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Tarefa 3 Para fins fiscais, o final do ano de uma empresa é 31 de dezembro. Um final de ano diferente para fins corporativos / contábeis é irrelevante. Com poucas exceções, as entidades corporativas, incluindo aquelas controladas por estrangeiros, devem apresentar uma declaração de imposto anual consolidando os resultados mensais do ano civil anterior. Essa declaração de imposto normalmente deve ser apresentada até o final de julho seguinte ao ano fiscal que termina em 31 de dezembro. No caso do imposto de renda, geralmente é calculado mensalmente, e os pagamentos geralmente devem ser cobrados e pagos até o último dia útil do mês subsequente. Quaisquer valores de imposto de renda devidos para o ano (excedendo os pagamentos realizados) devem ser pagos até o último dia útil de março do ano subseqüente (CASSONE, 2016). Existe a opção de pagar o imposto devido ao final de cada trimestre em três parcelas, a primeira a partir do mês subsequente ao final do trimestre. Quando o imposto de renda é calculado trimestralmente, o contribuinte deve efetuar o pagamento aplicável até o último dia útil do mês subseqüente ao final do trimestre. Existem muitos outros impostos aplicados no Brasil com diferentes datas de vencimento estabelecidas pela legislação nacional (CASSONE, 2016). Cabe ressaltar que, em caso de dúvida sobre o procedimento tributário correto a ser adotado em uma situação específica, os contribuintes podem consultar a RFB. A partir da data de sua publicação, a consulta tem um efeito vinculativo dentro da RFB e é capaz de apoiar quaisquer reclamações feitas por diferentes contribuintes em situações semelhantes (mesmo que não seja a própria parte consultora). No entanto, as autoridades fiscais, durante um procedimento de inspeção, podem verificar se o padrão de fato é de fato semelhante ou não. Em outras palavras, é possível aplicar os resultados da consulta a outros contribuintes sem relação com a parte que originalmente fez a solicitação de consulta; no entanto, isso não impedirá a possibilidade de ser contestado pelas autoridades fiscais locais durante o processo de confirmação (GITMAN, 2012). As autoridades fiscais geralmente podem auditar os contribuintes até cinco anos após o encerramento do ano fiscal. Há um debate sobre o momento em que esse período de cinco anos começa, dependendo do tipo de imposto considerado e de determinadas situações. Certos impostos e obrigações trabalhistas específicos têm um prazo maior de prescrição. Deve-se notar que, ao longo dos anos, o Brasil aplicou uma abordagem de 'forma sobre substância'. No entanto, em 10 de janeiro de 2001, a Lei Complementar 104/2001 introduziu uma modificação substancial no Código Tributário Brasileiro (a chamada regra anti-evasão). Essa lei estabelece uma abordagem de substância sob forma que, uma vez regulamentada, pode permitir que a RFB desconsidere transações baseadas em impostos. Embora a Lei Complementar 104/2001 ainda não tenha sido regulamentada, em nossa prática local, vimos que as autoridades fiscais desejam garantir que os contribuintes tenham substância econômica em suas operações (por exemplo, o uso de entidades de propósito específico para permitir a amortização do ágio para fins fiscais) no Brasil) (GITMAN, 2012). Nesse contexto, de acordo com o proposto no portfólio, foi realizado a auditoria e foram designados, apoiados pela controladoria, na condição de auditores, para revisar a parte do imposto de renda da empresa Imunovita SA. A controladoria disponibilizou o acesso aos controles internos com os cálculos de imposto de renda e as demonstrações contábeis, como a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). A determinação dos erros de procedimentos que a auditoria identificou no que tange a base de cálculo do imposto de renda. Observou-se, de acordo com o Quadro 1, que a empresa havia apurado o Lucro Real da seguinte forma: Quadro 1 – Lucro Real apurado Lucro operacional antes do imposto de renda 486.500 (+) Inclusões diversas (incluindo multas por infrações fiscais) 42.000 (-) Exclusões (Despesas dedutíveis) 178.500 Lucro Real – calculado pela empresa 350.000 Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. Nota-se que para valor do lucro real calculado inicialmente pela empresa está correto, ou seja, o valor do lucro real é de 350.000. Em um segundo momento, a empresa calculou o imposto de renda da seguinte forma: Quadro 2 – Cálculo do imposto de renda Lucro Real 350.000 Taxa de imposto de renda 25% Imposto de Renda calculado 87.500 Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. O valor do imposto com base no lucro real de 350.000 está correto, a base é de 350.000 e com 25% de taxa de imposto de renda o imposto devido fica no valor de 62.355. Porém, com base no DRE apresentado pela empresa, todos os valores para apuração do imposto de renda estão errados, segue abaixo o DRE para análise e logo abaixo o novo cálculo apresentado pela auditoria. Quadro 3 - DRE Receita Bruta de Vendas 1.000.000 (-) Deduções, Abatimentos e Impostos (52.000) Receita Líquida de Vendas 948.000 (-) Custos das Mercadorias Vendidas (325.000) Lucro Bruto 623.000 (-) Despesas com Vendas (29.500) (-) Despesas Gerais e Administrativas (107.000) (+) Outros ganhos 250.000 Lucro Antes do Imposto de Renda 736.500 (-) Imposto de Renda (87.500) Lucro Líquido do Exercício 649.000 Fonte: Elaborado pelo autor, 2021. A Auditoria calculou o imposto de renda da seguinte forma: Quadro 4 – Cálculo do imposto de renda Lucro operacional antes do imposto de renda 736.500 (+) Inclusões diversas (incluindo multas por infrações fiscais) 42.000 (-) Exclusões (Despesas dedutíveis) (178.500) Lucro Real – calculado pela empresa 600.000 Lucro Real 600.000 Taxa de imposto de renda 25% Imposto de Renda calculado 150.000 Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. A empresa calculou o imposto de renda com o lucro de 350.000 com taxa de 25% no total de 87.500 No entanto a auditoria encontrou um lucro antes do imposto de renda de 736.500. Para uma taxa de 25 % ________ 736.500 - 100 % X - 25 % X= 184.125 Então o imposto correto é 184.125, uma diferença de 184.125 – 87.500 = 96.625 => valor não calculado para o imposto de renda. O DRE corrigido fica conforme abaixo: Quadro 5 – DRE Receita Bruta de Vendas 1.000.000 (-) Deduções, Abatimentos e Impostos (52.000) Receita Líquida de Vendas 948.000 (-) Custos das Mercadorias Vendidas (325.000) Lucro Bruto 623.000 (-) Despesas com Vendas (29.500) (-) Despesas Gerais e Administrativas (107.000) (+) Outros ganhos 250.000 Lucro Antes do Imposto de Renda 736.500 (-) Imposto de Renda (184.125) Lucro Líquido do Exercício 552.375 Fonte: Elaborado pelo autor, 2021. . A auditoria levou em consideração o cálculo do lucro real conforme inclusões diversas e exclusões resultando logo após a taxa do imposto de renda de 25% e com o valor de 184.125, deduzindo do lucro antes do imposto de renda, o lucro líquido do exercício ficou em 552.375,00. No Quadro 6 apresenta-se o comparativo entre o realizado pela auditoria e pela empresa. Quadro 6 – Quadro comparativo de valores Auditoria x Empresa Cálculo pela auditoria 184.125,00 (-) Cálculo pela empresa 87.500 Imposto de renda devido 96.625,00 Lançamentos contábeis de ajuste: D: Despesa de imposto de renda – R$62.250,00 C: Provisão para imposto de renda – R$62.250,00
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