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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE MATEMÁTICA E 
ESTATÍSTICA LANTE – Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIAS E ENSINO DA MATEMÁTICA DOS ANOS INICIAIS: A UTILIZAÇÃO 
DE SOFTWARES EDUCATIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
THAIANE FAGUNDES DE ARÁUJO HOLANDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO/RJ 2018 
 
THAIANE FAGUNDES DE ARÁUJO HOLANDA 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIAS E ENSINO DA MATEMÁTICA DOS ANOS INICIAIS: A UTILIZAÇÃO DE 
SOFTWARES EDUCATIVOS 
 
 
 
 
 
Trabalho de Final de Curso apresentado à 
Coordenação do Curso de Pós-graduação da 
Universidade Federal Fluminense, como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
Especialista Lato Sensu em Novas Tecnologias 
no Ensino de Matemática. 
 
 
Aprovada em de . 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
________________________________________________________________________ 
Profª. Daniela Ribeiro Monteiro - Orientadora 
LANTE/UFF 
 
 
 
_________________________________________________________________________ 
Prof. Nome 
Sigla da Instituição 
 
 
 
________________________________________________________________________ Prof. 
Nome 
Sigla da Instituição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho, a Deus que tem me dado forças para a 
caminhada, minha família e filhas que tem sido minhas maiores 
inspirações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus por ser meu principal orientador, a minha família 
por entender o tempo que precisei me dedicar a conclusão deste 
trabalho, minhas filhas por todo amor que sempre me deu forças para 
avançar. 
Agradeço as colegas Vanilde e Renata por toda força e compreensão, 
e a nossa Orientadora Daniela Ribeiro pela dedicação e por ter sido 
tão presente em todas as etapas. 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 Este trabalho tem como objetivo discutir como a incorporação das Tecnologias da Informação e 
Comunicação podem apoiar a construção do conhecimento no processo de ensino e aprendizagem 
nos anos iniciais, através de diferentes formas de interação. Partindo de um breve histórico sobre a 
informática educativa no Brasil, e consequentemente, abordando suas aplicações no ensino da 
matemática, com o uso de computadores, softwares educativos e vídeos, em conjunto ao papel do 
professor e do aluno no processo pedagógico. O trabalho considera a relevância das transformações 
de linguagem e cognição, mediante o frequente uso destes dispositivos tecnológicos, por parte dos 
alunos, influenciando a estruturação do conhecimento dos mesmos. Debate também, a importância 
de ajustes nas metodologias de ensino, incluindo adequadamente o uso de tais dispositivos, tanto na 
formação inicial do professor, quanto na instrução do professor em exercício. Por meio do 
desenvolvimento do presente estudo, foi possível observar que através dos avanços da tecnologia, 
torna-se viável uma modernização do sistema educacional, contribuindo para o ensino e aprendizado, 
nas relações entre professor e aluno e na qualidade do ensino. Para isso, faz-se necessário um 
melhoramento tecnológico do professor e das instituições de ensino. 
Palavras–chave: Informática Educativa; Educação Matemática; Anos Iniciais; Tecnologias; 
Softwares Educativos; Vídeos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
 
1 – Introdução.....................................................................................................................................06 
1.1 – Justificativa..........................................................................................................07 
1.2 – Objetivos..............................................................................................................08 
1.3 – Organização do trabalho.......................................................................................08 
 
2 – Pressupostos teóricos.....................................................................................................................09 
 
2.1 – Breve Histórico da Informática Educativa no Brasil............................................09 
2.2 – Ensino apoiado por Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs)...............10 
2.3 – Formação matemática dos professores dos anos iniciais......................................11 
2.4 – A alfabetização matemática nos anos iniciais do ensino fundamental..................11 
2.5 – Tecnologia e o processo ensino aprendizagem nos anos iniciais..........................13 
 
3 – Considerações Finais.....................................................................................................................14 
4 – Referências....................................................................................................................................17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. Introdução 
 A educação é uma experiência vivenciada por todas as pessoas em diferentes situações em todas as 
sociedades. Entretanto, cada sociedade tem um tipo de educação que necessita, de forma que uma 
sociedade de guerreiros possui uma educação para guerreiros e uma sociedade que necessite de 
burocráticos tem uma educação para burocráticos (BRANDÃO, 2008). 
O hábito do uso de diversos dispositivos tecnológicos, que tem sido crescente nos dias atuais, 
tem gerado diferenças no comportamento social que são refletidas na comunicação e na educação, 
produzindo mudanças na construção do conhecimento. Diante de um contexto escolar, sobretudo do 
ponto de vista da formação cognitiva infantil, é essencial que tais dispositivos estejam disponíveis no 
ambiente estudantil e que os aparelhos de uso próprio do aluno, também sejam considerados nas 
metodologias pedagógicas. Desta forma, faz-se necessário priorizar uma pedagogia que incorpore o 
uso de internet e mídias, investindo em uma educação tecnológica, que é fundamental para a economia 
e ciência. 
Isto deve ocorrer como um mecanismo de apoio à construção do conhecimento, reformulando 
a prática docente, através de mudanças indispensáveis nos padrões educacionais e comportamentais 
dos professores, coordenadores e alunos, frente às novas ações de ensino e aprendizado. Por isso, 
iniciativas buscando diminuir a defasagem educacional podem ser verificadas, pela existência de 
diversos recursos tecnológicos voltados para o ensino, assim como, de políticas públicas perscrutando 
a inclusão digital das classes menos favorecidas. 
No ensino da Matemática o professor deve identificar as principais características dessa 
ciência, de seus métodos, de suas ramificações e aplicações; conhecer a história de vida dos alunos, 
sua vivência de aprendizagens fundamentais, seus conhecimentos informais sobre um determinado 
assunto; ter clareza sobre suas próprias percepções sobre a matemática, uma vez que a prática em sala 
de aula, as escolhas pedagógicas, a definição de objetivos e conteúdos de ensino e as formas de 
avaliação, estão intimamente ligadas a essas concepções (BRASIL, 2001, p. 37). 
A partir dos objetivos apresentados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o 
ensino da matemática é possível concluir que o uso da tecnologia oferece grande contribuição ao 
apresentar uma perspectiva inovadora que traz como característica básica a inter-relação entre 
pesquisa, formação e prática. Esta inter-relação permite a estruturação de conexões mais lúdicas, 
acessíveise propícias ao aprendizado de crianças, dando aos professores e alunos dos anos iniciais1 
diversas possibilidades para a construção do conhecimento e do raciocínio lógico e permitindo 
desenvolver o pensamento crítico e criativo do aluno mediante a curiosidade e outras motivações do 
mesmo. 
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos e 
motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades 
do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do 
professor-educador. Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, 
ajudam o professor a ajudá-los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, 
que apóiam as mudanças, que estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem 
ambientes culturalmente ricos, aprendem mais rapidamente, crescem mais 
confiantes e se tornam pessoas mais produtivas (MORAN, 2007, p. 29). 
 
Então, professores e alunos são os protagonistas nessa nova era tecnológica, tornando o ensino 
mais democrático, permitindo aos alunos expressarem seus pensamentos e aproximando-os do 
professor que por sua vez, passa a ter um papel de facilitador das interações em sala de aula. De igual 
modo, torna-se amplamente importante a implantação do uso destes recursos no desenvolvimento da 
 
1 Lei n. 9.394, de 20 dez. 1996. Art 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível 
superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na 
educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade 
normal. (Redação dada pela lei nº 13.415, de 2017). 
7 
 
matemática, desde a etapa da formação do professor dos anos iniciais mas, em contrapartida, 
configura-se um grande desafio na tarefa da instrução matemática do professor, devido às dificuldades 
educacionais acerca das metodologias de ensino dos cursos de formação de professores, sobretudo as 
vinculadas ao uso de tecnologias. 
Neste trabalho é retratado esta falha, neste momento primordial da educação, que é a formação 
do professor, e também é apresentado o dever dos futuros professores em integrarem novos recursos 
pedagógicos à sua formação. 
A respeito da necessidade de ajustes dos atuais professores para a introdução na sala de aula 
dos recursos proporcionados pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), incluindo 
softwares educacionais e de uso geral. Observa-se que entre todas as tecnologias disponíveis a mais 
presente no cotidiano é a informática. E ao falar-se em ensino apoiado por TICs, é comum associarmos 
somente ao uso de computadores e internet e deixarmos em segundo plano outros recursos não menos 
importantes e que estão disponíveis em praticamente todas as escolas. 
Sobre a importância da inserção das novas tecnologias na educação, Silveira (2007, p. 91) diz 
que “a educação, hoje, absorve as novas tecnologias de informação e da comunicação, como um dia 
absorveu o lápis, a lousa, a caneta esferográfica, as transparências, os slides e outros instrumentos, 
com o intuito de facilitar tanto o ensino como a aprendizagem.” 
É fundamental ressaltar que somente a tecnologia não é capaz de transformar a prática de um 
professor. Mas, se usada de modo contextualizado, ela é capaz de aproximar a rotina em sala de aula 
daquilo com que os alunos já estão acostumados na vida real, estreitando o relacionamento entre 
professor e aluno, que passam a compartilhar da mesma realidade. 
Neste contexto, o presente trabalho, através de uma revisão de literatura, busca compreender 
as peculiaridades da informática, e suas variações, como apoio ao ensino da matemática nas primeiras 
séries de ensino fundamental (1º ao 5º ano), assim como, fornecer base para análise e reflexão sobre 
como definir sua utilização no ensino e aprendizagem, considerando os interesses e exigências da 
comunidade escolar e de acordo com a proposta pedagógica da escola. 
 
1.1 Justificativa 
O uso de computadores nas escolas tem crescido a cada dia, tanto na área administrativa 
quanto na área pedagógica. No último caso, leva-nos à chamada “Informática Educativa”, que 
significa a utilização da tecnologia e suas aplicações como um recurso pedagógico a ser explorado 
pelo professor. 
No desenvolvimento da educação matemática nos anos iniciais na maioria das vezes, são 
utilizados métodos tradicionais, o que não permite um aprendizado significativo. Observa-se isso 
através das palavras de Santos2: “a construção desse conhecimento pelos alunos ainda está muito 
longe porque a prática desenvolvida por muitos professores ainda é tradicional, a prática deles não 
leva seus alunos a construírem uma aprendizagem voltada para a realidade na qual seus alunos 
participam.” 
 Entende-se que o computador permite despertar a curiosidade e o interesse do aluno, habituado com 
a tecnologia em seu cotidiano, facilitando a compreensão de temas às vezes áridos e potencializando 
o processo de ensino, uma vez que torna possível a elaboração de aulas mais criativas e motivadoras 
e incentiva o aluno a conhecer e fazer descobertas sobre os conceitos abordados em aula. Sendo assim, 
justifica-se a escolha pelos anos iniciais de escolaridade baseados nas palavras de Moran (2000, apud 
FRAIHA-MARTINS e GONÇALVES, 2012): “Cada vez mais cedo, crianças estão em contato com 
as novas tecnologias em seu convívio social. Esse fator contribui para mudanças em suas maneiras 
 
2 SANTOS, Sueli dos. O ensino da matemática com significação nos anos iniciais da educação básica. 
Disponível em <https://www.somatematica.com.br/artigos/a33/index.php>. Acesso em 17 jul. 2018. 
 
8 
 
de interagir e comunicar, na medida em que a maioria desses recursos traz como características 
constituidoras a multimídia e a hipertextualidade.” 
 O conteúdo desse trabalho destaca o uso de tecnologias como elemento fundamental na experiência 
e no desenvolvimento da comunicação e do raciocínio lógico-matemático de crianças. O que o torna 
amplamente relevante para pesquisas atuais e futuras, reconhecendo que é preciso desenvolver 
estratégias adequadas que englobem esses meios e aperfeiçoe o ensino de maneira que as próximas 
gerações aprendam a utilizar tais recursos para alcançar o aprendizado de forma investigativa, 
exploradora e analítica. 
 
 
1.2 Objetivos 
 Este trabalho tem como objetivo geral discutir a utilização de recursos tecnológicos em apoio ao 
processo de ensino e aprendizagem nos anos iniciais, mostrando como as TICs podem ser usadas 
como ferramentas facilitadoras uma vez que os discentes nesta faixa etária já se encontram 
plenamente conectados ao mundo das informações instantâneas e entender os benefícios, as 
funcionalidades e a adequação destes recursos às metodologias pedagógicas. 
 Para atingir este objetivo, foram estabelecidos alguns objetivos específicos descritos a seguir: 
• Identificar os elementos fundamentais para o uso da tecnologia como apoio pedagógico; 
• Compreender as particularidades da Informática Educativa no Brasil, a partir da 
identificação dos principais pontos relevantes para a incorporação da tecnologia no 
contexto escolar, e suas implicações pedagógicas; 
• Verificar os vários tipos de interatividade que podem ser mediadas ao processo de 
ensinoaprendizagem, conjuntamente com o uso dos vídeos e software educativo; 
• Reconhecer as vantagens e desvantagens do uso do vídeo e software educativo como 
recurso, pelo professor e pelo aluno; 
• Detectar efeitos decorrentes do uso de figuras utilizando o software educativo; 
 
 
1.3 Organização do Trabalho 
O trabalho foi elaborado em grupo3e organizado em 4 capítulos. A introdução, enquadrada 
como capítulo 1, contempla a apresentação temática (Informática Educativa), justificativada 
importância do estudo, objetivos geral e específicos que delineiam os resultados, e a organização do 
trabalho com a apresentação dos capítulos. O capítulo 2 discorre sobre os pressupostos teóricos 
relevantes para a identificação do estado da arte da temática. O capítulo 3, concebido individualmente, 
trata das considerações finais que consistem em uma síntese interpretativa do trabalho e sugestões de 
futuros trabalhos. 
 Aplicou-se a pesquisa bibliográfica como metodologia na busca de temas referentes ao uso de 
tecnologias como recurso didático no desenvolvimento da educação matemática nos anos iniciais. E 
cada integrante do grupo desenvolveu individualmente temas relativos a recursos tecnológicos 
específicos. 
 
 
 
3 HOLANDA, Thaiane Fagundes de Araújo. Tecnologia e Ensino da Matemática dos Anos Iniciais: a 
utilização de softwares educativos. Rio de Janeiro, 2018. 
MANFREDI, Vanilde. Tecnologia e Ensino da Matemática dos Anos Iniciais: uso do computador como 
Apoio Pedagógico. Rio de Janeiro, 2018. 
SILVA, Renata da Paixão. Tecnologia e Ensino da Matemática dos Anos Iniciais: o uso de vídeos na 
otimização da prática educativa. Rio de Janeiro, 2018. 
9 
 
2. Pressupostos teóricos 
 
Desde o início dos tempos o ser humano busca a inovação através das ferramentas, da criação 
da máquina a vapor, eletricidade e tantos outros mecanismos de apoio às atividades rotineiras da 
sociedade. Entre estas ferramentas de modernização, a que mais se torna presente e ativa é a 
informática. A tecnologia é tão vigente no dia a dia que, muitas vezes, sequer percebe-se a 
dependência da mesma, dada a acessibilidade de utilização nos mais variados segmentos e meios de 
comunicação. 
Historicamente, a escola tem sido objeto de transformações advindas de demandas coletivas, 
no que se refere ao perfil do aluno a ser formado. Na atual sociedade, a escola deve se preocupar em 
formar um cidadão autônomo e motivado para a aprendizagem ao longo da vida. Nesse contexto, não 
há mais lugar para um ensino que vise a memorização e a instrução mecânica de regras. Esta escola 
não pode dar-se ao luxo de ficar alheia à importância da tecnologia, no progresso dos indivíduos e 
não pode ignorar a facilidade das crianças, em absorver e lidar com esses novos recursos, sob pena de 
contribuir, para o agravamento da exclusão a que estão submetidos milhões de jovens das camadas 
mais populares. 
Esta realidade demanda tanto da escola quanto do professor novas posturas em relação ao 
sistema educacional. Concebendo um professor mediador do processo de interação 
tecnologia/aprendizagem, que desafie constantemente os seus alunos com experiências significativas, 
tanto presenciais como a distância. 
A revolução tecnológica produziu uma geração de alunos que cresceu em ambientes ricos de 
multimídia, com expectativas e visão de mundo diferente das gerações anteriores. Portanto, a revisão 
das práticas educacionais é condição necessária para que possamos proporcionar-lhes educação 
apropriada, por isso este trabalho tem como objetivo analisar e propor a aplicação de diversos recursos 
tecnológicos no ensino e aprendizagem da matemática nos anos inicias do ensino fundamental. 
Trataremos aqui os pressupostos teóricos utilizados para fundamentar a proposta do presente trabalho. 
 
 
2.1. Breve Histórico da Informática Educativa no Brasil 
 
O uso da Informática na Educação no Brasil tem seus primeiros registros no início dos anos 
70, a partir de algumas experiências na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Nos 
anos 80 estabeleceu-se através de diversas atividades que permitiram que essa área possuísse hoje 
uma identidade própria, raízes sólidas e relativa maturidade. 
De acordo com o Projeto EDUCOM (COMputadores na EDUcação) o Brasil deu os passos 
introdutórios no caminho da informática educativa em 1971 quando, pela primeira vez, discutiu-se o 
uso de computadores no ensino de Física na Universidade de São Paulo (USP), Campus de São Carlos, 
em seminário promovido em colaboração com a Universidade de Dartmouth/EUA. As entidades 
responsáveis pelas investigações iniciais sobre o uso de computadores na educação brasileira foram: 
UFRJ, UNICAMP e UFRGS. Os registros indicam a UFRJ como instituição pioneira na utilização do 
computador em atividades acadêmicas, por meio do Departamento de Cálculo Científico, criado em 
1966, que deu origem ao Núcleo de Computação Eletrônica (NCE). No final da década de 70, um 
grupo de pesquisadores da UFRGS, liderados pela professora Léa Fagundes, começaram a utilizar a 
linguagem LOGO com o intuito de verificar as dificuldades de aprendizagem de matemática 
apresentadas por adolescentes e crianças das escolas públicas. Em sequência, na década de 80, a 
UNICAMP incorporou junto aos seus programas de pesquisa e pósgraduação várias propostas e 
10 
 
recursos produzidos pelo grupo de Seymour Papert, criador da linguagem LOGO 4 , resultando, nos 
anos seguintes, no surgimento de métodos, técnicas e softwares educacionais voltados à realidade 
nacional que utilizavam tais contribuições. Nessa época, o computador era utilizado como objeto de 
estudo e pesquisa, propiciando uma disciplina voltada para o ensino de informática. 
Em paralelo, nas décadas de 80 e 90, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) começa 
também a se preocupar com o uso de programas que associassem educação e informática 
(ERAILSON, 2011, p. 1), o que impulsiona essas instituições ao desenvolvimento de experiências 
em relação a inserção de computadores no ensino fundamental e médio. 
O uso da tecnologia viabiliza a transformação das aulas convencionais em aulas com 
possibilidade de interação, de troca, adaptando os dados e as informações à realidade do educando. 
Então é possível afirmar que o papel fundamental do ensino da informática nas escolas é disponibilizar 
para os alunos aulas mais dinâmicas, lúdicas e interativas. Dessa forma, os profissionais da educação 
precisam conhecer as funcionalidades e as tecnologias que envolvem a informática para disponibilizar 
aos seus alunos novos conhecimentos, através de novas formas de ensinar. Logo, a forma mais 
adequada de utilizar a informática na educação, demanda a integração de quatro aspectos: o 
computador, o software educativo, o professor e o aluno. 
 
 
2.2. Ensino apoiado por Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) 
 
O aumento das tecnologias nas relações sociais, tem contribuído para uma mudança no 
modelo de comunicação, incorporando uma variedade de elementos textuais e de multimídia, 
Oechsler (2015, p. 2) destaca que essa mudança pode ser percebida também no ambiente escolar, 
onde os alunos utilizam smartphones para registrar aulas através da fotografia ou até mesmo para 
complementar os estudos por meio de vídeos e outros recursos. Observa-se que múltiplos dispositivos 
tecnológicos têm sido utilizados por alunos de diversas faixas etárias em ambiente escolar, porém, há 
um crescente uso por parte das crianças. 
 Sendo assim, é preciso atentar para esta realidade, principalmente na educação para os anos iniciais, 
que é a fase onde ocorre o desenvolvimento da linguagem e o raciocínio lógico, bases para a 
construção de todo o conhecimento a ser adquirido pelo aluno. Este fato, assinala a necessidade de 
uma evolução das práticas educativas na elaboração de conteúdos a serem trabalhados por meios 
tecnológicos. 
 
[...] é importante que os alunos sejam capazes de saber utilizar diferentes fontes de 
informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. 
Portanto, é necessário que o professor utilize, em suas aulas, outros recursos 
didáticos como, por exemplo: jogos, livros, vídeos, calculadoras, computadores e 
outrosmateriais que têm um papel importante no desenvolvimento do aluno 
(ALBERTO e SOUZA, 2016, p. 2). 
 
A incorporação da tecnologia no ensino não deve ser entendida como simplesmente um 
instrumento facilitador para o professor, mas sim como um mecanismo de apoio à construção do 
conhecimento de forma crítica e reflexiva, reformulando a prática docente e dando significado real às 
informações desenvolvidas na escola objetivando o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem 
do aluno. 
 
 
 
 
4 A linguagem LOGO foi elaborada por Papert e seu uso passou a ser disseminado após sua visita ao Brasil em 
1975. O LOGO não é uma linguagem de programação em si e sim um modo de conceber e de usar programação 
de computadores. 
11 
 
 
 
2.3. Formação matemática dos professores dos anos iniciais 
 
As mudanças sociais propõem adequações em todos os âmbitos, igualmente na educação e 
consequentemente, os ajustes no processo de ensino e aprendizagem, em busca de eficiência através 
dos recursos tecnológicos, requer a concepção de práticas educativas, inicialmente no ambiente de 
formação de professores, o que é visto como um desafio. Porém, pautar-se em princípios que 
privilegiam a construção do conhecimento, o aprendizado significativo, interdisciplinar e integrador, 
se configura de forma muito mais desafiadora para esta categoria. 
 Diversas literaturas especializadas citadas por Gomes (2002), ressaltam a necessidade de uma 
mudança na metodologia da formação dos professores, pois a mesma está fundamentada na 
transmissão do conhecimento como forma exclusiva de aprendizado. As faculdades de formação de 
professores apresentam desde muito tempo, um padrão de ensino focado em conteúdos teóricos e 
filosóficos, porém dissociados da realidade da prática escolar na sala de aula. Esse padrão de ensino, 
dificulta o desenvolvimento do aluno (futuro professor), na compreensão adequada dos conceitos 
fundamentais da matemática, tanto quanto, na construção de uma conduta de mediador na educação 
matemática. 
 
Entretanto, o que observamos em nossa experiência profissional nos permite 
afirmar que a reprodução do que e como aprenderam e a ênfase nas metodologias, 
ainda se faz presente nos cursos de formação, o que é explicado, em boa parte dos 
casos, pelo fato de que a própria escolha pelo curso de Pedagogia, por exemplo, se 
dá pela ausência da matemática em seus currículos (GOMES, 2002, p.368). 
 
 Retrata-se então, um grande problema quanto à formação matemática de professores dos anos 
iniciais. Por conseguinte, a dificuldade amplia-se no que tange a utilização de ferramentas 
tecnológicas no ensino. 
 
[...] os cursos de formação de professores que atuam nos anos iniciais, como, por 
exemplo, cursos de Pedagogia, não têm proporcionado oportunidade para que seja 
inserida essa ferramenta na abordagem dos conteúdos matemáticos. Tampouco os 
professores que atuam na rede pública se sentem seguros para integrar a tecnologia 
informática nas aulas de matemática (ALBERTO e SOUZA, 2016, p. 2). 
 
Os professores precisam se adaptar para inserir na sala de aula os recursos proporcionados 
pelas TICs. A formação dos futuros professores deve priorizar a inserção das tecnologias na sala de 
aula de forma intensiva, partindo de uma proposta de inovação curricular que tenha foco principal nas 
atividades de interesses dos estudantes de modo a desenvolver a capacidade de reflexão e 
argumentação, fundamentais ao processo de aprendizagem. Assim, é necessário observar a formação 
dos chamados professores alfabetizadores, e prepará-los para a difícil tarefa da alfabetização 
matemática vinculada ao uso de tecnologias uma vez que seu uso cada vez mais cotidiano e 
progressivo, faz com que os professores necessitem abandonar as tradicionais formas de ensinar e 
busquem condições mais favoráveis ao desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem. 
 
 
2.4. A alfabetização matemática nos anos iniciais do ensino fundamental 
 
 No Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), apresenta-se uma proposta onde 
alfabetização matemática nos anos iniciais, pode ser trabalhada como um instrumento para a leitura 
do mundo, através da Alfabetização Científica, definida como: um processo que articula domínio de 
vocabulário, simbolismo, fatos, conceitos, princípios e procedimentos da ciência e também das 
12 
 
relações entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente (BRASIL, 2014, p.19). Ou seja, a 
alfabetização científica é uma forma de ensino que provoca situações onde os alunos se mobilizam 
para buscar e construir um entendimento acerca das relações entre teoria/prática, professor/aluno, 
conteúdo/forma e ensino/pesquisa (BRASIL, 2014, p.20). 
 Logo, a utilização de tecnologias presentes na rotina do aluno, são de extrema importância para a 
estruturação do conhecimento do mesmo. Sendo necessário levar em consideração nesse momento 
introdutório do ensino, os anos iniciais, que os padrões cognitivos, perceptivos e culturais do aluno, 
são cada vez mais advindos de uma vivência permeada em uso de tecnologias. 
 Portanto, busca-se que a educação venha ser desenvolvida de forma colaborativa, onde o professor 
fortaleça as potencialidades dos alunos e encoraje a iniciativa e autonomia nas resoluções de 
problemas, explorando a curiosidade e criando estímulos para motivá-los a aprender com situações 
cotidianas. 
 
Assim, quando desenvolvemos o processo de Alfabetização Científica com os 
alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, estamos formando pessoas que 
podem utilizar a Ciência e a tecnologia em benefício próprio, da sociedade e do 
ambiente. Ainda na tecnologia, indivíduos cientificamente educados podem deixar 
a condição de apenas usuários dos aparatos tecnológicos e compreender os 
processos envolvidos. Isso pode ser extremamente importante em termos de 
aperfeiçoamento ou inovação tecnológica (BRASIL, 2014, p. 16). 
 
Ao falar-se em ensino apoiado por TICs, é comum associar ao uso de computadores e internet 
e deixar em segundo plano outros recursos não menos importantes e que estão disponíveis em 
praticamente todas as escolas: a TV e o vídeo. O vídeo didático é talvez a tecnologia de mais fácil 
acesso como recurso de apoio ao processo de ensino aprendizagem. 
 Os vídeos são combinações de uma comunicação sensorial com a linguagem audiovisual, eles são 
compostos por diversos símbolos, cores, formas, cenários, sons e significados que aproximam da 
realidade e da sensibilidade humana o que torna o vídeo uma grande experiência sensorial. A visão 
de que o vídeo está muito relacionado ao entretenimento ocorre porque segundo Moran (1995, p.27), 
ele “está umbilicalmente ligado à televisão e a um contexto de lazer”, e que essa relação passa 
imperceptivelmente para a sala de aula. Porém, isso não prefigura um problema, pois, com efeito, os 
professores deveriam utilizar isso como forma de atrair o aluno para os assuntos do planejamento 
pedagógico. 
 Moran (1995) propõe formas adequadas de utilização dos vídeos, como sensibilização, ilustração, 
simulação, apresentação de conteúdo de ensino, produção (documentação, intervenção e expressão), 
como avaliação e como suporte de outras mídias ou interagindo com o computador e games. Ele 
também apresenta a dimensão moderna e lúdica da produção de vídeos como expressão, destacando 
que esta é uma atividade muito estimada pelas crianças, por permitir brincar com a realidade. 
 Uma pesquisa feita por Corrêa (2016, p. 3) entre crianças brasileiras de 0 a 12 anos, apresenta um 
progressivo consumo de vídeos online na plataforma YouTube Brasil, que tem esse país como seu 
segundo maior consumidor no mundo o que demonstra o interesse pelos vídeos, por parte das 
crianças. Tal pesquisa, reforça a posição de Moran (1995) e faze-a atemporal, no que diz respeitoà 
dimensão lúdica da produção de vídeos como expressão, pois constata-se o desejo das crianças em 
protagonizar vídeos, e nos dias de hoje, espelhando-se em influenciadores digitais, ou YouTubers, 
como geralmente são chamados os apresentadores dos vídeos da plataforma YouTube. 
 O estudo utilizou-se de dois mapeamentos 5 e observou-se o rápido crescimento de visualizações nas 
categorias games, videobrincadeiras, e YouTubers mirins. A partir destes dados torna-se possível uma 
reflexão sobre a elaboração de conteúdos educativos para essa faixa etária. 
 
5 A metodologia completa da seleção dos canais mapeados na pesquisa. Disponível em: 
<http://pesquisasmedialab.espm.br/criancas-e-tecnologia/>. Acesso em 21 set. 2018. 
 
13 
 
 
 
 
 
2.5. Tecnologia e o processo ensino aprendizagem nos anos iniciais 
 
 A importância das tecnologias no ambiente escolar, bem como na vida em sociedade, amplia as 
possibilidades na construção e aquisição de conhecimentos, porque o acesso às informações podem 
ocorrer em qualquer tempo e espaço, logo as tecnologias digitais tem se feito presente no cotidiano 
escolar, porém tem sido um grande desafio para as instituições educacionais e professores, pois a 
integração requer mudanças nas práticas pedagógicas. 
 De fato, os princípios da tecnologia da informação auxiliam o entendimento de que o computador 
pode ser um recurso valioso nos processos de ensino e perfeitamente alinhado com as práticas 
pedagógicas, desde que ocorra um gerenciamento adequado dos recursos informatizados. Para isto, o 
professor deve utilizar este recurso para criar projetos metodológicos que superem a reprodução do 
conhecimento e levem à produção do conhecimento transformando o computador em um elemento 
de motivação para os alunos. A utilização de um software adequado favorece a individualização da 
aprendizagem e o desenvolvimento da autonomia dos educandos, o que é fundamental para 
aprendizagem. 
 Neste sentido, o uso de softwares parece poder auxiliar a prática docente, e criar um ambiente 
favorável à construção de conceitos matemáticos que possibilitem a superação das dificuldades e 
tornem a aprendizagem mais estimuladora. Segundo Vianna e Araújo, “Quem está em sala de aula 
hoje não pode fechar os olhos para o uso da informática” (VIANNA e ARAÚJO, 2004, p. 137). A 
Matemática é muito privilegiada em relação às diversas tecnologias presentes no mundo moderno: 
jogos, Internet, simuladores e diversos outros softwares surgem como instrumentos para auxiliar o 
processo de ensino, criando ambientes de aprendizagens que possibilitem o surgimento de novas 
formas de pensar e de agir, que valorizem o experimental e que tragam significados para o estudo da 
Matemática. O computador vem modificando o panorama científico, reduzindo as diferenças 
metodológicas entre esta e as ciências experimentais; no caso da matemática, este pode lidar com 
simulações numéricas e representações de modelos matemáticos complexos (MATOS FILHO et al., 
2008, p. 4912). 
Os chamados softwares educativos trouxeram novas perspectivas para o uso da informática 
no ensino. Um software educativo é compreendido como aquele que pode ser usado para fins 
educacionais mesmo que não tenha sido projetado para este fim, como é o caso das planilhas ou 
processadores de textos. 
Muitos softwares apesar de possuírem interface com interessantes recursos de hipermídia 
(som, imagem, animação, texto não linear), nada mais oferecem aos alunos do que ler definições e 
propriedades e aplicá-las em exercícios práticos (tipo tutorial) ou testar e fixar ‘conhecimentos’ 
através da realização de exercícios protótipos e repetitivos, que no máximo avançam em grau de 
dificuldade (tipo prática de exercícios) (GRAVINA, 1998, p.85-86). 
Trabalhar com as tecnologias (novas ou não) de forma interativa nas salas de aula requer a 
responsabilidade de aperfeiçoar as compreensões de alunos sobre o mundo natural e cultural em que 
vivem. É indispensável o desenvolvimento contínuo de alunos e professores, trabalhando 
adequadamente com as novas tecnologias, constatando que a aprendizagem pode se dar com 
desenvolvimento emocional, racional, da imaginação, do intuitivo, das interações, a partir dos 
desafios, da exploração de possibilidades, de assumir responsabilidades, do criar e do refletir juntos. 
Destaca-se que, independente de software utilizado, o professor de Matemática é a figura 
central no processo de ensino e no uso de tecnologia na escola. Ele é responsável pela ligação entre 
ensino e aprendizagem, facilitando a compreensão e construção do conhecimento através das 
 
 
14 
 
ferramentas e junto dos estudantes, e por planejar as atividades, utilizando a tecnologia como recurso 
para atingirem os objetivos pedagógicos. Seu papel é orientar, incentivar e questionar o porquê, para 
quê e como, tanto no erro, quanto no acerto, propiciar ao grupo a reflexão sobre o que produz 
contribuição para o pensamento lógico, estabelecer relações, levantar hipóteses, testar alternativas, 
escolher caminhos, buscar e discutir as diferentes soluções, sistematizando-se assim seu próprio 
conhecimento. 
 
 
 
 
Figura 1. Organograma dos pressupostos teóricos. 
 
 
3. Considerações finais 
 
 Considerando a pesquisa realizada, neste cenário atual, as tecnologias devem ser utilizadas em todo 
o aspecto educacional, apesar de ainda ser necessário um investimento maior para que escolas e 
professores tenham estrutura para o desenvolvimento de aulas com o uso das TICs principalmente 
nos anos iniciais, já há uma motivação para que ferramentas tecnológicas passem a ser indispensáveis 
ao ensino. 
Os softwares educativos foram criados para fins educacionais, porém outros também podem 
ser utilizados para estes fins, como é o caso das planilhas, editores de textos, entre outros. Deste 
modo, através das atividades significativas propostas pelos docentes, os aplicativos podem criar 
ambientes de descobertas, estímulo e exploração no processo de ensino e aprendizagem. 
Como nos esclarece o PCN: 
“A aprendizagem significativa depende de uma motivação intrínseca, isto é, o aluno precisa tomar 
para si a necessidade e a vontade de aprender” (BRASIL, 1997, p.64). 
Estão disponibilizados na internet uma grande quantidade de softwares de uso gratuito para 
serem explorados e utilizados para auxiliar professores no ensino da matemática dos anos iniciais, 
 
Fon te: Elaborado pel as autor a s. 
 
15 
 
porém para isso, é necessário que os docentes façam estudos para reconhecer e saber aplica-los como 
recursos didáticos. 
 
 
 
Os softwares listados abaixo, podem ser utilizados por professores dos anos iniciais. 
Tabela 1: Softwares e suas aplicações 
Softwares
6
 Aplicação 
CINDERELLA É um software de construção que nos oferece “régua e compasso eletrônicos” 
para construção de figuras geométricas. 
GEOGEBRA É um software livre que aborda diversos conteúdos com construções interativas 
de objetos e figuras. 
TANGRAM Permite que se construa uma grande variedade de figuras a partir das sete peças 
do Tangram. 
WINARC Possui uma variedade de jogos como labirinto, cubo mágico, resta um, entre 
outros. 
POLY É um software que aborda figuras geométricas e permite explorar e construir 
poliedros. 
SCRATCH Ensina programação de uma maneira simples, intuitiva, lúdica e criativa. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
A maioria dos profissionais da educação no Brasil teriam dificuldades em utilizar softwares 
disponibilizados na WEB para uso, pois a maior parte deles não são disponibilizados em nossa língua, 
dificultando ainda mais a utilização de novas ferramentas pelo professor, pois além de ser necessário 
um tutorial para a utilização, temos a barreira do idioma. Mesmo com algumas dificuldadesa serem 
vencidas, o uso de softwares é uma estratégia eficaz a ser aplicada em campos conceituais da 
matemática, por isso vale a pena investir nos educadores e nos ambientes escolares para que essas 
ferramentas sejam utilizadas em sua totalidade. 
O GEOGEBRA é uma ferramenta onde há diversas possibilidades de abordagens, podendo 
ser criados aplicativos, figuras geométricas e objetos que servem de apoio para o ensino da Geometria 
e Álgebra. Nas series iniciais o lúdico é essencial para o desenvolvimento matemático, facilitando o 
aprendizado, a expressão e construção do conhecimento, por isso os recursos deste aplicativo 
 
6 Softwares pesquisados disponíveis em: 
<http://www2.mat.ufrgs.br/edumatec/softwares/softwares_index.php>. Acesso em 29 de out. 2018. 
 
16 
 
utilizados em sala de aula permite ao aluno construir conceitos matemáticos que não seriam possíveis 
se fossem utilizados apenas lápis e papel. 
No Ensino da Geometria o GEOGEBRA se tornou um grande aliado do professor, por ter 
uma interface simples e por sua utilização depender muito mais de conhecimentos matemáticos do 
que de informática, tornando assim um dos softwares mais utilizado e abordado por docentes e 
estudantes de exatas. 
 
Figura 2. Interface do GEOGEBRA. 
 
Fonte: http://ultradownloads.com.br/download/GeoGebra/ 
A partir das mudanças no ensino aprendizagem dos dias atuais e a introdução das tecnologias 
para o processo educativo, os professores dos anos iniciais precisam passar por cursos de capacitação 
para conseguir utilizar e desenvolver aplicativos para que as mudanças em suas práticas em sala de 
aula aconteçam. Esses e outros motivos dificultam a utilização de recursos tecnológicos pelos 
docentes. 
Após a percepção da pesquisa em geral, a formação dos profissionais da educação necessita 
ser contínua, exige dedicação e aprimoramento para romper com a realidade tradicional do ensino e 
refletir sobre uma nova forma de ensinar, utilizando os novos recursos tecnológicos que estão 
disponíveis em nossa sociedade atual. 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
4. Referências 
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