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A família do ponto de vista psicológico

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A família do ponto de vista psicológico: um lugar seguro para crescer?
Diversas explicações sobre a realidade familiar - esta noção varia de acordo com o contexto, tanto no senso comum, quanto para os especialistas;
O problema pode ocorrer quando: a família for compreendida como uma realidade em si, independente do sujeito que a concebe, como no paradigma positivista, o que teria como consequência: família é assim e assim é como ela deve ser...
A família na psicologia
Primeiro ambiente no qual se desenvolve a personalidade;
Sentimentos de pertinência, de independência e autonomia (diferenciação); 
Pertencer – constituído pela participação da criança nos vários grupos familiares e, então, acomodação às regras, padrões e compartilhar da cultura particular da família (manutenção ao longo do tempo);
Diferenciação – ocupação de diferentes posições, o filho que também é irmão, sobrinho, afilhado, etc., e pela participação de grupos extrafamiliares: escola, clube, amigos, conseguindo, assim, adquirindo diferentes informações sobre esses grupos.
O que caracteriza a família como diferente de outros grupos sociais?
Relações de afeto e compromisso e a durabilidade de sua permanência como membro;
Ser um membro da família só se dá pelo nascimento, adoção e casamento e só se saí pela morte.
Propósito da família seria prover um contexto que supra as necessidades primárias de seus membros, referentes à sobrevivência;
Satisfazer essas necessidades é fundamental para o desenvolvimento da personalidade e depende da capacidade da família para construir estrutura e relações adequadas.
Considera-se suficientemente boa a família que provê um ambiente saudável em termos do impacto das relações mãe-criança, pai-criança, enfim relações entre todos os que são significativos. Dessa forma, a criança terá na família suficiente suporte e provimento afetivo (além, claro, do de subsistência), o que a torna um lugar seguro para crescer.
A origem das construções sobre a família moderna
“sentimento de família” passou de realidade moral e social a realidade afetiva, ocorrida em fins do século XVIII e início do XIX;
Contexto: revolução das representações mentais, sociais, econômicas e políticas da época.
Séc. XVI – aparecimento do sentimento de infância e advento da burguesia – organização da família nuclear, centrada na privacidade e na educação das crianças – base para no séc. XIX se inventassem a conhecida “família patriarcal”;
Características: “amor conjugal entre pais e filhos, a monogamia, a fidelidade, o cuidado intenso da prole no sentido de protege-la e educa-la de acordo com os princípios da moral, da higiene e dos bons costumes. Enfim, é um lugar do refúgio, de proteção, de lealdade e amor, respeito autoridade do pai, provedor e responsável pelo bem estar da família” (Poster, 1979).
Da família genérica à família de cada um
Primeiro – saber a que família se está referindo;
Conceito genérico: implica em idealizações e normatizações que dão origem a mitos, crenças, expectativas que não resistem ao olhar mais rigoroso do especialista quando a toma como objeto de sua prática.
Grandes mudanças ocorridas nas últimas décadas influenciaram diretamente o modelo de família tradicional;
Dificuldade: acompanhar a mudança das ideias e da convivência do novo com o arcaico – coexistência.
A família da terapia familiar
Processo de construção da realidade se dá nas rotinas de interação e trocas sociais do cotidiano, no curso do ciclo vital de várias gerações.
Intervenção terapêutica: necessário considerar as construções da família, que serão compartilhadas no processo que implica a reconstrução conjunta, terapeuta/família.
Trabalho clínico com famílias implica: compartilhar, compreender, elucidar e co-construir visões alternativas, contextualizadas, promotoras de mudanças.
Terapeuta precisa ter uma postura compatível com a diversidade, sem perder de vista a unidade do fenômeno em construção (criando verdades absolutas).
Aceitar a multiplicidade das interpretações, assumindo uma postura flexível frente às mudanças, na base da conversação, da busca de consenso ou da negociação – oportunidade do surgimento do novo.
Construcionismo: visão de mundo permite uma leitura da realidade que implica a unidade na diversidade;
Sistêmica: compreensão da estrutura e da dinâmica familiar, tendo como foco as relações interpessoais – família como um sistema aberto em transformação.
Família como sistema
Um todo organizado, cujas partes são interdependentes;
Sistema formado por subsistemas;
Relações governadas por regras e constituem padrões de interação;
Regras são formadas nas próprias relações – tendem à estabilidade, mantidas por todo os sistema;
Fronteiras/limites são implícitos;
Expectativas mútuas são freios a mudanças de padrões comportamentais (quebra de regra – reações contrárias no sistema);
Circularidade – feedbacks recursivos (ex. poder do pai/irmão mais velho com o mais novo);
Estabilidade (equilíbrio): não significa ser estático, pois o sistema flutua o tempo todo corrigindo os desvios através de mecanismos de feedbacks negativos ou, ampliando os desvios, para criar novos padrões – mudanças de primeira e segunda ordem;
Ex. p.66
Mudanças da família num mundo em mudanças
A mudança de cada membro implica mudanças no sistema total;
Ciclo vital da família – diferentes estágios;
Criação dos filhos como elemento organizador da vida familiar;
Processo evolutivo – aumento do estresse – crises – aparecimento de problemas;
Dificuldade: diferentes membros se encontram em diferentes momentos do ciclo de vida – mudança na posição de todos;
Essa família tem recursos para lidar com as mudanças?
Membro com problema seria o porta-voz do sistema.
Influências na mudança da configuração familiar
Desemprego, crises sociais, doenças graves ou incapacitantes, morte, catástrofes ambientais, etc;
Mudanças no papel da mulher;
Separações;
Comportamento sexual dos jovens;
Ocupação de chefia pelas mulheres na vida profissional;
Ex. p.67
Terapia familiar não é panaceia, mas pode ajudar a conseguir um grau mais saudável de funcionamento, nos limites das possibilidade da família.
Terapeuta familiar precisa abandonar cada vez mais a ideia de uma família “normal” pela ausência de problemas.
Construir com cada família novas alternativas possíveis, promovendo a mudança da história que contam e que se baseia em como se vêem e como vêem o mundo.

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