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Folclore, antropologia e história social
E. P. Thompson
O marxismo da história social britânica – o estabelecer de uma nova ótica, deslocada do formalismo teórico de pensadores como Louis Althusser e um olhar voltado para a experiência.
E. P. Thomspon e a “autocrítica marxista” – entende que o estímulo antropológico se traduz não na construção do modelo, mas na identificação de novos problemas e na valorização dos velhos problemas de novas formas.
O autor, nesse sentido, nega todo e qualquer tipo de categoria de explicação, seja ela a positivista, a marxista, ou, no campo antropológico, das abordagens funcionalista, estruturalista, simbolista, etc.
A pesquisa realizada em A formação da classe operária inglesa, a respeito dos operários britânicos dos século XIX, o fez perceber questões relativas à construção da consciência da classe plebeia, os camponeses, do século XVIII.
Ao considerarmos o costume, somos levados a problemas impossíveis de serem apreciados dentro da disciplina da história econômica, o levando a observar as transcrições dos folcloristas.
O olhar sobre o folclore britânico ou estrangeiro (no caso da Índia, então uma colônia britânica quando dos registros) foi sempre visto a partir de cima e por cima de uma fronteira de classe, sendo ainda divorciada de sua situação ou contexto.
Nos últimos anos, a vigorosa retomada da atenção a canções folclóricas e aos costumes se deu fora das universidades, observando-se somente naquele momento da escrita do texto – meados dos anos 1960 – indícios de sua chegada aos círculos acadêmicos.
O trabalho de E. P. Thompson foi, fundamentalmente, o de reexaminar o velho material, há muito tempo recolhido, e fazer novas perguntas, procurando recuperar os costumes perdidos e as crenças que os embasaram.
A prática da história vista de baixo – à medida que os “atores principais” da história deixam de ser o foco da atenção, um imenso elenco de suporte, que supunha-se ser composto de meros figurantes, forçam sua entrada em cena.
A “vida pública” passa a ser intimamente relacionada com a “vida doméstica”, que lhe estabelece densas determinações.
Um dos exemplos para tanto são as normas e conflitos em torno da vida sexual dos casais, o que também chamou a atenção da historiadora estadunidense Natalie Zemon Davis em sua obra, O retorno de Martin Guerre.
Outro ritual atípico trata-se da prática de “venda” das esposas nas comunidades camponesas britânicas do século XVIII, que denotava um costume relacionado à honra masculina e ao fim de uma relação matrimonial, oposta à prática dos duelos que resolviam tais situações entre os nobres.
No ritual, o marido que “vendia” a esposa realizava uma espécie de teatro, com o qual cobria a vergonha pela dissolução matrimonial e o fazia de forma consentida, pois a “compra” costumava se dar pelo novo companheiro de sua então cônjuge.
Outros temas que podem ganhar espaço em uma história social das práticas dos sujeitos antes não observados pela historiografia dizem respeito ao calendário de festividades e rituais no campo e nas cidades, o lugar dos esportes na vida social, os diferentes ritmos de trabalho e lazer antes e depois da Revolução Industrial, etc.
As noções de teatro e contrateatro – enquanto os “donos do poder” representam seu teatro de majestade, superstição, poder, riqueza e justiça sublime, os pobres encenam seu contrateatro, ocupando o cenário das ruas e dos mercados e empregando o simbolismo do protesto e do ridículo.
As questões de método – assim como a história econômica necessita de um conhecimento de economia, a história social necessita de um conhecimento de antropologia social.
A crítica à “história social” aos moldes de Braudel, segundo Thompson, fortemente resistente no interior dos paradigmas econômicos.
Para Thompson, conceitos tais como capitalismo, ideologia e classe social, caros ao marxismo tradicional, servem a análises que não ajudam a compreender processos históricos mais singulares.
Para Thompson, o materialismo histórico abraçou um modelo subjacente de sociedade que, para fins analíticos, só pode ser encarado como horizontalmente estruturado segundo uma base e uma superestrutura.
A crítica do autor, no entanto, não é diretamente a Karl Marx nem ao materialismo histórico, mas ao seu uso de forma repetitiva e formalista, com fins a aplicá-lo a todos os problemas da sociedade, quando os mesmos mereceriam um olhar pautado na particularidades de seus respectivos processos históricos.

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