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Materiais Dentários I

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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 1 
Materiais Dentários I 
Aula 1 
 
Classificação dos 
Materiais Dentários 
 
 Os materiais dentários podem ser divididos 
basicamente em três tipos: metálicos, cerâmicos e 
poliméricos. 
 
1. Materiais metálicos 
 Usados em sua forma pura, figuram 
principalmente constituindo as ligas metálicas 
presentes em peças protéticas, aparelhos 
ortodônticos, limas endodônticas, implantes e 
instrumentos odontológicos. 
 
2. Materiais Cerâmicos 
 Possuem propriedades físicas semelhantes à 
estrutura dental, além de ótima capacidade de 
reproduzir a estética dental. São resistentes à 
corrosão, têm excelente biocompatibilidade e 
apresentam dureza compatível com a do esmalte e 
baixa condutividade térmica. 
 
3. Polímeros 
 Muito utilizados em odontologia 
restauradora, e são substâncias compostas por 
cadeias de monômeros. Os polímeros mais utilizados 
em odontologia são os metacrilatos, presentes 
principalmente em resinas acrílicas, resinas 
compostas, cimentos odontológicos, materiais de 
moldagem, selantes e adesivos. 
 
Propriedades dos 
Materiais Dentários 
 
 A correta seleção do material odontológico 
exige que o profissional tenha uma noção básica a 
respeito de sua estrutura, portanto, as propriedades 
dos materiais usados em odontologia podem indicar 
sua qualidade em diferentes situações. 
1. Propriedades Mecânicas 
 As propriedades mecânicas dos materiais 
definem o comportamento do material (resposta) 
quando sujeito as cargas externas, sua capacidade de 
resistir ou transmitir esses esforços sem se fraturar 
ou deformar de forma incontrolada. 
 As propriedades mecânicas são divididas em: 
tensão, deformação, resiliência, resistência e dureza. 
 
• TENSÃO 
 
É a resistência de um material a uma força externa 
aplicada sobre ele. 
 
a) Tensão de compressão 
 
 Ocorre quando o material é colocado sob 
uma carga com tendência de encurtá-lo. Portanto, as 
forças aplicadas devem estar na mesma direção e 
com sentidos opostos de aproximação. Está 
presente no ambiente 
bucal, principalmente 
durante o processo 
mastigatório, porém não 
totalmente isolada. 
 
b) Tensão de cisalhamento 
 
 Ocorre quando uma porção plana de um 
material desliza sobre outra porção. É produzida por 
duas forças paralelas de mesmo sentido, porém com 
direções opostas. 
Em uma situação clínica, dificilmente ocorrerá uma 
fratura puramente por tensão de cisalhamento, em 
razão da ausência de uma superfície totalmente 
plana, e também da 
ausência de uma 
força que seja 
aplicada exatamente 
na interface adesiva. 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 2 
c) Tensão por flexão 
 
 Ocorre quando se pressiona um corpo de 
prova ancorado inferiormente ou quando se aplica 
uma força sobre a extremidade de uma barra com 
a extremidade oposta fixa. A forma do corpo de 
prova (barra ou disco), o número de pontos de 
aplicação de força (um ou dois) e o tipo de 
ancoragem inferior estabelecem variações no ensaio 
flexural (dois rolamentos ou três esferas). A tensão 
por flexão é importante para avaliar materiais 
utilizados em bases de próteses, materiais cerâmicos 
para próteses fixas e 
resinas para restaurações 
diretas e indiretas, além 
de resinas utilizadas para 
confecção de provisórios. 
 
d) Tensão por torção 
 
 Resulta da rotação das extremidades de um 
corpo com sentidos opostos. Os resultados da torção 
resultam em tensão de cisalhamento e rotação do 
espécime. Quando os 
instrumentos endodônticos 
são colocados em função e 
girados dentro do canal 
radicular, estão submetidos 
à torção. 
 
• DEFORMAÇÃO 
 
Pode ser plástica ou elástica. A deformação elástica 
é reversível, enquanto a plástica é permanente. 
 
• RESILIÊNCIA 
 
 É a capacidade de acumular/absorver 
energia quando exigido, ou quando submetido a 
estresse sem ocorrer ruptura. Após a tensão cessar, 
poderá ou não haver deformação residual causada 
pelo estimulo recebido no material. 
 
• RESISTÊNCIA 
 
É a capacidade do material a resistir a uma força a 
ele aplicada. 
 
 
• DUREZA 
 
 É definida como a resistência de um material 
à penetração permanente em sua superfície, ou 
seja, é a medida da resistência superficial de um 
material à deformação plástica. É uma maneira 
simplificada de definir se um material é duro ou 
macio. Em odontologia, pode ser um bom indicativo 
de facilidade de acabamento de materiais 
restauradores e de resistência de uso. Tratamentos 
restauradores com bons polimentos superficiais são 
menos acometidos por rugosidades e, 
consequentemente, menos susceptíveis a trincas e 
falhas, além de proporcionar melhor estética. 
 
• TENACIDADE 
 
 É a quantidade de energia aplicada sobre um 
material para que ocorra fratura. O valor da 
tenacidade depende da resistência e da ductibilidade. 
Quanto maior a resistência e maior a ductibilidade, 
maior será a tenacidade. 
 
• DUCTIBILIDADE 
 
 É a capacidade de um material de resistir à 
força de tração, formando uma estrutura afilada, sem 
haver ruptura. Assim como a maleabilidade, é uma 
propriedade característica de metais e ligas metálicas. 
 
• MALEABILIDADE 
 
 É a propriedade de um material de resistir a 
cargas de compressão formando uma estrutura de 
disco, sem haver ruptura. Entre os materiais de 
interesse na odontologia, o ouro e prata são os 
metais nobres mais maleáveis. 
 
• DESGASTE 
 
 É a perda de material resultante do contato 
entre dois ou mais materiais. Quando em função no 
meio bucal, o desgaste não é uma propriedade 
desejada. Já em procedimentos de acabamento e 
polimento de restaurações, essa propriedade é 
desejada. 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 3 
2. Propriedades Físicas 
 
 As propriedades físicas são características 
dos materiais. São percebidas pela análise do 
comportamento dos materiais na presença de 
determinados fenômenos físicos. As propriedades 
físicas podem ser determinadas sem que existam 
alterações na constituição dos materiais analisados. 
 Estas propriedades podem ser classificadas 
em: elasticidade, viscosidade, cor, adesão e 
propriedades térmicas. 
 
• ELASTICIDADE 
 
 Visto que todo material quando submetido a 
solicitações externas deforma-se, o comportamento 
elástico de um material é a capacidade que o mesmo 
possui em retornar a sua forma e dimensões originais 
quando retirado os esforços externos sobre ele. 
 
• VISCOSIDADE 
 
 É a medida da consistência de um fluído e 
sua incapacidade de escoamento, ou seja, quanto 
maior a viscosidade, menor o escoamento; quanto 
maior a temperatura, menor a viscosidade. 
 
• COR 
 
 A cor de um material é determinada pelas 
médias de frequência dos pacotes de onda que as 
suas moléculas constituintes refletem. Um objeto 
terá determinada cor se não absorver justamente 
os raios correspondentes à frequência daquela cor. 
 A percepção da cor é o resultado de uma 
resposta fisiológica a um estímulo físico. O feixe de 
luz, estímulo físico que permite a sensação à 
visualização das cores, é a parte definida e objetivo 
do processo. A reflexão da luz incidente no objeto é 
percebida pelos olhos e tem caráter totalmente 
subjetivo. 
 
a) Matiz 
 
Descreve a cor predominante de um objeto e 
depende do comprimento de onda (ex: amarelo, 
azul, vermelho). 
 
 
b) Luminosidade 
 
Indica a claridade de uma cor. (ex: azul-escuro, rosa-
claro). 
 
c) Saturação 
 
Representa o grau de intensidade de um matiz. 
Diferencia cores com ou sem brilho. 
 
Meio ópticos de acordo com a permissividade à 
passagem de luz: 
 
- Opacidade: propriedade dos materiais de obstruir a 
passagem de luz. 
 
- Translucidez: propriedade dos materiais de permitir 
a passagem de luz, formando feixes de luz com 
trajetórias irregulares. Assim, os objetos ficam pouco 
nítidos, não sendo distinguidos através do material 
(ex: cerâmicas e resinas compostas). 
 
- Transparência: propriedade dos materiais de 
permitir a passagem de luz com feixes de luz bem 
definidos, gerando pouca distorção, e possibilitando a 
visualizaçãoperfeita através do material (ex: vidro, 
acrílico transparente). 
 
• ADESÃO 
 
 Quando dois materiais são colocados em 
contato, as moléculas superficiais dos substratos 
sofrem atração mútua, possibilitando a adesão. O 
termo “adesão’’ é utilizado quando há contato entre 
moléculas de substratos diferentes. Para moléculas 
semelhantes, essa interação é chamada de coesão. 
 A adesão pode ser química ou mecânica. A 
adesão química ocorre em nível atômico e 
molecular, enquanto a adesão mecânica ocorre 
através de retenção por embricamento mecânico. 
Ambas podem ocorrer simultaneamente. Quando se 
utiliza outro material para promover adesão, ele é 
chamado de adesivo, enquanto os substratos a 
serem unidos são chamados de aderentes. 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 4 
a) Energia de Superfície 
 
 Ocorre em razão da impossibilidade de os 
átomos situados na superfície dos materiais estarem 
em completo equilíbrio, ou seja, não estão 
igualmente atraídos em todas as direções. No interior 
dos materiais, os átomos possuem energia mínima 
em virtude da presença de outros átomos ao seu 
redor. O aumento de energia por unidade de área 
de superfície é referido como energia de superfície 
ou tensão superficial, o que está presente na 
superfície de todos os materiais, independentemente 
da fase (sólido, líquido ou gasoso), desde que haja 
interface, excetuando-se portanto, entre dois gases. 
 
b) Molhamento 
 
 É. a medida da afinidade de um líquido por 
um sólido. Em escala molecular, a superfície de um 
sólido é extremamente rugosa. Ao aproximar duas 
superfícies sólidas, somente os átomos de maior 
relevo irão de aderir, gerando uma força de adesão 
insignificante. Para aumentar a força de atração entre 
dos sólidos, acrescenta-se um fluido que penetre 
pelas rugosidades, permitindo o contato com uma 
porção maior da superfície do sólido. É necessário 
que o líquido possua fácil escoamento sobre toda a 
superfície, aderindo ao sólido aderente. A limpeza do 
aderente é de fundamental importância para a 
eficácia de um adesivo. 
 
c) Ângulo de Contato 
 
 É indicado pela 
forma de uma gota de 
líquido sobre a superfície do 
sólido. Essa relação 
determina um ângulo em 
suas margens. A presença 
de um baixo ângulo de 
contato indica um bom 
molhamento. Um alto ângulo 
de contato caracteriza um material hidrófobo. 
 
d) Absorção e Adsorção 
 
 A absorção refere-se à capacidade de um 
volume de sólido captar líquido do meio. A adsorção 
indica a concentração de moléculas na superfície de 
um líquido ou de um sólido. Essas propriedades são 
aferidas de duas maneiras: 1) porcentagem de peso 
de material solúvel ou sorvido e 2) como o peso do 
material dissolvido ou sorvido por unidade de área de 
superfície. 
 
• PROPRIEDADES TÉRMICAS 
 
a) Condutividade térmica 
 
 A condutividade térmica é uma medida 
termofísica de transferência de calor através do fluxo 
de energia. A transmissão de calor em materiais 
sólidos ocorre preferencialmente por condução. Em 
geral, os metais apresentam maiores valores de 
condução de calor do que plásticos e cerâmicas. 
Esmalte e dentina são maus condutores térmicos 
quando comparados às ligas metálicas. As resinas 
compostas possuem condutividade térmica 
semelhante às das estruturas dentárias. 
 
b) Coeficiente de expansão térmica 
 
 É. a medida da alteração da dimensão de 
uma estrutura por unidade de sua estrutura inicial, 
quando a temperatura é aumentada em 1ºC. Esse 
coeficiente normalmente é maior para os líquidos do 
que para os sólidos. 
 Os materiais restauradores sofrem 
alterações dimensionais em diferentes temperaturas 
no meio bucal, contraindo-se e expandindo-se 
inúmeras vezes. Essas mudanças podem gerar 
desadaptação da restauração e infiltrações 
decorrentes da diferença entre o comportamento 
da estrutura dentária e o do material restaurador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Alto angulo de 
contato (ruim). 
Figura 1. Baixo angulo de 
contato (bom). 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 5 
Aula 2 
Materiais de moldagem 
Os materiais de moldagem são utilizados para 
obtenção de moldes. A finalidade destes materiais é 
reproduzir cópias precisas dos tecidos bucais. 
Propriedades 
• Fluidez: o material deve ser fluido para que escoe 
com facilidade e copie todos os detalhes; 	
• Ausência de substâncias tóxicas: o material não 
pode ter propriedades tóxicas pois entra em 
contato com a mucosa do paciente; 	
• Resistência adequada: o material utilizado deve ser 
resistente para que não se rompa quando retirado 
da boca do paciente; 	
• Estabilidade dimensional: o material deve ser 
estável para que não se perca as dimensões da 
boca do paciente; 	
• Compatibilidade com os materias de modelagem; 	
• Vida útil adequada; 	
• Fácil desinfecção. 	
 
Classificação 
 
1. Rígidos: usado somente em pacientes que não 
tenham áreas de retenção (edêntulos); 
	
2. Elásticos: usados em pacientes que tenham ou não 
áreas de retenção (edêntulos e dentados); 
	
3. Reversíveis: seu estado muda de acordo com a 
temperatura; 
	
4.. Irreversíveis: ocorre uma reação química, ou seja, 
uma vez que ocorreu esta reação química, o 
material não volta a ser o que era antes. 	
Principais Materiais de Moldagem 
- Godiva; 
- Pasta de ZOE; 
- Ágar; 
- Alginato; 
- Mercaptanas ou Polisulfetos; 
- Silicone de Condensação; 
- Silicone de Adição; 
- Poliéter; 
Métodos de Desinfecção 
1. Imersão: imergir o molde em solução de hipoclorito 
de sódio a 1% por aproximadamente 10. minutos e ao 
final, lavar 
 
2. Spray: borrifar a solução de hipoclorito de sódio a 
1% e deixar agir por aproximadamente 10 minutos e 
ao final, lavar. 
 
3. Fricção: molhar uma gaze com a solução de 
hipoclorito de sódio a 1% e aplicar sobre o molde. 
Deixar agir por aproximadamente 10 minutos e ao 
final, lavar. 
1. Godiva 
É um material rígido e termoplástico, ou seja, seu 
estado físico muda de acordo com a temperatura 
(reversível). 
 
É encontrada na forma 
de bastão e bloco. 
 
É conhecida como o material de moldagem mais 
antigo em odontologia, porém hoje é geralmente 
substituída por materiais elásticos, como o alginato. 
 
É indicada para moldagem preliminar de desdentados 
totais. 
2. Pasta zoe ou oze 
A pasta de Óxido de Zinco e Eugenol é um material 
irreversível devido a reação química que irá ocorrer 
quando misturadas as pastas base e reagente. 
 
Apresenta-se comercialmente 
como uma pasta base e outra 
pasta reagente (catalizadora); 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 6 
É um material de moldagem rígido, ou seja, somente 
será utilizada em pacientes que não apresentam 
áreas de retenção (edêntulos). 
 
É indicada para moldagem corretiva/funcional em 
prótese total. 
 
Para realizar a moldagem, deve-se utilizar moldeira 
individual em resina acrílica. 
➳Pasta Base 
- Óxido de Zinco; 
- Óleo Vegetal/Natural; 
- Possui cor clara. 
➳Pasta Reagente 
- Óleo de cravo ou eugenol; 
- É uma solução aceleradora reagente; 
- Possui cor escura.. 
➳Manipulação 
- Espátula 24 
- Bloco de papel impermeável ou placa de vidro fina. 
 
Obs: é recomendado aplicar vaselina sólida sobre a 
placa de vidro e sobre a espátula pois facilita a 
limpeza destes instrumentais. A vantagem da vaselina 
é que ela não reage com as pastas, logo, não há 
possibilidade de alterar as propriedades do material. 
 
1° Proporcionar as pastas nas medidas indicadas pelo 
fabricante. Geralmente são em proporções iguais; 
 
2° A pasta reagente deve ir de encontro a pasta 
base, e nunca o contrário; 
 
3° A espátula deve estar a 45° em relação a placa 
no início da espatulação; 
 
4° Quando a mistura estiver quase homogênea, a 
espátula deve estar paralela a placa; 
 
5° Por fim, a mistura deve ter uma cor intermediária 
e aspecto homogêneo. 
Obs: Aumento do Tempo de Presa. 
 
 O resfriamento da placa de vidro e da 
espátula retarda (aumenta) o tempo de presa, 
porém, estes instrumentais 
não podem atingir 
temperatura de orvalho(que são gotículas de água 
sobre a superfície) pois 
ocorre o efeito contrário, ou 
seja, acelera o tempo de 
presa. 
 
➳Separação molde-modelo 
 
A separação deve ser feita em imersão em água a 
60°C por aproximadamente 5 minutos. 
3. Ágar 
Apresenta-se na forma de sol (semi-sólido ou semi- 
líquido). 
 
É um material de moldagem elástico e termoplástico, 
ou seja, seu estado físico muda de acordo com a 
temperatura (reversível). 
 
Apresenta resultados superiores ao alginato. 
 
É um hidrocolóide, sendo assim, apresenta muita 
água em sua composição. 
 
➳Desvantagens 
 
- Instrumental para manipulação (são necessários 3 
recipientes com temperaturas diferentes); 
- Técnica; 
- Choque térmico; 
- Custo elevado $. 
4. Alginato 
Apresenta-se na forma de sol. 
 
É um material irreversível devido a reação química 
que ocorre durante a manipulação. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 7 
Possui fácil manipulação. 
 
Necessita de equipamento mínimo necessário. 
 
Confortável para o paciente. 
 
Oferece bons resultados. 
 
Possui baixo custo $. 
➳Apresentação comercial 
- Pó fino de vários sabores; 
- Cromático (muda de cor); 
- Pode ser encontrado na 
forma de potes, refis e 
envelopes. 
➳Indicações 
- Moldagem para obtenção de modelo de estudo; 
- Moldagem preliminar em prótese total; 
- Moldagem antagonista; 
- Moldagem em odontopediatria. 
➳Composição 
- Alginato de Potássio → sal solúvel; 
- Sulfato de Cálcio → reagente; 
- Óxido de Zinco → carga; 
- Fosfato Trissódico → retardador. 
➳Propriedades 
 •	Tempo de Trabalho 
 
- Deve ser suficiente para permitir a manipulação, 
carregar a moldeira e realizar a moldagem; 
- Alginato de presa rápida: 1-2 min. 
 
•	Tempo de Presa 
 
- Presa regular: 2-3 min; 
- Presa rápida: 1min; 
- Quanto menor for a temperatura da água de 
manipulação, maior será o tempo de presa. 
 
•	Resistência 
 
- O alginato deve ser baixo rasgamento. 
- Resistência a compressão. 
➳Manipulação 
•	Moldeira 
 
Utiliza-se moldeira de estoque 
com retenção mecânica, pois a 
retenção adere o alginato a 
moldeira. 
 
•	Instrumental 
 
- Concha (pó); 
- Cilindro (água); 
- Cuba flexível; 
- Espátula plástica. 
 
•	Mistura 
 
1 °. Coloca-se primeiro o pó e depois a água; 
2 °. Com a cuba parada, a espatulação deve ser feita 
em forma de 8. 
 
Obs: para moldagem com uma moldeira 
de estoque total, a medida é de 3 
conchas de medidor de pó para um 
cilindro de água completo. 
 
•	Técnica de Moldagem 
 
A colocação da moldeira deve 
ser sempre no sentido 
póstero-anterior para que não 
oclua ar. 
 
Na moldagem da arcada 
superior, o profissional deve 
permanecer atrás do paciente e realizar a moldagem. 
 
Deve segurar a moldeira no palato do paciente até 
atingir presa. 
 
Na moldagem da arcada inferior, o profissional deve 
ficar na frente do paciente, sempre segurando a 
moldeira. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 8 
 
Remover a moldeira no sentido do longo eixo do 
dente. 
➳Separação molde-modelo 
A separação molde-modelo é feito sempre no 
sentido antero-posterior. 
➳Alterações dimensionais 
O alginato sofre alterações dimensionais pois possui 
muita água em sua composição (é um hidrocolóide). 
1. Evaporação; 
2. Sinérese; 
3. Embebição; 
4. Liberação de tensões. 
 
Devido a essas alterações que o material sofre, é 
indicado que o gesso seja vazado imediatamente. 
➳Cuidados com o material 
- Temperatura da água; 
- Armazenamento; 
- Vazamento do gesso; 
- Separação molde-modelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 3 
Elastômeros 
 
 São materiais de moldagem elásticos de 
precisão para moldagens de áreas com ou sem 
retenção. São os materiais mais usados para 
obtenção de moldagens. 
 
Outros usos 
 
- Duplicação de modelos; 
- Registro de mordida; 
- Confecção de máscaras gengivais. 
 
Tipos 
 
- Polisulfetos ou Mecaptanas 
- Silicone de Condensação 
- Silicone de Adição 
- Poliéter 
1. Mercaptanas ou Polisulfetos 
Se apresenta sob a forma de 
duas pastas, sendo uma 
pasta base e outra 
reagente/catalizadora. 
 
A mercaptana é um material hidrofóbico, e por isso 
não atua bem em campo úmido. 
 
Recomenda-se vazar o gesso no molde da 
mercaptana imediatamente, pois ela sofre alterações 
dimensionais devido a formação de subprodutos 
(água). Deve-se vazar em até 30min. 
 
➳ Características 
 
- Formação de subprodutos: água;. 
- Fidelidade de cópia: boa; 
- Resistência ao rasgamento: alta; 
- Tempo p/ vazamento: máximo 30 min; 
- Repetir vazamento: sim (menos preciso); 
- Odor/Sabor: ruim/ruim; 
- Relação com a umidade: hidrofóbico; 
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 9 
- Rigidez: muito baixa; 
- Custo: $ 
 
➳Pasta Base 
 
- Polímero de Polissulfetos (80%); 
- Agentes de carga: óxido de zinco, sulfato de cálcio 
e sílica (20%). 
➳Pasta Reagente 
- Peróxido de chumbo (78%); 
- Enxofre (3%); 
- Óleos inertes (19%). 
➳Indicações 
- Moldagem para obtenção de restaurações indiretas 
(moldeira individual); 
- Moldagem para coroa total (casquete). 
➳Moleiras 
Moldeira individual, podendo ser total, parcial ou 
unitária (casquete). 
 
➳Manipulação 
 
•	 Instrumental: espátula nº 24 e placa de vidro fina 
ou papel impermeável. 
 
1° Proporcionar as pastas nas medidas indicadas pelo 
fabricante. Geralmente são em proporções iguais; 
2° A pasta reagente deve ir de encontro a pasta 
base, e nunca o contrário; 
3° A espátula deve estar a 45° em relação a placa 
no início da espatulação; 
4° Quando a mistura estiver quase homogênea, a 
espátula deve estar paralela a placa; 
5° Por fim, a mistura deve ter uma cor intermediária 
e aspecto homogêneo. 
 
➳Técnica de Moldagem de 
transferência com Alginato 
Ao fazer a moldagem com a mercaptana utilizando 
o casquete, deve-se moldar com alginato para obter 
a altura dos dentes e os pontos de contato dos 
dentes vizinhos. Quando o alginato gelificar, sairá tudo 
junto (o casquete estará dentro do alginato); 
 
Usa-se cera para estabilizar o casquete na boca do 
paciente. 
 
O casquete será obtido através do modelo de gesso 
ou diretamente da boca do paciente. 
 
Obs: Só será feita moldagem de transferência se a 
moldagem for com casquete/copping. 
 
 
Figura 3. Casquete. 
 
Figura 4. Casquete. 
 
Figura 5. Moldagem de transferência 
com casquete no alginato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 10 
2. Silicone de Condensação 
Se apresenta sob a forma de duas pastas. A pasta 
base ou massa densa e pasta reagente (líquida ou na 
forma de pasta). 
 
Recomenda-se vazar o gesso no molde do silicone 
de condensação imediatamente, pois ele sofre 
alterações dimensionais devido a formação de 
subprodutos (álcool etílico). Deve-se vazar em até 
30min. 
 
➳ Características 
 
- Formação de subprodutos: álcool etílico; 
- Fidelidade de cópia: ótima; 
- Resistência ao rasgamento: adequada; 
- Tempo p/ vazamento: máxima 30 min. 
- Repetir vazamento: não; 
- Odor/Sabor: bom/bom; 
- Relação com a umidade: hidrofóbico/hidrofílico; 
- Rigidez: baixa; 
- Custo: $$ 
➳Pasta Base 
- Massa densa; 
- Massa/Pasta leve; 
- Polímero de silicone. 
 
➳Pasta Reagente 
 
- Líquido ou pasta (hoje a pasta é mais usada); 
- Silicato Alquílico. 
➳Indicações 
- Moldagem para restaurações indiretas; 
- Moldagem para prótese removível; 
- Registro de Mordida. 
 
 
 
 
➳Apresentação comercial 
1. Massa densa (usada primeiro); 
2. Pasta fluida/leve (usada depois para copiar mais 
detalhes); 
3. Catalizador único para ambas. 
 
 
 
➳Moldeiras 
 
Moldeira de estoque com ou sem retenção 
mecânica, podendo ser também parcial ou total. 
 
Obs: pode-se usar também a pasta leve da silicona 
na moldeira individual. 
➳Manipulação 
•	Massa densa 
 
1°. Deve-se espalhar a quantidade dosada sobre a 
palma da mão; 
2°. Pressionar a borda da concha sobre a massa para 
marcar a circunferência; 
3°. O diâmetro da circunferência será igual a 
quantidade do catalizador(referência para medida do 
catalizador); 
4°. Manipular com a ponta dos dedos até obter uma 
cor homogênea. 
 
•	Pasta Fluida 
 
1. Reembasamento ou Moldagem de Dupla Mistura e 
Dois Passos 
 
Primeiro deve-se moldar com a massa densa, depois 
carregar a moldeira com a pasta leve, e novamente 
levar a boca; 
A pasta leve copiará os detalhes mais fielmente 
(moldagem corretiva). 
 
 
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 11 
 
Figura 6. Moldagem com massa densa. 
 
Figura 7. Manipulação da pasta fluida. 
 
Figura 8. Resultado final. 
2. Espatulação Simultânea ou Moldagem de Dupla 
Mistura e Um Passo 
 
Ambas as massas (densa e fluida) serão lavadas 
juntas a boca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Silicone de Adição 
Se apresenta sob a forma de duas pastas, sendo 
uma pasta base e outra pasta reagente/catalizadora. 
 
➳ Características 
 
- Formação de subprodutos: não; 
- Fidelidade de cópia: excelente; 
- Resistência ao rasgamento: alta; 
- Tempo p/ vazamento: mínimo 1h /máximo 14dias; 
- Repetir vazamento: sim; 
- Odor/Sabor: bom/bom; 
- Relação com a umidade: hidrofílico; 
- Rigidez: alta; 
- Custo: $$$ 
➳Pasta Base 
- Polivinil siloxano; 
- Massa densa; 
- Massa/Pasta leve. 
➳Pasta Reagente 
- Ácido cloroplatínico. 
 
Obs: no silicone de adição, são 2 pastas reagentes. 
Uma para a massa densa e outra para a leve. 
 
➳Indicações 
 
- Moldagem para restaurações indiretas; 
- Moldagem para prótese removível; 
 
 
 
 
 
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 12 
➳Manipulação 
 
•	 Instrumental: espátula 24 e placa de vidro fina ou 
papel impermeável. 
 
1° Proporcionar as pastas nas medidas indicadas pelo 
fabricante. Geralmente são em proporções iguais; 
2° A pasta reagente deve ir de encontro a pasta 
base, e nunca o contrário; 
3° A espátula deve estar a 45° em relação a placa 
no início da espatulação; 
4° Quando a mistura estiver quase homogênea, a 
espátula deve estar paralela a placa; 
5° Por fim, a mistura deve ter uma cor intermediária 
e aspecto homogêneo. 
 
Obs: usa-se base de unha ou adesivo na moldeira. 
Materiais Hidrofóbicos X Hidrofílicos 
➯Hidrofóbico: os materiais hidrofóbicos não 
possuem bom molhamento/ afinidade com o meio 
úmido, e consequentemente o ângulo de contato 
será muito alto. Materiais hidrofóbicos possuem baixa 
precisão. 
 
➯Hidrofílico: os materiais hidrofílicos tem afinidade 
com o meio úmido e possuem bom molhamento, e 
consequentemente seu ângulo de contato será 
muito pequeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 
Resina Acrílica 
 Os polímeros à base de metacrilato ou 
resinas acrílicas vêm obtendo popularidade na 
odontologia pois são econômicos e podem ser 
produzidos facilmente por métodos simples. Eles 
constituem um grupo de plásticos que apresentam 
as propriedades essenciais e as características 
necessárias para uso na cavidade bucal. Essas 
características de desempenho estão relacionadas a 
aspectos biológicos, físicos, estéticos e de 
manipulação. 
 A resina acrílica se solidifica quando é 
polimerizada. Nesse processo, ocorre uma série de 
reações químicas pelas quais a macromolécula ou 
polímero é formada. O polímero é constituído por 
uma ou várias unidades estruturais simples, chamadas 
monômeros, ligadas entre si ao longo da cadeia do 
polímero por ligações covalentes. 
 A maioria dos sistemas de resinas de 
polimetacrilato apresenta-se nas formas de pó e 
líquido. O pó consiste em esferas pré-polimerizadas 
de polimetacrilato e uma pequena quantidade de 
peróxido de benzoíla, o iniciador. O líquido é 
predominantemente um metacrilato não 
polimerizado, com pequenas quantidades de 
hidroquinona, um inibidor. A hidroquinona previne a 
polimerização ou presa do líquido durante sua 
estocagem. 
 
Tipos de Resinas: 
 
1. Epóxicas 
2. Acrílicas 
3. Vinílicas 
Resina Acrílica 
1. Rígidas e friáveis; 
2. Macias e flexíveis. 
➳Indicações (rígidas e friáveis) 
- Bases de próteses totais e parciais; 
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 13 
Figura 9. Manipulação da resina acrílica. 
- Confecção de dentes artificiais; 
- Conserto e reembasamento de prótese; 
- Moldeiras individuais (total ou parcial). 
 
➳Propriedades 
 
- Alta resistência à fadiga (ex: mastigação); 
- Alta contração de polimerização (é inerente ao 
material); 
- Boa estabilidade de cor: 
- Boa compatibilidade biológica; 
- Baixa resistência a tração: 
- Baixa condutibilidade térmica (isso é bom); 
- Baixa solubilidade (não se desintegra no meio); 
- Fraca adesão aos metais e à porcelana (não adere). 
 
Obs: toda resina é um polímero, e todo polímero ao 
polimerizar, se contrai. 
➳Apresentação Comercial 
1. Líquido 
2. Pó (várias cores); 
➳Composição do Líquido 
- O líquido é um monômero; 
- Monômero (metacrilato de metila); 
- Inibidor (hidroquinona); 
- Acelerador (dimetil p-toluidina, amina); 
- Plastificante; 
- Agente de ligação cruzada (glicol-etileno-
dimetacrilato); 
- Líquido claro/transparente; 
- Possui odor forte; 
- Inflamável. 
➳Composição do Pó 
- O pó é um polímero; 
- Polímero acrílico ou copolímero (polimetacrilato de 
metila); 
- Iniciador (peróxido de benzoíla); 
- Pigmentos (tiO2); 
- Corantes, opacificadores e plastificantes; 
- Fibras orgânicas coradas; 
Obs: as moléculas líquidas são congeladas para obter 
o pó (polimetil metacrilato). 
➳Proporção Polímero/Monômero 
Proporção 3/1 (+ pó e – líquido); 
 
Se for usado muito líquido, haverá porosidade, pois 
ele é volátil (evapora). Ao evaporar, forma poros, que 
farão com que o material tenha baixa resistência e 
ocorra a absorção de fluidos orais, pigmentando a 
prótese; 
 
Monômero (líquido) + Polímero (pó)= massa plástica; 
 
Muito líquido= alta contração de polimerização 
(diminuição do volume da prótese e perda de 
adaptação. 
➳Material e Instrumental 
- Pó (polímero); 
- Líquido (monômero); 
- Pote de cristal com tampa; 
- Conta gotas ou dosador: 
- Espátula nº 70. 
 
➳Proporcionamento 
 
- Colocar primeiro o pó e molhar (gotejar) com o 
líquido até molhar todo o pó; 
- Misturar com a espátula nº 70 e tampar, pois é 
volátil. 
 
 
 
 
 
 
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 14 
➳Interação Polímero/Monômero 
1 °. Fase Arenosa 
 
- Não há reação; 
- Consistência granulada. 
 
2 °. Fase Fibrilar 
 
- O monômero ataca as pérolas/partículas do pó; 
- Consistência grudenta com formação de fibrilas 
(fios); 
 
3 ° Fase Plástica 
 
- Consistência: massa trabalhável; 
- Não é mais grudenta; 
- O material deve ser condensado; 
- Tempo de trabalho de mais ou menos 5min. 
 
4 °. Fase Borrachóide 
 
- Não copia mais; 
- O monômero penetrou em todas as partículas do 
polímero; 
- Características elásticas: quando o material 
comprimido se recupera. 
 
5 °. Fase Rigida 
 
- Evaporação do monômero livre; 
 - Já endureceu completamente. 
➳Classificação Quanto a Polimerização 
1. Autoativada 
 
- Endurecem através de reações químicas; 
- Outras denominações: resinas quimicamente 
ativadas, polimerização a frio e autopolimerização/ 
autocura. 
 
2. Termoativada 
 
- Endurecem através do calor. Ex: na água quente 
ou micro-ondas; 
- Na água: de 74 °C por 8h ou 74 °C por 2h + 100 
°C por 1h; 
- No micro-ondas: necessita de uma mufla 
adequada; 
- Resina adequada para o micro-ondas; 
- A resina é mais cara; 
- A polimerização é mais rápida. 
➳Resinas Termoativadas X 
Quimicamenteativadas 
Ambas possuem peróxido de benzoíla, o que as 
difere será a maneira de ativar o peróxido de 
benzoíla. 
 
1. Quimicamente ativada 
 
- A amina terciária ativa o peróxido de benzoíla; 
- Menor resistência; 
- Menor estabilidade de cor: 
- Maior quantidade de monômero residual. 
 
2. Termoativada 
 
- O peróxido de benzoíla será ativado graças ao 
calor; 
- E ́ melhor; 
- Mais resistente; 
- Monômero totalmente evaporado; 
- Tem menos poros; 
- Possui melhor estabilidade de cor. 
 
3.	Fotoativada 
 
- Iniciador: canforoquinona; 
- Ativador: luz visível; 
- Tem mais tempo de trabalho,pois só polimeriza 
quando há incidência de luz. 
 
 
 
 
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 15 
Resinas Macias e Flexíveis 
(Soft Liners) 
- Condicionadores de tecidos 
(condiciona o tecido a se 
recuperar); 
- Indicadas em casos de 
cirurgia; 
- Absorvem as energias 
produzidas por impactos mastigatórios; 
- Favorece a cicatrização de tecidos moles. 
➳Limitações 
- Dificuldade de higienização; 
- Sabor e odor desagradáveis na boca do paciente; 
- Favorece o crescimento bacteriano devido a 
dificuldade de higienização. 
 
Obs: é possível pincelar a soft liner numa prótese já 
existente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 5 
Resinas Compostas de 
Inserção Direta 
 As resinas compostas são materiais 
restauradores estéticos diretos, amplamente 
utilizados em odontologia, e são formados por 3 
componentes principais: a matriz orgânica, a carga e 
os agentes de união. Esses compósitos são utilizados 
para restaurar e repor tecidos dentais perdidos 
através de processos infecciosos ou trauma, e para 
assentar e cimentar coroas e facetas e outros 
dispositivos odontológicos pré-fabricados. As resinas 
compostas são capazes de devolver estética e 
função em apenas uma sessão. 
 
Obs: material restaurador direto= usado diretamente 
na boca do paciente. 
➳Materiais Restauradores Diretos 
- Resina Composta; 
- Amálgama de Prata; 
- Cimento de Ionômero de Vidro (CIV); 
➳Indicações 
- Restaurações em dentes anteriores e posteriores; 
- Colagem de fragmentos; 
- Fechamento de diastema; 
- Restauração em dentes conóides. 
➳Composição 
1. MATRIZ RESINOSA 
 
•	Mono ̂meros mais utilizados: 
 
- BIS-GMA 
- UDMA 
- BIS-EMAC 
- Diluentes TEG – DMA 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 16 
Figura 10. Desenho esquemático da composição das resinas compostas. 
Obs: a matriz resinosa é a parte mais frágil da resina 
composta. 
 
Os monômeros possuem um aspecto viscoso e por 
isso é necessário incorporar diluentes para que se 
consiga adicionar carga. Quanto mais carga, melhor. 
 
Obs: serão incorporados a matriz resinosa ↓ 
 
1. Partículas de Carga (inorgânicas) 
2. Pigmentos 
3. Iniciadores de Polimerização 
4. Agentes de União 
 
2. PARTÍCULAS DE CARGA 
 
- Quartzo: partícula dura e irregular (diâmetro 
15μm); 
- Vidro: partícula menor e mais uniforme (bório, 
bário, alumínio; diâmetro de 1 a 5 μm); 
- Sílica (diâmetro de 0,2 a 0,4 μm). 
 
Obs: quanto menor a partícula da carga, melhor. 
 
•	Funções 
 
- Dar estabilidade dimensional à matriz; 
- Diminuir a contração o de polimerização; 
- Diminuir a sorção de água; 
- Aumentar a resistência (tração, compressão e 
abrasão); 
- Dar radiopacidade ao material. 
 
3. AGENTES DE UNIÃO 
 
- Organosilano (é um silano); 
 
•	Função 
 
- Unir a carga à matriz resinosa; 
- Transferir as tensões da matriz (que é frágil) para 
a carga. 
 
4. INICIADORES DE POLIMERIZAÇÃO 
 
• Peróxido de benzoíla (iniciador) → Amina 
(ativador/ autopolimerizável – a amina ativa o 
peróxido de benzoíla). 
• Canforoquinona (iniciador) → luz visível (ativador/ 
fotopolimerizável – a luz do fotopolimerizador 
ativa a canforoquinona). 
 
Obs: a resina fotopolimerizável proporciona um 
maior tempo de trabalho, pois só polimeriza quando 
há incidência de luz. 
 
 
 
 
 
 
 
➳Classificação quanto à polimerização 
 
1. RESINA QUIMICAMENTE ATIVADA 
 
- Se apresenta na forma de duas pastas (postes ou 
seringas); 
- Há necessidade de mistura destas duas pastas; 
- Há risco de incorporação de bolhas de ar, pois a 
resina é inserida na cavidade em um só incremento 
podendo causar poros. 
 
2. FOTOATIVADA 
 
- Pasta única; 
- Proporciona maior controle de tempo de trabalho; 
- Sua inserção na cavidade é feita em pequenas 
incrementos; 
- Há necessidade de uso do fotopolimerizador ↓ 
 
Obs: sobre a fotopolimerização 
 
- 400 a 500 nm; 
- 40 a 60 segundos; 
- A fonte de luz pode se de LED ou lâmpada 
halógena. 
 
 
 
 
 
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 17 
➳Classificação quanto às partículas de 
carga 
 
1. MACROPARTÍCULAS 
 
- Possui quartzo na composição; 
- Devido à dureza/tamanho não possui bom 
polimento e pode deixar poros; 
- Possui resistência, porém deixa a desejar em 
relação a estética; 
- Não é mais indicada; 
- Pigmenta facilmente devido aos poros. 
 
2. MICROPARTÍCULAS 
 
- Possui lisura superficial; 
- É translúcida; 
- Possui excelente estética. 
 
• Limitações 
 
- Maior sorção de água; 
- Alto coeficiente de expansão térmica; 
- Alta capacidade de deformação; 
- Alta capacidade de polimerização; 
- Não possui resistência devido à menor quantidade 
de partículas de carga. 
 
• Indicações 
 
Indicada somente em dentes anteriores onde a 
estética é o fator principal. 
 
3. HÍBRIDAS 
 
- São constituídas de macropartículas + 
micropartículas; 
- Atualmente são as mais utilizadas; 
- Possui lisura superficial aceitável; 
- Possui resistência a compressão e desgaste. 
 
• Indicações 
 
Pode ser usada em dentes anteriores e posteriores. 
 
 
 
3.1 HÍBRIDAS DE BAIXA VISCOSIDADE – FLOW/ 
FLOWABLE 
 
São menos resistentes devido à alta quantidade de 
matriz resinosa. 
 
• Indicações 
 
- Cavidades conservadoras de classe I; 
- Selantes de fossas e fissuras; 
- Reparos de restaurações de resina; 
- Restaurações tipo túnel; 
- Restaurações de lesões cervicais não-cariosas 
(LCNC). 
 
3.2 NANOHÍBRIDAS 
 
São constituídas por partículas híbridas + 
nanométricas. 
 
• Indicações 
 
 Pode ser usada em dentes anteriores e posteriores. 
 
4. NANOPARTÍCULAS 
 
- São compostas somente por partículas 
nanométricas; 
- Sua carga é composta por sílica e zircônia; 
- Possui excelente polimento; 
- Possui lisura superficial; 
- Proporciona manutenção de brilho. 
 
• Indicações 
 
Pode ser usada em dentes anteriores e posteriores. 
 
➳Sequência clínica 
 
1º. Profilaxia 
 
- Pedra pomes ou pasta profilática + água. 
 
Obs: a pasta profilática só poderá ser usada se não 
houver óleo em sua composição, pois o óleo impede 
a adesão da resina. 
 
2º. Seleção da cor 
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 18 
3º Condicionamento ácido 
 
 - Faz a limpeza da superfície; 
- Abre os poros do esmalte (microporosidades); 
- Aumenta a energia de superfície; 
- Em esmalte, a superfície se torna esbranquiçada 
após o condicionamento ácido; 
- Permite maior molhamento e melhor escoamento 
do adesivo; 
- Normalmente utiliza-se o ácido fosfórico de 30 a 
50% de 15 a 30s dependendo do substrato. 
 
Obs: o condicionamento ácido aumenta a energia de 
superfície do esmalte e da dentina para que o 
adesivo tenha um bom molhamento e um baixo 
ângulo de contato. 
 
4º Aplicação do adesivo 
 
- O Adesivo promove a adesão entre o material 
restaurador e o substrato dental; 
- É aplicado com microbrush; 
-Deve-se fotopolimerizar o adesivo por 
aproximadamente 20s. 
 
• TAG 
 
- São prolongamentos do adesivo pelos microporos 
do esmalte e da dentina formados pelo ácido 
fosfórico após condicionamento ácido. Estes 
prolongamentos proporcionam adesão ao material 
restaurador. 
 
5º Inserção da resina composta 
 
- A resina deve ser inserida na cavidade em 
pequenos incrementos; 
- Deve-se fazer a escultura e fotopolimerizar 
incremento por incremento; 
- Após 10 minutos a resina sofre contração criando 
GPA’s. Ao entrar em contato com a saliva, a resina 
sofre expansão higroscópica, fechando esses GAP’s; 
- Não é recomendado fazer o acabamento na 
mesma sessão devido a necessidade de fechar os 
GAP’s que se formam, pois pode penetrar resíduos 
nestes GAP’s durante o acabamento e polimento, o 
que impede seu fechamento total, podendo causar 
manchamento e infiltração na restauração; 
- O ideal é que o acabamento seja feito após 7 a 14 
dias. 
 
Figura 11.. Resina composta sendo inserida em cavidade de classe II. 
Incremento por incremento sendo inserido e polimerizado. 
 
Aula 6 
Amálgama de Prata 
 
 Por definição, o amálgama é uma liga de 
prata que contém mercúrio. O mercúrio é líquido em 
temperaturaambiente, podendo dissolver diferentes 
metais e com eles reagir para formar ligas. Quando 
as partículas metálicas são misturadas com mercúrio, 
a porção externa das partículas é dissolvida. Ao 
mesmo tempo, o mercúrio se difunde para o interior 
das partículas metálicas. Quando a solubilidade do 
metal no mercúrio é excedida, cristais de compostos 
contendo mercúrio começam a precipitar. Durante 
esse estágio da reação, as partículas metálicas 
coexistem com o mercúrio líquido, conferindo uma 
consistência plástica a massa. Isso significa que a 
mistura pode ser adaptada a qualquer formato 
usando uma pressão leve. Conforme o conteúdo de 
mercúrio na massa diminui pela formação de 
preciptados, a mistura vai endurecendo. Esse 
processo de endurecimento é chamado de 
amalgamação. O amálgama de prata vem sendo 
amplamente utilizado como material restaurador 
desde o século XIX. 
 
➳Indicações 
 
- Restaurações diretas somente em dentes 
posteriores a partir do 2º PM. 
 
➳Vantagens 
 
- Alta resistência à compressão; 
- Insolúvel no meio bucal; 
- Boa adaptação; 
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 19 
- Auto-selante (óxido e cloreto de estanho – forma 
essas substâncias ao redor da restauração); 
- Fácil manipulação. 
 
➳Desvantagens 
 
- Anti-estético devido a cor 
prateada; 
- Bom condutor térmico; 
- Sujeito ao escurecimento e a 
corrente galvânica (metais 
diferentes + meio úmido – por 
isso pode dar “choque”). 
 
➳Composição da Liga 
 
- Ag (67-70%); 
- Sn (25-27%); 
- Cu (6-30%); 
- Zn (até 2%); 
- Au e In (pequenas concentrações). 
 
➳Classificação da Liga 
 
1. QUANTO AO CONTEÚDO DE COBRE 
 
1. Convencionais – 6%; 
2. Alto teor de cobre - ¨6 a 30%. 
 
2. QUANTO À FORMA DAS PARTÍCULAS 
 
1. Partículas de limalha; 
 
 
 
2. Partículas ssferoidais; 
 
 
 
3. Dispersa (são as melhores – limalha + esferoidal). 
 
 
 
➳Reação de Cristalização 
 
1. LIGAS CONVENCIONAS 
 
Ag3Sn + Hg → Ag2Hg3 + Sn7Hg + Ag3Sn 
							γ																			γ1																				γ2																γ 
 
Obs: a fase γ é a melhor. 
 
• Fase γ2 
 
- É a parte ruim da amálgama; 
- Frágil; 
- Baixa resistência a compressão; 
- Dureza; 
- Grande escoamento; 
- Susceptível à corrosão, fratura e envelhecimento; 
- Deflexão das bordas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenhos esquemáticos que ilustram a sequência de 
desenvolvimento da microestrutura do amálgama quando 
partículas convencionais em forma de limalha são 
misturadas ao mercúrio. A) Dissolução da prata e estanho 
no mercúrio; B) Preciptação de cristais de γ1 no 
mercúrio; C) Consumo do mercúrio restante pelo 
crescimento de cristais de γ1 e γ2.	 
Figura 12. Possível caminho de 
uma corrente galvânica na boca. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 20 
2. LIGA DE ALTO TEOR DE COBRE 
 
Ag3Sn + AgCu + Hg → Ag2Hg3 + Sn7Hg + Ag3Sn 
 γ									↑eutético 
 
Sn7Hg + AgCu → Cu6Sn5 + Ag2Hg3 
 γ2								↑Liga eutética 		↑η					γ1 
 
Obs: não tem fase γ2 nas ligas de alto teor de cobre 
devido ao eutético Ag-Cu. O Sn tem mais afinidade 
com o Cu, logo, ele deixa o Hg para se ligar ao Cu 
formando a fase η.	
 
➳Propriedades 
 
1. CONTRAÇÃO INICIAL 
 
Dissolução do Hg nas partículas da liga. 
 
2. EXPANSÃO 
 
Formação de γ1	e γ2 cristalizam e se empurram. 
Máximo permitido 0,1%. 
 
3. EXPANSÃO TARDIA 
 
Ocorre de 3-5 dias depois, devido a algum erro 
durante a trituração ou condensação e o Zn que 
está presente em mais de 2% (alta concentração) 
entra em contato com a umidade formando o óxido 
de zinco (ZnO) e deixando o hidrogênio livre que 
ficará aprisionado causando dor. 
 
Zn + H2O → ZnO + H2 
 
➳Propriedades Mecânicas 
 
1. RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO 
 
- Após 1h é inerente ao mensurado (ainda não tem 
resistência); 
- Após 24h: adquire certa resistência. 
- 7 dias: adquire resistência máxima. 
- O polimento só será dado após 7 dias, pois antes 
disso a amálgama não atinge sua resistência máxima. 
 
 
 
2. ESCOAMENTO/CREEP 
 
Deformação contínua por força compressiva, 
mesmo após endurecimento (capacidade de se 
deformar pelo próprio peso). 
 
Especificação nº 1 ADA: abaixo de 3%. 
 
➳Sucesso Clínico 
 
- 60% devido ao preparo cavitário incorreto; 
- São necessárias retenções mecânicas pois a - 
amálgama não é adesiva. 
- 40% preparo incorreto do material. 
 
➳Manipulação 
 
1. SELEÇÃO DA LIGA 
 
- Alto teor de cobre; 
- Em cápsulas; 
- Cor das cápsulas: indica a presa (rápida/lenta) e 
porções da liga. 
 
• Cápsulas Pré-Pesadas 
 
- Com ou sem pistilo; 
- Variações: nº de porções, tempo de presa 
e tipo de partículas. 
 
2. TRITURAÇÃO 
 
- Remover a camada de óxidos, promovendo maior 
contato entre a liga e o mercúrio. 
- Massa coesa/ mistura plástica. 
 
• Trituração Mecânica 
 
- Uso de amalgamadores (possibilidade de uso de 
qualquer tipo de liga/cápsulas) ou trituradores; 
- Menor contato com o mercúrio; 
- Facilidade de manipulação. 
 
 
 
 
 
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 21 
3. Inserção 
 
- Mistura plástica (no pote dapping); 
- Deve ser feita em vários incrementos; 
- Uso de porta amálgama metálico, plástico, reto, 
curvo e de tamanhos variados. 
 
4. Condensação 
 
- Compactar a mistura na cavidade preparada; 
- Diminui a porosidade. 
 
• Instrumental 
 
- Condensador/Calcador de diferentes diâmetros; 
- Recomenda-se começar a condensação com o 
condensador de ponta ativa maior (do maior para o 
menor); 
 
5. Brunidura Pré-Escultura 
 
- Diminui o conteúdo de Hg residual; 
- Melhora a adaptação marginal; 
- Proporciona superfície lisa. 
 
• Instrumental 
 
- Brunidores nº 29 e 33. 
 
6. Escultura 
 
- Sua finalidade é reproduzir os detalhes anatômicos; 
- Restabelecer a oclusão; 
- Remover excessos; 
- Promover ponto de contato adequado. 
 
• Instrumental 
 
- Clavident; 
- Esculpidor hollemback. 
 
7. Brunidura Pós-Escultura 
 
Processo feito para melhorar a restauração. 
 
8. Ajuste Oclusal 
 
Só é feito se necessário; 
O paciente ocluir e abrir a boca. Onde estiver 
brilhando deverá ser feito o ajuste (é onde está 
“alto”). 
 
9. Acabamento e Polimento 
Processo que continua os objetivos da escultura 
removendo os excessos do material e dando 
polimento/brilho. 
 
Obs: o polimento sempre deve ser feito refrigerado, 
pois por ser uma liga metálica, a amálgama esquenta, 
podendo levar a uma necrose. 
 
• Instrumental 
 
- Pastas; 
- Borrachas abrasivas; 
- Disco de feltro; 
- Deve-se fazer movimentos intermitentes 
 
 
Figura 13. A) Restauração de amálgama logo após escultura; 
B) Restauração após polimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
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Aula 7 
Gessos Odontológicos 
 
 
 
 
 
 
 
Os gessos são pós insípidos de diversas cores 
obtidos através da gipsita (sulfato de cálcio diidratado), 
que é um mineral natural. 
Após sua trituração, a indústria expõe a gipsita ao 
calor, ou seja, calcina este mineral. Após a exposição 
ao calor, a água evapora, resultando no sulfato de 
cálcio hemi-hidratado. Isto é uma reação endotérmica. 
 
Propriedades dos Gessos 
 
1. Estabilidade dimensional: o gesso não pode se 
expandir ou se contrair para que não se perca as 
dimensões da boca do paciente. 
2. Capacidade de reprodução de detalhes: após ser 
vazado, o modelo deve reproduzir todos os detalhes. 
3. Resistência a abrasão/desgaste; 
4. Compatibilidade com os materiais de moldagem: 
deve haver essa compatibilidade para que não haja 
reações e consequentemente alterações. 
 
Tipos de Gesso 
 
Os vários tipos de gessos são obtidos através da 
variação de calor no momento de sua fabricação. 
 
1. GESSO COMUM (TIPO II) 
 
-Seus cristais são irregulares, esponjosos, grandes e 
isso gera dificuldade de compactação; 
-Requer maior quantidade de água 
devido às características dos seus 
cristais; 
-Usado para modelo de estudo e 
mufla; 
-Possui cor branca; 
-Produzido em forno aberto a 120°/130°; 
- Sua relação água/pó é alta: se a relação água pó 
for alta, o gesso será fraco pois demanda grande 
quantidade de água. Não terá resistênciaa abrasão, 
formará muita bolha e sua precisão não será boa. 
 
2. GESSO PEDRA (TIPO III) 
 
- Produzido na autoclave a 120°/130°; 
- Seus cristais são menos porosos e mais uniformes; 
- É mais resistente que o gesso comum; 
- Utiliza menos água; 
- Usado para bases e modelos de 
trabalho como moldeiras de clareamento, 
aparelho móvel, placa miorrelaxante; 
- Suas cores são variadas; 
- Possui melhores propriedades que o 
gesso tipo II e sua relação água/pó é 
média. 
 
3. GESSO PEDRA DE ALTA RESISTÊNCIA (TIPO IV) 
 
- A gipsita é colocada em uma solução de cloreto 
de sódio a 30% pois suas propriedades melhoram 
quando associadas a essa solução; 
-Seus cristais são lisos, cuboides, 
compactados e são menos porosos; 
- Usado para trabalhos de precisão como 
pontes fixas e coroas; 
- Suas cores são variadas; 
- Sua relação água/pó é baixa, ou seja, 
sua secagem é mais rápida pois usa-se 
menos água e a probabilidade de bolha 
diminui; 
- Produzido na autoclave. 
 
4. GESSO PEDRA DE ALTA RESISTÊNCIA E 
ALTA EXPANSÃO (TIPO V) 
 
- Compensa a contração de solidificação 
das ligas metálicas; 
-Todo metal ao se solidificar sofre 
contração. Neste caso o metal se contrai e 
o gesso se expande; 
- Usado para obtenção de troqueis 
(modelos unitários); 
- Produzido na autoclave. 
 
5. GESSO SINTÉTICO 
 
- Não é obtido através da gipsita. É um substrato do 
ácido fosfórico.; 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 23 
- Possui propriedades semelhantes aos derivados de 
gipsita; 
- É um gesso mais caro. 
 
Reação de Presa 
 
A reação de presa é uma reação exotérmica, ou 
seja, libera calor. 
 
Água + Pó → Mistura Fluida → Saturação → 
Preciptação 
 
Hemi-drato → água → Diidrato 
 
• Tempo de Presa Inicial 
- Intervalo de tempo até a massa recém espatulada 
não poder ser mais vazada pois começa a 
endurecer/cristalizar; 
- É igual ao tempo de trabalho (8-16min dependendo 
do tipo de gesso); 
- Clinicamente ocorre a perda de brilho; 
- A massa ainda não possui resistência a compressão 
pois no tempo de presa inicial o gesso ainda não está 
rígido, ou seja, não pode trabalhar com ele. 
 
• Tempo de Presa Final 
- Completa conversão do hemi-hidrato em diidrato; 
- O modelo estará completamente rígido após 45-
60 min; 
- Fase onde ocorre a separação molde modelo; 
- Clinicamente ocorre a dissipação de calor. 
 
Fatores que influenciam o tempo de 
presa dos gessos odontológicos 
 
• Alteração da relação água pó 
Quanto mais água, maior o tempo de presa; quanto 
menos água, menor o tempo de presa. 
 
 
• Espatulação 
- Quanto maior e mais rápida, diminui o tempo de 
presa; 
- Quanto maior o número de núcleos de cristalização, 
mais rapidamente o gesso endurece. 
- Quando há muita água, há a menor formação dos 
núcleos de cristalização. E se há menor número de 
núcleos de cristalização, o tempo de presa será 
maior e haverá também menos resistência. 
 
• Temperatura da Água 
- A temperatura da água pode ser alterada sem que 
haja modificação nas propriedades do gesso; 
- Quando a temperatura da água é maior, menor 
será o tempo de presa. 
 
• Retardadores 
- Os retardadores são usados para retardar o tempo 
de presa (cola, gelatina, borax); 
- Eles diminuem a solubilidade do hemi-hidrato pois 
formam uma película em volta dos cristais. 
 
• Aceleradores 
- Aumentam a velocidade de dissolução dos cristais 
(aceleram o tempo de presa); 
- O mais comum é o sal de cozinha, porém causa 
alterações nas propriedades do gesso diminuindo 
então sua resistência. 
 
• Terra Alba 
- São resíduos de recortes de modelo; 
-Diminui o tempo de presa sem alterar as 
propriedades do gesso; 
- Faz com que o gesso endureça mais rapidamente 
pois já existe diidrato em sua composição. 
 
Propriedades dos Gessos 
 
• Expansão de Presa 
- O gesso sofre expansão pois quando acontece a 
mistura do hemi-hidrato com a água, inicia-se a 
formação do diidrato fazendo com que haja 
expansão; 
-Pode acontecer de forma normal ou linear (química) 
ou higroscópica (física). 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
 24 
Figura 14. Manipulação manual. 
• Resistência a Compressão 
- Gesso Comum (tipo II) – Menor; 
- Gesso Pedra (tipo III) – Média; 
- Gesso Tipo IV – Maior (porém menor que o tipo 
V); 
- Gesso Tipo V – Maior ainda que o tipo IV. 
 
Obtenção de Modelos 
 
1. PROPORCIONAMENTO 
 
- Gesso Comum (tipo II) – 50 ml/100g; 
- Gesso Pedra (tipo III) – 30ml/100g; 
- Gesso Tipo IV – 20/24ml/100g; 
- Gesso Tipo V – 19/21ml/100g. 
 
2. MANIPULAÇÃO 
 
Pode ser manual ou mecânica. 
 
• Instrumentos 
- Cuba lisa de borracha, flexível; 
- Espátula para gesso com lâmina 
resistente de aço e ponto 
arredondada. 
 
1. Colocar primeiro a água na cuba; 
 
2. Aspergir o pó sobre a água até 
saturar. Deve-se aspergir/pulverizar 
para que não oclua ar; 
 
3. A espatulação é feita mais ou menos dentro de 1 
min, deve-se comprimir a mistura na parede da cuba 
para quebrar os cristais e formar os núcleos de 
cristalização. Ao final esta mistura deve estar fluida. 
Cuba: gira no sentido anti-horário; Espátula: gira no 
sentido horário. 
 
4. Vibração: sua finalidade é eliminar o ar. 
 
5. Vazamento: da região posterior até a anterior no 
molde; 
 
6. Separação Molde-Modelo: retirar no sentido 
antero-posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
• Anusavice KJ. Materiais Dentários. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan; 1998, 10 ed., cap. 9: Produtos à 
base de gesso, p. 111-124. 
• Craig RG, Powers JM. Materiais Dentários 
Restauradores. São Paulo: Santos, 2004. Cap 13: 
Produtos de gesso e revestimentos, p. 391-421. 
• JÚNIOR, João Galan.	Materiais dentários: o essencial 
para o estudante e o clínico geral. Santos, 1999. 
• NOORT, Van.	Introdução aos materiais dentários 3a 
edição. Elsevier Brasil, 2009. 
• CHAIN, Marcelo Carvalho.	Materiais Dentários: Série 
Abeno: Odontologia Essencial-Parte Clínica. Artes 
Médicas Editora, 2013. 
• Material de apoio cedido pela professora da 
disciplina. 
Recado para você que adquiriu essa apostila: 
 
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato comigo 
ou tire essa dúvida com algum professor. Talvez 
possa ter coisas diferentes da forma que você 
aprendeu, mas isso não quer dizer necessariamente 
que eu ou você estejamos errados. Professores e 
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nem plagiada. Plágio é crime de violação aos direitos 
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Figura 15. Espátula para 
gesso. 
Figura 16. Cuba de 
borracha.

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