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Modelos NeoClássico e Keynesiano

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Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Instituto de Economia - IE
Teoria Macroeconômica 1
Alunos:
Trabalho A1
1) Mostre graficamente e explique o funcionamento do mercado de
trabalho (Neo)clássico e como o pleno-emprego é alcançado.
Para começar, é importante destacar que o modelo (neoclássico) funciona sobre
determinadas hipóteses; São elas: A) Mercado é perfeitamente competitivo,
funcionando com concorrência perfeita; B) todos os participantes e players do
mercado possuem total informação sobre seu funcionamento; C) as variáveis preço,
salário e juros são flexíveis; D) o mercado funciona sob um comportamento
maximizador, onde todos participantes buscam maximizar suas necessidades, e que
as preferências são bem-comportadas; e E) onde a tecnologia opera sobre nível da
sustentabilidade, onde pode acontecer mudanças tecnológicas, contudo somente no
Longo Prazo (LP), diferentemente do Curto Prazo (CP), quando são fixas.
Na teoria neoclássica, o mercado de trabalho é composto por firmas que necessitam
de mão de obra para produzir tal quantidade de produto e por pessoas que oferecem
sua mão de obra em troca de trabalho para conseguirem salários. Primeiramente,
vamos analisar a produção.
- Produção - oferta agregada:
Temos as seguintes variáveis para o nível função produção Y=f(K,N,T)
Y= produto K= capital constante (máquinas e outros fatores de produção)
N= Trabalho (mão de obra) T= Nível tecnológico - constante no (CP)
Observação: população constante no CP
Observe os gráficos abaixo. O primeiro (gráfico 1) diz sobre a função produção, que
relaciona produto (y) com trabalho (N) (nível de emprego). Ele mostra que, supondo
que o nível tecnológico e o capital seja constante, bem como a população, com o
aumento do emprego na firma, aumenta-se o número de produtos produzidos.
Contudo, somente em um momento esse crescimento do produto, a partir do
aumento do emprego, vai ser em linha reta(até pontos N1 e Y1). A partir desse ponto,
o crescimento do número de produtos será cada vez menor em relação ao
crescimento do emprego, demonstrando uma limitação, podendo ser por conta do
espaço físico que comporta até um determinada quantidade de trabalhadores.
O gráfico 2 mostra o produto marginal do trabalho (PMgN), que mostra o aumento
do produto em relação ao aumento de uma unidade de mão de obra. Ele ilustra o
que foi dito sobre o gráfico 1. Com a queda do PMgN, o salário real diminui ao
aumentar o número de trabalhadores nesta firma.
- Demanda por trabalho:
Pressuposto: firmas e trabalhadores racionais e mercado de trabalho se equilibra. a
Busca é pela maximização do lucro, conforme também é estudado em
microeconomia, contudo de diferente ponto de vista.
Lucro = receita total - gastos(ou custos totais) Lucro= PY - (WN + RK) = PF(N) -
(WN + RK) As variáveis:
P= Preço dos produtos Y= Quantidade de produtos W= Salários nominais
N= Quantidade de trabalhadores R= Custo por unidade de capital
K= Unidades de capital
Sendo a quantidade de trabalhadores variável no CP, o restante é fixo. Por isso, a
firma deve contratar trabalhadores até a maximização de seu lucro. Sendo assim, a
demanda por trabalho deve ser igual a PMgN, que deve ser igual ao salário real: ND =
PMgN = W/P.
- Oferta de trabalho (trabalhadores)
O indivíduo ofertará seu trabalho conforme o salário real e o lazer. Quanto maior for
o salário real, maior será a oferta de trabalho, conforme gráfico 4. Contudo, a cada
hora trabalhada, será uma hora de lazer a menos. Por isso, devemos levar em
consideração dois efeitos importantes: A) efeito substituição, que quanto mais caro
for o lazer, maior será a oferta de trabalho e menor será a demanda por lazer; B)
efeito-renda, que quanto maior for a renda, menor será a oferta de trabalho e maior
será a demanda por lazer.
- Equilíbrio e pleno emprego
Deve-se destacar, antes de concluir, que as variáveis produto, emprego e salário real
são endógenas ao modelo clássico. Para concluir, podemos dizer que com um
mercado onde os salários são totalmente e perfeitamente flexíveis, sem intervenção
de sindicatos ou Estatal, não haveria obstáculo para o desemprego involuntário, ou
seja, sempre haverá um equilíbrio de oferta e demanda de trabalho (Ns = Nd),
levando ao pleno emprego, conforme gráfico 5. Nele vemos que, se há excesso de
demanda ou oferta, ou escassez de ambos, sempre haverá uma tendência a voltar a
um equilíbrio.
2) Através do gráfico da demanda e oferta (neo) clássicas mostre (i) o
impacto de uma inovação tecnológica e (ii) o impacto de um aumento
na oferta de moeda, e explique detalhadamente ambos os efeitos.
- Impacto de uma inovação tecnológica - exógeno ao modelo clássico.
Considere T = nível tecnológico.
Quando há uma inovação tecnológica, a função produção Y=f(K,N,T) se desloca para a
direita: pode-se produzir mais com quantidades fixas de insumo. E conforme o
modelo neoclássico, uma inovação tecnológica desloca a curva de oferta agregada
para a direita, por conta da alteração da PMgN. Ou seja, haverá uma maior produção
de um bem para um mesmo determinado preço anterior, conforme gráfico 6.
(Lembrando que a curva de oferta agregada clássica é inelástica)
OBSERVAÇÃO: Além disso, a inovação tecnológica poderia até mudar a forma como é
produzido tal produto, alterando sua produtividade. E, com isso, a curva de demanda
por trabalho poderia ser deslocada. Contudo, cabe destacar que o produto e o
emprego são determinados pela oferta, e a demanda determina o nível de preços de
um produto.
- Impacto de um aumento na oferta de moeda
Primeiramente, é importante destacar que uma mudança na oferta de moeda não
altera o nível de produção: isto porque não teria efeito sobre ela. A oferta de
produtos é alterada por variáveis reais, enquanto que a quantidade de moeda afeta
apenas as variáveis nominais, que são os salários e o nível de preços.
Exemplo: caso aumente a quantidade de moeda na economia, ou sua
disponibilidade, haveria um aumento de preços, o que se denomina atualmente
“inflação”, principalmente porque a moeda é apenas um meio de troca por alguma
coisa, sendo ela um facilitador de transações.
Em geral: preços e salários se alteram proporcionalmente com a quantidade de
moeda na economia, conforme gráfico 7, de oferta e demanda.
3) Supondo uma queda exógena nos investimentos, mostre
graficamente e explique o resultado para a demanda agregada (Neo)
clássica.
Primeiramente é importante destacar que a taxa de juros mede o custo por tomar
um empréstimo e, consequentemente, mede o retorno por possuir a propriedade
dele. Com isso, podemos considerar que os dispêndios com investimentos variam
inversamente com a taxa de juros. Ou seja, caso aumente a taxa de juros, haverá uma
queda no número de investimentos, vice-versa.
Além disso, de acordo com os economistas clássicos, o nível de poupança fornece a
oferta de fundos de empréstimos, ou seja, a demanda por títulos, enquanto que a
demanda por fundos de empréstimos, ou oferta de títulos, equivalem ao déficit do
governo (g-t) somado ao investimento (i), conforme gráfico 8. É importante lembrar
que: a taxa de juros tem uma função estabilizadora.
Quando acontece uma queda exógena nos investimento, por algum motivo (como a
ameaça de uma guerra), a demanda por empréstimos diminui, deslocando a curva i
para baixo e para a esquerda. Isso exerce uma mudança na taxa de juros, forçando a
encontrar um novo equilíbrio, em um patamar mais baixo. Como podemos ver no
gráfico 9, a mudança diminui o nível de poupança, e consequentemente aumenta o
consumo.
Obs: considere que g=t, para facilitar a aplicação
Deve-se considerar que a estabilização da taxa de juros é “a primeira linha de defesa
para o argumento do pleno emprego”, conforme exposto no livro do Froyen (FROYEN,
R. T. Macroeconomia. São Paulo, Editora Saraiva, 1999. Capítulo 4 - O Sistema
Clássico II). “Os choques que afetam a demanda por consumo, por investimentos e a
demanda do governo não afetam a demanda total pelo produto”.4) Discuta acerca da defesa da não-intervenção estatal do modelo
(neo)clássico e como essa postura depende do papel dos juros e da
flexibilidade dos preços e salários.
No modelo neoclássico, a não intervenção estatal na economia é essencial para o
bom funcionamento dele. A taxa de juros deve ser perfeitamente flexível, bem como
os preços e salários.
- Gastos do governo na economia
Primeiramente, é importante destacar o papel dos gastos do governo na economia.
Os gastos do governo não alterariam a determinação do equilíbrio do produto e do
nível de preços, sendo assim, também não afetaria o emprego. Contudo, o aumento
dos gastos faz com que o governo necessite vender títulos para cobrir as despesas
que ele tiver, elevando a busca por fundos de empréstimos. Assim, haveria um
excesso na necessidade do governo por tomar empréstimos, em relação a aqueles
que querem concedê-los. Então, haveria um aumento na taxa de juros, que
automaticamente faria com que a poupança aumentasse, reduzindo assim a
quantidade de dinheiro disponível para o consumo. A taxa de juros mais alta levaria o
investimento privado a cair, em um efeito de crowding-out.
- Impostos
Como o aumento dos gastos governamentais não têm efeito independente sobre a
demanda agregada, o aumento dos impostos também não tem esse efeito. Podemos
dizer que, no caso de uma diminuição de impostos sobre a renda, aumentaria,
obviamente, a renda, e automaticamente aumentaria a demanda por consumo. Junto
com isso, aumenta também o salário real e a oferta de trabalho, deslocando a curva
de oferta agregada clássica para a direita. Além disso, esse efeito de deslocamento da
curva de oferta agregada levaria a uma queda dos preços, pois também não há uma
mudança na curva de demanda agregada, dado o ajuste na taxa de juros que existe e
o efeito crowding-out sobre a demanda do setor privado.
Por fim, cabe ressaltar que, para que esse modelo de equilíbrio funcione
perfeitamente, deve haver sempre uma flexibilidade de preços e salários, juntamente
com a taxa de juros.
Modelo Keynesiano Simples
5) Supondo uma economia aberta e com governo, (i) mostre
analiticamente o multiplicador keynesiano dos gastos autônomos e
explique seu conceito (ii) Ilustre graficamente supondo um aumento
exógeno dos investimentos.
(i)
Para explicar o multiplicador de Gastos Autônomos, devemos explicar o
funcionamento da Demanda Agregada, supondo a economia aberta e com governo,
com a hipótese de preços e a taxa de câmbio fixa. É dada por:
Y = C + I + G + X - M
Sendo C = Consumo; I = investimento; G = gastos do governo;
X= exportações; M = importações;
Sendo C a função consumo C = a + bY - bT
a = consumo autônomo; b = propensão marginal a consumir
Com os tributos, Yd = Y - tY
M = u + mY, sendo, u = importação autônoma,
m = propensão marginal a importar.
Logo, podemos arranjar a equação de demanda agregada para:
Y = C + I + G + X - M
Y = b(y - tY) + a - bT + I + G + X - u -mY
Y - b(Y - tY) + mY = I + G + X - u
Y - b(1 - t)Y + mY + a - bt + I + G + X - u
Y[1 - b(1 - t) +m] = a - bt + I + G + X - u
Sendo esse a Demanda Agregada Independente da Renda:
Quanto maior for a propensão marginal a importar (m), menor será a propensão
marginal a consumir, com isso levando a demanda por bens produzidos internamente
a diminuir e a de bens externos irão aumentar.
Quanto mais elevado for m no multiplicador, maior será a transferência do efeito
multiplicador dos gastos.
Também temos a propensão marginal a tributar (t), quanto maior essa propensão
marginal a tributar, menor o valor multiplicador, pois o aumento dessa tributação irá
diminuir a renda disponível.
Demanda Agregada Dependente da Renda:
Y = a + bY - bT + I + G + X -u -mY
Y - bY + mY = a - bT + I + G + X -u
Y(1 - b + m) = a - bT + I + G + X - u
(ii)
Imaginando um aumento dos investimentos, podemos simplificar a demanda
agregada anterior para:
Y = (1/(1-c)) * (c + i + g)
Para assim, analisarmos de forma clara o aumento dos investimentos (I).
O aumento de (I), aplicado ao efeito multiplicador levará ao aumento da demanda
agregada (y), com isso, a curva de DA se deslocará para acima.
Segundo esse modelo, a reta azul representa um estímulo de 3x nos investimentos
em relação à reta cinza. Com isso, provocando um aumento da renda, pelo aumento
da propensão marginal a consumir e um aumento na Demanda Agregada.
Segundo esse modelo, a reta azul representa um estímulo de 3x nos investimentos
em relação à reta cinza. Com isso, provocando um aumento da renda, pelo aumento
da propensão marginal a consumir e um aumento na Demanda Agregada
6) (i) De acordo com Keynes, como é determinada a taxa de juros? (ii)
Mostre graficamente e explique, destacando as funções da moeda para
o autor.
A taxa de juros é basicamente a recompensa para alguém que possui riqueza, recebe
ao renunciar a liquidez que possui com a moeda, sendo isso o conceito Preferência
pela liquidez.
No livro “Macroeconomia”, de Richard T. Froyen, é descrito que a existem duas
maneiras corretas de descrever a taxa de juros, como: A taxa que iguala a oferta e
demanda por títulos ou, alternativa, como a taxa que iguala a oferta de moeda e sua
demanda.
Keynes, tratou a moeda como um componente importante para essa teoria, por
tanto, escolheu a segunda descrição. Nesse modelo, temos que, a oferta de moeda é
dada exclusivamente pelo Banco Central. A demanda por moeda é dada pelos
indivíduos, mas por três motivos, sendo três funções diferentes.
Após a ilustração teremos a explicação desses motivos.
Temos no eixo r, a taxa de
juros. No eixo M, a
moeda.
Em verde, a oferta de
moeda pelo BACEN.
Em azul, a Demanda por
Moeda pelos motivos de
Transação, Precaução e
Especulação
De acordo com esse sistema, a taxa de juros seria dada no momento em que a oferta
e demanda se igualam.
Explicando os Motivos para Demanda de Moeda:
Demanda da moeda para transações: Representa a razão mais simples entre as três.
Essa pois, a moeda serve como um meio de troca, por ser altamente líquida. Sendo
assim, servindo de ponte para recebimentos e pagamentos.
Demanda da moeda para precaução: Basicamente a moeda guardada para eventuais
despesas imprevistas. Para Keynes, o valor guardado para esse fim dependia
positivamente da renda do indivíduo e a taxa de juros serviria como um fator para
determinar a quantidade de moeda guardada para esse fim. Como por exemplo, se
houvesse um aumento das taxas, o montante de moeda guardada para isso seria
menor.
Demanda da moeda para especulação: Essa função trabalha com a expectativa de
que as taxas de juros futuras seriam maiores. Isso pois, há uma incerteza sobre as
taxas de juros futuras, pela alteração dessas taxas que implicaram no preço dos
títulos.
7) De acordo com Keynes, como o emprego é determinado? Mostre
graficamente e explique.
Para Keynes o emprego é determinado de acordo com a demanda efetiva, essa ideia
quer dizer que, o emprego depende do produto.
Para determinar a demanda efetiva temos a curva Z: renda necessária que o
empresário irá oferecer para determinar o volume de emprego; e a curva D: renda
que o empresário espera receber por oferecer determinado volume de emprego.
O ponto de encontro ou onde essas duas curvas se igualam, nos dará a demanda
efetiva. Temos que, quanto maior a demanda agregada, maior serão os níveis de
emprego, pois assim os empresários esperam vender mais produtos, mas para isso
precisam empregar mais.
Nesse modelo, Keynes admite que a curva de demanda por emprego do modelo
(neoClássico) está correta, por tanto ele a admite para determinar o nível dessa
demanda de emprego (N).
Dessa forma, podemos dizer que as empresas contratam e produzem com base no
que ela própria espera para o futuro, o quanto ela espera vender. Por esse olhar, o
nível de emprego é relacionado à demanda efetiva.
8) Discuta acerca da defesa da intervenção estatal no modelo
keynesiano diante da existência de desemprego involuntário na
economia.
A intervenção do Estadono modelo Keynesiano dá-se durante momentos de crise,
onde há maiores níveis de desemprego. Isso pois, nesse modelo trabalha-se com a
proposta da demanda efetiva. Então, pessoas desempregadas não possuem renda
disponível para gastar, logo, diminuindo o consumo e a demanda agregada.
O papel do Estado, nesses momentos, é de estimular o consumo, aumentando a
propensão marginal a consumir. Um exemplo simples, mas prático seria com obras
públicas. Quando o governo gastar para construir bens públicos, estará demandando
produtos na economia. Assim, empregando pessoas, gerando renda e consumo em
cadeia. Dessa forma diminuindo o desemprego involuntário.
Um outro método para o Estado é, destinar renda para famílias mais
necessitadas/indivíduos desempregados, uma transferência de renda. Para auxiliar
nas compras, dessa forma aumentando o consumo na economia.
Um papel mais ativo do Estado na economia, é defendido por Keynes, para incentivar
o consumo, nesse modelo o consumo desempenha um papel fundamental, ele é a
base do multiplicador de gastos.
Nesse modelo percebemos que, diferente do modelo anterior (neoclássico), o Estado
tem um papel fundamental, pois possui de um orçamento atrativamente poderoso
como ferramenta para impulsionar a economia, mas não só gastando orçamento
diretamente como tributando menos.
9) Contraponha (i) o impacto de uma política fiscal expansionista no
modelo (neoclássico) com o modelo keynesiano.
- Política Fiscal Expansionista Neoclássico
Como estudado no “Manual de Macroeconomia”, de Richard Froyen, o governo tem
três formas de arrecadação: tributação, venda de títulos públicos e financiamento
por criação da moeda. Caso ele queira gastar mais, ele teria que aumentar sua
arrecadação por meio de uma das três formas.
Caso houvesse um aumento na tributação, haveria um deslocamento na curva de
oferta por trabalho, mudando o ponto de equilíbrio do mercado de trabalho,
alterando a quantidade de trabalho e de salário real, e um deslocamento na curva de
oferta agregada, que levaria a um aumento dos preços. Além disso, o aumento da
tributação, desestimularia a oferta de trabalho, e reduziria o emprego e o produto
Considera-se que um aumento de gastos do governo não teria efeito independente
sobre a demanda agregada, por conta do ajuste que teria na taxa de juros e o
crowding-out sobre a demanda no setor privada
Outra forma de financiar esse aumento de gastos seria por títulos públicos. O
aumento da venda deles faria com que aumentasse a demanda por fundos de
empréstimos. Isso faria com que a taxa de juros se deslocasse, ficando maior, visto
que haveria um aumento da quantidade de agentes querendo tomar empréstimos,
enquanto que haveria a mesma quantidade de quem concede empréstimos. Uma
maior taxa de juros faria com que houvesse uma queda nos investimentos. Além
disso, haveria um aumento na poupança, e automaticamente haveria uma queda no
consumo.
OBS: aumento dos gastos do governo não teria efeito sobre demanda agregada
E a terceira forma de se financiar seria por aumento da emissão monetária. Com isso,
se houvesse um aumento da emissão monetária, haveria um aumento dos preços e
um aumento da renda, de forma nominal. Os economistas neoclássicos consideram
que a emissão de moeda não tinha efeito real, somente nominal.
Esse aumento dos gastos são diferentes do modelo Keynesiano, pois neste modelo
Neoclássico não existe o fator multiplicador de gastos. Que no caso mudaria a renda,
e aumentaria o consumo.
Podemos concluir que, o aumento dos gastos do governo (política expansionista), no
modelo neoclássico, teria um efeito negativo e não afetaria os fatores de produção.
Dessa forma, não alterando a renda, mas levando a um efeito chamado Crowding
Out. Isso é, quando o governo aumenta os gastos mas em conjunto leva um aumento
das taxas de juros, que diminui os investimentos privados, assim anulando o seu
efeito. Por isso, o modelo diz que o Estado não deveria interferir na economia.
- Política Fiscal Expansionista Keynesiana
Uma expansão no modelo Keynesiano gera um aumento da demanda agregada, isso
devido ao efeito multiplicador atuando para aumentar o consumo.
Consequentemente, aumentando a renda e a demanda agregada na economia.
Esse essa política expansionista nesse modelo é totalmente diferente do discutido
anteriormente. Pois, ela atua diretamente no aumento do consumo, com isso,
atuando no aumento da produção.
Como no modelo keynesiano trabalhamos com demanda efetiva, ou seja, os níveis de
empregos irão acompanhar os níveis de produção da economia. Quanto mais
expectativa de vendas, mais produção, com isso, mais empregos serão gerados.
Dessa forma, o aumento dos gastos públicos atinge exatamente essa demanda
efetiva, de forma a fomentar a economia e estimular os níveis de produção e gerando
toda uma cadeia de eventos. Estimulando a produção, aumentando os níveis de
emprego, gerando mais renda para as famílias, aumentando o consumo e a demanda
agregada.
10) Contraponha o impacto de uma política monetária expansionista no
modelo neoclássico com o modelo keynesiano.
- Política Monetária Expansionista NeoClássica
No modelo clássico há uma divisão da economia entre o lado real e o lado monetário.
O lado real compreende: produto, níveis de emprego, salários reais e preços. Este
lado não é afetado pela quantidade de moeda que existe na economia, mas que
determina o lado das variáveis nominais: preços e salários nominais. Esses dois
precedentes são conhecidos como a dicotomia clássica, que demonstra a
neutralidade da moeda. Isto é, que dá uma função passiva à moeda.
Dessa forma, uma política monetária expansionista nesse modelo acarretaria apenas
na mudança da quantidade de moeda na economia, alterando assim os preços e
salários nominalmente. As variáveis reais não eram alteradas. É descrito na página
118 do “Manual de Macroeconomia” de Lopes e Vasconcellos, um cenário em que a
política monetária influencia sobre as variáveis reais, mas apenas em um caso que
haja imperfeições no mercado.
- Política Monetária Expansionista Keynesiana
De uma forma totalmente diferente dos clássicos. No modelo de Keynes, a moeda
tem um papel de destaque, pois ela afeta diretamente a renda através das taxas de
juro.
Pois, caso haja um aumento da oferta de moeda, dada pelo Banco Central,
acontecerá que as taxas de juro diminuirão. Por outro lado, um aumento da procura
por moeda acarretará na elevação das taxas de juros.
Sendo assim, a função da moeda nesse modelo, sendo totalmente distinta e tendo
um papel ativo no PIB de uma economia em relação ao explicado no modelo
Neoclássico.
Bibliografia:
Modelo (Neo)Clássico
FROYEN, R. T. Macroeconomia. São Paulo, Editora Saraiva, 1999. Capítulos 3 e 4
LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. de. Manual de Macroeconomia: básico e
intermediário, São Paulo, Editora Atlas, 2000. Capítulo 3
Modelo Keynesiano Simples
FROYEN, R. T. Macroeconomia. São Paulo, Editora Saraiva, 1999.Capítulos 5 e 6
LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. de. Manual de Macroeconomia: básico e
intermediário, São Paulo, Editora Atlas, 2000. Capítulo 4
Slides: Aula Teoria Macroeconômica 1 - Professora Simone Fioritti

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