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RESUMO PROVA DOR - Lombociatalgia

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REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 
1 
UNIME 2021 
 Lombalgia: é a dor ou desconforto, localizado entre 
a margem costal e a prega glútea inferior, com ou 
sem dor na perna. 
 Ciática, ou ciatalgia, é a dor ao longo do curso do 
nervo ciático, geralmente resultado de 
comprometimento de raiz nervosa na coluna, mas 
pode ser também por compressão ou inflamação 
do próprio nervo. 
 
Quando além da dor no trajeto do nervo, o 
paciente apresente dor lombar, utiliza-se o 
termo “lombociatalgia”. 
 
 A dor aguda geralmente ocorre após a prática de 
atividades físicas e é de início súbito com duração 
inferior a 6 semanas. 
 Dor crônica é quando perdura por mais de 12 
semanas. 
 
A dor neuropática (DN) está presente em 37 a 55% dos 
pacientes com dor irradiada para o membro inferior. 
 
ETIOLOGIA: 
1. Protrusão discal: 
Significa rotuberância/proeminência. 
- Cerca de 90% dos casos de ciatalgia lombar estão 
relacionados a um processo inflamatório sobre a raiz 
nervosa, que é causada pela reação inflamatória, por 
causa do aumento de pressão intradiscal e protusão do 
disco intervertebral no interior do canal vertebral. 
 
2. Hérnia de Disco: além do processo inflamatório 
sobre a raiz nervosa, também tem a compressão 
mecânica dessa raiz pelo disco intervertebral. 
“Hérnia significa projeção ou saída por meio de um 
orifício/fissura de uma estrutura contida.  vai liberar o 
disco de hérnia e por isso comprime o nervo. 
 
- isso acontece mais entre a terceira e quarta década de 
vida. 
3. Estenose de canal vertebral: significa a redução do 
espaço anatômico do canal espinhal (local onde 
passa a medula e as raízes nervosas). 
- essa condição esta relacionada à compressão nervosa 
mecânica e também a insuficiência vascular e isquemia 
relativa. 
4. Síndrome pós-laminectomia: 
É definida como “dor lombar espinhal de origem 
desconhecida” que persiste na mesma localização da 
dor original, mesmo depois de ter feito intervenções 
cirúrgicas. 
- cerca de 10-40% são submetidos a cirurgia de coluna 
lombar para alivio da dor, mas evoluem com dor crônica 
neuropática no membro inferior. 
 
5. Síndrome do piriforme: 
É a compressão do nervo ciático pelo musculo 
periforme ou mesmo pelo tensão desse músculo no 
assoalho pélvico. 
- cerca de 6% dos casos de ciatalgia lombar podem ser 
relacionados a síndrome piriforme. 
- e isso pode acontecer quando há hipertrofia, 
inflamação ou variação anatômica do músculo. 
 
QUADRO CLINICO: 
É importante ter um diagnostico preciso do padrão de 
dor para ter um bom resultado terapêutico. 
 
Porque o fármaco deve ser especifico para cada tipo de 
dor. 
 A identificação do componente neuropático depende 
da anamnese e exame físico minuciosos e exames 
complementares. 
 
A dor neuropática é espontânea e pode ter algumas 
caraterísticas clinicas especificas, como: 
1. Hiperalgesia: dor exagerada (desproporcional) a um 
estimulo habitualmente doloroso; 
2. Hiperpatia: reação exagerada aos estímulos álgicos 
intensos ou repetitivos aplicados em regiões 
hipoestésicas (ausência de sensibilidade) 
3. Alodínea: dor devido a um estímulo que 
normalmente não provoca dor. 
 
O exame físico deve incluir: 
1. Inspeção estática e dinâmica, 
2. Marcha, manobras especiais provocativas, 
3. Palpação (partes ósseas e partes moles), 
4. Avaliação de pontos-gatilho (PG) miofasciais. 
 
- os pontos gatilhos estão presentes em 85% dos 
pacientes avaliados em centros de dor e é uma das 
principais causas de dores crônicas. 
 
O exame neurológico deve avaliar: 
1. Motricidade, sensibilidade (tátil, dolorosa, térmica e 
vibratória) 
REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 
2 
UNIME 2021 
2. Reflexos tendíneos profundos no tendão patelar 
(L4) e Aquileu (S1). 
 
 A manobra provocativa mais utilizada é o teste da 
elevação da perna estendida, que é considerada 
positiva para comprometimento do nervo ciático 
quando reproduz os sintomas radiculares em uma 
elevação entre 35o e 70º.  TESTE DE LASÈGUE, 
COM OBJETIVO DE DEMONSTRAR A TENSÃO DO 
NERVO CIATICO. 
 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Os dados da anamnese e exame físico devem formular 
as hipóteses de diagnostico, e eles podem ser 
confirmados pelos exames complementares, se for 
necessário. 
 
 
 Os red flags são indicadores de investigação por 
meio de exames de imagem. 
 No primeiro episódio da dor não é necessário 
solicitar exame radiológico, a menos que exista 
sinais de alerta, como ex: idade <15 anos ou > 55 
anos. 
 Se houver um segundo episodio, deve ser solicitada 
radiografia, onde podem ser encontrados lordose 
fisiológica, espasmos muscular, presença de listese, 
pinçamento dical, osteofitose. 
 a radiografia ajuda a descartar tumores, metástase, 
e infecções como tuberculose vertebral. 
 A RM irá enfatizar a desidratação do disco, que é 
normal com a idade, além de ser o padrão ouro 
para hérnia de disco. 
 
PROTRUSÃO DISCAL E HÉRNIA DE DISCO: 
- e o padrão outro: Ressonancia nuclear magnética 
(RNM). 
- tomografia computadorizada (TC) pode demonstrar a 
protusão do disco intervertebral. 
 
ESTENOSE DO CANAL VERTEBRAL: 
- A radiografia de coluna vertebral e a TC demonstram a 
hipertrofia óssea. 
 
SÍNDROME PÓS-LAMINECTOMIA 
A radiografia, TC e RNM pós-operatórias podem não 
demonstrar anormalidades. 
Anormalidades possíveis: são descompressão 
insuficiente, hematomas, infecção, instabilidade 
vertebral, posicionamento inadequado de órteses e 
fraturas vertebrais. 
 
SÍNDROME DO PIRIFORME 
Ressonância nuclear magnética da pelve demonstra o 
músculo piriforme e sua relação com o nervo ciático. 
 
 
TRATAMENTO CONSERVADOR: 
❶ REPOUSO: 
O repouso é eficaz tanto nas lombalgias, como nas 
lombociatalgias e ciáticas. 
Ele não pode ser muito prolongado, pois a inatividade 
também tem a sua ação deletéria sobre o aparelho 
locomotor. 
Então o paciente deve ser estimulado a retornar as suas 
atividades habituais o mais rápido possível, ou seja, 
assim que a atividade e a deambulação forem possíveis 
o tempo de repouso deve ser encurtado. 
Duração de repouso: em média 3 a 4 dias, máximo 5 a 6 
dias. 
Posição: o paciente em decúbito supino, joelho fletidos 
e os pês apoiados sobre o leito e/ou com flexão das 
pernas num ângulo de 90º com as coxas . – POSIÇÃO DE 
ZASSIRCHON). 
 
 
❷ MEDICAMENTOS: 
Para iniciar o tratamento medicamentoso é necessário 
primeiro afastar causas especifica como: 
1. Neoplasias 
2. Fraturas 
3. Doenças infecciosas e inflamatórias 
 
Esse tratamento deve ser centrado no controle 
sintomático da dor, para conseguir gerar uma 
recuperação funcional o mais rápido possível. 
 
ANALGESICOS NAO OPIOIDES: 
REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 
3 
UNIME 2021 
Recomenda-se a analgesia da lombociatalgia aguda 
(intensidade discreta) com: 
 PARACETAMOL (Acetaminofen): na dose de 500mg, 
4 a 6 vezes ao dia. 
 DIPIRONA: na dose de 500mg, ate 4 vezes ao dia. 
 
ANALGESICOS OPIOIDES: 
 
Os opiódes não são recomendados na lombalgia crônica, 
por causa do risco de dependência química por tempo 
prolongado. 
 Eles vão ser uma opção no tratamento da lombalgia, 
lombociatalgia por hérnias discais e ciatalgia aguda 
grave que não responderam aos AINHs. 
 
 FOSFATO DE CODEÍNA: na dose de 30mg, 3 a 4 
vezes ao dia.  tem como principais efeitos 
adversos: sonolência, déficit de atenção e 
constipação intestinal. 
 CLORIDRATO DE TRAMADOL: na dose de 100 a 400 
mg por dia. 
 OXICODONA: 5 a 10 mg, 3 a 4 vezes ao dia. 
 SULFATO DE MORFINA: indicação restrita a casos 
grave. 
 
ANTIINFLAMATORIOS NAO-HORMONAIS 
(AINHS): 
Os anti-inflamatórios não hormonais (AINHs), na pratica 
clinica, são os medicamentos mais empregados, pois 
apresentam efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e 
antipiréticos associados.Todas as classes de anti-inflamatórios podem ser uteis 
no tratamento das lombalgias, desde que elas sejam 
usados com precaução em pacientes de risco, como 
idosos, principalmente por causa dos efeitos sobre o 
tubo digestivo e os rins. 
 
O ácido acetilsalicílico não é recomendado no 
tratamento dessas condições pela grande toxicidade 
nas doses analgésicas habituais. 
 
AINHs inibidores da COX-2 tem um menor risco de 
efeitos lesivos sobre o sistema digestório, mas eles 
devem ser usados com cautela em pacientes com 
distúrbios da coagulação, alterações hemodinâmicas, 
renais e cardiovascular. 
 
CORTICOIDE: 
O uso de corticoide ainda é conflitante para o 
tratamento. 
- na hérnia discal, pode fazer o uso de glicocorticoides, 
porque pode oferecer vantagens adicionais, porque a 
inibição do processo inflamatório é mais eficaz que com 
AINEs. 
 
RELAXANTES MUSCULARES: 
Podem ser associados aos AINHs mostrando melhor 
resultado do que quando usados isoladamente. 
 
1. CICLOBENZAPRINA: 5 a 10 mg/dia; 
2. CARISOPRODOL: 350 mg/dia, medicação de uso em 
curto prazo. 
 
Complicações potenciais incluem sonolência, tontura e 
constipação intestinal. 
 
ANTIDEPRESSIVOS: 
Os antidepressivos tricíclicos são uma opção nas 
lombalgias crônicas, mesmo quando não associadas à 
depressão. 
 
 
❸ EXERCICIO AEROBICOS: 
Devem ser considerados na fase crônica. – A caminhada 
continua sendo a melhor forma de exercício, porque 
corrige todos os aspectos da fisiologia corporal. 
E a natação e ciclismo também. 
 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
Deve ser baseado no diagnóstico clínico e nos exames 
por imagens. 
 
 O tratamento cirúrgico da hérnia discal está 
indicado nos casos com déficit neurológico grave 
agudo (menos de 3 semanas), com ou sem dor; 
 Na lombociatalgia hiperálgica e, nas outras de 
menor intensidade, apenas para os pacientes que 
não melhoram após 90 dias de adequado 
tratamento clínico. 
 
REABILITAÇÃO: 
Os exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular 
paravertebral são eficazes. 
 
Os exercícios diminuem a intensidade da dor lombar e 
ajudam na recuperação do paciente, porém não 
previnem a recorrência.

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