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Ação Popular - RESUMO

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Ação 
Popular 
Preventiva 
Repressiva 
Requisitos 
Subjetivo Ser cidadão 
Objetivo Lesão ou ameaçã 
Introdução 
Essa ação deriva-se do fato de se atribuir ao povo (ou 
a pelo menos uma parcela dele), legitimidade para 
pleitear por qualquer de seus membros, a tutela 
jurisdicional de interesse que não lhe pertence de 
maneira singular, mas sim a coletividade. 
Foi prevista pela primeira vez no ordenamento jurídico 
na Constituição Federal de 1934. Ausente na 
Constituição de 1937, mas presente em todas as 
Constituições posteriores. 
Na CF/88, é prevista no art. 5º, LXXIII. 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor 
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus 
da sucumbência; 
A regulamentação infraconstitucional da ação foi feita 
pela Lei nº 4.717/1965. 
Conceito 
A ação popular é um instrumento judicial de exercício 
de direito da soberania, com caráter cívico, que viabiliza 
que o cidadão controle a legalidade dos atos 
administrativos e impeça as lesividades, fazendo valer 
seu direito subjetivo a um Governo probo, desprovido 
de corrupção e desonestidade. 
É uma ação constitucional. de natureza civil. 
Tem por objetivo principal anular ou declarar nulidade 
de um ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural. 
Espécies 
Pode ser preventiva ou repressiva.: 
Preventiva: quando for utilizada antes da efetivação dos 
efeitos ofensivos. 
Repressiva: Quando o intuito da propositura da ação é 
anular os atos lesivos, conseguir o ressarcimento dos 
danos ocasionados e a recomposição do patrimônio 
público lesado. 
 
 
 
Requisitos 
Há dois tipos de requisitos: subjetivos e objetivos: 
Requisito subjetivo: ser cidadão. Esse tipo de ação 
somente pode ser proposta pelo cidadão. Que possui 
capacidade eleitoral ativa. 
Requisito objetivo: lesão (ou ameaça de lesão) ao 
patrimônio público, por ilegalidade ou imoralidade. 
 
Legitimidade 
Legitimidade Ativa 
A legitimidade Ativa pertence ao cidadão, individuo 
dotado de capacidade eleitoral ativa e que esteja em 
dias com suas obrigações eleitorais. 
Contudo, não poderão figurar o polo ativo da ação 
popular: 
 Estrangeiros, mesmo que residentes no 
território nacional 
 Apátridas, 
 Pessoas Jurídicas (Súmula 365 STF) 
 
Súmula 365/STF - Pessoa jurídica não tem legitimidade 
para propor ação popular. 
 Brasileiros que estejam com seus direitos 
políticos suspensos ou perdidos, nos termos do 
art. 15, CF/88. 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja 
perda ou suspensão só se dará nos casos de: 
 I - cancelamento da naturalização por sentença 
transitada em julgado; 
 II - incapacidade civil absoluta; 
 III - condenação criminal transitada em julgado, 
enquanto durarem seus efeitos; 
 IV - recusa de cumprir obrigação a todos 
imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, 
VIII; 
 V - improbidade administrativa, nos termos do 
art. 37, § 4º. 
 O ministério Público (este por sua vez atuará 
como custus legis, ou seja, parte pública 
autônoma, a fim de assegurar que o processo 
tramite regularmente. 
Art. 6º§ 4º da lei nº 4.717/1965:: “O Ministério Público 
acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção 
da prova e promover a responsabilidade, civil ou 
criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em 
qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado 
ou dos seus autores” 
Além disso, o MP pode assumir o polo ativo da ação 
em caso de desistência ou abandona pela parte autora., 
conforme art. 9º da lei nº 4.717/1965: 
Art. 9º da lei nº 4.717/1965: Se o autor desistir da ação 
ou der motiva à absolvição da instância, serão 
publicados editais nos prazos e condições previstos no 
art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, 
bem como ao representante do Ministério Público, 
dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última 
publicação feita, promover o prosseguimento da ação. 
O MP, pode ainda ter legitimidade ativa para execução 
na açãp popular, conforme o art. 16 da referida lei: 
Art. 16 da lei nº 4.717/1965: Caso decorridos 60 
(sessenta) dias da publicação da sentença condenatória 
de segunda instância, sem que o autor ou terceiro 
promova a respectiva execução. o representante do 
Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias 
seguintes, sob pena de falta grave. 
A ação popular, ainda, poderá ser proposta em 
qualquer localidade, tendo em vista que a condição de 
cidadão é nacional. 
Legitimidade Passiva 
Normalmente, a ação popular será proposta em face 
de: 
 Pessoa jurídicas de Direito Público 
 Responsáveis pelo ato lesivo 
 Beneficiários diretos do ato ou contrato lesivo. 
Vale lembrar o que preceitua o artigo 6º, § 3º da lei nº 
4.717-1965: 
Art. 6, § 3º A pessoa jurídica de direito público ou de 
direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, 
poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá 
atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao 
interesse público, a juízo do respectivo representante 
legal ou dirigente. 
Por fim, os tribunais se mantém estáveis quanto a 
necessidade de o beneficiário do ato/contrato lesivo ou 
ofensivo ao patrimônio público aproveitar diretamente 
da lesão/ofensa. Ou seja, aquele que seja favorecido 
remota ou indiretamente não deve ser listado no polo 
passivo da ação. 
Competência 
Não foi constitucionalmente fixada, tampouco 
estabelecida a partir do ideal que reconhece foro por 
prerrogativa ou exercício de função para algumas 
autoridades. 
Assim, a Lei nº 4.717/1965 no seu art. 5º dispõe que a 
competência será determinada conforme a origem do 
ato impugnado. Nesse sentido, o juiz de 1º grau será 
competente para conhecer da ação processá-la e 
julga-la de acordo com as regras ordinárias de definição 
de competência originária 
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é 
competente para conhecer da ação, processá-la e 
julgá-la o juiz que, de acordo com a organização 
judiciária de cada Estado, o for para as causas que 
interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao 
Município. 
Logo, o STF, o STJ e os demais Tribunais Superiores, 
tampouco o TRFs e TJs não são possuidores de 
competência originária para julgar a ação. 
Procedimento 
O procedimento é ordinário, conforme art. 7 da Lei nº 
4.717/1965. 
Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento 
ordinário, previsto no Código de Processo Civil, 
observadas as seguintes normas modificativas: 
O prazo para propositura da ação é de 5 anos a contar 
da realização do ato impugnado e não do 
conhecimento pelo cidadão, conforme dispõe o art. 21 
da Lei em questão. daquele ato. Tal prazo possui 
natureza prescricional, estando sujeito as hipóteses se 
suspensão e interrupção da prescrição. 
Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 (cinco) 
anos. 
O prazo de contestação da ação é de 20 dias, 
prorrogáveis por mais 20 a requerimento do 
interessado. (Art. 7º, §2º, IV) 
IV - O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, 
prorrogáveis por mais 20 (vinte), a requerimento do 
interessado, se particularmente difícil a produção de 
prova documental, e será comum a todos os 
interessados, correndo da entrega em cartório do 
mandado cumprido, ou, quando for o caso, do decurso 
do prazo assinado em edital. 
O juiz, então, ordenará vistas as partes por 10 dias, para 
alegações, sendo os autos conclusos para sentença em 
48h após a expiração desse prazo. De forma que 
havendo requerimento de prova, o processo tomará o 
rito ordinário. (Art. 7º § 2º, V) 
Art. 7º § 2º, V: “Caso não requerida, até o despacho 
saneador, a produção de prova testemunhalou pericial, 
o juiz ordenará vista às partes por 10 (dez) dias, para 
alegações, sendo-lhe os autos conclusos, para sentença, 
48 (quarenta e oito) horas após a expiração desse 
prazo; havendo requerimento de prova, o processo 
tomará o rito ordinário. 
A ação Popular não admite reconvenção, pois o 
legitimado ativo não age em direito próprio, mas em 
direito de toda a coletividade. 
A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga 
omnes (vale p todos), exceto no caso de haver sido 
ação julgada improcedente por deficiência de prova, 
neste caso, qq cidadão poderá intentar outra ação com 
fundamento idêntico, valendo-se de nova prova, nos 
termos do art. 18 da Lei nº 4.717/1965. 
Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada 
oponível "erga omnes", exceto no caso de haver sido a 
ação julgada improcedente por deficiência de prova; 
neste caso, qualquer cidadão poderá intentar outra 
ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova 
prova. 
Decisão 
Quando for declarada a procedência do pedido, a 
natureza da decisão é dúplice: 
Desconstitutiva (de forma declaratória positiva ou 
constitutiva negativa) e simultaneamente condenatória. 
Os efeitos da sentença que julga procedente são: 
 Invalidação do ato lesivo ao patrimônio público, 
 Condenação das autoridades, dos 
administradores, beneficiários, que arcarão com 
o ressarcimento dos danos e das perdas; 
 Condenação das autoridades, dos 
administradores, dos funcionários e dos 
beneficiários em custas e ônus de 
sucumbência; 
 Efeito erga omnes.

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