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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE – UNIFEBE TAYNARA SILVA DO NASCIMENTO ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DE OBRAS CIVIS EM SUBESTAÇÃO ELÉTRICA. BAIRRO SÃO PEDRO, MUNICÍPIO DE BRUSQUE/SC BRUSQUE/SC 2018 TAYNARA SILVA DO NASCIMENTO ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DE OBRAS CIVIS EM SUBESTAÇÃO ELÉTRICA. BAIRRO SÃO PEDRO, MUNICÍPIO DE BRUSQUE/SC Relatório Final de Estágio Curricular Supervisionado I (120 horas) apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro Civil do Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE. Orientador: Prof. Esp. Diogo Visconti BRUSQUE/SC 2018 INFORMAÇÕES GERAIS ESTAGIÁRIA Nome: Taynara Silva do Nascimento Matrícula:2013200088 Endereço: Rua 10 de junho, 770 Bairro: Centro CEP: 88360-000 Cidade: Guabiruba UF: SC Fone: 47 99713-5210 Curso de Engenharia Civil Fase: 9ª (Nona) E-mail: taynara_silva@unifebe.edu.br UNIDADE CONCEDENTE Empresa: RM2 Engenharia LTDA CNPJ: 11.262.290/0001-68 Endereço: R. Des. Pedro Silva, 2816 Bairro: Coqueiros CEP: 88080-701 Cidade: Florianópolis UF: SC Fone: 48 3249-2440 PERÍODO DE REALIZAÇÃO Relatório referente ao período de 19/07/2018 a 11/10/2018 Carga horária: 120 horas ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO Coordenador do Estágio Curricular Supervisionado – Prof. Esp. Diogo Visconti Professor Orientador de Estágio – Prof. Esp. Diogo Visconti Supervisor do Campo de Estágio – Eng. Clesio Rodrigues RESUMO O presente relatório visa fortalecer a relação teoria e prática, utilizando do cotidiano e etapas da obra durante o período de estágio obrigatório de 120 horas. O estágio foi realizado em uma subestação da Celesc que está sendo executada pela empresa RM2 Engenharia. O objetivo do estágio foi o acompanhamento da execução das obras civis na instalação da subestação São Pedro Brusque. Durante o estágio a obra estava em fase inicial, com parte da limpeza e instalação do canteiro de obras concluída. Por ser uma obra de apenas 10 meses e como a empresa busca a mais alta qualidade e produtividade possível, para que a obra possa ser concluída no prazo determinado em contrato com a Celesc, foi elaborado também um controle de qualidade por meio do diário de obra. Palavras chave: Obras Civis. Subestação. Qualidade. ABSTRACT This report aims to strengthen the relationship theory and practice, using the daily and stages of the work during the mandatory 120-hour internship period. The stage was carried out in a substation of Celesc that is being executed by the company RM2 Engineering. The purpose of the internship was to monitor the execution of civil works at the São Pedro Brusque substation. During the stage the work was in its initial phase, with part of the cleaning and installation of the construction site completed. As it is a work of only 10 months and as the company seeks the highest quality and productivity possible, so that the work can be completed within the term determined in agreement with Celesc, a quality control was also elaborated through the construction journal . Keywords: Civil Works. Substation. Quality. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Limpeza do Terreno .................................................................................. 15 Figura 2: Corte .......................................................................................................... 16 Figura 3: Aterro ........................................................................................................ 16 Figura 4: Compactação ............................................................................................. 17 Figura 5: Ensaio Frasco de Areia .............................................................................. 17 Figura 6 : Valas Longitudinais e Transversais ........................................................... 18 Figura 7: Lançamento de Cabos ............................................................................... 18 Figura 8: Conexão dos Cabos ................................................................................... 19 Figura 9 – Aterramento das Hastes ........................................................................... 19 Figura 10 : Assentamento de Tubulação ................................................................... 20 Figura 11: Utilização de Tubo para Caixa de Passagem e Boca de Lobo ................ 21 Figura 12: Caixaria para Encaixe da Tampa ............................................................. 21 Figura 13: Vala de Brita ............................................................................................. 22 Figura 14: Cancha Pavimentação ............................................................................. 22 Figura 15: Colocação de Pedra de Mão .................................................................... 23 Figura 16: Execução da Base ................................................................................... 24 Figura 17: Assentamento de Meio-Fio ...................................................................... 24 Figura 18: Assentamento de Lajota ........................................................................... 24 Figura 19: Caixaria para Concretagem do Fundo da Caixa Separadora de Óleo e Armação das Ferragens ............................................................................................ 25 Figura 20: Concretagem do Fundo da Caixa Separadora de Óleo ........................... 26 Figura 21: Armação das Ferragens da Parede da Caixa Separadora de Óleo ......... 26 Figura 22: Caixaria para Parede da Caixa Separadora de Óleo .............................. 26 Figura 23: Concretagem da Parede da Caixa Separadora de Óleo .......................... 27 Figura 24: Desforma da Parede da Caixa Separadora de Óleo ................................ 27 Figura 25: Caixaria e Armação da Ferragem para Tampa da Caixa Separadora de Óleo ........................................................................................................................... 27 Figura 26: Slump Test ............................................................................................... 28 Figura 27: Corpo de Prova para Ensaio de Resistência ............................................ 28 Figura 28: Solo na Superfície .................................................................................... 29 Figura 29: Limpeza do trado...................................................................................... 30 Figura 30: Colocação da Armação ............................................................................ 31 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8 2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 9 2.1 OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................ 9 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 9 3 APRESENTAÇÃO DA OBRA ............................................................................ 10 4 PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES ............................................................... 11 4.1 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM ................................... 11 4.2 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DA MALHA DE ATERRAMENTO ..................... 12 4.3 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DRENAGEM ..................................................... 12 4.4 ACOMPANHAR A EXUCUÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO....................................... 13 4.5 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DA CAIXA SEPARADORA DE ÓLEO .............. 13 4.6 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DE ESTAQUEAMENTO ................................... 14 4.7 REALIZAR O PREENCHIMENTO DO DIÁRIO DE OBRA COM TODAS AS ATIVIDADES EXECUTADAS NO DIA. ..................................................................... 14 5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...................................................................... 15 5.1 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM ................................... 15 5.2 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DA MALHA DE ATERRAMENTO .................... 18 5.3 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DRENAGEM ..................................................... 20 5.4 ACOMPANHAR A EXUCUÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO ....................................... 22 5.5 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DA CAIXA SEPARADORA DE ÓLEO .............. 25 5.6 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DE ESTAQUEAMENTO ................................... 28 5.7 REALIZAR O PREENCHIMENTO DO DIÁRIO DE OBRA COM TODAS AS ATIVIDADES EXECUTADAS NO DIA. ..................................................................... 31 6 COMENTÁRIOS E RECOMENDAÇÕES ........................................................... 32 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 33 ASSINATURAS .................................................................................................................................. 34 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 35 8 1 INTRODUÇÃO O relatório com base no estágio de 120 horas realizado, entre os dias 19 de julho e 11 de outubro, em uma subestação da Celesc que está sendo executada pela empresa RM2 Engenharia, dá enfoque ao acompanhamento da execução das obras civis na instalação da subestação São Pedro Busque. Tendo como suporte as normas e conhecimento da própria construtora que tem atuação nas áreas de energia de baixa, média e alta tensão, abrangendo todas as etapas de projeto à execução das obras, formada por profissionais com larga experiência no setor de infraestrutura e construção de obras de energia e com formações nas áreas de engenharia elétrica e civil, se tornou possível unir teoria e a prática para melhor aprendizado do estagiário sobre as técnicas e gestão da execução das obras civis na subestação. Neste período do estágio, a obra estava no início. A obra contava com um total de 7 funcionários trabalhando dentro canteiro de obras executando diferentes serviços, e 3 funcionários na área administrativa no canteiro, o gestor e o engenheiro responsável nem sempre estavam presentes na obra. Desta forma, para melhor controle do engenheiro, o estagiário era responsável por acompanhar todas as atividades realizadas no dia e preencher o diário de obra sobre a produtividade e qualidade das atividades executadas. Sendo assim, este relatório de estagio visa mostrar um pouco do dia-a-dia dos 7 colaboradores diretamente envolvidos com as etapas de execução das obras civis. Ademais, o relatório também busca apresentar as situações adversas que podem surgir e como a experiência profissional pode e deve ajudar nas decisões a serem tomadas. 9 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Acompanhar execução de obras civis na instalação da subestação elétrica do Bairro São Pedro, município de Brusque/SC. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Acompanhar a execução das seguintes atividades: Terraplanagem, Malha de Aterramento, Drenagem, Pavimentação, Caixa separadora de Óleo e Estaqueamento. Elaborar Diário de Obras. 10 3 APRESENTAÇÃO DA OBRA A obra em questão é uma subestação (SE) da Celesc, que é um conjunto de equipamentos de manobra e transformação e ainda eventualmente de compensação de reativos usado para dirigir o fluxo de energia em sistema de potência e possibilitar a sua diversificação através de rotas alternativas, possuindo dispositivos de proteção capazes de detectar os diferentes tipos de faltas que ocorrem no sistema e de isolar os trechos onde estas faltas ocorrem. A subestação será construída em um terreno de aproximadamente 5090,72m2, mas com área disponível de 3662,02 m², descontando uma Área de Preservação Permanente existente no local. O terreno está situado na Rua São Pedro, bairro São Pedro na cidade de Brusque-SC, onde serão instalados um banco de capacitores (BC) os barramentos 138kV (24 metros), duas entradas de linha (EL) de 138kV, uma conexão de transformador (CT) 138kV, um transformador 138kV (TT1) de 26MVA, uma conexão de transformador (CT) 23kV, um banco de capacitores (BC) 23kV e cinco alimentadores 23kV. A subestação irá operar com a infraestrutura necessária através do seccionamento da linha de transmissão (LT) 138 KV Brusque – Brusque Rio Branco. Tratando-se de uma etapa de implantação de subestação, será necessária a construção de toda a infraestrutura envolvendo os serviços de terraplanagem, construção da rede de drenagem do terreno, colocação de brita, malha de aterramento, arruamento parcial, instalação de muros e portão de acesso, etc. Iniciada em julho 2018, a subestação tem previsão de entrega para março de 2019. 11 4 PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES ATIVIDADES HORAS Auxiliar na execução da terraplanagem 15 horas Acompanhar a execução da malha de aterramento; 30 horas Fiscalizar a execução da drenagem; 10 horas Observar a execução da pavimentação; 10 horas Acompanhar a execução da Caixa separadora de Óleo; 15 horas Monitorar a execução de estaqueamento; 10 horas Realizar o preenchimento do diário de obra com todas as atividades executadas no dia. 30 horas Total: 120 horas 4.1 AUXILIAR NA EXECUÇÃO DA TERRAPLANAGEM - Identificar o funcionário (s) responsável pela tarefa; - Verificar se os equipamentos mobilizados são aqueles relacionados na proposta da Contratada para realização do serviço; 12 - Analisar as condições de manutenção e conservação dos equipamentos, não podendo apresentar vazamentos de óleos ou combustíveis que venham contaminar o meio ambiente; - Verificar, antes do início dos serviços, a existência da licença emitida pelo órgão competente e suas condicionantes para o desmatamento da área; - Acompanhamento do topografo na locação do quadrilátero da subestação; - Acompanhamento da escavação do terreno natural até a cota de terraplenagem indicada no projeto; - Verificar se material rejeitado proveniente da área de corte está sendo conduzido para local apropriado (bota-fora); - Verificar se o material utilizado no aterro é um material de qualidade; - Acompanhar o aterro até a cota de terraplenagem indicada no projeto; - Acompanhamento da compactação; - Acompanhamento dos ensaios do solo realizado por uma empresa terceirizada; - Verificar as cotas de nível e alinhamento; - Identificar o progresso e as dificuldades para a realização das atividades. 4.2 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DA MALHA DE ATERRAMENTO - Identificar os funcionários que estão realizando o trabalho; -Verificar se as valetas estão sendo escavadas com largura máxima de 20 cm e profundidade de 60 cm e periferia com 1,50 m de acordo com indicação do projeto; - Conferir se a bitola dos cabos utilizados está de acordo com o projeto; - Verificar a localização e fixação das hastes de aterramento e rabichos; - Verificar se a conexão a compressão cabo-haste está sendo feita corretamente; - Identificar o progresso diário e as dificuldades para a realização das atividades. 4.3 FISCALIZAR A EXECUÇÃO DADRENAGEM - Identificar o funcionário (s) responsável pela tarefa; - Acompanhamento de escavações das valetas nas larguras e profundidades indicadas no projeto, iniciadas de jusante para montante; - Verificar se a locação e as dimensões dos tubos estão de acordo com o projeto. - Identificar se está sendo feito o colchão de assentamento para o tubo; 13 - Verificar se os tubos estão devidamente assentados dentro das cavas; - Verificar se as bolsas dos tubos estão voltadas para montante. - Verificar a locação, dimensões e qualidade do acabamento das caixas de passagem e bocas de lobo; - Verificar o nível de cota; - Identificar o progresso diário e as dificuldades para a realização da atividade. 4.4 OBSERVAR A EXUCUÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO - Identificar o funcionário (s) responsável pela tarefa; - Acompanhamento da regularização do leito e conformação da área a ser pavimentada, tanto em perfil longitudinal como em transversal com o material do próprio subleito e compactado; - Acompanhamento do lançamento de pedra de mão para reforço de base, de cascalho para a base; - Acompanhamento do assentamento de lajotas; - Verificar se as alturas de reforço de base, base e revestimento conforme projeto; - Toda camada deverá ser protegida e controlada para evitar que materiais terrosos venham a se misturar com ela, causando assim um aspecto desagradável e possível borrachudo. - Identificar o progresso diário e as dificuldades para a realização da atividade. 4.5 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DA CAIXA SEPARADORA DE ÓLEO - Identificar o funcionário (s) responsável pela tarefa; - Acompanhar a execução das formas para concretagem; - Verificar as ferragens e amarrações; - Verificar resistência do concreto; - Acompanhamento da concretagem; - Acompanhamento da desforma; 14 4.6 MONITORAR A EXECUÇÃO DE ESTAQUEAMENTO - Identificar o funcionário (s) responsável pela tarefa; - Acompanhar locação dos elementos de fundação com a equipe de topografia; - Acompanhar a perfuração das estacas; - Verificar resistência do concreto; - Acompanhamento da concretagem das estacas; - Acompanhamento da Instalação da armação. 4.7 REALIZAR O PREENCHIMENTO DO DIÁRIO DE OBRA COM TODAS AS ATIVIDADES EXECUTADAS NO DIA. - Fazer a anotação de forma sistemática e diária quanto a todos os pontos citados anteriormente. 15 5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 5.1 AUXILIAR NA EXECUÇÃO DA TERRAPLANAGEM A terraplanagem é uma das primeiras etapas de qualquer obra, também chamada de “terraplenagem”. É um procedimento corriqueiro que marca o início das operações nos terrenos que vão receber um empreendimento. Para dar início a terraplanagem, iniciou-se a locação da obra por meio da topografia, tal serviço que foi executado por uma empresa terceirizada. Utilizando a estação total o topografo fez os levantamentos das seções preliminares consistindo no nivelamento do terreno, efetuado o piqueteamento nos sentidos longitudinal e transversal que serão utilizados como eixo para as futuras construções. Para área de corte foi cravado piquetes e estacas testemunhas de 10,00 em 10,00m ao longo do perímetro, sobressaindo de 20 a 30cm acima do nível do terreno. A cota a ser escavada em relação à cota de projeto de instalação foi gravada com tinta vermelha. Já para área de aterro Nos “offsets” do perímetro do aterro, foram fixadas as cruzetas e indicadas as cotas finais com tinta vermelha. Após a topografia foi realizado a limpeza e raspagem do terreno (Figura 1). Respeitando a área de APP que se encontra nos fundos do terreno, a limpeza consistiu no corte, ao nível do terreno, de toda a vegetação, extração de todos os tocos, troncos enterrados e árvores. A raspagem consiste na remoção, carga e transporte de camada superficial do terreno, composto de terra vegetal, matérias orgânicas, raízes, grama e outros materiais inconvenientes das áreas de escavação, esses materiais são levados para local de bota-fora devidamente licenciado. Figura 1: Limpeza do Terreno Fonte: Produzido pela Autora 16 Realizado a limpeza e raspagem se deu início ao processo de corte e aterro. Por conta do terreno ter um solo ruim, que popularmente conhecido ali era um bota- fora da prefeitura, foi necessário fazer a retirada de aproximadamente 273m³ de solo (Figura 2). A região onde o terreno se encontra também é conhecida por obter alagamentos, devido a isso a empresa optou por deixar o terreno um pouco mais alto que o nível da rua, utilizando aproximadamente 2394m³ de solo para o aterro (figura 3). Figura 2: Corte Fonte: Produzido pela Autora Figura 3: Aterro Fonte: Produzido pela Autora Vale ressaltar que todo o material retirado foi encaminhado ao bota-fora licenciado e todo material recebido para o aterro foi pedido ensaio de compactação e Índice de Suporte Califórnia. Com o aterro também vem a parte da compactação (Figura 4), que foi realizada conforme a NBR 5681/98 que diz, que as operações de lançamento, 17 homogeneização, umedecimento ou areação e compactação do material tenha a espessura de no máximo 30 cm e que para a execução da compactação as camadas devem estar na umidade ótima conforme indicado no ensaio de compactação. Figura 4: Compactação Fonte: Produzido pela Autora Depois da realização da compactação realizou-se o ensaio frasco de areia para verificar a porcentagem que o solo esta compactado, este trabalho foi terceirizado (figura 5). Figura 5: Ensaio Frasco de Areia Fonte: Produzido pela Autora É importante lembrar que a base da obra dará sustentação para as construções, por isso, o responsável pela terraplenagem necessita de conhecimento técnico e também deve ser feito o estudo do solo. Base é tudo. 18 5.2 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DA MALHA DE ATERRAMENTO A malha de aterramento é um sistema de proteção das possíveis futuras descargas de energia. Para dar início a execução da malha de aterramento, iniciou-se a escavação das valetas longitudinais e transversais (Figura 6), ambas com distância de 4,50 m, largura máxima de 20 cm e profundidade de 60cm, estas que iram receber o lançamento dos cabos de cobre com bitola de 95mm² (Figura 7). Figura 6 : Valas Longitudinais e Transversais Fonte: Produzido pela Autora Figura 7: Lançamento de Cabos Fonte: Produzido pela Autora Posteriormente inicia-se a abertura das valetas periféricas, executada ao redor do terreno, ficam a 1 metro de distância do limite do terreno, no intuído de fazer a 19 ligação de todos os cabos, permitindo o fechamento da malha. A vala periférica possui largura máxima de 20cm e profundidade de 1,50m. Existe diversas formas de executar as conexões da malha de aterramento, porem a utilizada nesta subestação foi a prensada (Figura 8). Utilizando um prensador manual o funcionário realiza a conexão dos cabos. Figura 8: Conexão dos Cabos Fonte: Produzido pela Autora Foram aterradas 78 hastes, dentre essas foram feitas as conexões prensada de cabos/Haste para as aterramento do neutro do transformador e para-raios (Figura 9).Figura 9 – Aterramento das Hastes Fonte: Produzido pela Autora 20 Na execução da malha de aterramento obteve-se alguns problemas, por exemplo a metodologia de execução que a Celesc exigia estava errada, assim acarretando que a empresa tivesse que comprar mais conectores, para os rabichos que teriam que ser feito. Também ocorreram alguns problemas na abertura da vala periférica devido a sua profundidade a mesma acabava por ter contato com o solo natural do terreno, e mesmo com o trabalho de terraplenagem houve alguns deslizamentos. 5.3 FISCALIZAR A EXECUÇÃO DA DRENAGEM A drenagem é o ato de escoar as águas. As águas oriundas de chuvas ao atingir a superfície tomam rumos diferentes, parte delas se infiltram e outras acabam por ficar empoçadas na superfície, para evitar esses empoçamentos é preciso que seja efetuado um sistema de drenagem. Na execução da drenagem da subestação foram utilizados tubos porosos de DN de 20cm, tubos de concreto de DN de 40 e 50cm, meia canaleta de DN de 20 cm. O sistema consiste no emprego de tubos, caixa de passagem, boca de lobo e valas com brita. Para dar início ao assentamento dos tubos foram aberto as valas, feito um colchão de areia e colocação de tabuas para melhor assentar os tubos. Os tubos eram de encaixe ponta e bolsa e nos encaixes era colocado manta geotêxtil (Figura 10). Figura 10 : Assentamento de Tubulação Fonte: Produzido pela Autora 21 Na execução das caixas de passagens e boca de lobo utilizou-se tubos de DN de 1,50m, para obter rapidez na execução já que seu emprego nada afetaria no desempenho das mesmas (Figura 11). Para encaixar as tampas foi feito uma caixaria quadrada ao redor do tubo e concretado (Figura 12). Figura 11: Utilização de Tubo para Caixa de Passagem e Boca de Lobo Fonte: Produzido pela Autora Figura 12: Caixaria para Encaixe da Tampa Fonte: Produzido pela Autora A valas de britas foram executadas em cima da tubulação para que as mesmas tenham um melhor desempenho (Figura 13). 22 Figura 13: Vala de Brita Fonte: Produzido Pela Autora 5.4 OBSERVAR A EXUCUÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO Pavimentação é uma estrutura de múltiplas camadas construída sobre a terraplenagem, técnica e economicamente destinada a receber esforços oriundos do tráfego que ocorrerá na subestação. A abertura da cancha e regularização da mesma é o primeiro passo para dar início a execução da pavimentação (figura 14). Figura 14: Cancha Pavimentação Fonte: Produzido pela Autora 23 Posteriormente realizou-se a execução da sub-base, que fica entre o subleito e a camada de base. O material utilizado para esse serviço foi a pedra de mão, que é um material de boa capacidade de suporte (Figura 15). O projeto trazia que deveria ser utilizado 25 cm desse material compactado, porem ao analisar que o solo do terreno não era de boa qualidade, conforme já citado anteriormente, optou-se por utilizar 35 cm compactado. Figura 15: Colocação de Pedra de Mão Fonte: Produzido pela Autora Após a execução da sub-base inicia-se a execução da base, que fica abaixo do revestimento, fornecendo suporte estrutural. Sua rigidez alivia as tensões no revestimento e distribui as tensões nas camadas inferiores. Foi utilizado 15cm de cascalho neste serviço (Figura 16). 24 Figura 16: Execução da Base Fonte: Produzido pela Autora Em seguida foi colocado 10 cm de areia formando um colchão para o assentamento de meio-fio (Figura17) e lajota (Figura 18). Figura 17: Assentamento de Meio-Fio Fonte: Produzido pela Autora Figura 18: Assentamento de Lajota Fonte: Produzido pela Autora 25 Na execução deste serviço é preciso tomar muito cuidado para que toda camada seja protegida e controlada para evitar que materiais terrosos venham a se misturar com ela, causando assim um aspecto desagradável e possível borrachudo. 5.5 ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DA CAIXA SEPARADORA DE ÓLEO A finalidade da caixa separadora de óleo é efetuar a separação e armazenamento de óleo, proveniente de eventuais vazamentos de transformadores e reguladores de tensão, recolhidos na bacia de captação e transferência das fundações dos equipamentos, impedido que venham a ocorrer danos ambientais, nas áreas vizinhas e nos mananciais próximos às instalações. Para dar início a execução da caixa separadora de óleo escavou-se aproximadamente 3,00 metros de profundidade. Após a escavação foi feito a regularização do solo e execução da caixaria para efetuar a armação das ferragem (Figura 19) e concretagem do fundo da caixa (Figura 20). Figura 19: Caixaria para Concretagem do Fundo da Caixa Separadora de Óleo e Armação das Ferragens Fonte: Produzido pela Autora 26 Figura 20: Concretagem do Fundo da Caixa Separadora de Óleo Fonte: Produzido pela Autora Após a concretagem foi dado início a execução das amarrações das ferragens para as paredes (Figura 21), logo em seguida realizado a execução da caixaria para as paredes (Figura 22) ao fim dessas atividades a mesma foi concretada (Figura 23). Figura 21: Armação das Ferragens da Parede da Caixa Separadora de Óleo Fonte: Produzido pela Autora Figura 22: Caixaria para Parede da Caixa Separadora de Óleo Fonte: Produzido pela Autora 27 Figura 23: Concretagem da Parede da Caixa Separadora de Óleo Fonte: Produzido pela Autora Após dois da concretagem iniciou-se a desforma das paredes da caixa separadora de óleo (Figura 24), para que fosse possível dar início a caixaria da tampa e a armação das ferragens (Figura 25), finalizando com a concretagem da mesma. Figura 24: Desforma da Parede da Caixa Separadora de Óleo Fonte: Produzido pela Autora Figura 25: Caixaria e Armação da Ferragem para Tampa da Caixa Separadora de Óleo Fonte: Produzido pela Autora 28 Por fim é realizado a desforma da tampa e a caixa está pronta. Vale ressaltar que todo concreto utilizado na execução da caixa separadora de óleo passou por ensaio de slump Test (Figira 26) e também de resistência do concreto com o auxílio de corpos de prova moldados in loco (Figura 27). Figura 26: Slump Test Fonte: Produzido pela Autora Figura 27: Corpo de Prova para Ensaio de Resistência Fonte: Produzido pela Autora 5.6MONITORAR A EXECUÇÃO DE ESTAQUEAMENTO O estaqueamento foi realizado por meio de estaca Hélice continua, que é um tipo de fundação profunda realizada com equipamento de trado helicoidal contínuo que efetua a concretagem da estaca simultaneamente à retirada do solo. 29 Por ser uma estaca escavada, não causa vibrações nos terrenos adjacentes evitando problemas que possam incomodar a vizinhança. Este tipo de estaca apresenta ainda grande velocidade de execução e uma menor geração de ruídos e sujeiras no canteiro de obras e por conta de ser monitorada por equipamentos eletrônicos acaba por garantir um maior controle na execução gerando mais segurança dos elementos da fundação. O primeiro passo que se deu foi locação das estacas, feita por profissionais de topografia. Para que a movimentação das maquinas não retirasse a marcação, foi utilizado pequenas barras de ferro, afundadas cerca de 50 cm no solo. Para iniciar a execução da estaca hélice continua é necessário que o trado já esteja ajustado para o tamanho da estaca, na obra foram utilizado dois tamanhos de estacas de diâmetro de 30 e 40 cm e altura variando de 10 a 17 m. É necessário que antes do trado dar início a primeira escavação da estaca do dia seja feita a lubrificação da sua tubulação, para isso utiliza-se o próprio concreto, para realizar essa tarefa é feita a abertura da ponta do trado para liberação do concreto e logo depois ela é fechada, para dar início a escavação. Conforme foi avançando a perfuração a hélice foi levantando o solo escavado para superfície (Figura 28). Figura 28: Solo na Superfície Fonte: Produzido pela Autora https://www.escolaengenharia.com.br/tipos-de-estacas-para-fundacao/ https://www.escolaengenharia.com.br/canteiro-de-obras/ 30 Quando o tardo atingia a altura deseja em projeto o operador da perfuratriz começava a remover o trado do orifício. Simultaneamente, o concreto era sendo lançado pelo duto que passa no centro da hélice. Era a hora também de os operários removerem do trado o solo aderido (Figura 29). Figura 29: Limpeza do trado Fonte: Produzido pela Autora Para garantir o preenchimento completo da estaca, a pressão do concreto assim como a velocidade de perfuração e de remoção do trado, foi controlada continuamente pelo operador, é ele também quem dava o sinal para dar o início e o termino da concretagem. Após a remoção do trado, a perfuratriz se afasta e os operários faziam limpeza do local, essa etapa é bastante importante pois é feito a limpeza do concreto contaminado, como o bloco de fundação ainda será executado, quanto mais concreto for retirado nesse momento, melhor, pois facilita o futuro arrasamento da estaca. Com a escavação finalizada e o fuste preenchido de concreto, iniciou-se a colocação da armação. Por não ser uma altura muito elevada os próprios operários faziam o levantamento e a colocação das armações (Figura 30). 31 Figura 30: Colocação da Armação Fonte: Produzido pela Autora Foram perfuradas 76 estacas e o trabalho foi todo terceirizado. 5.7 REALIZAR O PREENCHIMENTO DO DIÁRIO DE OBRA COM TODAS AS ATIVIDADES EXECUTADAS NO DIA. O diário de obra era basicamente resume todos os tópicos mencionados acima de forma resumida em um formulário preenchido a mão, a fim de manter o engenheiro diariamente atualizado. Assim, ao final de cada tarde, todas as informações constatadas pelo estagiário durante os acompanhamentos e verificações de qualidade eram rascunhadas. Estas informações foram anotadas diariamente durante as 2horas realizadas pela tarde de cada um dos 60 dias de estágio. Este arquivo era diariamente escaneado enviado por e-mail ao engenheiro responsável. 32 6 COMENTÁRIOSE RECOMENDAÇÕES Por conta do ritmo acelerado da obra e das muitas atividades sendo executadas simultaneamente pois a obra era de apenas 10 meses, algumas vezes a execução de uma dessas atividades acaba ficando tendenciosa ao erro. Por exemplo a malha de aterramento teve de ser cortada em alguns locais para a execução do estaqueamento, gerando assim erro de compatibilização de projeto e também de execução. O ponto a ser melhorado é na organização e limpeza da obra. 33 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS A matéria de estágio obrigatório realizada na faculdade de engenharia civil, se cumprido da forma corretamente, são de grande importância para a formação do acadêmico. Por meio do estágio realizado na obra de subestação elétrica executada pela empresa RM2 Engenharia, como uma das atividades desenvolvidas pelo estagiário estava em realizar o diário de obras. No período de realização do acompanhamento da construção, o acadêmico acompanhou a execução da terraplenagem, outras atividades desenvolvidas foram o acompanhamento da execução da drenagem, caixa separadora de óleo, pavimentação e estaqueamento. Com esse período presente na execução de uma construção, o acadêmico pode vivenciar o dia a dia de obra de um engenheiro, e já lidar com algumas responsabilidades sendo corresponsável pela obra, agregando muito conhecimento ao mesmo. Considera-se que o objetivo geral e objetivos específicos definidos no programa de estágio e indicados neste relatório foram atingidos. 34 ASSINATURAS 35 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5681: Controle tecnologico da execucao de aterros em obras de edificacoes- Procedimento. Rio de Janeiro, 1980. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Brasília, 2016. BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18: condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Brasília, 2008. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 35: trabalho em altura. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 2012. RM2 Engenharia. A Empresa: Conheça nossa história. Disponível em: <https://www.rm2engenharia.com.br/a-empresa >. Acesso em: 20 Outubro. 2018.
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