso se faz importante, uma vez que essas endotoxinas têm participação fundamental na gênese e manutenção das lesões periapicais e interradiculares, sendo que o meio alcalino impede a proliferação e colonização dos microrganismos no dente tratado endodonticamente. FUNÇÕES DO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO P.A. - Ação anti-inflamatória e antibacteriana; - Estimular a formação de tecido ósseo mineralizado; - Induzir dentina reparadora; - Contribuir no processo de reparo; - Impedir a penetração do exsudato para o interior do canal, resultando em ausência de nutrientes para os microrganismos (vedamento do canal radicular); - Reagir com o CO2 necessário a sobrevivência das bactérias restritas; - Elevar o pH ambiente a níveis incompatíveis com a sobrevivência bacteriana. - Preencher o espaço criado após o PB. - Dissolução de restos orgânicos. - Inibição da atividade osteoclástica das células inflamatórias (reabsorção). IMPORTÂNCIA DO CURATIVO DE DEMORA EM DENTES PORTADORES DE LESÃO PERIAPICAL. Componentes da Pasta de Hidróxido de cálcio. → Hidróxido de Cálcio P.A (medicação de ação) + propilenoglicol (veículo da pasta) + Iodoformio (proporciona radiopacidade para a pasta). CARACTERÍSTICAS DO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO P.A ➢ Alcalino pH 12,8 ➢ Pouco solúvel em água ➢ Antiexsudativo ➢ Antibacteriano ➢ Neutralizador de produtos tóxicos ➢ Empregado no interior dos canais radiculares a médio ou longo prazo = alcalinização é lenta. CARACTERÍSTICAS DO PROPILENOGLICOL ✓ Composto orgânico (álcool diol) ✓ Viscoso (oleoso) ✓ Sabor amargo ✓ Inodoro ✓ Incolor ✓ Funciona como veículo CARACTERÍSTICAS DO IODOFÓRMIO • Cristais amarelos brilhantes • Alto teor de iodo – 96% • Substância altamente radiopaca • Odor penetrante • Pode provocar alteração cromática das coroas dentárias 11 MODO DE APLICAÇÃO DA PASTA DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO → Micromotor na baixa rotação acionado no sentido horário. → Espirais de lentulo(devem ficar folgadas no interior dos canais). 1. Provar a lentulo no interior do canal (micromotor não acionado). 2. Passar a lentulo na pasta manipulada na placa de vidro. 3. Introduzir a lentulo com a pasta, sem acionar, no interior do canal. 4. Acionar o motor e após alguns segundos retirar a lentulo acionada do canal. 5. Repetir até que o canal esteja cheio. 6. Condensar a entrada do canal com bolinha de algodão estéril e condensadores. 7. Rx pra verificação do preenchimento completo do canal. 8. Se OK, selar com IV. TEMPO DE PERMANÊNCIA DA PASTA DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO • BIOPULPECTOMIA: mínimo de 7 dias (podendo ficar por mais tempo). • NECROPULPECTOMIA SEM/COM LESÃO: mínimo de 14 dias (podendo ficar mais tempo). ULTRACAL CARACTERÍSTICAS: - A UltraCal XS é uma pasta de hidróxido de cálcio a 35% numa solução aquosa para ser usada como material temporário nos canais radiculares. - Acondicionada em uma seringa. - Radiopaca (óxido de bismuto – sensibilidade pós operatória). - pH 12,5 (ultra alcalino) - Ponta NaviTip acoplada a seringa. - Aplicado com precisão onde necessário até o ápice. HIDROPAST Características: • Radiopaca (iodofórmio); • pH 12,4 (altamente alcalino); • Excelente biocompatibilidade; • Estimula a reparação tecidual pela ativação enzimática tecidual, gerando efeito mineralizador; • Induz a formação de dentina reparadora; • Embalagem c/ 1 seringa de 2,5g. 12 Resumindo MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM BIOPULPECTOMIA POLPA VIVA) 1. EMERGÊNCIA (ABERTURA CORONÁRIA): - Otosporin na bolinha de algodão na câmara pulpar de 3 a 7 dias. 2. PREPARO BIOMECÂNICO NÃO REALIZADO POR COMPLETO: - Otosporin na bolinha de algodão na câmara pulpar de 3 a 7 dias. 3. PREPARO BIOMECÂNICO POR COMPLETO: - Pasta de hidróxido de cálcio aplicada com espirais de lentulo no interior dos canais radiculares por no mínimo de 7 dias, podendo ficar por mais tempo. (POLPA NECROSADA) 1. EMERGÊNCIA (ABERTURA CORONÁRIA): - Formocresol na bolinha de algodão na câmara pulpar de 3 a 7 dias. 2. PREPARO BIOMECÂNICO NÃO REALIZADO POR COMPLETO COM OU SEM LESÃO: - Formocresol na bolinha de algodão na câmara pulpar de 3 a 7dias. 3. PREPARO BIOMECÂNICO REALIZADO POR COMPLETO EM DENTES COM OU SEM LESÃO: - Pasta de hidróxido de cálcio aplicada com espirais de lentulo no interior dos canais radiculares por no mínimo de 7 dias, podendo ficar por mais tempo. Obturação dos canais radiculares A obturação é o retrato da endodontia. Proservação (acompanhamento). Definição: preenchimento completo do espaço criado com a remoção da polpa e realização do preparo biomecânico com materiais de propriedades físicas e biológicas apropriadas visando a um selamento hermético. OBTURAÇÃO: - Selamento tridimensional - Confinamento - Ocupação de espaço - Antissepsia Objetivos: • Impedir que as bactérias lesam os tecidos periapicais. • Anular os espaços vazios. • Proporcionar condições para que ocorra o processo de reparo. • Estimular a ocorrência de obturação biológica. Materiais obturadores Sólidos ou pastosos SÓLIDOS = CONES DE GUTA PERCHA PRINCIPAIS 1° série 2° série 3° série Prodesign M 13 SECUNDÁRIOS R7 ou B7 R8 ou B8 1 em cada canal – quantos forem necessários. COMPONENTES - Pigmento = coloração. - Hidróxitolueno butilato = antioxidante. - Óxido de zinco = dar corpo, rigidez e radiopacidade. - Talco = facilitar a fabricação. - Sulfato de bário = radiopacidade. - Guta percha – látex. VANTAGENS ✓ Boa Adaptação as paredes dos canais radiculares ✓ Boa tolerância tecidual ✓ Radiopacidade ✓ Facilidade de remoção, se necessário. DESVANTAGENS ✓ Falta de rigidez ✓ Falta de adesividade CUIDADO = conservar em local fresco e protegidos da luz!!! EVITAR FENDILHAMENTO. PASTOSOS PASTAS: não tomam presa; curativo de demora. - Solúveis aos fluídos corpóreos. - Não proporciona um bom vedamento hermético. - Não oferecem propriedades físicas. - Material obturador. CIMENTOS: tomam presa; São essenciais, pois, são eles que, pela capacidade de adaptação as paredes do canal radicular e penetração nas ramificações, permitem que o selamento se aproxime do ideal. CIMENTO OBTURADOR Propriedades Físicas: - Radiopacidade - Bom escoamento - Promover bom selamento marginal - Insolúvel aos fluídos corpóreos - Tempo de trabalho - Viscosidade e aderência - Não manchar as estruturas dentais Biológicas: - Não ser irritante aos tecidos periapicais (biocompatível) - Estimular o processo de reparo - Induzir o selamento biológico do forame apical Cimentos endodônticos ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL - Citotoxicidade - Menor adesão - Menor escoamento - Maior resposta inflamatória - Contraindicados IONÔMERO DE VIDRO - Propriedades benéficas? - Capacidade seladora? - Atividade antimicrobiana? - Não disponível comercialmente HIDRÓXIDO DE CÁLCIO - Radiopacidade - Boa adesão - Alto escoamento 14 - Baixa solubilidade - Propriedades biológicas excelentes RESINAS PLÁSTICAS - Adesividade - Radiopacidade - Boa capacidade seladora - Alto escoamento Cimentos biocerâmicos. QUAL SERÁ NOSSA ESCOLHA? SEALER 26 Forma de apresentação pó/resina Proporção 2:1 ou 3:1 Forma de Espatulação: Espatulação procurando incorporar o pó a resina, até a obtenção de uma mistura homogênea, sendo obtida consistência adequada quando for formado um fio. Tempo de presa: aproximadamente 40 horas. COMPOSIÇÃO • Resina epóxica + hidróxido de cálcio • Adesividade • Radiopacidade • Capacidade seladora • Alto escoamento • Baixa solubilidade • Biocompatibilidade • Antimicrobiano • Reparo AH PLUS Apresentação: - 2 pastas - A e B - 4 ml (15g) - Bloco de mistura Características ✓ Fácil manipulação ✓ Propriedades: auto-adesivas, baixa solubilidade, biocompatibilidade, antimicrobiano, e alta radiopacidade. ✓ 1:1 ✓ Tempo de presa -/+ 24 horas MOMENTO DA OBTURAÇÃO Condição clínica do paciente Canal completamente biomecanizado: - 35/01 35/05 - 40/01 40/05 - 25/01 15/05 25/06 ➢ SEM ODOR, COM ODOR
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