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Resenha Critica ADMINISTRANDO A SI MESMO, CONQUISTANDO A DISTRAÇÃO DIGITAL

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2 
ADMINISTRANDO A SI MESMO, CONQUISTANDO A DISTRAÇÃO DIGITAL 
 
Referências: Rosen, L; Samuel, A. Administrando a Si Mesmo, Conquistando a 
Distração Digital. Harvard Business Review, junho de 2015. 
 
O texto em analise aborda a sobrecarga digital em nosso cotidiano. Todos os dias e 
noites, em computadores, laptops, tablets e smartphones, nós somos bombardeados com 
tantas mensagens e alertas que mesmo quando queremos nos concentrar, é praticamente 
impossível. E quando somos tentados a procrastinar, a diversão está apenas a um clique. Essa 
cultura de constante conexão impacta no lado profissional e pessoal. Nós desperdiçamos 
tempo, atenção e energia em informações e interações relativamente sem importância, nos 
mantendo ocupados, mas produzindo pouco valor. 
Como Clifford Nass e seus colegas na Universidade de Stanford mostraram, as 
pessoas que regularmente lidam com diversas fontes de conteúdo não prestam atenção, 
memorizam ou administram suas tarefas tão bem quanto aqueles que focam em uma coisa de 
cada vez. O resultado é a produtividade e engajamento reduzidos, ambos no escritório e em 
casa. As informações do Grupo de Pesquisa de Sobrecarga, um consórcio não lucrativo de 
profissionais de negócio, pesquisadores e consultores, relatam que trabalhadores de 
conhecimento nos Estados Unidos desperdiçam 25% de seu tempo lidando com seus fluxos 
de dados enormes e crescentes, custando $997 bilhões anualmente para a economia norte 
americana. 
A partir desses dados, os especialistas consultados, compartilham com o leitor suas 
opiniões sobre o tema. Rosen1, acredita que deveríamos recusar sistematicamente o fluxo de 
informação e focar em mais atividades que aumentam a energia. Samuel2, argumenta que a 
melhor maneira de lutar contra a distração digital é com o uso estratégico de ferramentas 
digitais. Dados os argumentos e suas soluções, os especialistas, oferecem um manual útil de 
como podemos começar a enfrentar este desafio enorme e crescente. 
O professor de psicologia, Rosen, traz os resultados obtidos em seu laboratório feito 
com 163 estudantes. Ao qual os reuniu em uma sala de conferência e pediu que se sentassem 
 
1 Larry Rosen é um professor de psicologia na Universidade do Estado da Califórnia Dominguez Hills. 
2 Alexandra Samuel é especialista em envolvimento online e autora de Work Smarter with Social Media (Harvard Business Review Press, 
2015). 
 
 
3 
sem conversar, fazer algum trabalho ou usar seus telefones e depois avaliou a ansiedade deles 
durante a hora seguinte. Através desse laboratório, concluiu que, usuários leves de 
smartphone não demonstraram mudança, usuários moderados vivenciaram um alerta inicial 
que em seguida estabilizou, e aqueles acostumados a checar seus telefones durante todo o dia 
sentiram sua ansiedade aumentar imediatamente e continuo aumento no decorrer do estudo. O 
psicólogo, classifica a ansiedade por tecnologia observada em FOMO (fear of missing out, 
que traduzido em português significaria, literalmente, o medo de estar perdendo algo), FOBO 
(fear of missing out, que traduzido em português significaria, medo de estar desconectado) e 
nomofobia (medo de ficar sem celular). E recomenda 3 estratégias para acalmar a ansiedade, e 
segundo ele – tudo o que envolve desviar da tecnologia aos poucos para recuperar o foco. 
Primeiro, utilize os princípios comportamentais para desligar-se de seus aparelhos 
digitais. Permita-se checar todos os modos de comunicação eletrônica, e então desligue tudo e 
silencie seu telefone. Ajuste um despertador para 15 minutos, e quando ele tocar se dê um 
minuto para uma checagem tecnológica. Repita o processo até que você esteja confortável em 
aumentar seu tempo fora da rede para uma hora ou mais. 
A segunda é inspirada pela pesquisa de Nathaniel Kleitman3, que estabeleceu que 
nossos cérebros trabalham em ciclos de descanso de atividade por 90 minutos e não somente 
quando estamos dormindo, mas também quando estamos acordados. Então você deve fazer 
uma pausa de recarga a cada hora e meia, especialmente se você possui multitarefas com a 
tecnologia, que faz o cérebro estar excessivamente ativo. Até mesmo uma caminhada de 10 
minutos ao ar livre é suficiente para ter um efeito calmante. Você também pode escutar 
música, ver obras de arte, praticar exercícios ou meditar. 
Terceira estratégia, mantenha a tecnologia fora do seu quarto. A Fundação Nacional 
do Sono (NSF) e a Mayo Clinic notaram que o uso de aparelhos que emitem luz azul de LED 
é prejudicial ao sono do usuário. NSF recomenda digitais por uma hora antes de dormir, 
enquanto Mayo Clinic sugere o escurecimento das telas usada a noite, mantendo-as a 14 
polegadas (aproximadamente 36 cm) de seu rosto, e removendo as do quarto quando você 
estiver pronto para dormir. O objetivo é bloquear a liberação de neurotransmissores que 
 
3 Nathaniel Kleitman foi um fisiologista e psicólogo estadunidense. Considerado, para todos os efeitos, o pai da pesquisa sobre o sono. 
 
 
4 
energizam seu cérebro ao invés de promover a produção de melatonina, que permite você 
descansar. 
Já à Samuel, que em duas décadas de pesquisa sobre o comportamento das pessoas na 
utilização da tecnologia, afirma que é possível utilizar a tecnologia de forma eficiente e 
defende a necessidade de o faze-lo. Em seu argumento, a especialista ressalta, "desligar" não 
é simplesmente uma solução viável na era digital; com tanto trabalho, comunicação e 
socialização ocorrendo nas telas, poucos de nós podemos nos permitir ficar desconectados por 
frações significantes do expediente de trabalho (ou até mesmo noites e finais de semana). Ela 
ainda cita, uma pesquisa recente da Tata Communications, mostrou que pessoas nos E.U.A, 
Europa e Ásia gastam uma média de mais de cinco horas por dia na internet, e 64% se 
preocupa quando eles não têm acesso. 
Como forma de aumentar a eficiência na utilização da tecnologia, Samuel cita que, 
existem ferramentas de automatização que podem agilizar consideravelmente o processo de 
decidir o que ganhará sua atenção. Mas o primeiro passo é abandonar o mito de "manter-se 
atualizado" — a crença de que você será capaz processar todos os seus e-mails, ler tudo de 
importante na mídia, e enviar postagens atenciosas para suas redes sociais sem falhar. Ao 
invés disso, seus objetivos devem ser organizar e limitar as informações que você recebe, e 
agilizar o trabalho de ler, responder e compartilhar o que importa. 
Como exemplo, ela cita a utilização de aplicativos para filtrar informações relevantes 
ao seu interesse, como o leitor de notícias feedly (funciona em computadores e aparelhos de 
celular), Flipboard ou Reeder. Você pode seguir ou se inscrever nas suas fontes de notícias 
favoritas, blogs e discussões de tópicos para coletar os todos os itens mais pertinentes em um 
só lugar. Então reserve horários específicos — uma vez por dia, ou mesmo algumas vezes por 
semana para lê-los. Você terá os maiores ganhos a partir deste método se você for bem 
específico sobre os tipos de artigos que surgirem em seu caminho. Para estabelecer um feed 
customizado de artigos, por exemplo, experimente diferentes combinações de palavras-chave, 
hashtags e operadores em um mecanismo de pesquisa (tal como "produtividade e 
#automatização") e então transformar seus resultados em um ou mais feeds (sindicalização 
realmente simples) RSS. Nem todos os mecanismos de pesquisa oferecem feeds RSS, e 
alguns os tornam um pouco difíceis de serem encontrados, mas uma vez que você tem URL’s 
para os que criou, você pode copiá-los no seu aplicativo de leitor de notícias. 
 
 
5 
A automatização não pode eliminar a distração digital, mas pode ajudar você a lutar a 
batalha. Filtros de e-mails, leitores de notícias, programadores de postagem e outras 
ferramentas podem agilizar significativamente o processo de decidir o que ganha sua atenção. 
Isso irá te ajudar a sentir-se menos sobrecarregadoe mais capaz de se concentrar nas tarefas 
mais importantes, no trabalho ou em casa, online ou offline. 
De acordo com as informações fornecidas por Rosen e Samuel, é possível concluir que 
apesar de nós recorrermos à tecnologia para aliviar nossas ansiedades, a superdosagem apenas 
agrava as mesmas. Para quebrar o ciclo, devemos limitar o uso de nossos aparelhos. Apenas 
então podemos recuperar nossa habilidade de concentração. E que, da forma que estamos 
inseridos em um mundo cada vez mais conectado, fazermos a utilização consciente da 
tecnologia com definições claras do que deve ganhar nossa atenção, podem nos ajudar no 
melhor controle sobre si mesmo e da distração digital.

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