Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MT2 | MEDICINA – FITS Histologia – sistema respiratório Região condutora: Além de facultar a passagem de ar, a porção condutora purifica, umedece e aquece o ar inspirado, funções importantes para proteger o delicado revestimento dos alvéolos pulmonares. • Fossas nasais • Nasofaringe • Laringe • Traqueia • Brônquios • Bronquíolos (finaliza na região terminal) Porção respiratória: Nesses locais ocorrem as trocas de gases entre o sangue e o ar. • Bronquíolos respiratórios • Ductos alveolares • Alvéolos: São espaços delimitados por paredes muito delgadas através das quais ocorre a troca do gás carbônico (CO2) do sangue pelo oxigênio (O2) do ar inspirado. Epitélio Respiratório: Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com muitas células caliciformes. Apesar de sua denominação, ele não participa das trocas gasosas entre o sangue e o ar alveolar. Tipo mais abundante é a célula colunar ciliada. Tem cerca de 300 cílios na sua superfície apical. Limpeza de muco e impurezas. Junto aos corpúsculos basais há numerosas mitocôndrias, que fornecem trifosfato de adenosina (ATP) para os BATIMENTOS CILIARES Células caliciforme fica como a segunda mais abundante, secretoras de muco. Contém numerosas gotículas de muco composto de glicoproteínas (na região apical). Esse muco deposita-se sobre a superfície do epitélio em forma de uma lâmina, que é continuamente deslocada por batimento ciliar ao longo do lúmen em direção à faringe. Não apresenta cílios. Proteção do sistema respiratório. Células de escova, consideradas receptores sensoriais, há terminações nervosas aferentes. Células basais, que são pequenas e arredondadas, são células-tronco que se multiplicam continuamente por mitose e originam os demais tipos celulares do epitélio respiratório. Linfócitos intraepitelial: presença do sistema imune na defesa da respiração. Além dos linfócitos, a mucosa da porção condutora apresenta grande quantidade de plasmócitos e macrófagos. -Células M, são células que captam antígenos, transferindo-os para um compartimento abaixo das células, onde tem acesso macrófagos e linfócitos. Células granulares, semelhantes a basais, mas que contém numerosos grânulos com diâmetro de 100 a 300nm. Estudos mostraram que pertencem ao sistema neuroendócrino difuso. Pseudoestratificado colunar ciliado o Toda zona condutora o Fossas nasais – vestibular Revestimento • Estratificado pavimentoso não queratinizado o Laringe o Pregas vocais Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MT2 | MEDICINA – FITS Fossas nasais: São revestidas por uma mucosa cuja estrutura difere segundo a região considerada. Vestíbulo Possui vibrissas (pelos), glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas que constituem uma barreira à penetração de partículas grosseiras nas vias respiratórias. Conchas nasais ou cornetos Cornetos inferior e médio (contém abundante plexo venoso) filtração, umidificação e aquecimento. Corneto superior, é revestida pelo epitélio olfatório, que contém os quimiorreceptores da olfação. Epitélio olfatório é um neuroepitélio colunar pseudoestratificado, formado por três tipos celulares: células de sustentação, células basais e células olfatórias. Seios paranasais São cavidades nos ossos frontal, maxilar, etmoide e esfenoide revestidas por epitélio do tipo respiratório, com células mais baixas que o epitélio da porção condutora e com poucas células caliciformes. Os seios paranasais se comunicam com as fossas nasais por meio de pequenos orifícios, e o muco produzido nessas cavidades é drenado para as fossas nasais pelo movimento ciliar das células epiteliais. Histologia aplicada - Junqueira A síndrome dos cílios imóveis, que causa esterilidade no homem e infecção crônica das vias respiratórias em ambos os sexos, deve-se à imobilidade ou a defeitos dos batimentos dos cílios e flagelos. Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MT2 | MEDICINA – FITS Nasofaringe É a primeira parte da faringe, que se continua caudalmente com a orofaringe (epitélio estratificado pavimentoso), porção oral desse órgão oco. NASO - Revestida por epitélio respiratório • Cavidade bucal X fossas nasais Laringe Une a faringe à traqueia. Placas de cartilagem irregular, unidas entre si por tecido conjuntivo fibrelástico. As peças cartilaginosas maiores (tireoide, cricoide e a maior parte das aritenoides) são do tipo hialino, enquanto as demais são do tipo elástico. • Pregas vocais (2 pares) o Falsas cordas vocais (vestibulares) – formada por tecido conjuntivo frouxo e contém glândulas o Verdadeiras – formada por tecido conjuntivo muito elástico, músculos intrínsecos da laringe, do tipo estriado esquelético. Revestimento Na face ventral (anterior) da epiglote, o epitélio é estratificado pavimentoso, enquanto, na face dorsal (posterior), é do tipo respiratório. Durante o fechamento da entrada da laringe durante passagem de alimentos, a região da epiglote revestida por epitélio estratificado pavimentoso se coloca em contato com o bolo alimentar. Lâmina própria – conjuntivo frouxo Abaixo da lâmina, tem a região submucosa Submucosa – conjuntivo frouxo e glândulas acinotubulares Cartilagens traqueais – hialina Sistema de defesa primaria: linfócitos, plasmócitos, mastócitos e eosinófilos Traqueia Revestida internamente por epitélio do tipo respiratório. A lâmina própria da mucosa é formada por tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas. Contém glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem no lúmen traqueal. Apresente um número variável (16 a 20) de cartilagens hialinas, em forma da letra C, cujas extremidades livres situam-se dorsalmente. Ligamentos fibroelásticos e feixes de músculo liso prendem-se ao pericôndrio e unem os braços das porções abertas das peças cartilaginosas, fechando esse espaço. Os ligamentos impedem a excessiva distensão do lúmen, e os feixes musculares possibilitam sua regulação. Traqueia, ser humano: Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MT2 | MEDICINA – FITS LEGENDA: 1/ 10/ 19 Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado 16 Nódulos linfáticos 2/ 11/ 23 Membrana basal 18 Cílios 3/ 21 Células caliciformes 20 Linha densa 4/12 Lâmina própria 22 Núcleo achatado 5/13 Submucosa 24 Vênula 6/ 14/ 26 Glândulas seromucosas 25 Células inflamatórias 7/15 Musculo traqueal 9 Cartilagem traqueal C 8/17 Tecido adiposo Arvore brônquica A traqueia ramifica-se originando os chamados brônquios primários. Os brônquios primários ramificam-se no interior dos pulmões e originam três brônquios secundários no pulmão direito e dois no esquerdo. Cada brônquio secundário supre um lobo pulmonar, sendo, por essa razão, também denominados brônquios lobares. Eles se dividem repetidas vezes, originando brônquios cada vez menos calibrosos. Seus últimos ramos constituem os bronquíolos, que se ramificam originando de cinco a sete bronquíolos terminais. Cada bronquíolo terminal e suas ramificações (até os alvéolos) constitui um lóbulo pulmonar e origina um ou mais bronquíolos respiratórios. Onde inicia a porção respiratória. Brônquios: Nos ramos maiores, a mucosa é semelhante à da traqueia, revestida por epitélio respiratório; já nos ramos menores, o epitélio é cilíndrico simples ciliado. A lâmina própria é rica em fibras elásticas. Feixes musculares em espiral circundam completamente o brônquio e os difere dos da traqueia que é somente na porção dorsal do tubo. Bronquíolos Os bronquíolos são segmentos intralobulares, com diâmetro de 1 mm ou menos. NÃO HÁ CARTILAGEM NEM GLÂNDULAS, MAS MÚSCULO LISO E FIBRAS ELÁSTICAS Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1| MT2 | MEDICINA – FITS Bronquíolo principal Porção condutora epitélio respiratório Bronquíolo terminal Última parte da porção condutora. Possui parede mais delgada, revestida internamente por epitélio simples colunar/cuboide ciliado e não ciliado. O epitélio dos bronquíolos terminais apresenta as células em clava, também chamadas células bronquiolares secretoras não ciliadas, anteriormente denominadas células de Clara. Acredita-se que essas células sejam uma população heterogênea com diversas funções, tais como: atuação como células-tronco de células epiteliais; proteção por meio de secreção de proteases, substâncias antimicrobianas e citocinas; secreção de mucinas; e destoxificação de algumas substâncias presentes no ar inspirado. Bronquíolos respiratórios e ductos alveolares Cada bronquíolo terminal subdivide-se em dois ou mais bronquíolos respiratórios, que formam a transição entre a porção condutora e a respiratória do sistema respiratório. Existência de várias descontinuidades na parede do bronquíolo respiratório, pelas quais o seu lúmen se comunica diretamente com os alvéolos pulmonares. A superfície interna dos bronquíolos respiratórios é revestida por epitélio simples, que varia de colunar baixo a cuboide, podendo apresentar cílios na porção inicial. Esse epitélio simples não apresenta células caliciformes, mas pode conter células em clava (células de Clara). O músculo liso e as fibras elásticas de sua parede formam uma camada mais delgada do que a do bronquíolo terminal. Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MT2 | MEDICINA – FITS Quando a parede passa a ser constituída quase só de saídas de alvéolos, o tubo passa a ser considerado um ducto alveolar. Os ductos alveolares são revestidos por epitélio simples cúbico, mas um epitélio simples pavimentoso pode ser observado em suas extremidades. Sacos alveolares e alvéolos O ducto alveolar termina em um alvéolo único, ou mais comumente em sacos alveolares, que são espaços nos quais se abrem diversos alvéolos. Estes constituem as últimas porções da árvore brônquica e ocupam a maior parte do volume dos pulmões, sendo responsáveis pela estrutura esponjosa do parênquima pulmonar. Assim como os sacos alveolares, quase sempre a parede de um alvéolo é comum a dois alvéolos adjacentes, sendo denominada parede alveolar ou septo interalveolar Septos interalveolares O septo interalveolar é composto por duas camadas de células epiteliais separadas por uma delgada lâmina de tecido conjuntivo formado de fibras reticulares e elásticas, substância fundamental e células do conjuntivo. No tecido conjuntivo do interior dos septos, há também uma extensa rede de capilares sanguíneo Alvéolos (A) Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MT2 | MEDICINA – FITS Pneumócito tipo I É uma célula pavimentosa, com citoplasma muito delgado e núcleo achatado, que faz uma ligeira saliência para o interior do alvéolo. Pneumócitos I adjacentes aderem entre si por desmossomos e por zônulas de oclusão (junções oclusivas), que impedem a passagem de fluidos do espaço tecidual (interstício) para o interior dos alvéolos. A principal função dos pneumócitos tipo I é constituir uma barreira de espessura mínima para possibilitar as trocas de gases entre o lúmen alveolar o tecido intersticial que forma o eixo da parede alveolar, e ao mesmo tempo impedir a passagem de líquido. Pneumócito tipo II Localiza-se na superfície alveolar, intercalado entre os pneumócitos tipo I. Ambos os tipos de células aderem entre si por meio de desmossomos e junções oclusivas. São células arredondadas frequentemente vistas em grupos de duas ou três células nos pontos em que as paredes alveolares se tocam, e o núcleo esférico é maior e mais claro em relação às demais células da parede interalveolar. Principal característica, observada por microscopia, são os corpos multilamelares de 1 a 2 mm de diâmetro. Os corpos multilamelares contêm fosfolipídios, proteínas e glicosaminoglicanos, que são continuamente sintetizados e liberados por exocitose através da membrana apical das células, voltada para o espaço alveolar. pneumócito tipo II Surfactante pulmonar O surfactante exerce diversas funções, das quais uma das mais importantes é reduzir a tensão superficial da parede alveolar, mantendo-a estruturalmente e evitando seu colapso durante a inspiração e o colabamento do alvéolo. A camada surfactante não é estática, sendo renovada constantemente. Nos fetos, essa película surfactante lipoproteica aparece nas últimas semanas da gestação, na mesma Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MT2 | MEDICINA – FITS ocasião em que os corpos multilamelares surgem nos pneumócitos tipo II. Secreção de surfactante por um pneumócito tipo II. O surfactante é um complexo lipoproteico sintetizado no retículo endoplasmático granuloso e no complexo de Golgi, que é armazenado temporariamente nos corpos lamelares. Ele é secretado continuamente por exocitose (setas) e forma um filme monomolecular de fosfolipídios sobre uma hipofase aquosa rica em proteínas. Junções oclusivas em torno das margens dos pneumócitos impedem a passagem de líquido tecidual para o lúmen dos alvéolos. Macrófagos alveolares e células dendríticas Há uma grande população de macrófagos e células dendríticas no sistema respiratório, onde exercem, respectivamente, funções de fagocitose e processamento/apresentação de antígenos a linfócitos T. Situam-se no interior dos septos interalveolares e de alvéolos. Os macrófagos são também chamados de células de poeira, pois frequentemente têm em seu citoplasma fagossomos contendo partículas de carbono ou outras partículas inaladas e fagocitadas, observadas por microscopia óptica. O fluido alveolar é removido para a porção condutora pelo movimento ciliar, que cria uma corrente de líquido, o qual se mistura com o muco dos brônquios, formando o líquido broncoalveolar. Que auxilia a remoção de partículas e substâncias prejudiciais que possam penetrar com o ar inspirado. Células endoteliais dos capilares As células endoteliais dos capilares são um importante componente dos septos interalveolares, pois constituem a delgada parede dos capilares sanguíneos, que formam uma abundante rede nas paredes. São, portanto, células muito numerosas e que têm o núcleo mais alongado que o dos pneumócitos. O endotélio é do tipo contínuo, não fenestrado Barreira hematoaérea O ar alveolar é separado do sangue capilar por quatro estruturas que compõem a barreira hematoaérea: o citoplasma do pneumócito tipo I, a lâmina basal dessa célula, a lâmina basal do capilar sanguíneo situado no interior do septo interalveolar e o citoplasma da célula endotelial do capilar Poros alveolares os septos interalveolares apresentam poros de 10 a 15 mm de diâmetro, comunicando dois alvéolos adjacentes. Esses poros equalizam a pressão do ar nos alvéolos e possibilitam a circulação colateral do ar, quando um bronquíolo é obstruído. Vasos sanguíneos dos pulmões A circulação funcional é representada pelas artérias e veias pulmonares. As artérias pulmonares são do tipo elástico, de paredes delgadas, porque nelas é baixa a pressão sanguínea. Elas transportam sangue venoso para ser oxigenado nos alvéolos pulmonares. Dentro do pulmão, as artérias pulmonares se ramificam, acompanhando a árvore brônquica os ramos arteriais são envolvidos pela adventícia dos brônquios e bronquíolos. Na altura dos ductos alveolares os ramos arteriais originam a rede capilar, que se dispõe em torno dos alvéolos, passando no interior dos septos interalveolares. O pulmão apresenta a rede capilar mais desenvolvida de todo o organismo. Sarah Silva Cordeiro | 2ºperíodo 2021.1 | MT2 | MEDICINA – FITS Os vasos nutridores compreendem as artérias e as veias brônquicas, que levam sangue com nutrientes e O2 para todo o parênquima pulmonar. Os ramos da artéria brônquica acompanham a árvore brônquica até os bronquíolos respiratórios, onde se anastomosam com pequenos ramos da artéria pulmonar. Vasos linfáticos dos pulmões Distribuem-se acompanhando os brônquios e os vasos pulmonares; são encontrados também nos septos interlobulares, dirigindo-se todos para os linfonodos da região do hilo. Essa rede linfática é chamada de rede profunda, para ser distinguida da rede superficial, que compreende os linfáticos existentes na pleura visceral. Os vasos linfáticos da rede superficial acompanham a pleura em toda a sua extensão ou podem penetrar o parênquima pulmonar através dos septos interlobulares, dirigindo-se também para os linfonodos do hilo pulmonar. Pleura Pleura é a serosa que envolve o pulmão, formada por dois folhetos, o parietal e o visceral que são contínuos na região do hilo do pulmão. Ambos os folhetos são formados por mesotélio e uma fina camada de tecido conjuntivo, que contém fibras colágenas e elásticas. As fibras elásticas do folheto visceral se continuam com as do parênquima pulmonar. Em condições normais, essa cavidade pleural é virtual, contendo apenas uma película de líquido que age como lubrificante, tornando possível o deslizamento suave dos dois folhetos durante os movimentos respiratórios e impossibilitando o atrito entre o mesotélio visceral e o parietal. Corte transversal da superfície do pulmão. Observe o folheto visceral da pleura, aderido ao parênquima pulmonar. Ele é constituído por tecido conjuntivo e revestido por um mesotélio (epitélio simples pavimentoso), cujos núcleos estão apontados por setas Referencias: Aula/Slides prof. Jailson Oliveira Histologia básica – Junqueira Atlas de histologia – ROSS
Compartilhar