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CONFLITOS CONJUGAIS - PROJETO DE PESQUISA

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1. INTRODUÇÃO
Os conflitos fazem parte dos relacionamentos íntimos no geral, sejam conflitos conjugais, paternais ou fraternais já que existe o confronto entre a individualidade dos membros. Os conflitos podem ser variados, considerando a intensidade, a frequência, o conteúdo e etc. 
Conforme Turner e West (1998), os conflitos que são caracterizados pela disputa ou discordância de situações cotidianas, normalmente dentro do casamento, são definidos como conflitos conjugais. Podem apresentar diversas causas, como a presença de filhos, crises financeiras, disputa de poder, divisão de responsabilidades, diferenças de gênero, temperamento, relacionamentos extraconjugais, educação dos filhos, história de vida e outras particularidades dos indivíduos que compõem a relação conjugal. 
 Estudos indicam que a relação conjugal e a presença de conflitos no ambiente familiar estão associados ao desenvolvimento de diversos sintomas patológicos e distúrbios emocionais dos filhos, influenciando diretamente no desenvolvimento emocional e cognitivo (GOTTMAN; KATZ, 1993).
Na década de 80 pesquisas se concentraram nas relações conjugais que podem ou não afetar a criança e afetar o próprio relacionamento. Com essas pesquisas, profissionais tentam identificar fatores que contribuem para esse desgaste, tanto na relação conjugal, quanto no desenvolvimento de um filho desse casal (BARRAL; DESSEN; MELCHIORI, 2010).
As pesquisas recentes ganharam ênfase a partir da constatação de que a maioria dos casos de distúrbios emocionais, sociais e cognitivos das crianças estavam associados as situações de estresse no ambiente familiar, sendo predominante os conflitos parentais, com a exposição do filho a episódios de discórdia familiar (BENETTI, 2006).
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
Estudos apontam que a exposição dos filhos aos conflitos pode desencadear prejuízos ao desenvolvimento biopsicossocial, resultando na queda do desempenho escolar, na agressividade, na decadência dos relacionamentos interpessoais, no déficit de atenção, doenças alimentares como bulimia e anorexia, na ansiedade e até possível depressão (TOLOI, 2006).
Em contrapartida, Fincham e Grych (1990, p. 909) constataram que: “a exposição a alguns tipos de conflitos pode até servir de modelo para o desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas ou estratégias de enfrentamento nos filhos”. Debates calmos e saudáveis, com demonstração de apoio, amor e respeito, favorecem a resolução dos problemas, não gerando reações negativas nos filhos.
Os conflitos conjugais, levando em consideração a intensidade, frequência e outros fatores, são prejudiciais aos filhos? Quais consequências podem gerar no desenvolvimento dos filhos? 
1.2 HIPÓTESES
Os conflitos dentro da relação conjugal são necessários, principalmente para que o casal encontre soluções para os problemas cotidianos que envolvem ou não o ambiente familiar, porém, na maioria das vezes, esses conflitos são violentos, fazendo com que os filhos presenciem episódios agressivos e influenciem, diretamente ou indiretamente, no comportamento da criança. 
Ambientes conflituosos geram prejuízos imensuráveis no desenvolvimento do filho, pois depende das características do conflito, como a frequência e intensidade, e está em função do modo como são enfrentados pela criança, já que provocam diferentes reações, trazem diferentes consequências. 
Se os filhos estão expostos à agressividade parental em situações conflituosas, pode leva-los a reproduzir o mesmo comportamento, apresentando agressividade ou retraimento como resposta. Todavia, se eles estão expostos a conflitos construtivos, por meio de diálogo, com respeito e de forma saudável, os filhos aprendem a lidar com frustrações, gerenciar conflitos, solucionar problemas e etc.
1.3 JUSTIFICATIVA
São extremamente necessários estudos que busquem uma única definição para o conflito e evidenciar a influencia dos conflitos conjugais no desenvolvimento dos filhos, pois mesmo com diversas pesquisas, ainda existem muitas controvérsias nos resultados por se tratar de uma variável complexa. A estrutura familiar muda com o passar do tempo, o contexto histórico e a cultura que a família está inserida também são relevantes nos resultados. 
A Psicologia contribuiu e ainda contribuí para o estudo do desenvolvimento humano, principalmente quando se trata das primeiras infâncias, e os conflitos conjugais e suas consequências são objetos de estudo essenciais para que seja encontrado o consenso entre os pesquisadores, para respaldar o trabalho dos psicólogos de casais, das escolas, das famílias no geral, encontrando soluções para a problemática.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL 
Compreender e definir, as consequências que os conflitos conjugais trazem ao desenvolvimento das crianças.
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
Estudar o desenvolvimento infantil e a relação com a qualidade dos ambientes familiares.
Buscar dados que identifiquem as principais causas dos distúrbios emocionais, sociais e cognitivos das crianças. 
Elaboração de estratégias que possam ser empregadas pelos pais a fim da manutenção e união das relações familiares.
3. METODOLOGIA
Conforme Gil, esse estudo é caracterizado pela metodologia bibliográfica, pois é elaborado tendo como base materiais já publicados para a fundamentação da tese, como livros, artigos científicos, revistas, dissertações e outros meios científicos (2010, p. 29-31).
O critério de inclusão para esta pesquisa visa o enfoque nas relações conjugais e no desenvolvimento infantil, principalmente a relação entre eles, ou seja, foram considerados os descritores que abordam “relações conjugais”, “família” e “desenvolvimento infantil”, com o aprofundamento da pesquisa foi necessário selecionar os textos que tratassem do “desenvolvimento psicológico” e “resolução de problemas”, excluindo estudos que embora tratem da relação familiar e dos conflitos entre os casais, não abordam as consequências aos filhos.
4. RESULTADOS ESPERADOS
Conscientizando as famílias e os profissionais que participam de alguma forma do cotidiano familiar dos indivíduos, torna-se possível a elaboração e o uso de melhores estratégias para a resolução dos conflitos conjugais, visando às necessidades emocionais e cognitivas das crianças que são prejudicadas por conta dos conflitos. Pois se em um ambiente familiar com conflitos intensos, pode desencadear prejuízos ao desenvolvimento biopsicossocial, como a agressividade, a queda do desempenho escolar, baixa autoestima, distúrbios de sono, problemas de saúde, comportamento antissocial, entre outros, de mesmo modo, se há adequadas ações preventivas ou resolutivas dos conflitos, todos esses efeitos negativos podem se tornar qualificações e avanços no desenvolvimento dos filhos. 
REFERÊNCIAS
BENETTI, Silva Pereira. Conflito Conjugal: Impacto no Desenvolvimento Psicológico da Criança e do Adolescente. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/prc/v19n2/a12v19n2.pdf. Acesso em: 07/11/2019
COSTA, Crístofer Batista; CENCI, Cláudia Mara; MOSMANN, Clarisse Pereira. Conflito Conjugal e Estratégias de Resolução: Uma Revisão Sistemática da Literatura. 2016. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/5137/513754276017.pdf. Acesso em: 08/11/2019
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GOULART, Viviane Ribeiro. Conflitos conjugais: a perspectiva dos filhos. 2012. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/72794. Acesso em: 08/11/2019
GRYCH, John; FINCHAM, Frank. Marital conflict and children’s adjustment: A cognitive-contextual framework. 1990. Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.465.449&rep=rep1&type=pdf. Acesso em: 08/11/2019.
KATZ, L. F.; GOTTMAN, J. M. Patterns of Marital Conflict Predict Children’s Internalizing and Externalizing Behaviors. 6. Ed. Seattle: American Psychological Association. 1993.
MARCONI, Marina; LAKATOS, Eva. Fundamentos de metodologia científica. 2003. Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/olivianeta/disciplinas/copy_of_historia-i/historia-ii/china-e-india.Acesso em: 06/11/2019
TOLOI, Maria Dolores Cunha. Filhos do divórcio: como compreendem e enfrentam conflitos conjugais no casamento e na separação. 2006. Disponível em: https://tede.pucsp.br/bitstream/handle/15540/1/PCL%20-%20Maria%20Dolores%20Cunha%20Toloi.pdf. Acesso em: 08/11/2019
TURNER, L.H.; WEST, R. Perpectives on Family Communication. New York: Mayfield Publishing Company. 1998
VILLARES, Ana Carolina; DESSEN, Maria Auxiliadora; MELCHIORI, Lígia Ebner. Conflitos conjugais e seus efeitos sobre o comportamento de crianças: uma revisão teórica. 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v62n2/v62n2a09.pdf. Acesso em: 07/11/2019
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