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SECREÇÕES DO TRATO GASTROINTESTINAL

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FISIOLOGIA ANIMAL II - SECREÇÕES DO TRATO GASTROINTESTINAL - KAMILLA CORNEL – 3º SEMESTRE 
Quando falamos no processo de Digestão e Absorção, é importante saber que ocorrem em meio aquoso. Para que esse meio 
fique aquoso, diversos líquidos são produzidos e decretados. Essa produção é controlada por estímulos nervosos e morais. 
Existem vários tipos de glândulas que sintetizam diferentes produtos, por exemplo: na superfície do epitélio encontram-se as 
células caliciformes que são glândulas de células únicas, elas produzem o muco epitelial que também responde a irritações. No 
estômago e no duodeno existem as glândulas tubulares profundas, e não podemos esquecer das glândulas que apesar de fazer 
parte do trato digestório, elas estão fora dele. Essas glândulas são: fígado, pâncreas e glândulas salivares. 
GLÂNDULAS SALIVARES 
Na boca durante a mastigação, o alimento é misturado com a saliva e moldado em um bolo alimentar, o que facilita a 
deglutição. A secreção das glândulas salivares é controlada pelo sistema nervoso autônomo, principalmente o parassimpático. 
A saliva pode ter função diferentes dependendo da espécie estudada, por exemplo: em várias espécies ela possui ação 
antimicrobiana pela ação da luzozima e anticorpos. Nos animais onívoros ela inicia a digestão de amido através da amilase 
salivar. Já nos ruminantes a saliva contém bicarbonato servindo como um tampão para neutralizados ácidos formados pela 
fermentação do estômago. 
SECREÇÃO GÁSTRICA 
No estômago, existem vários tipos de células, e aqui vamos destacar três. Temos as células da superfície da mucosa que 
secretam muco para proteger a mucosa gástrica do pH baixo. Temos também as células parietais que secretam o ácido clorídrico 
e as células principais que sintetizam e secretam a pepsina. Quando se fala do estômago, é preciso lembrar que existe muitas 
variações entre espécies, e a depender da região (proximal ou distal), pode ou não haver glândulas. 
SECREÇÃO DE HCL (ÁCIDO CLORÍDRICO) 
O HCL é produzido pelas células parietais, no interior dessa célula tem abundância de co2 e água. Através da anidrase carbônica 
(que é uma enzima), as moléculas se co2 e h2o se unem para formar ácido carbônico. Só que esse ácido é instável, então ele se 
dissocia em íons de hidrogênio e carbonato. O hidrogênio é transportado pro lúmen gástrico através da bomba de prótons. Essa 
bomba troca o hidrogênio (H+) pelo potássio (K+). O bicarbonato é jogado na corrente sanguínea e trocado pelo cloreto (Cl-) por 
meio de um transportador. O cloreto por sua vez, é co-transportado para o lúmen junto com o potássio. Dessa forma o cloreto e 
o hidrogênio se unem no lúmen gástrico para formar o ácido clorídrico (HCL). Então, podemos ver que o HCL é formado fora da 
célula. O bicarbonato que foi jogado na circulação alcaliniza o sangue, isso é chamado de maré alcalina. A maré alcalina acaba 
sendo revertida quando o bicarbonato é usado para neutralizar as secreções gástricas para o duodeno. 
ESTÍMULOS PARA A PRODUÇÃO DE HCL 
Na fase cefálica da digestão, o olfato e a visão ativam o sistema nervoso parassimpático que estimula o sistema nervoso 
entérico, que por sua vez responde com a liberação de acetilcolina (ACh). A acetilcolina age tanto nas células G quanto nas 
células parietais, ambas possuem receptores para acetilcolina. A célula G, secreta gastrina, que também age na célula parietal. 
Na fase gástrica, que é quando de fato o alimento chega no estômago, ocorre uma distensão da mucosa que é detectado pelos 
mecanorreceptores, isso estimula diretamente o sistema nervoso entérico intrínseco levando a liberação de acetilcolina e 
estimulação das células G e parietal. 
Existe ainda as células entero-cromafins, elas respondem tanto a acetilcolina quanto a gastrina e secretam histamina. A célula 
parietal também possui receptores de histamina. Quando os três receptores estão ativados, o de acetilcolina, o de gastrina e o 
de histamina, a secreção de suco gástrico é intensificada. Quando os três receptores estão ativados, o de acetilcolina, o de 
gastrina e o de histamina, a secreção de suco gástrico é intensificada. 
INIBIÇÃO DO HLC 
Conforme o ácido clorídrico aumenta o pH vai diminuindo e quando chega em torno de 1, a secreção de gastrina é inibida, isso 
causa uma diminuição na secreção de HCL e por consequência o aumento do pH. 
 
SECREÇÃO DE PEPSINA 
No estômago também é iniciada a digestão de proteínas. Isso acontece graças ao pH que é extremamente baixo e também há 
presença de pepsina. A pepsina é secretada pela célula principal. A pepsina na verdade é uma família de enzimas que digerem 
proteína. Elas são armazenadas de uma forma inativa dentro de grânulos, essa forma inativa é chamada de pepsinogênio. 
Quando ela é secretada na luz do estômago o ph ácido faz com que a molécula seja crivada e ativada se tornando a pepsina. 
Então a pepsina juntamente com o baixo pH do estômago, vai iniciar a digestão de proteínas. De uma forma geral, todas as 
enzimas que são sintetizadas de uma forma inativa e ativadas na luz do estômago do trato gastrointestinal são chamadas de 
Zimogênios. 
SECREÇÃO PANCREÁTICA 
Após o bolo alimentar ser processado pelo estômago ele é enviado para o duodeno e recebe o nome de quimo, as secreções 
pancreáticas vão começar a agir nessa fase. 
O pâncreas é composto por uma parte endócrina formada pelas ilhotas pancreáticas é uma parte exócrinas formada pelos 
ácinos. Os ácinos são interligados por um sistema unificado de ductos. As células acinares produzem vários tipos de enzimas, 
que podem digerir os principais tipos de nutrientes como a gordura, proteína e carboidratos. As enzimas proteolíticas são 
sintetizadas na forma de zimogênio e elas podem digerir o próprio pâncreas. Além dos ácinos, existem células especializadas 
localizadas na junção entre os ácinos e os ductos, as chamadas células centroacinares. Essas células produzem uma serração rica 
em bicarbonato para alcalinizar o quimo. O suco pancreático é despejado no duodeno através do ducto pancreático. 
ESTÍMULOS PARA SECREÇÃO PANCREÁTICA 
As secreções pancreáticas são estimuladas por algumas substâncias nas diferentes fases da digestão. As células acinares 
possuem receptores de acetilcolina, colecistocinina (CCK) é secretina. Durante a fase cefálica e gástrica da digestão, é secretada 
a acetilcolina através do nervo vago, com isso o pâncreas inicia sua secreção. 
Quando o quilo chega ao intestino inicia a fase intestinal. Nessa fase a colecistocinina é secretada pelo duodeno na presença de 
gordura e proteína, e também é secretada a secretina que é estimulada pelo pH baixo. Nessa fase a secreção pancreática é mais 
intensa. 
SECREÇÃO BILIAR 
O fígado é composto pelos hepatócitos, que formam placas e dentre essas placas existem os canalículos biliares. Os hepatócitos 
sintetizam e secretam a bile nos canalículos e posteriormente a bile é armazenada na vesícula biliar. A bile é composta 
principalmente pelos sais biliares, e contém também outras moléculas como os fosfolipídios e o colesterol. A bile é importante 
na digestão de gordura. A sua função é fazer a emulsificação da gordura, na sua estrutura possui partes hidrofílicas e 
hidrofóbicas. Quando o alimento gorduroso chega no duodeno é secretado a colocipicinina. Esse hormônio promove a 
contração da vesícula e o relaxamento do esfíncter oddi. Os ácidos biliares ajudam na digestão e absorção de gordura, porém 
eles são absorvidos apenas no íleo. 
Os ácidos biliares são reciclados e estimulam a síntese de mais bile. Esses mecanismos de reciclagem são conhecidos como 
circulação enteropática.

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