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4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Anatomia UCXI Mamas Linhas do tórax: Mediana Paraesternal: relaciona-se com a parte medial das mamas (borda esternal) Clavicular média Axilar anterior: relaciona-se com a parte lateral das mamas A mama assemelha-se a uma glândula sudorípara especializada. É formada por: Ácinos ou alvéolos: produz o leite materno Unidade lobular: origem dos tumores (ácinos e ducto terminal); cada lóbulo é drenado por um ducto Ductos lactíferos – derivados da ectoderme o Seios lactíferos: parte dilatada do ducto que armazena o leite materno Papila mamária (mamilo): onde os ductos lactíferos desembocam Tecido conjuntivo e adiposo (estroma) – derivados da mesoderme Aréola: pele mais pigmentada em volta da papila mamária; o Glândulas de Montgomery ou areolares: 10- 15 pequenas glândulas sebáceas que lubrificam a região, fazem proteção e auxilia na mamada do bebê; Tecido fibroso (ligamento de Cooper) – auxilia na sustentação Leite é produzido nos ácinos → lóbulos → formam lobos → ductos → se abrem na papila Relações anatômicas Parede torácica anterior Anteriormente à fáscia do músculo peitoral maior o Onde as glândulas se fixam, além da pele, por meio dos ligamentos de Cooper o É contínua com a fáscia superficial abdominal de Camper 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Dividida em 4 quadrantes: superior medial, superior lateral, inferior medial e inferior lateral Implantação do 2° ao 6° arcos costais o Limite inferior: sulco inframamário Clínica: politelia – vários brotos mamários Vascularização Medial: artéria torácica interna (deriva da subclávia) Lateral: artéria torácica lateral (deriva da axilar) Inferior: ramos mamários da artéria intercostal Drenagem venosa: veias torácicas interna e lateral Drenagem Linfática Medial: linfonodos paraesternais (25% da drenagem) Lateral: superficiais, profundos e subcutâneos (75% - axilares) o Profundo: origina-se de capilares linfá1cos, no nível dos ácinos e é especialmente importante como trajeto de metástases tumorais Peitoral menor: relação com o prognóstico o I – laterais; grupo axilar inferior (lateralmente ao M. peitoral menor); Linfonodos axilares peitorais, Linfonodos axilares subescapulares, 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Linfonodos axilares laterais e Linfonodos paramamários o II – interpeitorais; grupo axilar médio (no mesmo nível que o M. peitoral menor); Linfonodos axilares interpeitorais e Linfonodos axilares centrais o III – medial; grupo infraclavicular superior (medial ao M. peitoral menor); Linfonodos axilares apicais Relação quadrantes x % de tumores 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Inervação T4/T5 Maior parte pelos nervos intercostais Parte mais superior é pelos nervos supraclaviculares do plexo braquial Topografia de Tórax Tórax: Região pertencente ao tronco, situada entre o pescoço e o abdome. Através de seu esqueleto ósseo forma um espaço em seu interior denominado de cavidade torácica. Aloja órgãos vitais Local de fixação para musculatura do pescoço, membro superior e abdome Local de articulação da raiz dos membros superiores. Topograficamente o tórax pode ser dividido em caixa torácica e cavidade torácica. Caixa torácica Abertura superior: delimitado pelo manúbrio do esterno, pela 1° cartilagem costal, 1° costela e 1° vértebra torácica. É por onde várias estruturas passam. Abertura inferior: delimitada pela 12ª vértebra torácica, 12ª costela e cartilagens costais (7ª a 10ª) A abertura inferior é fechada pelo músculo diafragma. Costelas: Nomenclatura quanto às conexões o Costelas verdadeiras (vertebrocostais) (1 – 7); tem placa de cartilagem ligando no esterno o Costelas falsas (vertebrocondrais) (8 – 10); tem placa de cartilagem ligando na costela subjacente o Costelas flutuantes (Livres, espúrias) (11 – 12); cartilagem não se liga em nenhuma estrutura Nomenclatura quanto às características individuais o Típicas (3 a 9) 1. Cabeça da costela (articulação) 2. Face articular da cabeça da costela 3. Colo da costela 4. Tubérculo da costela (articulação) 5. Face articular do tubérculo da costela 6. Ângulo da costela 7. Corpo da costela 8. Sulco da costela: A + V + N intercostais o Atípicas (1, 2, 10, 11 e 12) Primeira costela: 3 impressões 1. Sulco da veia subclávia 2. Sulco da artéria subclávia 3. Tubérculo do músculo escaleno anterior Segunda costela: 1 impressão 4. Tuberosidade do músculo Serrátil anterior 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Esterno: 1. Incisura jugular 2. Incisura clavicular 3. Manúbrio do esterno 4. Corpo do esterno 5. Incisuras costais 6. Processo xifóide do esterno 7. Ângulo do esterno: importante ponto de referência Articulações do tórax: 1. Articulações esternocostais (sinovial plana, exceto a 1°, que é sincondrose) 2. Articulações costocondrais (cartilagínea sincondrose) 3. Articulações intercondrais (sinovial plana) 1. Articulação da cabeça da costela (sinovial plana) 2. Articulação costotransversárias (sinovial plana) Músculos com fixação ao tórax Peitoral maior: toracoapendicular, pertence ao membro superior. Origem: extremidade esternal da clavícula, esterno e 6 primeiras cartilagens costais; 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Peitoral menor: toracoapendicular; pertence ao membro superior; Origem: 2°-5° costelas Serrátil anterior: parte torácica; Origem: 8 primeiras costelas; Inserção: margem medial da escápula Serrátil posterior-superior e Serrátil póstero-inferior Intercostais: entre as costelas; externo, interno e íntimo (interno e íntimo têm a mesma direção, mas são separados pelos V + A + N intercostais). Externo: tração da costela na inspiração; Interno e íntimo: depressão da costela na expiração Transverso do tórax: protege vasos torácicos internos; origem: face interna do esterno 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Subcostais: muita variação; face interna das costelas inferiores Levantadores das costelas: longo e curto Escaleno: cervical; faz movimentos do pescoço; dividido em anterior, médio e posterior Vascularização e inervação Irrigação: Artérias intercostais anteriores Artérias intercostais posteriores Artéria subcostal Outros ramos das artérias subclávia/axilar: torácica superior, toracoabdominal e torácica lateral Intercostais anterior e posterior fazem anastomose 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Subclávia → axial → torácica superior, toracobdominal e torácica lateral (a lateral vai pra mama) Drenagem venosa: Veias intercostais anteriores Veias intercostais posteriores Veia subcostal Drenagem linfática: Linfonodos intercostais Linfonodos pré-vertebrais Linfonodos frênicos superiores Linfonodos paraesternais Inervação: Os nervos da parede torácica são mistos, formados pela junção da raiz anterior e posterior da medula espinal, classificam-se em: o Intercostais de T1-T6 o Toracoabdominais de T7-T11 o Subcostal em T12 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Os ramos originais são de maior calibre, enquanto os colaterais são de menor calibre Cavidade torácica – conteúdo Divide-se em cavidades pulmonares direita e esquerda e mediastino Espaços laterais da cavidade torácica ocupada pelos pulmões direito e esquerdo Espaço central da cavidade torácica ocupada pelo coração e outros elementos. Plano transverso do tórax: Linha ântero – posterior que atravessa o tórax passando anteriormente entre o manúbrio eo corpo do esterno (ângulo do esterno) e posteriormente passando entre os corpos vertebrais de T4 e T5. o Divide em mediastino superior e inferior Mediastino superior: o Posição: superior ao plano transverso do tórax o Contém: timo, grandes vasos (arco da aorta, veia cava superior, veias braquiocefálica), traqueia, esôfago Mediastino inferior: o Anterior: Posição: inferior ao plano transverso do tórax, situado entre o corpo do esterno e músculo transverso do tórax e o pericárdio fibroso. Conteúdo: vasos torácicos internos, ligamentos esternopericárdicos, gordura e parte inferior do timo o Médio: Posição: inferior ao plano transverso do tórax, situa-se entre as lâminas do pericárdio fibroso Conteúdo: coração, pericárdio, grandes vasos (aorta ascendente, veia cava superior, arco da veia ázigo), nervos frênicos o Posterior: Posição: inferior ao plano transverso do tórax, situa-se anteriormente aos corpos vertebrais deT4/T5 até T12. Conteúdo: grandes vasos (aorta parte descendente, veias ázigo e hemiázigo), troncos simpáticos, esôfago, nervos vagos, ducto torácico 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Nervos frênicos: origem no plexo cervical, raízes de C3-C4-C5; função: inervação do diafragma. Passa anteriormente à raiz do pulmão Nervos vagos: origem no sulco lateral posterior do bulbo, saindo do crânio pelo forame jugular. A função é inervação de vísceras torácicas e abdominais, inervação da musculatura da laringe (nervos laríngeos recorrentes) Nervo laríngeo recorrente: lesão nele causa rouquidão, alterações na fala/som Passa posteriormente à raiz do pulmão Pelve Feminina A pelve óssea é constituída por ílio, ísquio, púbis e sacro Articulações sacrilíacas e a sínfise púbica cartilagínea conectam as porções ósseas do cíngulo do membro inferior com o sacro, formando uma estrutura estável Diferenças das pelves masculina e feminina: Feminina: maior, mais larga e horizontalizada Masculina: mais maciça, verticalizada e estreita Órgãos Ovário: órgãos em par em formato de ameixa, os quais produzem/maturam os oócitos e secretam progesterona e estrógeno. Localizam-se na fossa 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 ilíaca (pelve menor). 3 regiões distintas: cortical, medula e hilo. Fisiologicamente, são 3 compartimentos: folicular (produtor de estrogênio), corpo lúteo (produtor de progesterona) e medula (fonte de androgênio) o Cortical: túnica albugínea (periferia), da qual se originam as células da granular o Medula: no qual se encontram os folículos; o Hilo: compostos por nervos e vasos o Ligamentos: suspensor do ovário e útero- ovárico Tubas Uterinas: é um anexo uterino dividido em óstio uterino interno, istmo, infundíbulo, ampola e fímbrias (óstio abdominal). Tem 3 túnicas: mucosa, muscular e serosa. o Mucosa: especializada na formação de uma corrente de e líquido (a partir do movimento ciliar) em direção ao útero; atua no transporte do zigoto e dos espermatozoides o Muscular: musculatura lisa que promove os movimentos peristálticos das tubas uterinas e durante a “aspiração” dos ovários pelas fímbrias o Serosa: cobertura peritoneal da tuba uterina, que se continua com a túnica serosa que recobre o mesossalpinge o Margem superior do ligamento largo do útero Útero: situa-se na pelve menor, geralmente em AVF, acima da bexiga urinária e, posteriormente a ele, o reto. O fundo e o seu corpo são recobertos por peritônio urogenital, formando escavações – vesicouterina e retouterina (mais profunda) o Ligamento redondo do útero: passa pelo canal inguinal, acabando nos grandes lábios o Ligamento largo: fixa ele o Endométrio (túnica mucosa): basal e funcional (este último é responsável pela menstruação) o Miométrio (túnica muscular): musculatura lisa que sofre hipertrofia durante a gestação, para permitir a expulsão do feto no momento do parto o Perimétrio (túnica serosa): possibilita a mobilidade em relação a outros órgãos da cavidade peritoneal (crescimento durante a gravidez) 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Vagina: envolvida pelo tecido conjuntivo da pelve (Paracolpo); Paracolpo: área de TC ao lado da vagina, preenchido com plexo venoso, que permite uma considerável distensão da vagina durante o parto. o Contém as artérias que irrigam a vagina a partir das artérias vesicais inferiores o Reforçado por septos vesicovaginal (anterior) e retovaginal (posterior) Vascularização Artérias: Artéria Vesical Inferior Artéria Vaginal Artéria Retal Média Artérias Ovárica: originadas direto da aorta 1. Artéria ileolombar 2. Artéria glútea superior 3. Artéria sacral lateral 4. Artéria umbilical 5. Artéria obturatória 6. Artéria vesical inferior 7. Artéria retal média 8. Artéria pudenda interna 9. Artéria glútea inferior Veias: 1. Veia glútea superior 2. Veia sacral lateral 3. Veias obturatórias 4. Veia vesicais 5. Plexo venoso vesical 6. Veias retais médias 7. Veia pudenda interna 8. Veias glúteas inferiores 9. – 10. Plexo venoso vaginal e plexo venoso uterino Drenagem Linfática Útero: o Linfonodos viscerais da pelve (pararretais, parauterinos, paravaginais) → ilíacos internos o Linfonodos inguinais superficiais → profundos → ilíacos externos Ovários: linfonodos lombares (linfonodos aórticos laterais, pré-aórticos, retroaórticos) → tronco lombar → cisterna do quilo 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Hipotálamo, Hipófise e Ovários Eixo Hipotálamo – Hipófise – Gonadal O Hipotálamo produz, dentre muito hormônios, as gonadotrofinas (GnRH) Esse GnRH estimula a liberação de LH e FSH pela Adenohipófise O LH e o FSH estimulam a liberação de estradiol e progesterona pelos ovários A hipófise localiza-se na fossa craniana média ou fossa hipofisal do osso esfenoide (sela turca) Hipófise: Lobo anterior (adenohipófise) o O hipotálamo (diencéfalo) conecta-se a hipófise anterior ou adenohipófise por meio dos vasos sanguíneos do sistema porta Transporte dos fatores de liberação e inibição do hipotálamo para o lobo anterior da hipófise Artérias hipofisárias (originadas da carótida interna, na região do seio cavernoso) → veias porta (hipotálamo hipofisárias) o Parte tuberal (1) o Parte intermédia (2) o Parte distal (3) Lobo posterior (neurohipófise) o O hipotálamo (diencéfalo) conecta-se a hipófise posterior ou neurohipófise por meio do infundíbulo o Parte proximal ou túber cinério (4) o Parte nervosa (5) 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Vascularização da hipófise: Artéria hipofisária superior Artéria hipofisária inferior Veias hipofisárias → seio cavernoso → seio sigmoide → veia jugular interna Os hormônios Estradiol: promove a elasticidade da pele e dos vasos sanguíneos responsável pelas características sexuais secundárias da mulher desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos e deposição de gordura corporal, auxilia na fixação de cálcio nos ossos. Progesterona: promove o espessamento do endométrio propicia a continuidade da gravidez impedindo a descamação do endométrio Circulação Fetal Grande e pequena circulação: Grande circulação: do coração ao corpo Pequena circulação: do coração ao pulmão Componentes: Artérias e arteríolas: conduzem o sangue para fora do coração e o distribuem aos órgãos Capilares: seguem-se às artérias e atuam nas trocas metabólicas com os órgãos Vênulas e veias: captam o sangue dos capilares e o conduzem de volta ao coração Coração: uma bomba de recirculação. Sistema circulatório fetal Caracteriza-se por baixo fluxo pulmonar, trocas gasosas ocorrem na placenta, a qual também recebe O2e nutrientes; ocorre desvio da direita para a esquerda no coração 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Ducto venoso: passagem da veia umbilical através do fígado Ducto arterioso: permite a passagem do sangue do tronco pulmonar para o arco da aorta, desviando dos pulmões. Forame oval: passagem do átrio direito para o átrio esquerdo, desviando do ventrículo direito e pulmões o Formam-se dois septos: primário e secundário. Como a pressão é maior do lado direito, o sangue empurra o septo primário o Quando a criança insufla os pulmões, a pressão do lado esquerdo aumenta, o que fecha o septo primário e o forme oval Primário: lado esquerdo; Secundário: lado direito 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Características da circulação pós-natal: Interrupção da circulação placentária, uma vez que inicia-se a ventilação pulmonar, com trocas gasosas pulmonares + fechamento funcional do desvio da direita para a esquerda e de todas as anastomoses O esfíncter do ductus venosus contrai, levando todo o sangue a passar pelo fígado e diminuir a pressão na veia cava inferior e átrio direito A pressão diferencial entre o átrio leva ao fechamento da válvula do forame oval e em seguida esta se fusiona formando a fossa oval A inflação dos pulmões leva à liberação de bradicinina, que causa o fechamento do ductus arteriosus nos próximos dias. O ductus arteriosus degenera e torna-se o ligamento arterioso. A artéria umbilical contrai para impedir a perda de sangue, mas a veia umbilical continua a drenar sangue da placenta para a criança por um período. Após esse período, a veia umbilical fibrosa formando ligamento redondo do fígado Características da circulação no adulto: Cicatriz umbilical (era o cordão umbilical) Ligamento redondo do fígado (era a veia umbilical) o Entre os 2 lobos do fígado, abaixo do ligamento falciforme); origina-se do umbigo Ligamento venoso no fígado (era o ducto venoso) o Entre lobo caudado e veias hepáticas Fossa oval (era o forame oval) o Ao lado do seio coronário Ligamento arterioso (era o ducto arterioso) o Entre arco da aorta e tronco pulmonar Artéria umbilical obliterada (prega umbilical medial) – dos dois lados o Origina-se do umbigo 3 pregas: umbilical mediana (úraco), medial (artéria umbilical) e lateral (se for cortada no adulto, sangra pois contém vasos epigástricos inferiores) Feto e Recém-Nascido Fase pré-natal: ovo ou zigoto (até 2 semanas), embrião (até 2 meses) e feto (até o nascimento) Feto: está em plena fase de aprimoramento de seus tecidos para adequar-se às exigências do futuro ambiente ao qual estará inserido (especificamente no humano a partir do fim da oitava semana de desenvolvimento intrauterino). Fase pós-natal: recém-nascido (até 30 dias) Destaque para os sistemas cardiovascular e nervoso Posição anatômica fetal é em cifose, com os membros acompanhando a coluna. 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Crescimento alométrico em seres humanos: primeiramente, o feto tem a cabeça muito grande em relação ao resto do corpo. Com o desenvolvimento, essa proporção vai diminuindo Sistema Tegumentar Pele mais fina (40-60% da espessura do adulto) Ao nascer: pele coberta por verniz caseoso, o qual o protege contra a abrasão dentro do útero Os pelos se desenvolvem até os 7 meses (lanugem) e caem antes do nascimento, dando lugar ao velo o Velo: pelos mais finos e translúcido, o qual é substituído com o tempo por pelos terminais Predomínio de tecido adiposo multilocular em torno de grandes vasos (gordura marrom), o qual tem papel importante no isolamento térmico o A maioria dessa gordura marrom é perdida no adulto (fica só na região supraclavicular) o Ajuda a queimar a gordura amarela Acúmulo de gordura subcutânea nas últimas semanas de gestação Esqueleto Cranioestenose metópica afeta a sutura metópica, a fusão prematura dá a fronte uma aparência triangular, chamada de trigonocefalia. Cranioestenose coronal é a fusão prematura de uma das suturas coronais, leva a um padrão de braquicefalia se for bilateral ou plagiocefalia se for unilateral. Cranioestenose sagital ou escafocefalia consiste na fusão prematura da sutura sagital. Oxicefalia: fechamento prematuro da sutura coronal associada às demais Destaque: fontículos ou fontanelas (6), suturas Fontículo anterior Fontículo posterior Fontículo esfenoidal (bilateral) Fontículo mastoide (bilateral) 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Mandíbula: ângulo subdesenvolvido; tem uma divisão entre os 2 lados com um disco de cartilagem – sínfise mentual, forma uma sinostose no 2-3 mês Sistema Nervoso Acelera o crescimento ao final da gestação Globo ocular é grande comparado ao encéfalo Sulco central é um dos primeiros a se desenvolver Lobo da ínsula visível até o final da gestação Medula espinhal mais “longa”: em neonatos vai até L3-L4; em adultos é até L1-L2 Cabeça e pescoço Boca é diferente para permitir o aleitamento Língua ocupa quase toda a cavidade, passando das linhas dentárias Palato tem pregas que serve como pinça para a papila mamária, juntamente ao ápice da língua Osso hioide e laringe altos Epiglote e úvula mais altas (próxima ao palato mole), favorável para a alimentação – mais difícil se engasgar o Ádito da laringe: por onde o ar entra o Recesso piriforme: por onde o alimento passa Corpo adiposo da bochecha: favorece o processo de aleitamento materno. Permanece no adulto, não tem função o É a gordura retirada na bichectomia Presença das sincondroses cranianas (esfeno occipital, dente do áxis e corpo) Sincondrose esfeno-occipital: se fecha na adolescência, permite o crescimento do crânio – localiza-se na base do crânio, entre os ossos esfenoide e occipital Tórax Timo bem desenvolvido – com o tempo o córtex e a medula regridem, sobrando apenas a gordura Diafragma é mais horizontal, dificultando a respiração As costelas também são mais horizontais – o que dificulta a respiração As fibras musculares costais do diafragma se fixam horizontalmente ao centro tendíneo O pulmão ainda é bem claro, uma vez que ainda não foi exposto à poluição do ar O número de alvéolos é menor que no adulto Forame oval presente no septo interatrial → formará a fossa oval no adulto Abdome Aspecto globoso: por conta do fígado, da respiração, imaturidade dos músculos da parede abdominal Diástase abdominal Peritônio e omento maior muito delgados e translúcidos, não têm função de proteção térmica Gubernáculo: ligamento que atrofia e “puxa” os testículo da cavidade abdominal para a bolsa escrotal o 3 meses de desenvolvimento: abdominal o 6-9 meses de desenvolvimento: pélvico o Recém-nascido: totalmente ou quase totalmente no saco escrotal Ainda não tem gordura amarela ao redor do rim, ou seja, ele está em contato direto com o peritônio Rins de aspecto lobular Glândulas suprarrenais são muito grandes comparadas aos rins O ceco é contínuo com o apêndice, o qual é mais longo, com uma larga junção ceco apendicular Os intestino grosso não tem as saculações Veia umbilical atravessando o fígado 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 1. Corpo adiposo pararrenal (gordura pararrenal) 2. Fáscia renal 3. Corpo adiposo perirenal Cápsula renal adiposa = corpos adipososos pararrenal + perirenal Pelve Reto ocupa praticamente toda a pelve Presença do úraco: antigo alantoide Bexiga em posição alta e de formato fusiforme Tamanho aumentado da próstata Tamanho das tubas uterinas e ovários maior comparado ao útero Sínfises presentes entre os corpos das vértebras sacrais Desenvolvimento do útero: Dorso Fechamento dos hemiarcos vertebrais por volta de1 ano de idade Coluna vertebral em cifose Espinha cartilaginosa (cartilagem de crescimento) desaparece na infância Gestante Útero Órgão muscular de formato piriforme, que serve à implantação o óvulo e desenvolvimento do embrião. Situa-se na pelve menor, entre a bexiga e o reto, normalmente em AVF, porém pode se apresentar em RVF e MVF 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Relações com o peritônio: escavações retouterina (1) e vesico-uterina (2) Faces anterior (sobre a bexiga) e posterior Fixação: ligamento largo do útero (mesossalpinge, mesovário, mesométrio) o Ligamentos verdadeiros: redondo e retouterino ou sacrouterino o Ligamento redondo: serve como “âncora”/ fixação para a contração da musculatura uterina durante o trabalho de parto Camadas: Perimétrio (peritônio), miométrio (musculatura) e endométrio (mucosa) o Fibras musculares: fundo e corpo são relaxadas para permitir o crescimento, o colo é mais contraído como um anel. o No parto, a musculatura do colo uterino relaxa e as musculaturas do fundo/colo se contraem o O miométrio torna-se uma parede membranácea por ficar muito fina no final da gestação o Fórnice: colo do uterino + final da vagina; o Antes da tuba: corpo; após a tuba: fundo 1. Perimétrio 2. Miométrio 3. Endométrio Estrutura interna: cavidade do útero, canal do colo de útero (cervical) + óstio anatômico interno e óstio do útero (externo) Colo: porção estreita do útero ligado a vagina 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 o Porção supravaginal do colo: parte do colo do útero que se estende da vagina ao óstio anatômico interno do útero, sua cavidade é denominada canal do colo do útero o Porção vaginal do colo: parte do colo do útero que salienta-se para a vagina, compreende os lábios anterior e posterior do colo Lábios anterior e posterior do colo do útero Irrigação do útero: artérias uterina, vaginais (artéria ilíaca interna), ovárica (aorta) Veias: plexo venoso uterino drena para as veias ilíacas internas Diâmetros da pelve e músculos do assoalho pélvico e períneo feminino São medidas tanto internas quanto externas da pelve, que levam em consideração acidentes ósseos como pontos de referência. Dividem-se em: diâmetros anteroposteriores (conjugados), diâmetros transversos e diâmetros diagonais Diâmetros anteroposteriores (conjugados) o Conjugado anatômico: abertura anatômica da pelve maior (11 cm): diâmetro do promontório a margem superior da sínfise púbica o Conjugado Verdadeiro ou Obstétrico (10,5 cm) – a criança deve passar por esse ponto: diâmetro do promontório ao ponto mais proeminente interno da sínfise púbica (medida anteroposterior mais estreita) o Conjugado Diagonal (13 cm): diâmetro da pelve menor do promontório a margem inferior da sínfise púbica Assoalho pélvico: região formada por músculos e fáscias (diafragma da pelve), separa a pelve do períneo 1. Músculo piriforme 2. Músculo isquiococígeo (coccígeo) 3. Músculos iliococcígeo 4. Músculo pubococcígeo 5. Musculo puborretal 6. Fáscia obturatória, revestindo o músculo obturador interno 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Músculo levantador do Ânus = ilioccígeo + pubococcígeo + puborretal) Períneo: região de forma losângica situada entre as faces mediais proximais das coxas, inferiormente ao diafragma pélvico; divide-se em 2 triângulos: trígono urogenital e anal o Músculos superficiais: músculo transverso superficial, músculo ísquio-cavernoso (reveste o ramo do clitóris), músculo bulbo-esponjoso (reveste o bulbo do vestíbulo), músculo esfíncter externo do ânus e músculo transverso profundo (contenção voluntária da uretra) o Corpo do períneo: entre vestíbulo da vagina e ânus Principais alterações anatômicas da gravidez Útero: aumenta de tamanho de forma assimétrica, comprime a bexiga e o diafragma, distende o ligamento redondo do útero o Espessa inicialmente e, ao final da gestação, fica mais fino Colo: tampão mucoso (espessamento do muco cervical), hiperplasia e hipertrofia das glândulas cervicais, aumento da vascularização provocando edema Tubas Uterinas: aumento da vascularização, hipertrofia das camadas musculares, diminui a 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 motilidade e se desloca em direção à cavidade abdominal Ovários: se desloca em direção à cavidade abdominal Pele: estrias gravídicas, linha nigra, cloasma Diástase dos retos do abdome, mais evidente após Valsalva Relaxina acomoda as fibras elásticas das articulações e inibe a contração do útero, permite o crescimento durante a gravidez Desloca-se o centro de gravidade da mulher para frente, aumentando a lordose lombar, causando a marcha anserina Hipertrofia genital Pressão na veia cava que diminui o retorno venoso, causando varizes em MMII Pressão na aorta aumenta o débito cardíaco (e aumenta ainda mais no trabalho de parto pela perda de volemia) Mama: aréola secundária e hiperpigmentação, aumentam de tamanho pelo estrogênio, aumenta o número de glândulas, rede venosa de Haller, tubérculos de Montgomery, sinal de Hunter Neuroanatomia Aplicada à Analgesia do Parto 1. Dor visceral em barra – dilatação do colo 2. Dor somática no assoalho pélvico Períneo Períneo: sínfise púbica + túberes isquiáticos + cóccix 2 trígonos: trígono urogenital + trígono anal Centro tendíneo Fossa ísquio anal: espaço em forma de pirâmide localizado lateralmente ao músculo levantador do ânus, de cada um dos lados. A entrada da fossa isquioanal é delimitada posteriormente pelo músculo glúteo máximo e pelo ligamento sacrotuberal Levantador do Ânus: forma cônica, superiormente o Puborretal o Iliococcígeo o Pubococcígeo Transverso profundo do períneo, inferiormente Obturador interno, lateralmente 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Paracolpo: espaço com tecido adiposo que preenche a maior parte da fossa isquioanal (entre a fossa ísquio anal, a vagina e o peritônio) funciona como um coxim móvel que desliza para baixo e para trás, por exemplo, durante o esvaziamento do intestino/esforço Canal de Alcock: formado pela fáscia do músculo obturador interno; começa imediatamente abaixo da espinha isquiática e segue na parede lateral da fossa isquioanal, abaixo do arco tendíneo do M. levantador do ânus Vasos pudendos e nervo pudendo estão situados no canal do pudendo (canal de Alcock) Espaços pélvicos: são divididos pelo peritônio e pelo assoalho pélvico em 3 níveis: Superior: cavidade peritoneal Médio: espaço subperitoneal; acima do músculo levantador do ânus – paracolpo Inferior: fossa isquioanal; abaixo do músculo levantador do ânus Inervação sensitiva do períneo Nervo pudendo: desde o clitóris até o ânus (função sexual e anal) o Emerge da pelve menor pelo forame isquiático maior, contorna a espinha isquiática e o ligamento sacroespinal e passa pelo forame isquiático menor, penetrando na fossa isquioanal o Ponto de referência: túber isquiático o Trajeto para anterior, na parede lateral da fossa, envolvido em uma duplicação da fáscia obturatória interna (canal de Alcock) o Acompanhado pelos vasos pudendos internos o Inferior à sínfise púbica, segue em direção ao clitóris o Ramo: nervos retais inferiores Motor: músculo esfíncter externo do ânus Sensitivo: pele perianal o Ramo: nervos perineais Motor: músculos do períneo Sensitivo: pele da região (lábios externos e internos, pudendo, clitóris, prepúcio) Nervo cutâneo femoral posterior: parte interior das coxas Nervos anococcígeos: entre ânus e cóccix Nervos clúnios médios: parte interna das nádegas Nervos clúnios superiores: parte média das nádegas Nervos clúnios inferiores: parte inferior das nádegas Nervos ilioinguinal e genitofemoral: monte de púbis Inervação da Vagina Apenas os 2/5 inferiores da vagina têm inervação somática. Nervo perineal profundo – ramo do nervo pudendo Conduz fibras simpáticas e viscerais Apenas essa parte inervada somaticamente é sensível ao toque e à temperatura Revisão SNC para analgesia do parto: Pia-máter: mais interna; Espaço subaracnóideo: circulação do líquor o Radículas nervosas sensitivas e motoras Ambas se juntam para formar o nervo espinhal Aracnoide-máter: média, juntamente à dura-máter Dura-máter: a mais fibrosa; Espaço epidural: mais externo; preenchimento com gordura e vasos sanguíneos Analgesia do Parto A intensidade da analgesia ou da anestesia depende do tipo de agente utilizado Analgesia: gestante tem consciência das contrações uterinas e consegue “fazer força para baixo” e, assim, ajudar as contrações e a expelir o feto. Anestesia: induz bloqueio completo da dor e das sensações e a gestante não auxilia o trabalho de parto 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Bloqueio peridural: parto participativo; Anestésico é administrado por um cateter no espaço peridural (um espaço preenchido por tecido adiposo) no nível das vértebras L III e L IV o O anestésico banha as raízes dos nervos espinais – fibras de dor do colo do útero e da parte superior da vagina, e as fibras aferentes do nervo pudendo. o Há anestesia de: canal de parto, assoalho pélvico e maior parto do peritônio (os MMII geralmente não são afetados) o As fibras de dor do corpo do útero (acima da linha de dor pélvica) ascendem até os níveis torácico inferior e lombar superior (T12-L2). o Estas e as fibras superiores a elas não são afetadas pelo anestésico, de modo que a mãe percebe as contrações uterinas. Raquianestesia: anestésico é introduzido através da dura-máter e da aracnoide com uma agulha no espaço subaracnóideo espinal, no nível das vértebras L III e L IV o Provoca anestesia completa abaixo do nível da cintura. o O períneo, o assoalho pélvico e o canal do parto são anestesiados, e as funções motoras e sensitivas dos membros inferiores, bem como a sensação das contrações uterinas, são temporariamente bloqueadas. o A raquianestesia é frequentemente utilizada para procedimentos de duração limitada, tais como a laqueadura pós-parto ou o parto por fórceps. Bloqueio do pudendo: bloqueio de nervo periférico que proporciona anestesia local nos dermátomos (S2-S4 maior parte do períneo + 2/5 da vagina) o Não bloqueia a dor da parte superior do canal de parto (colo do útero e parte superior da vagina), de modo que a mãe consegue sentir as contrações uterinas. 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1
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