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LUCIANA DE SOUSA CARBONI DIREITO CIVIL - SUCESSÕES - PROFª ADRIANA MARTINS _______________________________________________________ DATAS DAS PROVAS: 1° BIM.: 20/04 2° BIM.: 22/06 FINAL: 06/07 Os bens do falecido não podem ficar sem titularidade. Transferência automática da titularidade com evento mortis --> Princípio saisine. SUCESSÃO LEGÍTIMA A lei chama para assumir a titularidade dos bens os parentes mais próximos, em linha reta, afastando os mais distantes. A lei chamará primeiramente os descendentes (filhos), ascendentes e cônjuge, através do princípio saisine. Esses são os herdeiros necessários, por lei. Ainda existe insegurança jurídica referente união estável e cônjuge sobre direito sucessórios, mas a doutrina majoritária segue a linha de que é possível, pois o STF teve súmula de repercussão geral. “SEMPRE OS PARENTES MAIS PRÓXIMOS IRÃO EXCLUIR OS MAIS AFASTADOS”, tanto os parentes da linha reta quanto os parentes da linha diagonais (parente colateral). • Não existe parente colateral de 1° grau. Parentes colaterais mais próximos são: irmãos (2° grau). Tios/sobrinhos (3° grau). Primos (4° grau). Por último o Estado entra, e ele deverá administrar em dois momentos, primeiramente de maneira provisória, em um segundo momento, quando se tornar uma herança vacância, trabalhará com isso. • Se houver uma pre-mortis, filho morrer antes do pai, e se esse tiver filhos, os filhos assumirão os bens do pai. Em caso de recusa de herança, existe a recusa translativa (ex: translado meu quinhão da herança para meu irmão), devendo estar comprovado e formalizado em escritura pública, e não pode renunciar de maneira parcial. Renuncia abdicativa, apenas abdica o direito, sem dizer para quem etc. O ato de deserdar ocorre apenas no testamento (sucessão testamentária). Assim como um legado, que só pode ocorrer por testamento. 02/03/2021 Na abertura da sucessão ocorre o princípio “saisine” artigo 1784 CC, que é a transmissão automática da posse e propriedade dos bens aos cujos herdeiros, até o momento da partilha. TUDO É DE TODOS --> REGRA. LUCIANA DE SOUSA CARBONI HERANÇA LEGÍTIMA Decorre da lei, a lei dita os limites “AB INTESTATO” (a herança que a lei que irá dizer quem são os herdeiros), ela diz quem são os herdeiros. ABERTURA DA SUCESSÃO É DIFERENTE DA ABERTURA DO INVENTÁRIO. Na herança legítima, quem dará a ordem será a lei. Artigo 1.789 CC. A lei presume que aquele que morreu (de cujus), abriu mão da ordem da vocação hereditária por não ter deixado testamento, visto que a lei que irá decidir quem serão os herdeiros. Na ordem de importância de herança para lei, sendo os três primeiros necessários: 1° descendentes (filhos), 2° ascendente (pais), 3° cônjuge sobrevivente e 4° os colaterais. Caso não haja ninguém, após ter ocorrido o lapso temporal (herança jacente), será do Estado permanentemente (herança vacante), como contenção jurídica. A classe mais próxima exclui as mais remotas. A exceção é o direito de concorrência do cônjuge que é uma classe mais remota, concorre com as classes mais próximas. Assim, 1° descendentes em concorrência com o cônjuge (atual), 2° ascendentes em concorrência com o cônjuge, 3° cônjuge, 4° colaterais (que são herdeiros legítimos, mas não necessários). Na herança legítima, nem todos os herdeiros legítimos possuem o direito à legítima (parte indisponível, essa parte é apenas para os herdeiros necessários). Artigo 1857 e seguintes CC. O companheiro passa a ser herdeiro necessário. • COMO SE EXCLUI? R: Pode excluir os colaterais, visto que não são herdeiros necessários, através de um testamento para outrem. A reserva de 50% da herança necessária, é apenas para os herdeiros necessários. • COMO SE EXCLUI? R: Caso sobre um herdeiro necessário que seja considerado indigno? R: quando considerado indigno, não receberá a herança. Os herdeiros colaterais, conforme os artigos 1839 e 1843 CC, são: os irmãos (2° grau), tios (3° grau), sobrinhos (3° grau), tio-avô (4° grau) e sobrinho neto (4° grau). Ainda, o direito de representação só se concede aos filhos dos irmãos, não existindo o direito de representação para ascendente. Concluindo, existem três ordens na sucessão legítima, que são parentes, cônjuge e Estado. A classe envolve os descendentes, ascendentes, cônjuge, colaterais até 4° grau e Estado. E quanto aos graus, herdam primeiro os da linha reta e depois os da linha colateral. LUCIANA DE SOUSA CARBONI 09/03/2021 CONCORRÊNCIA Se casado com o falecido no regime de: comunhão universal (artigo 1.667), separação obrigatória (1.641) ou se da comunhão parcial (1.658), o autor da herança não houver deixado bens particulares, não haverá concorrência --> da não possibilidade do cônjuge sobrevivente competir com os filhos a herança. O direito do cônjuge só é reconhecido se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente e nem de fato há mais de 2 anos. Na última hipótese, se provar a convivência impossível sem culpa sua, será chamado a sucessão, conforme o artigo 1.830 CC. EX: O casal tinha 3 filhos e o marido falece. A herança será dividida em partes iguais entre viúva e os filhos. Porém, se o falecido deixou 4 filhos, e tendo que ser repartido ¼ para a viúva, o restante ( ¾ ) será dividido igualmente entre os filhos. Quanto todos os descendentes estão no mesmo grau, a sucessão se processa por cabeça. Assim, terá tratamento igualitário perante a lei, pois a intenção é que a família assuma aquela titularidade, artigo 1.835. EX: Se deixou apenas netos, pois os filhos pré-morreram, a herança se divide pelo número de netos, porque se trata de descendentes que se encontram em igualdade de graus. Entretanto, se de cujos, ao morrer, tinha 2 filhos vivos e netos havidos de um filho pré- morto, a herança se divide em três partes, referente às três estirpes. Esses netos sucederão por estirpes, que representarão o pai pré-morto. Os colaterais serão considerados como herdeiros facultativos, que através do testamento pode-se exercer a autonomia da vontade para definir quem serão os herdeiros em caso de morte. O instituto da concorrência são quando duas ou mais pessoas que são herdeiras entre si, falecem no mesmo instante sem poder se determinar quem morreu antes ou depois. Entre comorientes não há transmissão sucessória, permite direito de representação. 16/03/2021 CONCORRÊNCIA DE CONJUGÊ LUCIANA DE SOUSA CARBONI Parte indisponível, também conhecida por legítima (não confundir com herança legítima), é metade da herança garantida e não pode ser retirada da herança. É um direito potestaivo dos herdeiros necessários. A ordem da vocação hereditária 1° descendentes e 2° ascendentes. Com o novo CC, artigo 1.829, o cônjuge e o companheiro sobrevivente concorrem (ou podem concorrer) com os herdeiros em linha reta. Existindo alguém numa classe mais próxima, excluem-se as classes subsequentes, salvo o direito de representação, como o neto representando seu pai pré-morto. Herdeiros de uma mesma classe, herdam por cabeça, conforme o artigo 1.834 CC. Quanto aos ascendentes, se não existindo descendentes, em qualquer grau, são chamados a suceder os ascendentes, que herdam por cabeça e por direito próprio. O ascendente mais próximo exclui o mais remoto (vivo um dos progenitores do morto, recebe ele a herança, com exclusão dos avós, artigo 1.836, parágrafo 1°). 1ª regra de concorrência com os ascendentes, um terço (1/3) da herança para o cônjuge se concorrer com os dois ascendentes, artigo 1.837. A 2ª regra, ½ da herança para o cônjuge se concorrer com um só ascendente, ou se maior for o grau da ascendência, artigo 1.837 CC. INDEPENDENTE DO REGIME DE BENS. • NÃO CONFUNDIR meação (que foi estipulado no pacto nupcial) com herança. • Cônjuge passa a ser herdeiro necessário e possui direito à legítima.Cônjuge em concorrência com os descendentes, artigo 1.829, I, 1ª regra: em regime da separação obrigatória (artigo 1.641 CC), o cônjuge não herda, não ocorrendo a concorrência. No regime da comunhão universal, o cônjuge não herda, não ocorre a concorrência, pois o cônjuge já se tornou meeira do de cujus. No regime da comunhão parcial sem bens particulares do de cujus, o cônjuge não herda. A 2ª regra, apenas o regime da comunhão parcial com bens particulares do de cujus que o cônjuge concorre com os descendentes. 23/03/2021 HERANÇA E SUA ADMNISTRAÇÃO As dívidas não podem ser superiores a força da herança. Abriu o inventário, a 1ª coisa que se faz, antes de partilhar a herança, primeiro irá pagar as dívidas do falecido. Então, se já houve a LUCIANA DE SOUSA CARBONI partilha, não existe como os credores irem atrás do pagamento da dívida, pois deve-se respeitar a força da herança, entretanto ressalta-se a necessidade de analisar cada caso concreto. • Se o de cujus não tiver herdeiros necessários e quiser deixar um testamento tudo para uma ONG, será possível. • Na falta dos ascendentes e descendentes, o cônjuge se torna herdeiro necessário, herdando tudo. O artigo 1.791 CC dispõe que até a partilha, a propriedade e a posse da herança são regidas pelas normas do condomínio, em conexão com o efeito saisine. • Foro competente artigo 1.785 CC e 48 CPC (competência relativa) --> quando abre a sucessão (efeito saisine), já ocorreu o efeito morte. Enquanto não houver a partilha e não for aberto o inventário e nomeado o inventariante, todos os herdeiros irão administrar. Se ameaçado o patrimônio do de cujus, todos os herdeiros tem legitimidade para defende-lo, em juízo ou fora dele. 13/04/2021 REVISÃO A estrutura do direito sucessório foi feita para atender os descendentes (filhos). Caso não haja, irá para o ascendente, e por fim, para o cônjuge/companheiro. Caso não haja companheiro/cônjuge, chama os colaterais, e caso também não haja, irá para o Estado. A concorrência, se o falecido era caso, o cônjuge concorre com os descendentes, e tal concorrência dependerá do regime matrimonial de bens. SE casado não haverá concorrência: comunhão universal (art. 1.667) pois existirá é a meação. Separação obrigatória (art. 1.641), comunhão parcial (art. 1658), se autor da herança não houver deixado bens particulares. Caso ele tiver deixado bens, será dividido entre cônjuge e filhos. O direito do cônjuge, artigo 1.829, inciso I, só será reconhecido se ao tempo da morte do outro: não estavam separados judicialmente nem de fato há mais de dois anos. (...) O Cônjuge na falta de ascendentes e descendentes herda a integralidade da herança, independentemente do regime de bens, artigo 1.829, III e 1.838 CC. • INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 1.790 CC POR DECISÃO DO STF. LUCIANA DE SOUSA CARBONI • DIREITO REAL DE HABITAÇÃO, artigo 1.831 CC (independente do regime de bens). • Colaterais o grau mais próximo exclui o mais remoto. Serão expedidos editais na forma da lei processual, e decorrido um ano, será a herança declarada vacante, mas a declaração de vacância não prejudicará aqueles herdeiros que se habilitarem depois do prazo de um ano. Entretanto, quando todos os chamados renunciarem, a herança estará vacante, e não poderão voltar atrás na renúncia. A renúncia e aceitação (artigos 1.804 a 1.813 CC), é ato solene (escrito/expresso) pelo qual um herdeiro chamado à sucessão declara que não a aceita. Ela será irretratável, artigo 1.812 CC, mas poderá a vir ser anulável. A petição de herança é o meio judicial de que se serve o herdeiro excluído para garantir sua qualidade sucessória e o natural acesso aos bens hereditários. O deferimento desta acarreta nova partilha de bens, sendo que o prazo prescricional (artigo 205 CC) para sua interposição começará com o trânsito em julgado da sentença que julgou o inventário, em 10 anos. • Endereçamento será conforme o artigo 1.785 CC e 48, 53, II, CPC. • Qualificação, INVENTARIANTE, 617 CC. • AÇÃO DE INVENTÁRIO, dos bens e dívidas deixados pelo falecido, síntese dos fatos, fazer menção aos documentos. Falecimento antes de 2002, precisará trazer aquela lei vigente.
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