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METODOLOGIAS ATIVAS NO TRABALHO COM BRINCADEIRAS E JOGOS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

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Pedagogia 6º Semestre
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produção textual: Metodologias ativas no trabalho com brincadeiras e jogos nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
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produção textual: Metodologias ativas no trabalho com brincadeiras e jogos nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Trabalho apresentado à UNOPAR, como requisito parcial à aprovação no 6º Semestre do curso de Pedagogia. 
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	5
REFERÊNCIAS	6
INTRODUÇÃO
	O presente trabalho com a temática Metodologias ativas no trabalho com brincadeiras e jogos nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tem como objetivo cumprir de maneira interdisciplinar as aprendizagens ao longo desse semestre na disciplinas de Avaliação na Educação, Fundamentos, Organização e Metodologia da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, Corpo e Movimento, Filosofia para crianças, Planejamento de Material Didático Estágio Curricular Obrigatório II: anos iniciais do ensino fundamental. 
	Dessa maneira a Produção Textual tem como finalidade compreender os fundamentos teóricos acerca do modo como o corpo e o movimento são concebidos no ambiente escolar por meio de referenciais contemporâneos e integrar as diferentes áreas do conhecimento, para efetivação do projeto com tema gerador. Sendo assim, por meio de um procedimento metodológico de ensino e aprendizagem, busca-se interpretar os fundamentos teóricos apresentados nos textos indicados: Moreira (2019), Farah (2010) e Costa e Pinheiro (2013). Além disso, busca-se entender as atividades planejadas que podem ser aplicados no contexto do Estágio Curricular Obrigatório.
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	Contudo, seguindo a problemática apresentada Fernanda, busca refletir na estratégia de trabalhar jogos e brincadeira com a turma dos Anos Iniciais utilizando metodologias ativas para estimular a participação dos alunos. A ideia do projeto é apresentar que ninguém é melhor, e sim todos são capazes de desenvolver sua corporeidade. Para tanto, com a problematização “ Quais os limites e possibilidades do meu corpo? ”, a professora representa que o tema é abrangente sendo necessários conhecer o próprio corpo e os limites fisiológicos e biológicos do ser humano, com a ideia de regras, diferentes identidades corporais, busca pela individualidade, práticas lúdicas e esportivas. 
DESENVOLVIMENTO 
	De acordo com os levantamentos apresentados, constata-se que ao longo da Educação Básica, os jogos e brincadeiras devem ser utilizados como instrumentos de aprendizagem no desenvolvimento do aluno. Não é apenas exercícios que trabalham no plano motor, e sim atinge em diversos aspectos em seu desenvolvimento: afetivo e cognitivo. A criança passa por uma fase de desenvolvimento em que as habilidades motoras são necessárias para desenvolver a autonomia e disponibilidade em realizar tais atividades. 
	Porém , apresenta-se em Moreira (2019) que a tradição no ensino básico é um ensino em mecaênico, que enfatiza apenas em disciplinas, matérias, conteúdos que devem ser adquiridos sentados numa cadeira durante horas. Assim, referencia Freire (1974), na qual determina que essa prática educacional é denomida como educação bancária. Nesse sentido, diante essa concepção na fala de Freire:
Na visão bancária da educação, o saber é uma doação dos que se julgam Sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão - a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro (FREIRE, 1987. p. 33).
	Assim, entende-se que é preciso lutar por uma educação que busque desenvolver a formação integral do aluno, de maneira que a criança seja o que é, sonhe, imagine, brinque, constrói, compartilha segredos e necessidades, busque sempre no lúdico em sua vida. Nesse sentido, Moreira (2019), apresenta-se um ensino que desenvolva a corporeidade do aluno, aquele que busque uma educação por inteiro, de maneira que encare o ensino com questionamentos, possibilitando que os indivíduos sejam crianças e adolescentes. 
	Os autores Costa e Pinheiro (2013) determina que o ensino precisa gerar a capacidade de ler, aprender e transformar as situações marcadas pela negligência e discriminação. Dessa maneira destaca a necessidade de uma formação adequada aos alunos para o seu desenvolvimento integral. Desse modo:
Na atualidade, cada vez mais, discute-se sobre a necessidade da formação integral, aquela capaz de desenvolver, além de competências e habilidades técnicas, também atitudes e, com isso, ser capaz de despertar nos estudantes um olhar mais crítico sobre os fenômenos que cercam seu contexto (COSTA; PINHEIRO, 2013, p.33).
	Sendo assim, destaca-se que é imprescindível que os professores adquiram capacidade e habilidades para promover uma educação reconhecida diante sua função no processo de ensino e aprendizagem, sem que seja reprodutor de conhecimento e sim construtor e transformador da realidade a partir do conhecimento existente, com uma modalidade de educação investigativa. Porém, não é possível possibilitar transformar essas práticas por meio de aulas mecânica, memorizadoras, na qual foi criticada pelo Paulo Freire. 
	De acordo com os autores, os professores devem buscar a maneira de educar de uma forma que cumpra seu papel na educação, isto é, na reflexão no ato de educar, de modo que realize uma adaptação ao mundo e suas transformações. Isto é, uso de metodologias que compreenda o sujeito, possibilitando uma formação que atendam às necessidades do aluno e da sociedade. As necessidades são em defesa de uma educação que forme seres humanos, suficientes para mudanças positivas no meio social. 
	Além de ensinar o aluno ler e escrever, é preciso buscar promover a capacidade de transformar as situações pela exploração, exploração, negligência, discriminação, entre outros. No entanto, “para que esse processo se concretize no ambiente escolar, é necessário que o aluno desenvolva a capacidade de leitura e interpretação das diferentes situações que circundam sua vida e se reconheça como sujeito ativo no meio onde vive” (COSTA; PINHEIRO, 2013, p.38).
	Nesse sentido, para compreender o sentido de corporeidade enquanto conceito, destaca-se em Moreira (2019), a possibilidade de superar a ideia que somos construídos de corpo e intelecto ou corpo e alma, como se fossem entidades separadas. Assim, entende-se que para o indivíduo desenvolver integralmente, é preciso contar com a aprendizagem como um corpo.
	Sendo assim, Moreira (2019) relata que no século XXI o tema movimento, motricidade, jogo e brincadeira se tornaram objetos de produção acadêmica na qual os profissionais buscaram apresentar a importância para educação das crianças. Os profissionais se preocuparam com a educação dos alunos da faixa etária da Educação Infantil e Séries Inicias, em busca de apresentar a importância dos jogos e esporte no currículo. 
	Desse modo, em defesa de estudos científicos Farah (2010) também destaca que: “A partir da década de 1990, o tema também ganhou destaque nos diversos trabalhos acadêmicos no campo educacional brasileiro, com diferentes tendências investigativas. ” Em resposta, o jogo, esporte fazendo parte do dia-a-dia dos alunos, permite o desenvolvimento de sua responsabilidade, bem como interage por meio de sua participação e conhece os princípios fundamentais para o ato educativo com determinação, criatividade, criando o sentimento de que pertence ao grupo. Contudo, tais princípios fundamentais estão em falta no momento social hoje.
	Atualmente está presente no documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em destaque sobre as práticas corporais, na qual devem ser compreendidas como maneira de se expressar dos sujeitos ou grupo. O presente documento apresenta a prática de movimento do corpo de maneira que os alunospossam construir seus conhecimentos:
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação (BRASIL, 2017, p.65)
	Nesse sentido, o professor deve repensar nas práticas que possibilitem que os alunos sejam protagonista de seu processo de ensino. Pois, de acordo com Moreira (2019) e Farah (2010) ressalta que somos corpos em movimento, que possui uma intencionalidade, ações que direciona algum desejo e que coloca o corpo em ação no mundo. Isto é, somos seres moventes, na qual explica-se que: “a condição humana de ter acesso ao mundo é uma condição de ação, e sempre essa ação é motora, independentemente do grau de complexidade e das partes do corpo envolvidas. (FARAH, 2010, p.406). Entende-se que por meio dessa prática do corpo em movimento, possibilitará que o aluno se expressará por meio da prática com o corpo. 
	Diante essa perspectiva, apresenta-se a problemática da professora Fernanda ao perceber que uma aluna começou a recusar de participar das aulas, pois, a ideia era jogar para não perder, pois, os colegas riam e incomodava. Assim, fica claro que a aprendizagem que a vida demonstra é numa sociedade competitiva que define quem é melhor ou pior, ganhador ou perdedor, esquecendo dos princípios básicos que o jogo é diversão e devemos aprender a ganhar e perder. Nesse sentido, em suas palavras: “Muitos professores ainda exorcizam o conhecimento dos jogos e dos esportes na escola com argumentação de que estes propiciam a competição e esta, por sua vez, deve ser evitada (MOREIRA, 2019).
Para tanto, na elaboração do projeto, foi utilizado o tema gerador para possibilitar um ensino significativo, promover a interdisciplinaridade, bem como o desenvolvimento da autonomia e sendo crítico do aluno, além da aproximação entre professor e aluno. Sendo assim, Costa e Pinheiro (2013) apontam que é preciso refletir as tomadas de consciências dos alunos sobre ele, que os temas são mais do que palavras, são objetos de conhecimento que devem ser interpretados e representado na aprendizagem. 
	PLANO PARA O PROJETO
	DADOS DE INDENTIFICAÇÃO
	Nome da Escola: Escola Objetiva
Turma: 3º Ano 
Período: Matutino
Número de alunos: 20
	TEMA DO PROJETO: Metodologias ativas no trabalho com brincadeiras e jogos nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
	SITUAÇÃO-PROBLEMA: Quais os limites e possibilidades do meu corpo?
	JUSTIFICATIVA: 
	OBJETIVOS
GERAL: valorizar o seu corpo e desmitificar os padrões de beleza estabelecido
ESPECIFICOS: 
Conhecer o próprio corpo e compreender as diferenças de outros;
Adquirir uma visão de que não existe padrão de beleza
Desenvolver atividades cooperativas nas aulas de Educação Física
	HABILIDADES:
(EF03CI04). Identificar características sobre o modo de vida (o que comem, como se reproduzem, como se deslocam, etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo
(EF15LP01). Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
(EF03LP21) produzir anúncios publicitários, textos de campanhas de conscientização destinados ao público infantil, observando os recursos de persuasão utilizados nos textos publicitários e de propaganda (cores, imagens, slogan, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho e tipo de letras, diagramação).
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto
	METODOLOGIAS:
- Aula de Ciências: conhecendo as formas de sustentar o corpo: textos e problemática sobre o esqueleto humano.
- Aula sobre gênero textual: notícia. Explorar uma notícia que fala sobre padrão de beleza, na qual será enfatizado a importância de se valorizar, bem como aceitar as diferenças existentes, desmitificando o padrão de beleza instalado pela sociedade;
- Gênero Textual: Anúncio. Apresentar um exemplo de anúncio e solicitar que criem em grupos para conscientização contra o padrão de beleza que é estabelecido pela sociedade. 
- Atividades cooperativas e práticas:
1 – Galinha Cega: Todos em círculo dando as mãos, menos um, que representará a galinha cega. No centro do círculo se colocará um participante vendado: a galinha cega. Depois de dar três voltas sobre si mesma, se dirigirá a qualquer pessoa do círculo e apalpará seu rosto para tentar reconhece-la. 
2 – Ajudando seus amigos: cada participante com um saquinho em cima da cabeça mantendo o equilíbrio, todos devem passear pelo espaço destinado para o jogo. Quando um saquinho cair, a pessoa que não conseguiu equilibrá-lo deve ficar “congelada”. Outra pessoa então deve tentar pegar o saquinho ajudando seu amigo a “descongelar-se” e seguir no jogo. Quando abaixar para pegar o saquinho do amigo, se o seu cair, também estará “congelado”.
3 - Grupo Amarrado: O grupo formando um círculo, com todos voltados para fora. O facilitador irá amarrar o grupo, e este terá como objetivo se deslocar por uma pista de obstáculos.
	RECURSOS: Datashow, Cartolina, Canetinha, Venda para os olhos, Saquinho de areia ou feijão, Corda fina, cones (para construir a pista de obstáculos).
	AVALIAÇÃO: Todo o momento desse projeto será desenvolvido por meio de observação e anotações de cada manifestação do aluno. Será contínua e observada se houve participação e interação dos alunos.
	REFERÊNCIAS:
 
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em:< http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf> Acesso em: 03 de dez. 2020
REVISTA GLAMOUR. O padrão de beleza é uma ferramenta do sistema para controle dos corpos das mulheres. Disponível em: https://revistaglamour.globo.com/Beleza/Saude/noticia/2020/09/o-padrao-de-beleza-e-uma-ferramenta-do-sistema-para-controle-dos-corpos-das-mulheres-diz-luiza-junqueira.html Acesso em 02 de dez. 2020
UHLIG, Joelma Maria. Vencendo A Indisciplina Por Meio Dos Jogos Cooperativos. Curitiba. 2008
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A Produção Textual Individual (PTI), possibilitou atingir as competências proposta na orientação do trabalho em compreender os fundamentos teóricos referente ao corpo e movimento inserido no plano escolar por meio de referências atuais. Outro ponto atingido, é integrar as áreas de conhecimento na elaboração do projeto a partir do tema gerador. Contudo, possibilitou de visão ampla e reflexiva reunir os conhecimentos aprendidos nesse semestre e relacionar com as teorias apresentadas para o estudo. 
	Diante o projeto apresentado, destaca-se uma metodologia que desenvolva no aluno a compreensão a respeito de seu corpo, bem como aborda uma problemática social que deve ser transformada, em busca de aquisição de uma nova visão a respeito de seu próprio corpo, bem como respeito ao outro. Nesse sentido, as atividades cooperativas são imprescindível para possibilitar a participação de todos nas atividades que desenvolvam a sua cognição física, motor, além de contribuir para a afetividade. 
	Nesse sentido, destaca-se que o profissional da educação precisa buscar meios de trabalhar corpo e movimento por meios de jogos e brincadeiras, com a intenção de desenvolver as habilidades dos alunos, impactos positivos tais como: formação de valores, visão de mundo, autonomia para aprender e respeito a diversidade. Dessa maneira, as ações pedagógicas devem impor respeito as regras, ao professor e o espaço em que ocorre suas brincadeiras por meio de jogos cooperativos. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em:< http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf>Acesso em: 03 de dez. 2020
COSTA, Jaqueline de Morais; PINHEIRO, Nilcéia Aparecida Maciel. O ensino por meio de temas geradores: a educação pensada de forma contextualizada, problematizada e interdisciplinar. Disponível em: < http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/20265> Acesso em: 03 de dez. .2020
FARAH, M. H. S. F. O corpo na escola: mapeamentos necessários. Paidéia set-dez. 2010, Vol. 20, No. 47, 401-410. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103863X2010000300012&script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso em: 02 de dez. 2020
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
MOREIRA, W.W. Contribuições do jogo e do esporte para a corporeidade de crianças e adolescentes. Revista @mbienteeducação. São Paulo: Universidade Cidade de São Paulo, v. 12, n. 1, p. 192-202 jan/abr 2019. Disponível em:< http://publicacoes.unicid.edu.br/index.php/ambienteeducacao/article/view/697> Acesso em: 02 de dez. 2020

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