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Ajuste oclusal para o dia a dia: O que é? Qualquer alteração das superfícies oclusais dos dentes ou das restaurações. O sistema estomatognático (formado por um crânio com a maxila e um osso móvel/mandíbula) que tem conversar muito bem entre si, os dentes que tem um relevo extremamente variável e complexo, além dos músculos envolvidos. Se houver algum desequilíbrio, sistema pode entrar em colapso. Como ele entra em colapso? Por que? O sistema entra em colapso por 3 motivos: por força, por bactéria e por corrosão. A maioria é por força e corrosão. Temos que fazer manobras para impedir que o sistema entre em colapso, antes que você precise reabilitar o sistema (que dá muito mais trabalho). Princípios da oclusão ideal: Se eu estou atuando em um único dente, tenho que impedir que esse dente leve o sistema ao colapso. Quais são? ● MIC tem que ser a mesma posição ótima da ATM ● Contatos posteriores simultâneos bilaterais e estáveis ● Forças oclusais direcionadas ao longo eixo do dente (ponta de cúspide com fundo de fossa) ● Desoclusão pelos anteriores, lateralidade pelos caninos ● DVO (dimensão vertical de oclusão) compatível com o sistema- não se aplica no caso específico dessa aula de restauração Verificar os contatos oclusais dos dentes posteriores: Estão preparados para receber carga ao longo do eixo do dente, já os anteriores estão preparados para receber forças que não estão no longo eixo do dente (um protege o outro). Isso é chamado de escola de proteção mútua: onde os posteriores protegem quando ocluímos e os anteriores protegem nos movimentos. Esses seriam os contatos ideais de um primeiro molar inferior (pontos em roxo). Tripoidismo é quando uma cúspide está desgastada e ela não consegue atingir fundo de fossa, então esse contato fica dividido em 3 outros contatos. Imagina que batemos carbono nessa boca e apareceu esses contatos: Os pontos adequados (verdes): ponta de cúspide ou fundo de fossa. No dente 36 podemos ver o tripoidismo. No 47: apesar de ele estar em fundo de fossa, ele está maior que os outros pontos de contato, portanto esse dente está recebendo carga a mais. Ou por contato prematuro ou por muita área de recebimento. Dentes anteriores: não são contatos pontuais, são trajetórias Contato prematuro: fisiológico, porque o côndilo está em constante remodelamento e, portanto, há uma alteração pequena da posição mandibular. É o primeiro contato dentário que ocorre no fechamento da boca, deslizando a mandíbula de uma posição de RC para MIC. Interferência oclusal:é o contato dentário que ocorre durante os movimentos excursivos da mandíbula, que alteram a trajetória mandibular. Normalmente nos posteriores. Ferramentas: ● Pinça de Miller ● Carbonos intermaxilares ● Desgaste ● Polimento Estudos de fisiologia mostram claramente que quando eu toco em alguma parte da boca (palato, mucosa jugal), tem-se alterações da posição da mandíbula (em termos de reflexo). Então o ideal para marcar os contatos oclusais é que eu não toque em nenhuma estrutura peribucal. Por isso usamos as pinças de miller. Carbonos: tem classificações. De material: - Em filme (petróleo) é sensível à umidade e tem contatos mais precisos. - Em papel (celulose) é mais grosso, resistente à umidade e tem contatos grosseiros. Foi feito para ser pressionado. O carbono é passível de falha, não é uma resposta 100%. E não se faz um ajuste oclusal batendo carbono em um só dente, tem que fazer na boca toda. Em um primeiro momento se olharmos na primeira imagem parece que tem um contato prematuro, mas quando batemos carbono na boca toda conseguimos observar que segue a segunda regra da oclusão ideal (contatos simultâneos bilaterais). E como deve ser feita essa marcação? Com duas pinças de Miller simultâneo dos dois lados na boca toda, fazendo uma pressão, um impacto. Desgaste e polimento: Se a superfície estiver rugosa vai permitir mais desgaste, maior perda de strutura dos dentes antagonistas, por isso é importante que deixamos as superfícies lisas e polidas. As brocas diamantadas de chama de vela ou mini pêra para acabamento. Técnicas para dentes posteriores: Varia entre a região (anteriores, posteriores), suporte (naturais ou implantossuportada) e por fases (1 ou 2). - Técnica total ou complexa: ajuste em cêntrica, indicado para restauração boca toda (reabilitações), técnica de Michigan, Bull, Planas,... - Parcial ou funcional: ajuste em habitual e localizado (restauração ou patologia oclusal) Dentes posteriores: (dente 47) 1. Marcação prévia em MIC e excursão (antes da restauração) 2. MIC boca toda com um carbono fino parte preta voltada pra baixo (depois da restauração)- esperamos que o contato seja equivalente nos dentes posteriores e que esteja marcado em ponta de cúspide ou fundo de fossa 3. Desgastes para deixar os pontos certos 4. Fazer movimentos excursivos (protusão e lateralidade)- fazer isso com o outro lado do carbono. Esperamos que não tem contato nos dentes posteriores, então onde estiver vermelho tá errado, tem que ser removido. 5. Frêmito: paciente aperta o dente e fazer movimentos excursivos, colocamos o dedo na cervical do dente e vemos se ele vibra mais que os outros. Se vibrar é porque está mais sobrecarregado. Técnicas para dentes anteriores: (dente 21) 1. Marcação em MIC/excursão 2. MIC boca toda carbono (carbono preto p cima, porque estou trabalhando com os superiores). Avaliar com a técnica do tudo ou nada (ou eu tenho marcação em todos os dentes ou não tenho em nenhum), os dois estariam corretos. 3. Lateralidade (ausência de contato, porque é um incisivo) 4. Protrusão: compatíveis aos demais dentes anteriores 5. Frêmito Técnica das duas fases: 1. Pegar um carbono grosso de papel (cor azul) e pedimos para paciente fazer apertamento. Em seguida, pegamos o carbono fino e fazemos impacto. Com essas marcações vou remover toda marcação azul que não tiver uma marcação preta ou vermelha. Essa técnica busca o equilíbrio, porque todos os contatos que forem só azuis desequilibram a mordida.
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