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Mantenedores e recuperadores de espaço

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Mantenedores de espaço 
Dentes em equilíbrio na boca porque são mantidos em posição por 3 forças distintas: forças 
oclusais, musculares e eruptivas. 
Por exemplo, os dentes anteriores mantém sua posição no sentido lábio-lingual devido ao 
contato com o lábio na face vestibular e o posicionamento da língua por lingual, do mesmo 
modo que os posteriores, devido a forças semelhantes porém exercidas por estruturas 
diferentes. Todos os grupos dentais mantém seu posicionamento mésio-distal estável 
devido ao contato mesial e distal com os dentes vizinhos → importância do ponto de 
contato (interproximal), enquanto seu posicionamento vertical é estabilizado pelo contato 
com o antagonista → importância da correta oclusão (presença de antagonista em oclusão 
impede extrusão). 
Forças eruptivas mantém o equilíbrio durante a fase de dentição mista: 
Força eruptiva = é a que ocorre durante a erupção dos dentes e começa com a irrupção 
do 1° molar permanente na boca, que tem uma trajetória de irrupção mésio-lingual e 
exerce grande força mesial nos dentes do arco inferior pelo contato com o último dente 
da arcada, já colaborando para fechar possíveis epaços fisiológicos presentes. Já no arco 
superior, a força mesial não é tão significante, uma vez que o 1° molar permanente 
superior irrompe com trajetória disto-vestibular e só entra em contato com o último 
dente decíduo quando completamente irrompido na cavidade bucal. 
− 3-6 anos: erupção dos 1os molares permanentes → início de grande força mesial. 
− Após 6 anos: grande tendência a movimento dos dentes devido a grande força 
mesial exacerbada pela fase ativa de erupção dos dentes. 
Perda precoce de dente = colapso (perda do equilíbrio) → resulta em inclinações axiais 
incorretas dos dentes adjacentes, extrusões, mesializações e distalizações. 
**Maloclusões não são causadas apenas por perda precoce de dentes. 
PERDA PRECOCE 
Perda precoce: extravio de um dente decíduo antes do tempo de sua esfoliação natural. 
(Brusola, 1989). 
“Há duas vezes mais chance de ter ocorrido perdas precoces prévias às maloclusões.” (Unger, 
1938). 
Quando um dente perdido é classificada como uma perda precoce? 
− 1 ano antes da erupção do dente permanente. 
− Sucessor permanente com formação aquém do estágio 6 de Nolla→ dente ainda não 
está formando raiz, que é o principal mecanismo pelo qual o mesmo consegue 
erupcionar e ganhar o plano oclusal. 
Época ideal para esfoliação: estágio 8 de Nolla (2/3 da raíz formada). 
Pergunta: extrair 2° molar decíduo com cárie extensa sem nenhum prejuízo para o crescimento 
e ? pode extrair se tiver até 2/3 da raiz formada, ou, quando não tiver, se colocar um 
mantenedor de espaço. 
CAUSAS 
1) Traumatismo 
É comum a perda precoce de incisivo central decíduo por traumatismos. A perda de incisivo 
decíduo geralmente não causa grandes impactos na posição dos demais dentes do arco , mas 
ocorrem modificação nas posições dos anteriores. Exemplo: perda do elemento 51 → dente 52 
e 61 inclinam para mesial e a área para o provável irrompimento do dente 11 fica diminuída, 
porém a posição do canino não muda, acontece apenas um rearranjo na região de incisivos e o 
espaço é preservado, mas outros fatores atuam levando a um comprometimento estético e 
funcional (papel da língua). 
2) Processos anormais de reabsorção 
3 processos básicos de reabsorção: 
 Insivio lateral inferior permanente irrompe em cima do canino (distalizado) e causa a 
sua exfoliação precoce. 
 Falta de espaço no arco superior: incisivos centrais permanentes irrompem sobre os 
incisivos laterais decíduos superiores, devido a seu trajeto eruptivo para distal, 
causando sua exfoaliação precoce. 
 Desvio do trajeto eruptivo do 1° molar superior permanente → continua erupcionando 
em direção mesial, de forma tão angulada que irrompe sobre o 2° molar superior 
decíduo, causando sua exfoliação precoce. Caso mais crítico porque o sucessor 
permanente do 2° molar decíduo só vai aparecer na cavidade 5 anos depois, além disso, 
o irrompimento para mesial toma espaço do 2° PM, e haverá uma grande deficiência de 
perímetro que vai exigir recuperação de espaço futuramente. 
Como saber se a esfoliação é precoce vendo apenas a radiografia? Sabendo a sequência de 
erupção dos dentes, idade do paciente e observando o estágio de formação radicular do dente 
permanente. 
3) Cárie 
Dente com grande destruição coronária, que perde parte de sua coroa, o dente adjascente pode 
lentamente ocupar o espaço criado pela perda de material dentário, e isso faz com que o 
sucessor permanente desse dente com destruição coronária não tenha mais espaço para 
erupcionar. 
4) Exodontias/patologias 
Exoodntias devido a: 
− Neglicência do tratamento: dentista não valoriza o dente decíduo. 
− Problemas culturais: brasileiro médio não valoriza dente decíduo/não tem 
conhecimento das consequências, muito menos a escovação na infância. 
− Com “finalidade ortodôntica”: não existe, mas alguns dentistas lançam mão de 
extrações para criar espaço no arco durante a dentição mista, com justificativa estética. 
Exemplo: dentes anteriores apinhados na dentição decídua/mista, dentista extrai 
canino para criar espaço (gera falta de espaço para o canino permanente). 
Patologias: cárie, periodontite, anquilose, falha primária, cistos, etc. 
Falha primária de erupção = dente que nunca esteve em erupção. 
 X 
Anquilose: dente que já esteve em erupção mas esse processo parou → formação de degrau 
entre decíduo e permanente é muito comum nesses casos. 
PROBLEMAS 
− Migração mesial dos posteriores. 
− Inclinação lingual dos incisivos. 
− Aceleração ou retardo na erupção. 
− Extrusão do antagonista. 
− Instalação de hábitos noscivos. 
− Comprometimento estético/psicológico (bullying). 
− Dificuldade em articular sons (anteriores). 
TRATAMENTO 
Requisitos para colocação de um mantenedor de espaço: 
− O sucessor permanente está presente e hígido. Ex.: pacientes com agenesia do dente 
sucessor. Clinicamente é preciso avaliar se outros problemas como migração de dentes 
vizinhos está ocorrendo. Exemplo: paciente com agenesia de pré-molar, ao perder o 75, 
não existe um 35 para erupcionar, logo o 36 vai inclinar para mesial lentamente. Não 
deve-se manter espaço para um dente que não existe. 
− O espaço para o dente permanente não diminuiu. Se o dente decíduo foi perdido 
precocemente e o(s) adjascente(s) migraram, houve diminuição de espaço, logo é 
preciso intervir com um recuperador de espaço. 
− A relação molar e de caninos não foi alterada. Alteração da relação molar também 
requer recuperação de espaço (alteração de classe I para classe II, por exemplo). 
− Predição favorável da análise da dentição mista → predição de espaço da dentição mista 
em relação a dentição permanente para identificar problemas futuros. Matéria do ano 
que vem. 
 
Planejamento do mantenedor de espaço 
1. Tempo decorrido após a perda: maior perda de espaço ocorre nos primeiros 6 meses. 
Na maxila isso ocorre ainda mais rápido que na mandíbula devido aos espaços 
medulares e a consequente porosidade óssea. 
Aparelho antes ou cirurgia antes? Aparelho pode ser colocado antes da extração, porque vários 
fatores podem contribuir para demora do retorno do paciente. 
2. Idade dentária do paciente: atraso ou aceleração da erupção do dente. Casos em que a 
erupção está atrasada requer rápida colocação do mantenedor. Quando a erupção está 
acelerada (estágio 8 ou acima) a emergência é menor, mas ainda é muito importante 
instalar o mantenedor, porque mesmo um dente que já está com a raiz em formação 
pode levar meses para erupcionar devido a outros fatores. 
3. Quantidade de osso que recobre o dente não irrompido: lesão periapical pode causar 
irrompimento acelerado, devido a ausência de anteparo físico que dificulte sua erupção 
(a lesão causa reabsorção óssea). Do mesmo modo, a presença de osso causa atraso no 
irrompimento,e portanto requer maior urgência na instalação do mantenedor. 
4. Sequência favorável de erupção dentária: na maxila os pré-molares irrompem antes do 
canino, e na mandíbula estes irrompem depois do canino. Se os pré-molares vierem 
antes do canino, perde-se espaço para o canino irromper. 
5. Erupção tardia do dente permanente: caso da foto→ pré-molares do lado esquerdo já 
irromperam antes do canino, empurraram um pouco os dentes e o canino direito teve 
sua trajetória de erupção desviada e está empurrando a raiz do 32, fazendo com que ele 
fique inclinado na boca. Conduta é a extração do 73 e colocação de um mantenedor de 
espaço. Dente 43 corrige a trajetória de erupção e irrompe normalmente apenas com 
essas medidas. 
6. Ausência congênita do dente permanente: extração e mantenedor x acompanhamento 
→ manter espaço se estiver pensando em um implante ou prótese fixa ou apenas 
acompanhar para evitar migrações. Melhor é manter espaço porque para qualquer das 
decisões futuras é melhor manter o espaço, porque mesmo se for fechar o espaço com 
ortodontia futuramente, é mais fácil mover dentes que estão verticais do que dentes 
que sofreram migração. 
7. Apresentação aos pais: importante marcar consulta apenas para isso, para apresentar o 
caso com materiais organizados e fazer os pais realmente entenderem o que está 
acontecendo e a necessidade de colocar o aparelho. É importante passar a informação 
para justificar o que se está cobrando. 
Escolha do aparelho 
Aparelho fixo ou removível? 
− Idade da criança: crianças mais jovens são mais colaboradoras, logo, pode-se usar o 
removível, já para crianças não colaboradoras não devemos arriscar a perda de espaço, 
então pta-se pelo aparelho fixo. 
− Grau de cooperação: é geralmente maior em meninas. 
− Higiene bucal: se a higiene bucal é boa, é preferível instalar o aparelho fixo, do contrário, 
opta-se pelo removível. 
− Número de dentes perdidos: em casos de perda de muitos dentes o mais ideal é o 
removível com dentes de estoque para repor a capacidade mastigatória. 
− Tipo de padrão esquelético: de modo geral, existem pacientes com a face mais vertical, 
ou seja, face mais alongada, pacientes com o rosto mais achatado, denominado 
baquiofacial e o paciente com características médias. No primeiro caso, pacientes com 
rosto alongado tendem a ter movimentos ortodônticos mais fáceis uma vez que as fibras 
periodontais são mais esticadas e não conseguem segurar o dente em posição por muito 
tempo, então é recomendado usar o fixo, evitando movimentos de migração que 
ocorrem muito rapidamente (se o paciente deixa de usar por 2 dias já podem ocorrer 
mudanças na posição dos dentes). Nos pacientes braquifaciais, a mandíbula e músculos 
mastigatórios são mais fortes, então movimento ortodônticos ocorrem mais 
lentamente, e neste caso o removível pode ser usado com maior tranquilidade. 
− Hábitos bucais: removível com dentes de estoque, porque a presença destes ajudam na 
correção de hábitos. 
− Desejo da criança e dos pais: comunicar com os pais e trocar informações. 
Tipos de aparelhos mantenedores de espaço 
FIXOS 
1. Banda-alça: 
Indicação: é indicado para manutenção de espaço unilateral em casos de perda precoce de 
apenas um ou até dois dentes e pode ser usado tanto no arco inferior quanto no superior. 
Não deve ser usada para manter o espaço de mais de 2 dentes, porque assim fica longa e se 
torna mais flexível, diminuindo sua capacidade de manter o espaço. 
Características: trata-se de uma banda metálica envolvendo toda a circunferência do dente 
idealmente bem adaptada (ou seja, nem solta, nem muito apertada), e cimentada no último 
dente do arco (geralmente um 2° molar decíduo ou o 1° molar permanente, em casos de 
perda de ambos molares decíduos). 
Sequência clínica: a banda deve ser feita antes e colocada em posição na boca do paciente, 
depois deve-se fazer a moldagem da arcada com a banda em posição, coloca-la sobre o 
molde de cabeça para baixo (porque essa é a cópia positiva) e vazar o gesso. Depois, já no 
modelo, deve ser feita uma alça com fio 0,8 adapatado por um “V”zinho na distal do dente 
a ser fixada e soldada na banda com prata por vestibular e lingual/palatina, dando 
acabamento e polimento para que a peça seja provada no paciente e enfim, cimentada. 
Uma variação desse mantenedor é a coroa-alça, indicado quando o último dente apresenta 
grande destruição coronária e precisa ser reconstruído com coroa de aço cromado. 
Mecanismo de manutenção de espaço: apoiada em dente posterior e a alça está tocando a 
distal de um anterior, dessa forma, evita o movimento distal do dente anterior e o mesial 
do dente posterior. 
2. Orientador de erupção: 
Indicação: casos de perda precoce do 2°molar decíduo (tanto superor quanto inferior) e 
ainda não tem o 1° molar permanente erupacionado, sendo que desse modo não há dente 
para apoiar um mantenedor de espaço na parte posterior. 
Características: confecção de uma prótese de acrílico com dentes de estoque para manter 
esse espaço, e que é mantida no lugar por um arco labial. É necessário realizar testes clínicos 
pare checar se o mantenedor não está invadindo o espaço para erupção do 1° molar 
permanente. Para tal, usa-se uma placa de chumbo abaixo do acrílico e radiografa, para ver 
até onde ele está indo, e faz-se o desgaste até ficar adequado. 
Mecanismo de manutenção de espaço: cérebro entende que existem dentes naquele lugar, 
além de que é uma barreira física. 
3. Arco lingual DE NANCE: 
Indicação: perdas precoces bilaterais, principalmente no arco inferior. Porém precisa haver 
um último dente íntegro no arco para cimentação. 
Características: constituído por uma banda cimentada no último dente do arco e um arco 
passivo confecionado com fio 0.9mm dobrado de forma a tangencia a face lingual de todos 
os dentes anteriores, mais especificamente o cíngulo, ficando distante destes e dos tecidos 
moles cerca de 1-1,5 mm. Pode ser removível quando tubos forem soldados na lingual das 
bandas posteriores e o arco lingual for encaixado nestes. 
Mecanismo de manutenção de espaço: impede movimento mesial dos molares, uma vez 
que o molar está contido pela banda metálica, e o arco tangencia o cíngulo dos anteriores 
(= anteparo anterior) impedindo que os mesmo inclinem para distal (isso faria com que 
perdesse espaço no arco → toda vez que um dente inclina para distal perde-se espaço, e 
toda vez que o dente inclina para mesial ganha-se espaço). 
Vantagens: fácil confecção, baixo custo e eficiência na manutenção do espaço. 
Desvantagens: não impede a extrusão de antagonista. 
4. Botão palatino de Nance 
Atua da mesma forma que o arco lingual, porém adaptado para o arco superior. 
Indicação: indicado para perdas bilaterais em que existe um último molar anterior a perda 
para colocação da banda. Também pode atuar como expansor/constritor da maxila, rotação 
e inclinação dos molares, ancoragem, distalização de molares superiores, etc, sendo ainda 
mais interessante quando há associação dessas condições. 
Características: a semelhança do arco lingual, o botão palatino de Nance é composto por 2 
partes: 1) um arco que passa pela palatina dos dentes superiores e é mantdido nessa posição 
através de um botão acrílico apoiado na curvatura anterior do palato e 2) uma banda 
metálica que é fixada no último molar posterior ao local da perda. 
Mecanismos: botão de acrílico pressiona a curvatura do palato e impede o movimento 
mesial dos molares. Fator auxiliar: fio espesso apoiado em molares em bandas, oferecendo 
grande resistência ao movimento. 
Desvantagens: acúmulo de alimento e, se acontecer movimentos mesiais dos molares, pode 
haver ferimentos na região do palato. 
5. Barra transpalatina 
Indicação: perdas precoces bilaterais no arco superior. 
Características: é bem mais simples que o botão de Nance. Pode ser soldada ou pode ser de 
encaixe (maior refino, tubose dobras ortodônticas mais avançadas). 
6. Mantenedor fixo com dentes: basicamente é uma prótese fixa apoiada em um fio 
ortodôntico. É desvantajoso porque é necessário desgastar os dentes decíduos 
adjascentes, e além de se tratar de uma criança pouco cooperativa, a câmara pulpar é 
alongada. 
APARELHOS REMOVÍVEIS 
Preferir grampo de Adams ou labial, que oferecem grande retenção. Circunferencial é um 
grampo pobre para dar retenção ao aparelho. 
1. Aparelho removível estético-funcional 
Indicação: perdas precoces que prejudicam a função/ou a estética. Pode ser usado tanto no arco 
superior quanto no inferior. Casos de prejuízo emocional. 
Confecção: moldagem precisa, correta confecção de grampos e acrilização. Selecionar os dentes 
corretamente, seguindo cor e tamanho compatíveis com os do paciente e posicioná-los 
corretamente. Variação: sela de acrílico (extensão do acrílico no local que se deseja manter o 
espaço), ao invés do dente de estoque, quando não há prejuízo estético ou funcional; é muito 
usado por pacientes adultos ou adolescentes durante o tratamento ortodôntico para manter o 
espaço até um segundo momento. 
Vantagens: baixo custo, confecção mais simples, grande eficácia por reestabelecerem função, 
melhorar autoestima e evitar extrusão de antagonistas. Desvantagens: colaboração do paciente 
e manutenções periódicas e acompanhamento cuidadoso para evitar desvios no trajeto eruptivo 
e posicionamento incorreto do dente na boca ao irromper sobre, a frente ou atrás do dispositivo. 
2. Prótese parcial ou total: exerce a mesma função do anterior, e está mais indicado para 
grandes perdas, porém existem desvantagens no uso pela criança, uma vez que bascula 
muito. 
PERDA PRECOCE 
Incisivos 
Aspectos envolvidos: 
− Estético. 
− Fonético: escapa ar entre durante a fala, língua interposta. 
− Mastigatório: principalmente corte dos alimentos. 
− Deglutição. 
− Psciológico. 
− Instalação de hábitos. 
!!! Não colocar mantenedor de espaço após os 5 anos de idade → devido a proximidade do 
irrompimento dos dentes permanentes. 
!!! Não usar o próprio dente do paciente porque ele desidrata e fica muito mais branco que o 
restante pela falta de irrigação, distoando dos demais. Usar dentes de estoque de cor próxima. 
Cuidado: dentes irromperem a frente dos de estoque do aparelho. Importante o 
acompanhamento regular. 
Caninos 
Aspectos envolvidos: 
− Apinhamento. 
− Desvio da linha média. 
− Redução do perímetro do arco (apinhamento). 
− Inclinação lingual dos incisivos (não tem mais barreira). 
!! Sinal clínico: aumento do overbite e overjet. 
Arco lingual com esporão na distal dos incisivos laterais para impedir migração destes. 
1° molares 
Aspectos envolvidos: 
− Migração distal do canino (não tem mais contato). 
− Migração mesial do 2° molar (idem). 
− Tendência ao apinhamento. 
Aparelhos removíveis com sela de acrílico, dentes de estoque, banda alça, etc.. 
2° molares 
− Antes da irrupção do 6: dente está intraósseo → migração intra-óssea (passa da coroa 
do 2° molar) → grande perda de espaço (maior que a próxima situação). 
− Após a irrupção do 6: mesialização (inclinação/giroversão) → perda de espaço. 
 
 
 
Recuperadores de espaço 
 
− Perda precoce sem perda de espaço → mantenedor de espaço. 
− Perda precoce e demora de pelo menos alguns meses para procurar o dentista, tendo 
havido perda de espaço → recuperador de espaço. 
A recuperação de espaço é uma tarefa difícil (até 8 meses para verticalizar), sendo a perda de 2° 
molares decíduos é a mais problemática, porque o molar permanente já erupcionado inclina 
para mesial, além do que a recuperação de espaço é ainda mais difícil no arco inferior. 
Como identificar se houve perda de espaço? 
Sinais clínicos: 
• Espaço do permanente diminuído → é preciso saber o tamanho médio do sucessor. Por 
exemplo, no caso de perda de 2° molar decíduo, o seu sucessor sera o 2° pré-molar, que 
tem um tamanho médio de 7,5mm. 
• Alteração da relação molar do lado da perda. 
• Falta de alinhamento (vestíbulo-lingual)→ giroversões, mesio/distoversões, etc. Se tiver 
duvida, primeiro devemos idenficar se houve mesmo perda precoce (pela sequência de 
esfoliação normal), depois pegar um ponto de referência, como sulco central, uma 
cuspide, etc do dente em questão e comparar com seu homólogo oposto. 
• Inclinações axiais incorretas. 
• Alterações periodontais → crista óssea do lado inclinado fica mais baixa do que no 
oposto (checar se é mesmo no lado inclinado, porque também pode ser perda óssea). 
Recuperar espaço X criar espaço – existe diferença? 
Na primeira situação já houve espaço mas este foi perdido, no segundo caso, o espaço nunca 
existiu. 
Características ideais de um recuperador de espaço 
• Recuperar o espaço do dente que foi perdido precocemente. 
• Evitar contatos prematuros com o antagonista. 
• Não interferir na fala. 
• Estético. 
• Fácil higienização. 
• Baixo custo. 
• Fácil confecção. 
Aparelhos recuperadores de espaço: 
− Fio de latão. 
− Aparelhos com molas. 
− Aparelhos com parafusos. 
− Placa lábio ativa. 
− Aparelho corretivo. 
− Arco extra-oral. 
− Miniimplantes e miniplacas. 
 
1) Fio de latão 
Indicação: dente impactado com pequena inclinação, ou seja, indicado para pequenas 
movimentações, quando ocorre movimento eruptivo com pequena inclinação. 
Técnica: fio de latão (flexível, de 0,6m de espessura) é passado no espaço interproximal abaixo 
da gengiva (de vestibular para lingual ou vice-versa, e retornando), após anestesia infiltrativa, 
de modo que fique interposto entre o dente impactado e o dente decíduo, do lado inclinado e 
é torcido com uma pinça cirúrgica (pinça kelly ou matie). A ativação deve ser feita de 15 em 15 
dias, durante 2 até 3 meses, quando ocorre sua completa verticalização. 
2) Aparelho com molas 
Mola helicoidal simples 
• Indicação: processo de reabosrção anormal em que os permanentes irrompem por 
lingual em relação aos decíduos ainda presentes – central desloca para distal e ocupa o 
espaço do lateral, criando um diastema. O objetivo é fechar o diastema para liberar 
espaço para o lateral irromper. 
• Técnica: são confecionadas duas molas helicoidais que devem ser feitas de modo que, 
no modelo elas fiquem tocando a lingual/palatina, do centro para a mesial (na metade 
do incisivo), porém, após instalação na boca, elas devem ser colocadas na distal dos 
incisivos centrais (foto1), desse modo, ela tenderá a voltar a sua posição e exercerá uma 
força no sentido de aproximar os dentes ao mesmo tempo. Ativação a cada 15 dias, 
durante 3 até 4 meses (depende do tamanho do diastema). 
***Centro de resistência: ponto em que se aplica uma força e aquele objeto movimenta sem 
girar. O centro de resistência de um dente é o terço cervical da raiz. Logo, esse aparelho só está 
indicado se as coroas dos incisivos estão divergindo ou até paralelas, em alguns casos, porque 
como a força está sendo colocada na coroa, o dente vai movimetnar e girar ao mesmo tempo. 
Se as coroas estiverem convergentes, esse aparelho NÃO deve ser utilizado. 
Após recuperar um espaço, deve-se mante-lo até a erupção do permanente. Isso pode ser feito 
usando o próprio aparelho, braquetes amarrados, etc. 
Mola benac: mola construída com fio 0,9 mm, utilzada para alinhar dentes posteriores (deve ser 
mais espesso devido ao tamanho do dente), em formato de gota, e inserida em um aparelho 
ortodôntico removível. Para exercer o efeito desejado, na sua confecção deve estar passando 
próxima a metade da coroa no sentido mésio-distal, porém, quando levada a boca, deve ser 
adaptada na mesial do 1° molar permanente, repousando na vestibular, e ativada a cada 15 dias. 
Retenção deve ser forte para que se obtenha o efeito desejado. 
Mola com braquete → caso clínico: paciente compareceu ao consultório com os incisivos 
laterais superiores irrompidos mas sem os centrais. A radiografiaevidenciou 2 dentes 
supranumerários impedindo a erupção dos centrais. Conduta: extração dos supranumerários e 
recuperação de espaço usando braquetes no 12 e 22, um fio ortodôntico contornando o arco e 
uma mola, confeccionada com tamanho maior do que o espaço existente, contraída para poder 
ser instalada, que vai tender a abrir, exercendo força para recuperar o espaço perdido. Retorno 
em 21 dias (mola utilizada é de níquel-titânio – maior força), e avaliação do espaço obtido; as 
vezes a colocação de apenas uma mola já é suficiente, do contrário, trocar a mola. E após a 
recuperação, é necessário manter o espaço até o irrompimento dos permanentes. 
Aparelho removível com mola helicoidal dupla: 
• Aparelho removível + mola bilateralmente, protegida com acrílico, para evitar que a 
mesma se solte quando da ativação (exerce força e pode escorregar para oclusal se não 
estiver bem presa). 
• No dia da instalação não ativa (período de adaptação). 
• Na segunda quinzena faz-se a primeira ativação: quanto ativar? Ativar até que a parte da 
mola que encosta na mesial do molar passe aproximadamente no centro da coroa do 
molar. No momento da instalção na boca o próprio paciente deve adaptar a mola na 
mesial novamente, assim ela exercerá a força necessária. 
• Duração do tratamento: aproximadamente 6 meses (pacientes colaborativos). 
 
Alternativa: 
Aparelho removível com parafuso: colocar parafuso na parede lateral da mandíbula ou maxila, 
semelhante ao do disjuntor, corte no acrílico, grampo circunferencial para retenção. Melhor 
desempenh devido a maior facilidade de confecção (mola é mais dificil de fazer), e é mais efetivo 
(mola escapa do acrílico e até do dente, quando mal adaptadp), etc. 
Caso clínico: mordida aberta, 1° molar permanente impactado na coroa do 2° molar decíduo e 
causando reabsorção do mesmo. Conduta: extração do segundo molar decíduo e recuperação 
do espaço (aparelho removível com parafuso ou fio de latão) e depois manter o espaço 
recuperado (banda alça, arco lingual modificado com mola em S, removível com dente de 
estoque, etc). 
3) Placa lábio ativa 
Arco inferior com escudo de acrílico anterior ancorado por bandas nos molares. Mecanismo de 
ação: o lábio pressiona o arco para trás, gerando força que verticaliza os molares. Problemas: 
remove contato do lábio com os dentes anteriores, estrutura de equilíbrio de forças (força da 
língua X força do lábio) responsável por manter inclinação axial dos incisivos inferiores, e 
provoca extrusão de molares (não desejável em pacientes com mordida aberta – piora essa 
condição). !!!Não é indicado para pacientes com labio hipotônico → não gera a força necessária 
para verticalizar o molar. 
4) Arco extra-oral inferior 
O arco extra-oral é ancorado extra-oralmente através de faixas na cabeça do paciente, e 
adaptado intra-oralmente na banda de molares através de um elástico que pode ser ligado a ele 
por um gancho presente nas extremidades do arco, exercendo assim grande força para trás, e 
recuperando o espaço. É pouco aceito pelo paciente, mas extremamente eficiente. 
5) Botão palatino de nance modificado 
Apoiado nos segundos molares decíduos + 2 ganchos + extensão de fio 0,7mm até o canino. 
Gancho posicionado para oclusal e distal em relação aos primeiros molares permanentes (no 
sentido que queremos o movimento). Na oclusal dos dentes → botão ortodôntico. 
Tracionamento do dente 26 e 16 através de um elástico unindo o gancho na distal e o botão na 
oclusal. Reativação a cada 15 dias pela troca de elásticos. 
6) Mini implantes 
• Técnica fácil, mas requer treinamento. 
• Exemplo: perda do 46 → mini implante na fossa retromolar + botão ortodôntico na 
mesial do 47 → elástico para tracionar → Criação de espaço para colocação de implante. 
• Problema: tendência a corte do elástico pela mastigação conforme o dente vai sendo 
verticalizado → mudança do botão ortodôntico para lingual/vestibular. 
• Casos de mesialização + giroversão → mudar posição do mini implante do centro do 
rebordo para a vestibular, assim é possível corrigir ambas alterações (conforme 
verticaliza puxando para a distal, também corrige o giro automaticamente). 
• Duração do tratamento: 2 até 3 meses, trocando elástico a cada 15 dias (extremamente 
eficaz). 
CRIAR ESPAÇO 
• Distalização de molares superiores – aparelhos extraorais. 
• Aproveitando o Leeway space (aproximadamente 3,4mm no arco inferior e 1,8mm no 
arco superior) e espaço E – diferença do comprimento mesio-distal de pré-molares 
(nomenclatura comum no mundo = E) e segundos molares decíduos (principal diferença 
de tamanho, mais significativa). 
• Vestíbulo-versão dos incisivos – inclinar um dente para vestibular ganha-se espaço. 
• Expansão ortopédica da maxila – ganha pouco espaço (em média 3 mm, no máximo 
4,5mm, segundo estudos → um molar tem em média 6,5mm). 
• Extrações dentárias. 
Objetivo é o ajuste molar. Movimento mesial do 1° molar inferior, que aproveita a sobra de 
espaço.

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