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METABOLISMO ÓSSEO Os principais distúrbios envolvendo o metabolismo ósseo são o hiperparatireoidismo, o hipoparatireoidismo e a osteoporose. O osso está sempre em processo de formação. A massa óssea tem como funções: • Sustentação do corpo, • Locomoção, • Proteção dos órgãos intracavitários • Promoção de um ambiente para hematopoiese • Equilíbrio mineral do cálcio, fósforo e magnésio • Equilíbrio ácido básico • Produtor de hormônio (FGF-23): relacionado com fosfatúria, alguns tipos de raquitismo tem excesso desse hormônio, liberando muito fósforo. Constituintes de massa óssea: → Compartimento orgânico(20-40%) • Proteínas (colágeno 80-90%): são responsáveis pela flexibilidade, organização da matriz óssea, absorção das forças de impacto, mineralização e remodelamento ósseo. • Lipídeos → Compartimento mineral (50-70%) • Cálcio e fósforo (cristais de hidroxiapatita): parte mineral é responsável pela rigidez. Além disso, ainda existe a água, que é importante para nutrição, fluxos de íons e manutenção da matriz proteica. Formação e reabsorção óssea → Modelação e remodelação: a modelação predomina até o término do crescimento (crescimento e mudança de forma). Já a remodelação predomina após o crescimento (renovação óssea). Esses dois processos estão sob comando do sistema nervoso central e imunológico. *leptina envolvida. → Pico de massa óssea: quantidade de tecido ósseo presente no final da maturação esquelética (20 anos). - Fator nutricional: cálcio e vit D. Exercício físico. Fator genético. -Osso cortical: perda após o período perimenopausal na mulher e após os 50 anos no homem. -Osso trabecular: perda após os 30 anos. O aumento do pico de massa óssea ocorre bem no momento que a criança faz o estirão (adquirindo a massa óssea). Nesse pico o osso fica um pouco mais fragilizado, possibilitando maior chance de fraturas. → Determinantes de massa óssea: • Fatores genéticos • Fatores hormonais: IGF-1, IGF-2, GH, PTH, PTHrp, TSH, T3, leptina, andrógenos, estrógenos,glicocorticoides, vit D e fator de crescimento do fibroblasto. • Fatores ambientais: -Carga mecânica: osteócitos produzem esclerotina (inibição dos osteoblastos e estímulo a osteoclastogênese) na ausência de impacto ou carga mecânica). A esclerostina acaba afetando a formação óssea, fazendo com que predomine osteoclastos, tem mais absorção que formação. Por isso que pessoas acamadas tem maior chance de perda de massa óssea. -Nutrição: cálcio. Células Ósseas • Osteoblastos (4-6%): formação do osso (sintetizam e depositam matriz orgânica). Quando entra numa lacuna óssea, que faz todo processo de formação proteica e mineralização, sofre transforrmaçãoes, • Osteoclastos (1-2%): promovem reabsorção óssea. • Osteócito (90-95%): derivados dos osteoblastos, funcionam como uma extensa rede mecanossensora transformando estímulos mecânicos em estímulos bioquímicos que modulam o processo de formação e reabsorção óssea. É a célula mais abundante no esqueleto e permanece por mais tempo. Em resumo: os osteoblastos e osteócitos fazem a formação óssea, e os osteoclastos fazem reabsorção óssea. → Via de diferenciação do osteoclasto: • Células mononucleadas- diferenciação em pró-osteoclastos- junção destas células com formação de osteoclasto maduro • RANK-L: principal efetor da diferenciação dos osteoclastos. Produzido pelos osteoblastos e osteócitos- ativa o receptor transmembrana RANK (família TNF) presente nos osteoclastos. • Osteoprotegerina: proteína sintetizada pelos osteoblastos capaz de decodificar o RANK- L . -Via RANK- RANK-L: Fusão de precursores de osteoclastos (ativação e sobrevida) Indução de catepsina K e fosfatase ácida resistente ao tartarato A célula principal é o osteoclastos. Vem de progenitor da linhagem mieloide hematopoietica, é ativado, se junta com outro osteoclastos, forma célula gigante e se deposita em cima do osso. Faz adesão forte e por anidrase carbônica, pega gas carbonico e água, e junto com cloreto deixa meio ácido e tem reabsorção, liberando calcio pra circulação. Esse processo depende de uma proteína RANK-Ligante, que se liga no receptor no osteoclasto, fazendo com que ele seja ativado. O osteócito que ativa essa proteína, por isso ele que comanda. Osteoprotegerina, liberada também pelo osteocito, se liga também ao RANK ligante, se já ta bom de reabsorção inibe o RANK. Acoplado a esse processo, tem o depósito de osteoblasto, que faz deposição de matriz ossea, e depois viram osteócitos. Pra esse processo de ativação tem as moléculas de RANK ligante, se ligam no receptor RANK, e osteogenina, que inibe isso. Fatores reguladores do processo: • Citocinas: TGF beta (estimula osteoprotegerina) • PTH (aumento RANK-L e diminui osteoprotegerina) • Estrógenos (aumenta osteoprotegerina) • Vit D: aumenta RANK-L. Faz mineralização (aumenta absorção Ca) • Glicocorticoides (aumenta RANK-L e diminuem osteoprotegerina) • TNF-alfa: aumenta RANK-L. → Via de ativação de osteoblasto: Recrutamento de células precursoras mesenquimais-ação da Proteína formogênica óssea- progenitores osteoblásticos- fator de transcrição relacionado ao Runt-2 e colágeno tipo-1. Ação do PTH (expressão de FA), IGF-1 e prostaglandina-2 . Expressam osteocalcina, colagenases e sialoproteínas. Mineralização da matriz e aprisionamento de osteoblastos em suas cavidades diferenciando-se em osteócitos. Outros osteoblastos- apoptose ou depósito lineares superficiais funcionando como barreira iônica. → Via de regulação de osteoblastos: quando é liberada estimula formação do osteoblastos. Via canônica Wnt/Beta-catenina: capaz de regular a expressão gênica- localiza-se na membrana celular- ativação estimula a diferenciação e proliferação de osteoblastos. Função do PTH e da Vit D → PTH: é formado nas células da paratireoide (pré-pró-hormônio), apresenta 84 aminoácidos na sua forma ativa (1-34 porção aminoterminal). É responsável pela homeostase do cálcio atuando principalmente no tecido ósseo e rins (produção de AMP cíclico-processo dependente de Mg++) • Secreção: regulada pelo receptor de cálcio expresso na célula da paratireoide ( níveis de cácio e 1,25-(OH)2 vitD • PTH liberado ativa receptores nos osteoblastos: estimulando a reabsorção óssea liberando cálcio e fósforo para a circulação, reabsorção de cálcio pelas células dos túbulos contorcidos distais renais e estimula a ação da 1alfa-hidroxilase. Sempre que tiver queda de cálcio no sangue, o PTH tira do sangue e joga pro osso. Tem receptor no osso e rim. Se no osso faz recrutamento de osteoclasto, o PTH no rim faz reabsorção de cálcio - libera fósforo na urina. É responsável pela homeostase do cálcio, atuando principalmente no tecido ósseo e rins (produção de AMP ciclico - processo dependente de magnésio). → Vit D: proveniente da exposição solar (precursor: 7-de-hidrocolesterol- colecalciferol -25- hidroxi vit D- 1-25(OH)2 vit D. Estimula a absorção de cálcio e fosfato pelo intestino, promove a remodelação óssea. Anotar via da vit D. 25-hidroxicolicalciferol. Rim. A vitamina D é muito importante para a mineralização. Causas de deficiência de vitamina D onde a dosagem está indicada: todo paciente em risco pra hipovitaminose (em teoria todo mundo). Não dosa em jovens saudáveis com nenhum problema de saúde. Pessoas normais, até 20 é suficiente. Pessoas de risco 30. Forma que dosa é a 25-OH- Vit D porque é mais abundante ( e consegue interferir com PTH). • Produção insuficiente (pele, hepática ou renal): idosos, pele escura, barreira física (filtro solar, vestimentas, vidro), baixa exposição solar, insuficiência hepática grave, produção/ação reduzida (doença renal crônica, raquitismo). • Metabolização/Consumo aumentado: medicamentos(anticonvulsivantes, cetoconazol, retrovirais), estados inflamatórios (LES,AR,tuberculose), hiperparatireoidismo primário, tratamento com análogos do PTH. • Absorção intestinal reduzida: má absorção (doenças inflamatórias, doença celíaca), pós cirurgia bariátrica, medicamentos disabsortivos (orlistate, colestiramina). A deficiência de Vit D é definida por níveis < 20 ng/mL. Algumas situações clínicas onde manter o nível > 30 é benéfico: idosos, gestantes, lactentes, mulheres na pós menopausa, osteoporose, hiperparatireoidismo secundário, doença renal crônica, diabetes mellitus, anorexia, doenças osteometabólicas, câncer, fratura por fragilidade, sarcopenia e quedas recorrentes. Reposição • 25-OH vit D <20 ou deficiência grave: 50.000u 1x/semana ou 7000U 1x/dia por 6 a 8 semanas. • Vit D >25: 1000U a 2000U/dia ou 7000 a 14.000/semana • Manutenção em jovens: 400u a 1000U Doenças relacionadas ao metabolismo ósseo • Hiperparatireoidismo • Hipoparatireoidismo • Osteoporose
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