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Julia Silva
Milagre Econômico Brasileiro
De 1967 a 1973 o Brasil alcançou taxas médias de crescimento muito elevadas e sem precedentes, que decorreram em parte da política econômica então implementada principalmente sob a direção do Ministro da Fazenda Antônio Delfim Neto mas também de uma conjuntura econômica internacional muito favorável. Esse período (e por vezes de forma mais restrita os anos 1968-1973) passou a ser conhecido como o do “milagre econômico brasileiro”, uma terminologia anteriormente aplicada a fases de rápido crescimento econômico no Japão e em outros países. Esse “milagre econômico” foi também, em certa medida, o desdobramento de diagnósticos e políticas adotados entre 1964 e 1966 por Otávio Gouveia de Bulhões e Roberto de Oliveira Campos, respectivamente ministros da Fazenda e do Planejamento do governo Castelo Branco, e consubstanciados no Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG).
O Paeg previa incentivo às exportações, abertura ao capital exterior, bem como reforma nas áreas fiscal, tributária e financeira. Além das medidas de incentivo, o milagre econômico foi concretizado por meio de obras de grande porte como estradas e hidrelétricas. Os recursos para essas obras foram obtidos por meio de empréstimos internacionais, que elevaram a dívida externa. 
Queda 
A partir de 1973, quando aconteceu o Primeiro Choque do Petróleo o cenário econômico começou a mudar. Neste ano os países produtores pararam de vender petróleo para países quem fossem aliados de Israel, como consequência o preço do barril ficou exorbitante encarecendo a produção industrial. Como formar de enfrentar a subida dos preços, os Estados Unidos, durante a década de 70, elevaram os juros do mercado internacional e reduziram as remessas de dinheiro para os países em desenvolvimento. Com isso o Brasil parou de receber empréstimos e passou a pagar juros muito altos da dívida externa, levando como consequências aperto salarial, desvalorização cambial, redução do poder aquisitivo da população que juntos cominaram no fim do milagre econômico e das metas do plano nacional.
Vantagens x Desvantagens
Apesar de ter sido realizado num ambiente autoritário e que prejudicou os trabalhadores, o “milagre econômico” deixou marcas que sobrevivem até hoje.
Vantagens 
· Construção de obras importantes, como a ponte Rio-Niterói e a usina de Itaipu
· Aceleração da industrialização
· Incentivo à indústria da construção civil com a criação do Sistema Financeiro Habitacional
Desvantagens 
· Aumento da pobreza
· Aumento da inflação
· Redução do poder aquisitivo do trabalhador pobre
· Investimento mínimo em saúde, educação e previdência social
· Desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar
· Aumento da dívida externa
· Corrupção e favorecimento a empreiteiras ligadas ao governo
· Dependência de empréstimos do exterior, principalmente dos Estados Unidos
REFERENCIAS
ABDIB Informa. São Paulo: Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Indústrias de Base, n. 134, abr. 1976.
BEZERRA, J. Milagre Econômico. Toda Matéria, s.d. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/milagre-economico/#:~:text=No%20cen%C3%A1rio%20externo%2C%20a%20situa%C3%A7%C3%A3o,ano%2C%20encarecendo%20a%20produ%C3%A7%C3%A3o%20industrial.>
___. A dívida pública externa do Brasil, 1931-1943. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, p. 37-88, jun. 1975.