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Secreções - TGI

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Secreção Esofágica 
Predominantemente, secreção de muco, o qual ira 
promover: 
→ Lubrificação do bolo alimentar, a fim de 
proteger a parede do órgão durante a sua passagem; 
→ Capacidade adesiva; 
→ Formação de massa; 
→ Baixa resistência em massas fecais; 
→ Protege a parede do órgão contra a ação de 
enzimas; 
→ Anfótero → comportamento ácido/básico. 
Secreção Gástrica 
No estômago, tem-se uma importantíssima secreção 
que é a secreção do suco gástrico. 
→ O suco gástrico é formado principalmente por 
4 elementos: 
1. Ácido Clorídrico 
É o que garante a principal característica do estômago 
que é sua intensa acidez (pH 1-2) – necessária para a 
ação das pepsinas –. Esse HCl junto com o pepsinogênio 
são responsáveis pelo início da digestão das proteínas 
no estômago. Mata a maior parte dos microrganismos 
ingeridos. 
Catalisa a clivagem dos pepsinogênios inativos em 
pepsinas ativas. 
2. Pepsinogênio 
É a forma inativa da Pepsina, esta dá início ao 
processo de digestão das proteínas (ação proteolítica). 
O pepsinogênio é ativado a partir da acidez 
estomacal, ou seja, pelo HCl. 
3. Fator Intrínseco 
É uma glicoproteína que se liga a B12 e é 
imprescindível para sua absorção (íleo). É reabsorvida no 
intestino grosso. 
No caso de cirurgias bariátricas, em que se tira um 
pedaço do estômago, ocorre a diminuição do fator 
intrínseco, o que pode provocar deficiência da vit. B12 e 
causar anemia perniciosa e acloridria (redução da 
secreção de HCl). 
 
4. Muco 
Além de ter sua função de lubrificação, também forma 
uma camada protetora na mucosa gástrica protegendo-
a da intensa acidez. 
O hormônio gastrina (liberado pelas células G no antro 
gástrico) promove a secreção do Hcl e pepsinogênio. 
→ As principais glândulas presentes no estômago 
são: 
Glândulas Oxínticas 
- Estão localizadas no corpo do estômago e são 
responsáveis pela produção das substâncias gástricas 
do estômago. 
- Possuem diferentes tipos celulares: 
 Células Epiteliais revestindo o ducto da glândula. 
 Células Mucosas produzindo muco. 
 Células Oxínticas ou Parietais (+ superficiais) secretam 
ácido clorídrico e fatores intrínsecos. 
 Células Zimogênicas ou Principais (+internas) secretam 
pepsinogênio. 
Mecanismo de controle das células parietais 
A estimulação da secreção gástrica induz as vias 
endócrinas, parácrinas e neurais. A inervação 
parassimpática do nervo vago inverva as células 
parietais, as células eterocromafins (ECL) e as células 
endrócrinas (céls. G). Ainda a estimulação vagal produz 
secreção de pepsinogênio, muco HCO e fator 
instrínseco. 
Em resposta a atividade intrínseca eferente vagal, 
será liberada acetilcolina que agirá nos receptores 
muscarímicos (m3) nas células parietais que 
desencadeará na liberação de HCl. A hitmina também é 
secretada pelas céls, ECL e em resposta a atuação 
vagal, que age nas células parietais nos receptores H2, 
liberando Hcl. 
 
 
Glândulas Pilóricas 
-Organizam-se de maneira bastante semelhante as 
glândulas oxínticas. Região terminal do estômago. 
-Possuem dois tipos celulares: 
Células Mucosas que vão secretar muco e bicarbonato, 
que iram proteger e neutralizar a mucosa gástrica. 
Células G que vão secretar a gastrina, mas ao contrário 
do que acontece com os outros elementos, ela não é 
secretada no lúmen do estômago, mas cai direto na 
circulação sanguínea. 
Mecanismo de secreção do Ácido Clorídrico pelas células 
oxínticas 
→ A secreção do HCl vai ser mediada por um sistema 
enzimático chamado de bomba de prótons ou bomba de 
ácidos, onde tem-se principalmente uma enzima 
chamada H+ K+ ATPase (bomba de próton). Essa enzima 
normalmente não está localizada na membrana da célula, 
e sim, em vesículas tubulosas que ficam no interior da 
célula. 
→ Quando essa célula parietal é estimulada a secretar 
o HCl, vão acontecer algumas alterações: 
1. O deslocamento dessas vesículas tubulosas em 
direção a membrana, deixando a enzima na membrana 
pronta para atuar. 
2. Aumento da permeabilidade iônica da membrana. 
→ Dentro da célula tem-se então o gás CO2 
combinando com a água sobre ação enzima Anidrase 
Carbônica. Essa combinação vai gerar H+ e de 
Bicarbonato HCO3- . Essas duas substâncias são 
importantes na secreção do ácido clorídrico, pois o 
bicarbonato vai ter uma enzima transportadora que vai 
jogar bicarbonato para corrente sanguínea e jogar 
cloreto para dentro da célula. 
→ Esse cloreto em maior concentração na célula 
vai poder passar por canais de cloreto, vazando para o 
lúmen. Por outro lado, o H+ (próton) vai ser trocado com 
o potássio através da enzima bomba de próton. 
Regulação da Secreção Gástrica 
O Processo de secreção gástrica possui um controle 
neural e hormonal 
1. Controle Neural 
Nervo Vago 
→núcleos motores dorsais dos vagos (NMDV) 
→ reflexos vagovagais longos 
→ libera acetilcolina 
Sistema Nervoso Entérico 
→ reflexos curtos (locais) 
→ libera acetilcolina e bombesina (GRP) 
2. Controle Hormonal → gastrina 
 → Existe uma secreção gástrica basal, normal, que é 
feita o tempo todo. No entanto, vão ter mecanismos de 
controle que vão em determinados momentos aumentar 
ou diminuir essa secreção gástrica. 
 Esses mecanismos estarão divididos em 3 fases: Fase 
Cefálica, Fase Gástrica e Fase Intestinal. 
→ Fase Cefálica 
-Acontece antes mesmo que alimento chegue ao 
estômago. 
- APETITE 
-Ela vai ser estimulada pela visão, odor ou lembrança do 
alimento. 
- 20% da secreção. 
-O estímulo dessa fase cefálica é sensorial → vai vir 
do córtex cerebral, amígdala, hipotálamo ou do centro 
do apetite e vão chegar no estômago através do nervo 
vago. 
-O nervo vago vai ter então uma ação dupla: 
1. Ele vai liberar acetilcolina nos receptores 
muscarínicos do tipo M3 das células parietais (presente 
na glândula oxíntica), secretando HCl. 
2. O nervo vago também estimula as células 
G(presente na glândula pilórica) a produzir gastrina que 
vai na circulação e acaba chegando nas glândulas 
oxínticas, onde ela vai se ligar a receptores tantos nas 
células parietais quanto nas células principais, 
estimulando então a secreção de HCl, fator intrínseco e 
de pepsinogênio. Tudo isso como forma de preparar o 
ambiente estomacal para a chegada do alimento. 
→ Fase Gástrica 
-Estará relacionada com a presença efetiva do alimento 
no estômago. 
-Reflexos vagovagais. 
-70% da secreção. 
- Mecanismos: 
1. Tem-se um estímulo mecânico de distensão do 
estômago pela presença do alimento que vai então 
estimular as células G a produzirem gastrina. Esta cai na 
circulação e acaba voltando para estimular as glândulas 
oxínticas a produzirem HCl, fator intrínseco e 
pepsinogênio. (Vale lembrar que a elevação do pH ácido 
também serve como estímulo para a liberação de 
gastrina.) 
2. A Gastrina também pode se ligar aos 
receptores CCK8 (receptor colecistoquinina 8) nas 
células parietais, que também vão secretar HCl 
3. Nessa fase, também tem-se um outro 
mecanismo que vai estimular a secreção do HCl que é a 
liberação de histamina. No estômago algumas células 
chamadas Células Enterocromafins (histaminócitos),que 
são um tipo especial de células presentes na mucosa 
gástrica, vão ser estimuladas pela gastrina e pela 
acetilcolina que é um neurotransmissor do SNP. Através 
da ligação parácrina da histamina com receptores 
específicos nas células parietais ,que são receptores do 
tipo H2, a histamina vai então estimular a secreção do 
ácido clorídrico. 
É interessante lembrar que existem drogas como a 
ranitidina ou cimetidina, que são anti-inflamatórios/anti-
histamínicos, atuando justamente inibindo esses 
receptores H2 de forma a diminuir a produção de ácido 
clorídrico. 
OBS1.: O PGE2 atua nas células parietais diminuindo a 
produção de HCl. Ao se ligar ao seu receptor que está 
acoplado a uma proteína Gi, ele diminui a ação da enzima 
adenilil ciclase (que converte ATP em AMPc), diminuindo 
assim a atividade da bomba de prótons das células 
parietais. 
OBS2.: Lembrando que o contato do alimento
com o 
estômago, vai levar ao estímulo da secreção gástrica 
não só através da gastrina, mas através do nervo vago, 
que é estimulado pela distensão estomacal. 
OBS3.: Em casos de pH estomacal muito ácido (pH < 3 ), 
as células D liberam SiH (?) que inibe a célula G de 
produzir gastrina, a qual ia por via endócrina, se ligar ao 
receptor CCK8 da célula parietal e secretar HCl. Logo, o 
Ph estomacal aumenta. 
→ Fase Intestinal 
-Ocorre a medida que o alimento deixa o estômago e 
chega ao duodeno. 
-Isso vai acontecer pela acidificação do duodeno,que vai 
estimular a secreção pela mucosa duodenal de uma 
substância que é o chamado Peptideo Gastro-inibidor. 
Este vai inibir tanto a secreção quanto a motilidade do 
estômago. 
 
 
Inibidores da Secreção Gástrica 
-Presença de ácidos, gorduras, produtos da quebra de 
proteínas, líquido hiperosmótico ou hiposmótico, etc… 
- Fatores: Secretina, GIP (peptídio inibidor de gastrina), 
VIP (peptídeo vasoativo intestinal), e somatostatina. 
OBS: quando o pH do meio está muito ácido, há uma 
ação para que o pH não caia mais; a acetilcolina ativa as 
células D para a produção de somatostatina para inibir a 
secreção gástrica. 
Quando o alimento chega a região inicial do duodeno com 
o pH ácido, inicia o sistema que libera secretina, GIP, VIP, 
etc., esses sinalizadores agem nas células parietais 
(oxínticas), inibindo a secreção de HCl. 
Secreção Pancreática 
→ Glândula mista: possui papel exócrino (produção de 
enzimas) e endócrino (produção de hormônios). 
→ Suas secreções são as maiores contribuintes da 
digestão enzimática da refeição. 
→ O suco pancreático, que é secretado no duodeno, 
possui dois componentes principais: 
 Componente Enzimático 
-Vai conter enzimas que participam do processo 
digestivo; 
 Componente Iônico 
-O principal íon é o bicarbonato, tem como função 
neutralizar a acidez vinda do estômago. É importante 
pois as enzimas pancreáticas são inativas em níveis 
altos de acidez, e essa neutralização reduz o risco da 
mucosa do intestino delgado ser lesada. 
→ Na representação de uma unidade secretora do 
pâncreas, onde tem-se, da mesma forma que nas 
glândulas salivares, as células acinares (ácinos) e as 
células ductais (ducto secretor). 
→ As Células Acinares é o componente enzimático 
responsável pela produção de enzimas que digerem 
carboidratos, lipídeos e proteínas. 
1. Amilase Pancreática 
2. Lipase 
3. Protease → Tripsina, quimiotripsina e 
carboxipeptidase. 
4. O pâncreas também secreta nucleases, que 
vão degradar ácidos nucleicos. 
→ Vão se juntar a essas enzimas, quando elas passam 
pelo Ducto Secretor, o componente iônico do suco 
pancreático que vai ser uma solução isotônica que vai 
conter sódio, cloreto, potássio e principalmente 
bicarbonato. 
→ Da mesma maneira que nas células gástricas, o 
bicarbonato que vai ser secretado pela célula 
pancreática e tem origem na formação de ácido 
carbônico (H2CO3) a partir do CO2 e da água, catalisado 
pela anidrase carbônica. Esse bicarbonato que cai no 
lúmen, é trocado com o cloreto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observações a respeito das enzimas que são 
secretadas no suco pancreático: 
→ Grande maioria das enzimas que são secretadas no 
suco pancreático, vão ser secretadas em sua forma 
inativa, e serão ativadas somente no duodeno. Isso 
porque tem enzimas que irão degradar proteínas, 
lipídeos e componentes que estão presente inclusive nas 
próprias células do pâncreas. Então se essas enzimas 
fossem produzidas em sua forma ativa, elas poderiam 
degradar/digerir o pâncreas. 
Existem doenças que tem-se a ativação antecipada das 
enzimas pancreáticas, como a pancreatite aguda. 
Controle da secreção pancreática 
Esse controle também vai ocorrer através de estímulos 
hormonais e neurais. 
→ Estímulo Neural 
- O neural vai acompanhar a fase cefálica da secreção 
gástrica, que é o contato do alimento, o qual gera uma 
estimulação no nervo vago, provocando uma pequena 
secreção de suco pancreático. 
-Tem-se uma secreção neural também desencadeada 
pela presença do quimo no duodeno, que vai estimular os 
nervos esplâncnicos a promover um pouco de secreção 
pancreática. 
→ Estímulo Hormonal 
-A maior parte da secreção pancreática é estimulada 
por estímulo hormonal. 
-Esse controle hormonal estará a cargo de dois 
hormônios: a secretina e colecistoquinina. 
-A Secretina (produto das células S) produz 
principalmente bicarbonato. 
A secretina vai fazer duas coisas: retardar o 
esvaziamento gástrico de forma que haja tempo do H+ 
que chegou no duodeno ser neutralizado e vai estimular 
as células ductais do pâncreas a secretar bicarbonato, 
de forma a neutralizar esse H+. 
-O CCK (produto das células I) produz principalmente 
enzimas. Responsável pelo aumento das células acinares 
= secreção. 
A presença de proteínas e gordura no duodeno vão 
estimular a secreção da colecistoquinina, que além de 
também retardar o esvaziamento gástrico, vai estimular 
as células acinares do pâncreas a secretarem as 
enzimas pancreáticas de forma a digerir o produto do 
duodeno. 
OBS.: A Acetilcolina é liberada pelas terminações do 
nervo vago parassimpático e por outros nervos 
colinérgicos para o sistema nervoso entérico. 
Secreção Biliar 
→ A bile é um produto de secreção do fígado. Como 
ela é produzida continuamente e só é necessária na 
presença de alimento no duodeno, fica armazenada na 
vesícula biliar.(recebe nervos do SNP para sua 
contração). 
 → Os principais componentes da bile são os sais 
biliares. Eles são produzidos no fígado a partir colesterol 
e vão ter como grande função emulsificar as gorduras 
presentes no intestino, facilitando assim a quebra e 
digestão das gorduras. Atuação de detergentes sobre 
gorduras, transformando elas em ác. Graxos e 
colesterol (micelas). 
→ As micelas servem para proteger os produtos 
hidrofóbicos da digestão lipídica e permitir a passagem 
de moléculas pequenas através das células do intestino 
→ Além disso a bile também vai ter os pigmentos 
biliares que são produtos de excreção da hemoglobina 
presente nas hemácias, a bilirrubina. 
Representação 
→ Nos momentos em que a bile não é secretada, tem-
se o Esfincter de Oddi fechado,não deixando a bile 
passar para o duodeno. Logo, a bile retorna e fica 
armazenada na vesícula biliar. 
→ A secretina, via corrente sanguínea, estimula a 
secreção da bile pelos ductos hepáticos. 
→ Enquanto a bile está armazenada, a vesícula faz 
uma reabsorção de água e íons, deixando essa bile mais 
concentrada. A colecistoquinina que é um hormônio 
secretado na presença de alimento no duodeno vai ter 
duas ações: de contrair a vesícula biliar expulsando a bile 
e relaxar o esfincter de oddi para a bila passar. 
→ O estímulo do nervo vago causa contração fraca da 
vesícula biliar. 
→ A bile tem uma característica importante que é a 
circulação entero-hepática. Quase toda água e solutos 
inorgânicos presentes na bile e grande parte tanto dos 
pigmentos biliares dos sais biliares que estão presentes 
na bile, vão ser reabsorvidos pela mucosa intestinal, 
ganhar a circulação porta e voltar ao fígado, onde vão 
ser excretadas pela bile. 
Isso quer dizer que grande parte dos sais biliares são 
reaproveitados, a outra pequena parte é eliminada pelas 
fezes e serão repostos pelo colesterol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Secreção Intestinal 
 Intestino Delgado 
→ O intestino também vai ter sua função 
secretora que é o suco entérico. 
→ O estímulo para a secreção do suco entérico é 
basicamente um estímulo mecânico da presença do 
quimo. 
→ O suco entérico em si vai ser bastante pobre 
em enzimas. Mas a mucosa intestinal vai ter várias 
enzimas que vão completar o processo de quebra 
e digestão dos principais componentes do alimento. 
→ Produção de muco pelas glândulas de Brunner. 
 
Sucos digestivos: presentes nas criptas de 
Lieberkuhn. O muco é secretado pelas células 
calciformes e possuem função de proteger a 
mucosa. Os enterócitos, além de secretar as 
enzimas
constitutivas (fazem a degradação de 
certas substâncias e estão localizadas na 
membrana apical dos enterócitos), também secreta 
H2O e eletrólitos. 
Estimulação do muco: mecânica, vagal e pela 
secretina. 
Intestino Grosso 
Quase não tem função secretora, basicamente 
secreta muco (criptas de Lieberkuhn, pela 
regulação parassimpática) e reabsorve água e sais. 
Apenas absorção de água e sais.

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