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Materiais Dentários: Resina Composta II

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RE���� CO���S�� I� - Ade�ão às �u��r�íci�� ��s
te����s �e�t���
O condicionamento ácido surge com a intenção de que surjam poros micro mecânicos que
permitam a adesão mecânica do material adesivo (monômero) a estrutura dental.
Três fatores são fundamentais para o íntimo contato da estrutura do dente com o
adesivo:
1. Potencial de umedecimento ou espalhamento do adesivo
Capacidade que o adesivo possui de recobrir totalmente o substrato, sem incorporar bolhas
de ar entre eles
Uma boa adesão está relacionada com um bom molhamento. Para se obter um bom
molhamento, é ideal, primeiramente, que a superfície esteja sem contaminantes e tenha uma
alta energia superficial. Essa energia superficial está relacionada com a capacidade que o
adesivo terá de molhar a superfície e chegar a maior quantidade de regiões possíveis. Por
exemplo, um carro polido tem uma baixa energia superficial, enquanto o esmalte
desmineralizado tem uma alta energia. Ainda, tem o fator do ângulo de contato entre o sólido
e o líquido. Quanto menor o ângulo, maior capacidade de molhamento.
Há dois fatores a serem observados para a capacidade de molhamento: se a energia
superficial ES é maior que a tensão superficial TS, o líquido vai ter maior capacidade de
molhamento sobre o sólido.
O adesivo tem diferentes interações com esmalte e dentina. No esmalte, o condicionamento
ácido aumenta a capacidade de molhamento do adesivo, além de aumentar a energia de
superfície pela exposição dos mineiros de hidroxiapatita e retirada da película adquirida. Na
dentina, o ácido expõe as fibras colágenas, conferindo menor energia de superfície.
2. Viscosidade do adesivo
Quanto maior a viscosidade, obviamente, menor será a velocidade de molhamento do líquido
decorrente de sua "pegajosidade".
3. Rugosidade artificial do substrato
A rugosidade do material aumenta a superfície de contato e fornece mais superfícies a serem
aderidas.
CONDICIONAMENTO ÁCIDO
Concentração
● O ideal de concentração do ácido fosfórico (mais rápido e efetivo dentre os ácidos) é
entre 30 e 50% (37%). Valores superiores ou inferiores formam substratos que
impedem posterior adesão do adesivo - é formado fosfato monocálcico mono
hidratada, que é solúvel em água e posteriormente removida com a lavagem do
ácido.
Tempo de condicionamento
● O tempo consiste em 15 segundos em dentina e 30 em esmalte. A lavagem leva o
mesmo tempo, que deve ser abundante para remoção dos produtos das reações
com o esmalte e dos espessantes de ácido, que têm uma remoção mais difícil.
ADESIVOS HIDROFÓBICOS
Adesivos hidrofóbicos, juntamente com condicionamento ácido de esmalte, promovem
maior adesão ao esmalte. (Contém geralmente monômeros de alto e baixo peso molecular,
como BisGMA e TEGMA). No entanto, seu caráter hidrofóbico impede sua adesão a
dentina, que possui maior percentual de água que o esmalte.
➔ Dentina peritubular: forma a parede dos túbulos dentinários. É parcialmente
desprovida de fibras colágenas.
➔ Dentina intratubular: constitui a maior parte da dentina e fica ao redor da dentina
peritubular. É compostas de fibras colágenas dispostas perpendicularmente aos
túbulos.
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE ADESIVOS COMERCIALIZADOS
1. Técnica do condicionamento ácido prévio - convencional
Camada híbrida: infiltração de monômeros resinosos pela camada superficial
de dentina previamente desmineralizada e posterior polimerização.
● Nessa técnica, a smear layer deve ser removida completamente, papel esse feito pelo
condicionamento ácido, assim como a desmineralização de hidroxiapatita superficial,
expondo fibras de colágeno, resultando em uma estrutura dentinária mais porosa, rugosa,
úmida e menos mineralizada. A smear layer e o smear plug é removido pelo ácido.
Resina hidrofóbica x dentina hidrofílica = PRIMERS
● Os primers, (solventes orgânicos com adição de monômeros hidrofílicos), surgiram da
necessidade de encontrar um material intermediário que promova adesão entre a dentina
hidrofílica e os monômeros adesivos hidrofóbicos (BisGMA e TEDMA).
1. Os monômeros hidrofílicos ficam em contato com as fibras de colágeno e a água da
dentina. A evaporação do solvente evaporar também a umidade da dentina,
aumentando sua energia superficial.
2. Depois da técnica adesiva, a resina hidrofóbica se copolimeriza com os monômeros
do Primer.
3. A penetração dos monômeros resinosos pelos tubos e canalículos forma tags e
microtags, que reduzem a sensibilidade no pós operatório por obliterar os túbulos
dentinários.
● Quanto à apresentação comercial, na técnica citada
acima, seriam separados os três frascos - Ácido - Primer -
Adesivo, porém, há possibilidade do Primer e do adesivo
estarem juntos em um mesmo frasco.
Por que técnica úmida?
Porque se a dentina for totalmente seca, as fibras colágenas
expostas pelo condicionamento ácido se colapsam, dificultando a
permeação dos monômeros resinosos hidrofílicos na dentina, e
posterior formação da camada híbrida.
Na prática, pode-se colocar uma bolinha de algodão dentro da cavidade e secar o esmalte com jato
de ar, para que a dentina fique parcialmente úmida.
Aplicação de adesivo
O adesivo deve ser aplicado e o seu solvente deve ser evaporado com um jato de ar a 20 cm por 10
segundos. A presença de água e solvente remanescente pode atrapalhar o processo de
polimerização dos monômeros, assim como jatos muito fortes podem incorporada oxigênio e também
atrapalhar a polimerização.
PASSO-A-PASSO
Quanto a escolha do adesivo, tem-se o convencional de dois e três passos.
Dois passos: é composto por um primer juntamente com o adesivo e o ácido separado. O
ácido é colocado tanto em dentina (15 s) quanto em esmalte (30 s), é feita lavagem
abundante e colocado um papel absorvível na dentina de modo a não secáa-la
completamente. É aplicado o primer com adesivo, esperado um tempo pro solvente evaporar e
então fotoativado.
Três passos: é composto do primer, ácido e adesivo separados. Primeiro é colocado o ácido,
da mesma forma que o de dois passos. Em seguida, o primer, com volatilização do solvente e
aplicação do adesivo, com fotoativação. Quando a aplicação for só em esmalte, não é
necessário o uso do primer.
Obs:
➔ A dentina esclerosada decorrente do processo de cárie possui pouca ou nenhuma adesão do
material, visto que mesmo com o ataque ácido, a dentina intertubular é muito mineralizada.
Cimentos de ionômero de vidro talvez seriam mais adequados para selamento.
➔ Ressalta que em casos que o procedimento acometia somente esmalte, a resina hidrofóbica
pode ser utilizada sozinha, desde que o esmalte seja muito bem seco.
➔ Um fator preocupante é que, com os adesivos, nem toda a espessura da camada de dentina
desmineralizada por ácidos é infiltrada por monômeros resinosos. Isso cria uma zona, abaixo
da camada híbrida, formada por colágeno que pode ser suscetível a proteases.
2. Técnica autocondicionante
Primer + Adesivo versus Primer + Ácido
O Primer ácido tem adição de monômeros acídicos (que formam
ácidos).
Dessa forma, a smear layer é incorporada a face de união, já que não haverá lavagem.
Está sendo menos espessa que a da técnica convencional.
● Quanto à apresentação comercial, pode aparecer como o Primer
autocondicionante e o adesivo separados em dois, ou o Primer autocondicionante
juntamente com o adesivo, em só um compósito.
● A água também está presente na composição do autocondicionante, uma vez que
ioniza os monômeros acídicos e permite desmineralização da smear layer e dentina,
para formação da camada híbrida. Porém, como dito, a água pode enfraquecer a
resistência do material. Portanto, principalmente se tratando de adesivos de fase
única, que contém mais água, também deve haver solubilização do solvente.
● Nessa técnica, a aplicação sobre o esmalte não é tão eficiente como na técnica do
ataque ácido, por conta dos esmaltes aprismáticos da superfície, sendo necessário
desgaste para se obter o mesmo resultado em questões de adesão, ou pelo
condicionamento seletivo do esmalte com ácido fosfórico 37%.
PASSO-A-PASSO
Tem-se ainda o autocondicionante dedois passos e de passo único:
Dois passos: é composto de um primer ácido e um adesivo separado. Primeiro é feito um
condicionamento ácido seletivo no esmalte, lavagem abundante e colocação do primer ácido
em dentina. O primer é volatilizado e em seguida é colocado o adesivo. Nessa etapa, não há
necessidade de lavar o primer ácido como na técnica convencional, uma vez que a smear
layer e o smear plug devem ser mantidos.
Passo único: também é feito um condicionamento ácido seletivo em esmalte, lavagem e em
seguida colocado o passo único. A vantagem desse material é que não há a formação de
espaços entre o tecido dentinários desmineralizada como no convencional, uma vez que a
medida que é desmineralizado, os tags resinosos já vão sendo formados.
Há incompatibilidade dos sistemas adesivos com resinas e agentes de cimentação de
ativação química ou dupla
São incompatíveis tanto com os sistemas adesivos convencionais de dois passos, quanto com os
autocondicionantes. Os ácidos dos autocondicionante e do convencional interagem e consomem a
amina terciária, que serve como ativador e está presente na composição.
Essas adversidades podem ser resolvidas com sistemas convencionais de 3, passos ou
autocondicionante de 2 passos.

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