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Interações Medicamentosas - @biaresumosdafisio

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 Um dos fatores que podem alterar a resposta 
aos fármacos é a administração concomitante de 
outros fármacos. Há vários mecanismos por meio 
dos quais os fármacos interagem, contudo, em sua 
maioria, esses mecanismos podem ser classificados 
em farmacocinéticos, farmacodinâmicos ou 
interações combinadas. 
 O conhecimento acerca do mecanismo por meio 
do qual ocorre uma interação medicamentosa 
geralmente é útil clinicamente, uma vez que pode 
influenciar a forma e o método para evitar a 
interação. Algumas interações medicamentosas 
importantes ocorrem como resultado de dois ou 
mais mecanismos. 
 O desfecho de uma interação medicamentosa 
pode ser perigoso quando promove aumento da 
toxicidade de um fármaco. Por exemplo, pacientes 
que fazem uso de varfarina (fármaco do grupo dos 
anticoagulantes, usado na prevenção das 
tromboses) podem ter sangramentos se passarem 
a usar um anti-inflamatório não-esteróide (AINE) 
sem reduzir a dose do anticoagulante. 
 Mas, também pode reduzir a eficácia de um 
fármaco, podendo ser tão nociva quanto o aumento. 
Por exemplo, tetraciclina (grupo de antibióticos 
naturais ou semi-sintéticos usados no tratamento 
de um amplo espectro de bactérias tanto Gram-
negativas quanto gram-positivas e alguns 
protozoários e até alguns fungos) sofre quelação 
por antiácidos e alimentos lácteos, sendo 
excretada nas fezes, sem produzir o efeito 
antimicrobiano desejado. 
 A incidência de problemas é mais alta nos idosos 
porque a idade afeta o funcionamento dos rins e do 
fígado, de modo que muitos fármacos são 
eliminados muito mais lentamente do organismo. 
 
 As interações medicamentosas podem ser 
classificadas em interações farmacocinéticas, 
farmacodinâmicas, de efeito e farmacêuticas. 
 
 São aquelas em que ocorre alteração da 
concentração do fármaco que atinge o seu sítio de 
ação. Isto pode ocorrer na etapa de absorção, 
distribuição, metabolismo e/ ou excreção. 
 As interações farmacocinéticas são as mais 
frequentes e promovem, muitas vezes, influência 
significativa sobre a terapêutica medicamentosa. 
Ao contrário das interações farmacodinâmicas que 
são quase sempre previsíveis, as alterações na 
farmacocinética de uma droga induzida por outra 
não costumam ser intuitivamente óbvias. 
1. Exemplo → Comprimidos de tetraciclina eram 
fabricados com sais de cálcio, levando à 
formação de um sal insolúvel de cálcio do 
antibiótico, o que dava como resultado uma 
absorção deficiente e níveis sanguíneos baixos 
e inconstantes. 
2. Exemplo → O consumo de leite em paralelo ao 
uso de medicamentos de pH ácido dificulta a 
absorção de tais medicamentos (o leite 
basifica o meio estomacal e modificações do 
pH gástrico repercutem na ionização e na 
solubilidade do fármaco e, portanto, na 
facilidade de difusão através da mucosa). Além 
disso, alguns fármacos são preferencialmente 
administrados com alimentos, seja para 
aumentar a absorção ou para diminuir o efeito 
irritante sobre o estômago. 
3. Exemplo → Os antiácidos podem adsorver 
fármacos no trato gastrintestinal, reduzindo, 
assim, sua absorção. Eles tendem a acelerar o 
esvaziamento gástrico, acelerando a passagem 
dos fármacos até o sítio de absorção do 
intestino. Alguns antiácidos (p. ex., hidróxido 
de alumínio) alcalinizam a urina e alteram a 
excreção de fármacos sensíveis ao pH urinário. 
4. Exemplo → O uso excessivo de laxantes conduz 
à perda de potássio, potencializando a 
toxicidade dos digitálicos (grupo de fármacos 
usados no tratamento de doenças do coração). 
5. Exemplo → Os antibióticos de largo espectro, 
ao destruírem a flora que sintetiza a vitamina 
K, potencializam os anticoagulantes orais. 
 Ocorrem nos sítios de ação dos fármacos, 
envolvendo os mecanismos pelos quais os efeitos 
desejados se processam. 
 Um fármaco pode aumentar o efeito do agonista 
por estimular a receptividade de seu receptor 
celular ou inibir enzimas que o inativam no local de 
ação. 
 A diminuição de efeito pode dever-se à 
competição pelo mesmo receptor, tendo o 
antagonista puro maior afinidade e nenhuma 
atividade intrínseca. 
 Ocorrem quando dois ou mais fármacos em uso 
concomitante têm ações farmacológicas similares 
ou opostas. 
 Podem produzir sinergias ou antagonismos sem 
modificar a farmacocinética ou os mecanismos de 
ações dos fármacos envolvidos. Por exemplo, álcool 
reforça o efeito sedativo de hipnóticos e anti-
histamínicos. 
 
 Também chamadas de incompatibilidade 
medicamentosa, ocorrem in vitro, ou seja, antes da 
administração dos fármacos no organismo, quando 
se misturam dois ou mais deles em uma seringa ou 
outro recipiente. Ocorrem por reações físico-
químicas que resultam em: 
 Alterações organolépticas → Evidenciadas 
como mudanças de cor, consistência (sólidos), 
opalescência, turvação, formação de cristais, 
floculação, precipitação, associadas ou não a 
mudança de atividade farmacológica. 
 Diminuição da atividade de um ou mais 
fármacos originais. 
 Formação de um novo composto (ativo, inócuo, 
tóxico). 
 Aumento da toxicidade de um ou mais 
fármacos originais. 
 A ausência de alterações macroscópicas não 
garante a inexistência de interação 
medicamentosa. 
 É frequentemente difícil detectar uma 
interação medicamentosa, sobretudo pela 
variabilidade observada entre pacientes. 
 Uma solução para esse problema prático é 
selecionar um fármaco que não produza interação. 
Se não houver esta alternativa, é frequentemente 
possível administrar os medicamentos que 
interagem entre si sob cuidados apropriados. 
 Muitas interações são dependentes de dose, 
nesses casos, a dose do medicamento indutor da 
interação poderá ser reduzida para que o efeito 
sobre o outro medicamento seja minimizado. 
 Pacientes com múltiplas doenças, com disfunção 
renal ou hepática, e aqueles que fazem uso de 
muitos medicamentos são os mais suscetíveis. A 
população idosa frequentemente se enquadra nesta 
descrição, portanto, muitos dos casos relatados 
envolvem indivíduos idosos em uso de vários 
medicamentos. 
 Anticoagulantes, anti-hipertensivos ou 
antidiabéticos requerem controle cuidadoso de 
dose. 
Fonte: Farmacologia Básica e Cli ́nica. 13º ed. KATZUNG, 
Bertram G. TREVOR, Anthony J / 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farm
acia/interacoes-farmaco-x-farmaco/72646 / 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farm
acia/interacoes-farmaco-x-farmaco/72646 / 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farm
acia/interacoes-farmacocineticas/12475 / 
https://www.ictq.com.br/varejo-farmaceutico/645-20-
interacoes-medicamentosas-mais-frequentes 
 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/interacoes-farmaco-x-farmaco/72646
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/interacoes-farmaco-x-farmaco/72646
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/interacoes-farmaco-x-farmaco/72646
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https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/interacoes-farmacocineticas/12475
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https://www.ictq.com.br/varejo-farmaceutico/645-20-interacoes-medicamentosas-mais-frequentes
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